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História Assassins Third Season - Péssima Mãe


Escrita por: anna_cstyles

Notas do Autor


Olá minhas batatas doces com sal?
Me odiando muito pela demora? Tudo bem, eu também me odeio por demorar, mas tenho boas noticias nas notas finais :)

Capítulo 23 - Péssima Mãe


Fanfic / Fanfiction Assassins Third Season - Péssima Mãe

Senti todas as minhas células congelarem, nenhuma parte do meu corpo sabia obedecer nenhum dos comandos, foi como se pouco a pouco a vida fosse arrancada de mim, deixando apenas um sentimento de frio e pânico, uma sensação tão horrível que não conseguia responder a nenhum tipo de chamado.

Meus filhos haviam sido raptados por um maníaco desconhecido, Ells e Louis deviam estar mortos a essa altura, porque com certeza esse era o único jeito para conseguirem pegar as crianças... Deus, o que vou fazer? Já deveria ter imaginado, que algo assim poderia acontecer, o que exatamente tinha na cabeça para deixá-los ir?

-Clara! – senti Harry me sacudir dessa vez com mais força.

-O que aconteceu com ela? – alguém entrou na sala, voz masculina... Carlos!

-Clara, amor, me responde... – os olhos de Harry estavam na altura dos meus, sua expressão estava desesperada. – Meu amor, fala comigo, o que houve?

Como vou contar que nossos filhos foram raptados e que a culpa é inteiramente minha? Como vou dizer que Ells e Louis estão possivelmente mortos e a culpa é minha?

-Raptados... – consegui dizer.- Rose e Brian raptados...

-Amor, você esta brincando, não? – Harry perguntou. – Isso só seria possível se Louis estivesse...

Comecei a chorar, não conseguia ter outra reação além dessa o pânico espalhado por todo meu ser encontrando uma maneira de ser expurgado, o que eles deviam ter feito com nossos amigos? Com meus filhos? E o pequeno Nick? A dor era tão excruciante que simplesmente não conseguia parar de chorar, era de mais para mim, de mais para mim naquele momento...

-Clara, irmã fica calma, pombinha olha pra mim... – Carlos estava segurando meu rosto.

-Meus bebês, meus bebezinhos... – os soluços passavam por mim. – Eles pegaram os meus bebes, eles mataram...

Carlos me abraçou forte, eu não conseguia sentir mais nada além de seu braço ao meu redor, estava em completo pânico, o que eles deveriam ter feito com meus filhos a essa altura? O choro deles era a musica de fundo daquela maldita ligação...

-Ei cara fica calmo! – ouvi a voz de alguém. – Harry!

-Clara, irmã! – Senti mais um abraço.

Durante todo o tempo que se passou foi como se o sol tivesse desaparecido do mundo e a noite sem estrelas caído sobre a terra, não havia beleza, apenas o escuro e o frio, um frio com o poder de congelas qualquer coisa boa que existisse sobre a terra.

Perdi a conta de quantas vezes dormi no quarto de Rose e Brian esperando alguma resposta para as minhas perguntas, rezando para alguém que não existe me ajudar em minha busca incansável, mas não se pode esperar ajuda de alguém que nunca me ajudou em absolutamente em nada.

A cada segundo uma célula do meu corpo morria, ficando doente aos poucos, me matando aos poucos com a ideia que Rose e Brian estivessem mortos, que Ells e Louis e já estivessem mortos, e até mesmo o pequeno Nick... As atrocidades que deveriam ter cometido com eles fazia-me desfalecer no chão, sangrar até finalmente apagar.

Já se fazia uma semana, e essa tortura não saia de mim, só dormia quando o cansaço era de mais de se suportar, comia quando a dor era janta que nunca passava, ouvia os gritos pela casa, Harry lutando para encontrar nossos filhos, mas eu não conseguia... Eles deviam estar mortos a essa altura e essa ideia era a pior de enfrentar.

“Clara você tem que reagir!”

“Clara seus filhos precisão de você!”

 “Clara você tem que ser forte!”

“Se você continuar assim vai morrer!”

