*Kris Pov On*
Quando a vi fiquei paralisado, não sabia o que fazer principalmente quando ela colocou a mão na barriga. Assim que acordei de meu transe saí imediatamente de cima da garota que estava comigo, peguei o lençol jogado no chão e fui tentar me explicar para ela:
-(S/N), por favor eu posso explicar.
-Não quero ouvir nada vindo de você. Miserável! ㅡ saiu correndo e fui atrás dela e a segurei. ㅡ ME SOLTA YIFAN!
-NÃO! NÃO POSSO! POR QUE NÃO ME CONTOU? ㅡ estava se debatendo para sair.
-NÃO ENCOSTA EM MIM! ㅡ me empurrou. ㅡ Eu te dei minha confiança, o meu amor, minha vida e você faz isso comigo? Não quero te ver nunca mais!
Tentei segurá-la mas a mesma entrou no elevador e a porta se fechou, corri para dentro do apartamento novamente, coloquei apenas uma calça, na hora em que eu ia sair a garota saiu da cozinha e veio até mim me impedindo de sair:
-O que está fazendo? ㅡ passou a mão em meu peito. ㅡ Você tem certeza de que vai me dispensar e ir atrás dela? ㅡ meu sangue ferveu no mesmo instante.
-Sinceramente não sei no que me deu quando te chamei para vir aqui, devia estar é louco! ㅡ tirei suas mãos de mim. ㅡ Se vista e vá para casa ou qualquer outro lugar.
-Está falando sério Yifan? ㅡ perguntou indignada.
-Muito sério, caso não sair em dez minutos mandarei um segurança vir aqui lhe buscar!
-Tá. ㅡ ela saiu para o quarto bufando.
Não esperei ela sair e fui atrás da (S/N), eu percebi seu olhar de ódio e tristeza sobre mim, não sei o que fazer, irei apenas tentar conversar com ela, mesmo que não acredite e não tem motivos para acreditar, não acredito que troquei um presente de Deus, não apenas um mas sim dois presentes por uma tentação do diabo.
A porta do elevador finalmente se abriu e tinha duas adolescentes lá dentro, entrei constrangido e abaixei a cabeça, elas me olhavam e ficavam cochichando baixo, eu tentei ignorar o máximo possível. Depois daquilo saí na rua a procura dela, as pessoas me olhavam surpresos por eu estar somente de calça.
Corri pelas ruas a procura dela mas não a achei, vi uma multidão se formar em uma esquina, me aproximei para ver o que estava acontecendo e foi aí que eu a vi caída no chão, fui até ela as pressas e me ajoelhei a seu lado colocando a sua cabeça em meu colo:
-O QUE ACONTECEU? ㅡ perguntei.
-Ela estava andando e desmaiou de repente. ㅡ um senhor me respondeu.
-Chamaram a ambulância? Socorro? Samu? Ou alguma coisa assim? ㅡ perguntei aflito.
-Sim, já estão à caminho.
-Obrigado!
Fiquei ali pensando no que eu fiz, não foi certo com ela principalmente com ela assim... grávida. E pra piorar, grávida um idiota igual a mim! Comecei a acariciar seu cabelo? por fora eu estava demonstrando estar tranquilo mas preocupado, já por dentro estava em pânico, não sabia o que fazer e principalmente porque ela só está nesta situação por minha culpa, eu sou o culpado! Depois de mais alguns minutos a ambulância finalmente chegou, a colocaram na maca e perguntaram se alguém a conhecia, lhe disse que eu a conheço e fomos para o hospital, o caminho todo fiquei pensando em minhas atitudes e se estavam bem.
(...)
Já haviam se passado 3 horas desde que chegamos no hospital, estou aqui com ela o tempo todo, só me levanto para ir ao banheiro ou algo de importante. Estou com uma roupa descente agora, pedi para um de meus assistentes trazer para mim:
-Se acalme Sr. Kris, ela vai ficar bem. ㅡfalou me confortando.
-Obrigada Kai, mas se não fosse por mim ela não estaria neste estado.
-O Sr. errou em fazer isso, mas também não pode se culpar o tempo todo.
-Mas foi culpa minha! Se eu não tivesse feito isso ela estaria bem.
-Olha? tenho que voltar para o trabalho, até mais ver Sr. Wu.
-Tchau.
*(S/N) Pov On*
Acordei com um certo latejo em meu braço direito e um carinho em minha mão, abri os olhos lentamente, uma luz clara fez com que meus olhos ardessem, fui piscando os olhos devagar até que me acostumei com a claridade. Olhei ao redor, até onde meus olhos alcançaram e percebi que estava em um lugar estranho, em um hospital talvez:
-(S/N)! Você acordou. ㅡ essa voz... só pode ser ele, Kris. ㅡ Está bem? Sentindo alguma coisa? ㅡ virei a cabeça para o lado para encará-lo.
