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História Através das linhas do tempo - Lumity - 07 - Primeiro zero


Escrita por: Marii_Oliveira_

Notas do Autor


Obrigado aos comentários. Já tinha feito o cap mas fiquei desanimada de postar. Boa leitura, espero que gostem.

Capítulo 7 - 07 - Primeiro zero


AMITY  BLIGHT

 

Acordei assustada e olhei o horário no celular. Ainda eram 14 horas.  Resolvi que iria deixar preparada uma pipoca para caso ela chegasse mais cedo. Digitei um comando no celular para que o nosso doméstico realizasse sua função. Me espreguicei lentamente e aguardei os minutos que faltavam para que ela chegasse. Deu 15 horas e ela não apareceu. 15:10... 15:20... 15:30... 15:40... 15:57, a campainha tocou, como ela ousava apareceu tão tarde? EU HAVIA ESPERADO A TARDE INTEIRA. Desci as escadas fumegando de raiva e nossa comunicação foi bem curta.

Quando bati a porta me arrependi instantaneamente. Ela estava na minha porta, claramente sem folego como se houvesse corrido vários quarteirões. Respirei fundo e abri a porta novamente, percebi que ela já caminhava longe com os punhos fechados. Decidi que acabaria o trabalho sem ela. Fiz a maquete, aquele tinha sido um dos meus melhores trabalhos. Tinha calculado todos os detalhes e feito e refeito minha apresentação.

- Já vai dormir, mana? – Emira apareceu no quarto, dessa vez sem o Edric.

- Provavelmente, nem deu tempo de ir jantar – Falei cansada.

- Se você não tivesse batido a porta na cara da sua amiga, com certeza teria terminado mais cedo – Ela falou e saiu sem que eu pudesse corrigir. A Luz não era minha amiga.

Sentei na cama e observei meu trabalho, com certeza o A viria. Não desci para comer, estava sem fome e optei por ir dormir mais cedo, amanhã eu iria correr, não podia ficar cansada.

Ás cinco da manhã do dia seguinte o meu relógio despertou, levantei no pulo e vesti minha roupa rápido, estava animada por que as terças eu ia para biblioteca ler para algumas crianças, era o ponto alto da minha semana, além da quinta e sexta que eu também ajudava na arrumação dos livros da biblioteca. Fiz o mesmo trajeto mais rápido que qual eu estava acostumada e fui rapidamente para casa. Dessa vez, nossa mãe que ia nos levar para o colégio.

- Estão prontos?  Amity coloque a maquete no fundo com carro, tenha cuidado, você precisa continuar mantendo seu histórico impecável.

No decorrer do caminho não falamos muito, estávamos acostumados a só responder ao que nossa  mãe perguntava. Ao chegar na escola eu fui rapidamente para sala, tentei caminhar o mais rápido possível, aquela maquete estava pesada. Algumas maquetes já estavam dispostas no canto da sala.

- Uau, ficou muito boa, capitã – Borsha estava atrás de mim e elogiava a maquete.

- Obrigada – Agradeci.

- Aquela Luz te ajudou? – Ela perguntou curiosa.

- Não – Falei sem deixar brechas para que ela perguntasse. Sentei e esperei a professora, estava segura da minha apresentação.

- Hum, certo crianças, como foram os trabalhos? – A professora havia acabado de entrar na sala e a aluna nova também.

Virei o rosto quando ela passou perto de mim. Por algum motivo, gostaria que ela soubesse que eu ainda estava chateada com a notável falta de preocupação com o trabalho. De repente, a professora de Biologia foi perguntando a todos os alunos como havia sido o trabalho de elaboração das maquetes, ela perguntava detalhes. Quando chegou na minha vez com a de Luz sua pergunta soou mais como afirmação.

- Vocês não fizeram esse trabalho juntas? – A professora se referiu a mim.

- Não, eu fiz sozinha – Respondi ciente de que receberia um elogio.

- Você e Luz zeraram o trabalho – Ela falou simplesmente e meu queixo caiu.

- O que?! – Eu e Luz exclamamos ao mesmo tempo e a sala toda prestou atenção.

- Isso que vocês ouviram. Eu passei o trabalho em DUPLA. Não era para um fazer uma coisa e outra não fazer nada, se vocês não quiserem reprovar na matéria, sugiro que façam JUNTAS o novo trabalho que eu vou passar. É uma chance de vocês recuperarem a nota.

Minha cabeça ainda estava parada no ZERO que eu havia acabado de tirar. Fiquei pensando que se minha mãe descobrisse isso, provavelmente iria me matar. Saí da sala sem pedir permissão e corri para o banheiro. Decidi que ficaria lá até que a aula acabasse. A aluna nova tinha me envergonhado na frente da sala toda e mais... provavelmente minha mãe iria me matar quando soubesse da nota.