Eles tentavam me levantar, todos eles: Harry, Helena, Carlos, Zayn, Liam, Julia, Valerie... Eles conversavam comigo, nos primeiros três dias esperavam respostas nos seguintes apenas me estimulavam a ter alguma reação e quase sempre saiam frustrados por não conseguirem nenhuma.

Talvez eles encontrassem os corpos das crianças ainda intactos, talvez exista uma possibilidade de não terem sido tão ruins a ponto de destruírem crianças, Deus... Eles eram apenas crianças, nem haviam chegado aos dois anos.

Era como morrer repentinamente a cada novo segundo, era insuportável, doloroso, mas minha voz havia sido arrancada de mim, eles não entendem e nunca vão entender como é a sensação de ter três filhos mortos, três bebezinhos mortos... Meus bebês... Meus filhinhos... É uma dor tão grande que a morte parecia tão tentadoramente segura quanto continuar viva e permanecer pensando nisso, vivendo isso, pensando nisso, respirando isso.

Eu caio centenas de vezes no mesmo abismo.

A porta se abre, talvez mais um deles querendo me fazer comer ou me dizendo que preciso sair, mas eles não entendem. Não entendem. Não entendem. Não entendem. Não entendem.

-Quer um pouco de whisky? – um corpo sentou-se do meu lado. –Esse veio do Japão, conhece? – colocou a garrafa na frente dos meus olhos. – Hibiki, deve ter uns... 20 anos, não sei...

Olhei para o lado, não pude conter a surpresa em ver Niall ali.

Niall riu bem alto, diga-se de passagem, acho que nunca o tinha visto rir de forma tão sincera e crua, pensei que fosse algo terminantemente impossível.

-Não se preocupe, não vim falar palavras de consolo. – perguntou com um ar debochado. – Vim pra te oferecer whisky. – levantou a garrafa novamente.

Fazia muito tempo que eu não o via, desde sua separação com Helena os garotos diziam que estar na sua presença se tornara algo intragável e insuportável de ficar mais de cinco segundos, ele estava destruído, barba mal feita cabelo sujo e desalinhado, uma caveira humana.

-Ok, se você não quer, eu bebo sozinho. – ele tomou um gole da garrafa direto do gargalo. – Sabe desde que a sua irmã, aquela vadia, foi embora eu me tornei nisso, exatamente o que eu era antes dela chegar.

 Apontou para si mesmo.

-Voltei para as minhas merdas masoquistas, a ir para as casas de putaria ver os outros foderem, coisas que eu me divertia fazendo normalmente. – deu os ombros. – Eu realmente gosto disso, mas sabe qual é a pior parte?

Arqueei a sobrancelha, ele havia mesmo chamado minha irmã de vadia na minha frente?

-É que a vadia da sua irmã não estava em casa pra me ajudar a levantar quando chego bêbado, sabe, ela tinha um chá horrível que me impedia de ter ressaca no outro dia. – soltou um riso amargo. – Claro que nem ele fazia milagres quando aqueles monstrinhos choravam meu cérebro latejava.

Primeiro  chama minha irmã de vadia e agora meus sobrinhos de monstrinhos, ele realmente não tem medo da morte, se eu não estivesse tão lixo responderia.

-Mas sabe que nada anda me divertido agora, meu pau não levanta mais pra puta nenhuma, me sinto tão lixo... – ele soltou o mesmo riso amargo. – Que imploraria para aquelas crianças chorarem nos meus ouvidos.

Sei como é se sentir assim querido, não estamos muito diferentes um do outro.

 -Agora penso se valeu a pena todas as merdas, as traições, as brigas, chegar bêbado em casa, quase bater nas crianças cada maldita merda que eu fiz apenas para incomodá-la, chamar a atenção dela... – o olhei sem compreender. – De Helena, depois que ela ficou grávida só queria saber das crianças mais nada importava pra ela, se um homem não tem uma mulher que o sustente em casa vai procurar na rua, isso é um fato.

Será que Harry vai começar a pensar assim se eu continuar assim? Mas ele tem que entender! São os meus filhos que morreram, ele tem que entender.

