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História Até O Último Anoitecer - Capítulo 3


Escrita por: Mary2420

Notas do Autor


Mais um pra essa semana❤

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Até O Último Anoitecer - Capítulo 3

Depois de quase 2 horas viajando, chegamos no topo de uma das montanhas mais altas de Flowercity, a cidade que ficaríamos sem ver um bom tempo, o que por um lado é bom.

Fizemos uma parada, comemos e acabamos dando uma explorada no local enquanto isso; já era quase noite e a visão de lá de cima era muito bonita. As luzes da cidade foram se acendendo aos poucos e o céu estrelado com lua cheia eram a atração principal.

Esse céu me lembra todas as vezes que ficava sozinha na sacada do orfanato durante a noite, quando perdia o sono, muitos pensamentos e lembranças tomavam minha mente, e a brisa fria da noite as fazia muito reais. De onde vim? Quem são meus pais? Será que tenho irmãos ou irmãs? Tudo isso e mais outras milhares de coisas passavam em minha cabeça, até que amanhecia e tinha que voltar para o quarto antes que percebessem que eu havia saído.

Fazia isso todos os dias, mas principalmente na época que minha insônia piorou e meus pesadelos também.

Sentirei saudades desses momentos, porque sei que a partir de agora nada mais será como antes, nem se eu tentasse.

-Maryn, vem aqui rápido!! ANDA...-Jace me chama desesperado.

-O que f...- um certo desespero me atinge também, estávamos escondidos atrás de umas árvores grandes e logo à nossa frente tinha uma casa que parecia abandonada. Qual o objetivo de fazerem uma casa aqui em cima?

-Acho que temos companhia- Jace diz.

Por precaução, pegamos nossas lanternas e nossos celulares e fomos até lá em silêncio. A casa está totalmente escura e aparentemente nenhum sinal de vida lá dentro. A porta está trancada, mas as janelas laterais estão abertas, tudo foi feito de madeira e vidro e pelo que parece há móveis dentro dela.

-Sinceramente eu não acho uma boa ideia- digo- Vai saber o que tem ai...

-Eu vou entrar pra ver o que tem- Jace fala e eu quase tenho um infarto com essa precipitação dele- Quem sabe não conseguimos alguma coisa ai dentro.

-Você perdeu o juízo neh? Porque nossa...

Antes de eu pensar em alguma coisa para impedi-lo, Jace foi entrando devagar e ilumidando em volta; “Ahh sério Jace, você vai realmente me obrigar a entrar com você?”- pensei. Quando vi que ele estava se afastando muito resolvi entrar.

-Jace, sério, vamos voltar... Não estou com um pressentimento muito legal e..- de repente todas as janelas começam a se fechar e barulhos de vidro se quebrando soam em toda a casa, Jace e eu ficamos imóveis e em completo silêncio, estávamos tão assustados que não conseguimos pensar em desligar as lanternas e nos esconder.

Ficamos presos, sem saída e na escuridão da noite, completamente sozinhos...eu acho.

-Maryn, está alguns metros atrás de você- Jace sussurra.

-O que?- eu pergunto mais em choque ainda. Passos ecoam pelo chão de madeira e me viro, a sombra na escuridão era como um ser humano, uma pessoa , e tive certeza disso quando o desconhecido passou pela janela que refletia a luz da lua, era um senhor de idade, aparentava uns 70 e poucos anos, usava óculos, uma bengala, possuía cabelos brancos e usava uma camisa xadrez. O silêncio foi quebrado quando ele disse:

-Olha só, tenho visitas depois de tantos anos!!

-Com licença...- falo assustada ainda e quase colocando tudo o que comi pra fora por causa do nervosismo - desculpa nossa intromissão aqui, achamos que a casa estava vazia, mas quem é você?

-Podem me chamar de Sr.Collins, moro aqui há 30 anos- ele se apresenta para nós enquanto acende algumas luminárias com velas- sou um antigo explorador de Flowercity que veio morar aqui. Posso responder qualquer coisa que queiram saber, sabia que em algum momento receberia visitas, aliás você deve ser a senhorita Maryn Franklin, certo?