 

 

 

LUZ NOCEDA

 

- Vai atrás dela – Eda falou quando passou por mim na sala de aula.

Ainda estava processando o porquê Eda havia feito isso comigo. Achava que era uma forma de me castigar mas percebi que era uma forma de castigar a Amity por ter feito o trabalho sem considerar me envolver.  Corri até o banheiro na intenção de falar com a Amity e encontrei uma única porta fechada. Bati e esperei.

- Não precisa ficar assim, nós vamos recuperar a nota – Falei para ela.

- Você... VOCÊ NÃO ENTENDE NOCEDA. Eu tenho que tirar notas boas, eu preciso de um bom histórico para ingressar numa boa universidade. E a culpa é toda sua por arruinar minha nota – Ela vociferou com raiva.

- Isso não é verdade, eu fui a sua casa... só não consegui chegar no horários porque eu vim a pé e a Eda falou que precisamos ir ao mercado. Você nem me deu a chance de eu me explicar – Falei com raiva também.

- Você podia ter se programado melhor, mas poderia ter chegado na hora.

- Não vou ficar aqui tentando fazer com que você entenda, só quero que saiba que hoje vamos ter que fazer o trabalho juntas, infelizmente para você, teremos que passar a tarde trabalhando JUNTAS – Falei lembrando-a.

Não houve resposta do outro lado da porta da cabine do banheiro. Fui até o local onde ficava os papéis toalhas e passei coloquei alguns por debaixo da porta e saí para aula. Ela não tinha me entendido mas pelo menos eu tinha tentado explicar.

Quando a Amity voltou para sala seus olhos não estavam vermelhos. Ela andava ainda com a mesma postura imponente. O restante do intervalo e das aulas passou relativamente tranquilo. Finalmente quando as aulas terminaram, eu pude respirar fundo. Mais cedo eu havia treinado para correr contra a melhor do time. Imaginava que poderia ser a Borsha, eu precisava me sair bem e ganhar.

- Relaxa, garota, você vai acabar com qualquer uma daquele time – Eda se juntou a dupla que me acompanhava.

- É, Luz, você vai bem – Willow me deu força.

- Peguei umas bandeirinhas para torcer por você – Gus falou tremulando duas pequenas bandeiras na minha frente.

- Obrigada pela força gente – Agradeci nervosa.

Quando chegamos ao campo de treinamento atletismo, percebi que várias garotas das quais acompanhavam a Amity estavam lá. A treinadora conversava com a Amity em um canto afastada e Eda tentava me dar umas dicas, mas eu não conseguia prestar atenção.

- Ok, Noceda, se prepare, você vai correr com a capitã do time – Seu sorriso de escárnio denunciou que ela apostava que eu iria perder.

- Luz, não liga não, criança – Eda falou com a mão no meu ombro.

Respirei fundo e troquei de roupa, esse é o momento que eu estava aguardando. Ter a chance de participar de algo maior. De pertencer a um bom time. Mordi os lábios imaginando se minha mãe estava torcendo por mim e enviando boas vibrações.

- Se posicionem, são três voltas ao redor do campo. – A treinadora Lilith chamou nós duas e explicou a pequena competição

- 3... 2... 1... A largada tinha sido dada. Meu ritmo a principio começou leve, percebi que Amity empregava bastante velocidade de primeira. Não deixei que ela ganhasse uma vantagem muito grande, segui junto a ela. Primeira volta, contei mentalmente. Controlei os batimentos cardíacos e a respiração. Segunda volta concluída, estávamos na última volta.

Pensei no esforço que minha mãe havia feito para custear minha viagem. Pensei na dificuldade que eu tinha enfrentado para conseguir um visto para estudar. Acelerei o passo, minhas passadas ficaram mais largas e eu alcancei a Amity, ultrapassando-a. Percebi olhando pelo canto do olho que ela não ficou feliz com minha ultrapassagem e dei um folego a mais para ganhar a corrida. O apito soou e eu havia ganhado. Olhei para as arquibancadas e percebi que a Eda estava com um sorriso largo, aparentando estar orgulhosa. Gus parecia que tinha virado quatro pessoas. Ele corria pelas arquibancadas gritando meu nome e as “estrelas” não estavam felizes com isso. E a Willow mantinha um olhar calmo e sorriso sereno. 


Notas Finais


Oi, obrigado pelos favoritos, fico contente que tenham pessoas gostando e acompanhando. Se tiverem alguma critica ou sugestão podem falar comigo. Beijos amorxs


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