-Agora eu estou aqui, fico bebendo até conseguir apagar, porque é como se o eco das coisas que fiz para Helena me perseguissem dentro daquela maldita casa. – coloca a garrafa no chão entre suas pernas. – Só que ela não quer voltar para mim. – ele me encara. – Vocês são tão malditamente orgulhosas, acham que podem fazer tudo do jeito que querem e que sempre são as donas da verdade, mas na verdade isso só da mais vontade de mandar todas vocês, mulheres, irem se foder.

Senti minha sobrancelha se arquear em duvida, com certeza esse homem não é normal.

-Olhe bem pra você, Clara De La Rosa, codinome leopardo, a maior assassina que o mercado negro já conheceu, chefe da maior máfia e a mais antiga, casada com Harry Edward Milward Styles que é outro que se acha rei do mundo. – ele soltou um riso bem humorado. – Seu estado é pior que o meu, você é tão fraca quanto eu.

 Eu não sou fraca, só cansei de ser forte o tempo todo!

-O que diabos você quer aqui? – rosnei para ele.

-Sinceramente. – empurrou o whisky para mim – Só queria ver se você esta tão ruim quanto eu, porque sou sincero e egoísta o suficiente pra admitir que ver alguém nesse estado me faz um pouquinho melhor.

Peguei o whisky antes dele dessa vez, dando alguns goles seguidos, sentir a familiar ardência da bebida era um pouco reconfortante.

-Porque tu estás tão lixo quanto eu. – ele riu, dessa vez com humor.- Só que não tem motivos para estar assim, o que torna tudo mais engraçado.

-Não tenho motivos? – quase cuspi a bebida nele.

-Esse terno foi caro, sua idiota, não cuspa nele. – tentou alinhar o terno.- Ah sim, seu filhos foram raptados, foda-se.

-Meus filhos estão mortos! – falei. – Mortos.

-Claro que estão, você deixou eles com Louis, que merda tinha na cabeça para fazer isso? – perguntou ele. – Só podia ter uma caganeira  na cabeça a essa hora. – seus olhos azuis faiscaram em minha direção. – Que tipo de mãe estúpida é você? Não tem aquela coisa chamada “instinto maternal”? Mais do que qualquer um deveria saber que iriam querer pegar os teus filhos para chantagear e foi deixá-los ir no parque brincar? – debochou – Ai que lindo! Os filhos de uma mafiosa cheia de inimigos indo no parquinho brincar, com certeza não vamos raptá-los, torturá-los e matá-los  só pra aliviar a tensão e rir da cara de boceta dela! -  revirou os olhos para mim. – Que merda de mãe você é?

Aquilo foi o suficiente.

-Que merda de mãe eu sou? –levantei – Sou a mãe que acordava para dar comida aos meus filhos quando eles precisavam, sou a mãe para acalentar eles depois de um pesadelo, sou a mãe que cuidou deles quando adoeceram, que contou histórias para dormirem que queria que tivessem a infância que eu não pude ter! – Niall continuava me olhando com o mesmo semblante debochado. – Eu sou mãe, e sou humana todos podemos errar! Mais isso não me torna menos mãe dos meus filhos!

Meu corpo tremia com a raiva.

-Então faz alguma coisa para ajudar os teus filhos! Porque eles estão em algum lugar  dentro do Reino Unido com tanto medo que crianças da idade deles não deveriam nem saber que existe! – ele berrou para mim. – Você não sabe o que é ficar seus filhos porra, mesmo que não goste deles! Eles são parte do seu ser, mesmo que o choro deles irrite, que façam bagunça e te deixem doido tudo isso é melhor que ausência dessas pestes!

Nós ficamos nos encarando abertamente, pela primeira vez expostos um ao outro como nunca havíamos estado, um dor compartilhada em segredo, sentimentos iguais em um mesmo instante e de certa forma o reconhecimento que alguém também se sentia assim pelo mesmo motivo era estranhamente reconfortante.

-Seus filhos não estão mortos. – foi apenas o que eu disse.

-O seus também não. – Niall respondeu. – Toda a noite eles ligam para ameaçar, colocam as crianças chorando para falar no telefone, mas sinceramente duvido que façam algo.