-O que está fazendo aqui? ㅡ perguntei seca e ele abaixou a cabeça.
-Pelo que me contaram você passou mal na rua e acabou desmaiando.
-Tá e o que você está fazendo aqui? ㅡinsisti na pergunta.
-Vim ficar com você.
-Não quero me tornar um incômodo.
-Você não é um incômodo.
-Mas você sim! ㅡ abaixou a cabeça. ㅡ Por que você não nos deixa em paz e vai com aquela mulher?
-(S/N) por favor, entenda que eu fiz isso sem pensar.
-Imagina se estivesse pensando, estaria com mais de duas na sua cama não é mesmo Yifan? ㅡ ele suspirou.
-Esse tempo todo em que estivemos longe um do outro foi como um meio de fraqueza para mim, me desculpe.
-Kris, só quero que você fique longe de nós. ㅡ tirei minha aliança e dei para ele. ㅡ Só saia da minha vida!
-(S/N) eu não... ㅡ ele ia terminar de falar quando o médico entrou.
-Annyeonghaseyo. ㅡ ele disse, Kris fez uma pequena reverência. ㅡ Tenho boas notícias. ㅡ começou a falar em inglês.
-E quais seriam? ㅡ Kris perguntou.
-Elas estão bem, só foi a pressão que abaixou por causa do nervoso, daqui a uma hora ela já poderá sair. ㅡ ele suspirou.
-O senhor disse elas? ㅡ perguntei confusa.
-Sim, fiz um ultra-som para saber se o bebê... ops... A bebê está bem e em um ótimo crescimento, quero dizer parabéns para o casal. ㅡ sorriu.
-Não somos um casal, não mais. ㅡ falei seca.
-Oh, me desculpa eu não quis...
-Sem problemas. ㅡ respondi tentando o deixar calmo. ㅡ Muito obrigada Dr.
-Não ha de quer. ㅡ fez uma breve reverência e saiu.
-Você realmente terminou comigo? O que você vai fazer?
-Não quero atrapalhar essa sua vida de put*, pode continuar, ficaremos bem e amanhã mesmo voltaremos para o Brasil, ficarei na casa do BaekHyun até lá.
-Não está falando sério.
-Estou e irei fazer isto. ㅡ suspirei. ㅡ Pegue o meu celular por favor.
-Não posso (S/N), não irei deixar você na mão.
-Você nem sequer quer ter uma filha Yifan, não irei te obrigar a nada, e não se preocupe ela não irá receber o seu sobrenome, nem nada que venha de você! ㅡestiquei o máximo possível para tentar pegar minha bolsa mas foi inútil pois senti uma dor horrível em meu abdômen. ㅡ Merda! ㅡresmunguei baixo.
-O que foi? ㅡ se aproximou.
-Não foi nada, apenas pegue-o para mim por favor. ㅡ ele pegou e me entregou, fiz a ligação e ele concordou. ㅡ Obrigada já pode ir para seu trabalho.
-(S/N) por favor...
-MAS QUE SACO, JÁ DISSE QUE NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS!
-Já que você quer assim não irei te obrigar a nada. ㅡ ele saiu com a cabeça baixa.
(...)
Já se passaram 5 meses desde que tudo aconteceu, fiquei muito triste mas ao mesmo tempo feliz, pois minha amada filha irá nascer daqui a algumas semanas. Minha mãe está se esforçando muito para conseguir me sustentar, confesso que não está sendo fácil mas iremos conseguir:
-(S/N) tem um pacote pra você. ㅡ minha mãe disse entrando na sala.
-De quem é?
-Não está falando.
-Nem de onde é?
-Não.
-Oxe, será que é bomba? ㅡ brinco.
-Credo, vira essa boca pra lá.
-Uma hipótese. ㅡ rimos.
-Abra e veja o que é.
-Certeza? ㅡ perguntei receosa.
-Sim, caso for uma bomba a gente chama o MC Kevinho, MC Zac e Jerry também.
-Meu Deus mãe. ㅡ comecei a rir e ela também. ㅡ Okay, okay, vou abrir.
Na hora em que eu abri o pacote vi muito dinheiro saindo, parecia ter mais de vinte mil reais ali, minha mãe e eu ficamos boquiabertas, creio que nunca vi tanto dinheiro assim:
-Quem será que mandou isso? É roubado será? ㅡ minha mãe perguntou e eu logo fiquei triste. ㅡ O que foi?
-Mãe, foi ele...
Continua...
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