-Como sabe meu nome? – pergunto surpresa.

-Ah minha querida, eu sei de tantas coisas...mas isso não significa que falarei tudo o que queira saber- ele sorri de forma bizarra.

- Tá, ok, você é um velhote que parece ter um bom conhecimento, está nos oferecendo ajuda de graça, pelo que parece, e nem sabemos se estará falando a verdade para nossas perguntas- Jace explode do meu lado.

- Não me subestime, meu jovem, você não sabe com quem está lidando, por que você não deixa a moça do seu lado falar, pois tenho certeza de que ela tem muitas perguntas a fazer, não é senhorita?- ele me encara.

-É...claro, tenho muitas – eu falo com os olhos distantes – Bom não sei por onde começar...

-Não tenha pressa minha jovem, nós nunca sabemos por onde começar!!

-Então... Como você já sabe meu nome é Maryn Franklin, tenho 17 anos, moro em um orfanato no leste da cidade e estou em busca da minha família e a procura do por quê sou anormal em comparação as outras pessoas.

-Bom, quero que saiba que não é a única com essas dúvidas. Pois bem, eu sou como você e também já passei por tudo o que está passando agora, minha esposa também era como eu e tivemos filhos que são assim como nós também; pessoas como nós são chamadas de mutantes e faço parte da primeira geração de tudo isso, seus pais são da segunda e você e muitos jovens fazem parte da terceira.

-Ah perai, meus pais são como eu então?

-Exatamente.

-Falando desse jeito quer dizer que o senhor os conhece, estou errada?

-Não, não está. Eu conheço seus pais há anos e posso lhe dizer que são pessoas maravilhosas.

-Eu tenho irmãos ou irmãs?- pergunto super curiosa.

-Você tem três irmãos e é a filha caçula.

-Meu Deus!! Não acredito- estou quase chorando- qual o nome deles?

-Simon Franklin, Erik Franklin e Kane Franklin.

-São três meninos- eu digo sorrindo- e onde eles estão?

-Eles estão com sua família e o resto de nós.

-Mas o que aconteceu? Por que eu fui deixada? Eles não podiam me levar junto? Eles sabem o quanto eu sofri todo esse tempo?

- Calma senhorita Franklin, o tempo te responderá isso e você já tem muita informação por hoje, mas quando precisar de mim pode chamar- ele disse me dando uma pequena flauta- Eu vivo mudando de lugar, posso me teletransportar como você, aliás todos de nós conseguimos, é um poder em comum que todos tem mas o segundo poder NUNCA será igual ao do outro.

-Mas eu preciso de mais respostas, não acabei ainda...

-Está tarde minha querida e antes que eu me esqueça, muito cuidado com o inimigo..ele está próximo demais.

-Esper...

Ele desapareceu em uma nuvem de névoa, e eu cai de joelhos no chão e refleti sobre tudo.

-Parece que ele realmente é muito esperto- Jace diz colocando um livro de volta numa estante que tinha no canto da sala, provavelmente estava lendo quando eu e o Sr.Collins conversávamos- de que inimigo ele se referia?

-Eu não sei...só quero sair daqui agora!

Fomos até lá fora aonde estávamos e na beirada da montanha tinha uma cerca que servia de proteção, nos encostamos ali e ficamos observando a vista da cidade, do céu... De tudo.

Nosso silêncio era a melhor coisa naquele momento. Eu olhava pra tudo mas ao mesmo tempo não olhava pra nada, estava perdida em meus pensamentos...realmente tinha sido muita informação pra uma noite.

Jace me olhava com uma cara de preocupação e de quem queria ajudar, mas não tinha ideia do que fazer para isso.

-Ei você está bem?- ele pergunta finalmente.

-Vou ficar.

Ele beija minha testa e me abraça, ficamos assim por um bom tempo.

-Maryn, preciso te falar uma coisa.


Notas Finais


Obrigada❤ espero que tenham gostado de mais um!!


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