Disso eu não sabia, porque ninguém havia me falado que eles estavam vivos? Porque não haviam me dito?

-Eles falaram com Helena, não estão interessados em matar as crianças, só querem que vocês os achem, é uma emboscada possivelmente mas é melhor do que nada. – deu os ombros.

-Eles estão vivos... – suspirei, era como se o alivio preenchesse aos poucos minhas veias.

-Nesse endereço você vai os encontrar. – ele me entregou um papel. – Rastreei de onde a ligação vinha, tive só três segundos então não é nada exato, mas estão em algum lugar nessa região.

 Olhei o papel que tinha em mãos, realmente não era uma localização exata, mas através disso eu conseguiria chegar onde eles estavam sem problema algum.

-Não precisa agradecer. – Niall revirou os olhos.

-Porque não entregou ao Harry? – perguntei.

-Porque o Styles não pensa com clareza longe de você. – deu os ombros. – e porque ninguém quer ficar perto de mim ultimamente.

Concordei com a cabeça, isso era uma verdade, ninguém queria estar perto de Niall ultimamente.

-Você deveria simplesmente ver seus filhos. – falei, meu comentário o surpreendeu.

- Como? – perguntou surpreso.

-Você sente a falta deles, isso é perceptível, deveria ir vê-los – dei os ombros.

-Melhor não, depois de tudo o que eu fiz nem eles devem gostar de mim. – comentou.

-São crianças Niall, não tem um entendimento, e se quer Helena de volta ganhe seus filhos de volta, seja um pai de verdade, como eu sei que você foi um dia. – andei até a porta. – E eu não vou te agradecer por isso.

-Muito menos eu pelo conselho. – ele disse.

Andei até o escritório, precisava fazer algo e se eles estão vivos a única maneira que tenho de mantê-los assim é garantindo que vamos ir lá, e com certeza eu vou  mas se tiver um fio de cabelo faltando nos meus bebês juro pela minha mãe que mato qualquer ser vivo que tenha dentro desse maldito lugar.

-Clara... – Harry foi o primeiro a se pronunciar quando entrei no escritório.

-Preciso de dados detalhados deste lugar, em menos de três minutos. – me direcionei a Helena. – Alguém pode fazer o favor de me trazer alguma coisa pra comer, meu estômago esta roncando quase tomei um litro de whisky.

-Preciso da mala com as minhas armas na minha sala, quero meu equipamento completo, Valerie você pode cuidar disso para mim.- ela saiu apressada sem questionar.

-Zayn, pegue o melhor carro que tiver preciso do mais discreto possível e o mais rápido também. – ele apenas acenou com a cabeça. – Liam reúne todos os homens, absolutamente todos no jardim depois que Julia acabar de cozinhar pede para ela explicar o plano 569, ela sabe qual.

Assim que todos saíram da sala encarei Harry que me olhava com o mesmo ar inquisidor que lançava para mim quando me achava louca ou bipolar, na verdade devo admitir que devo ser incrivelmente bipolar.

-Precisamos nos arrumar par sair. – falei para ele.

-Depois de sete dias tudo o que me diz é isso? –perguntou ele. – O que te fez sair daquele quarto?

-Niall, ele me trouxe um pouco de noção. – sacudi a cabeça. – E não me olhe com esse olhar incrédulo Milward.

-Nós temos que nos arrumar para que exatamente?  - perguntou.

-Para encontrar nossos filhos e nossos amigos ainda vivos.

 

NOTAS FINAIS


Notas Finais


Hey amores!
A noticia boa é que estou com o próximo capitulo pronto, porém, só vou postar quando chegarmos a 40 comentários, sim estou muito má ultimamente então bora cooperar com o pedido da escritora mais maluca que vocês conhecem ashushasuas

Muito obrigada pelos deliciosos comentários, com os maravilhosos favoritamentos e vocês viram que já estamos quase alcançando os 2000 favoritamentos em asssassins? Graças a vocês e apenas a vocês isso é possível.
AMO MUITO VOCÊS, E OBRIGADA ESPECIALMENTE POR NÃO ME ABANDONAREM, SÃO AS MELHORES LEITORAS QUE O MUNDO JÁ VIU <3


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