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História Através do Tempo - Kim Taehyung - T2 - 32


Escrita por: VeveFatima

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 71 - T2 - 32


Fanfic / Fanfiction Através do Tempo - Kim Taehyung - T2 - 32

Ao sentir o chão gelado embaixo de mim eu abri meus olhos, agora eu me encontrava num lugar desconhecido; o ambiente ao meu redor emanava tristeza, confusão, e se notado com atenção era possível sentir a morte pairando por perto.

Ao me sentar, ainda no chão, notei que tudo se encontrava em tons cinza, branco e preto. O local onde eu havia acordado parecia ser uma sala, não havia muitos móveis ali, em minha frente havia um móvel grande com um alguns castiçais com velas, fornecendo uma pouca iluminação para o local; ao meu lado esquerdo havia um grande espelho todo sujo; atrás de mim havia outro móvel com gavetas. Me levantei e me aproximei para pegar um dos castiçais logo indo para o móvel com gavetas.

Com curiosidade comecei a abrir as gavetas, já na primeira encontrei uma gaveta cheia de fotos, todas elas eram de um casal com uma criança, porém, não conseguia identificar quem eram as pessoas nas fotos já que seus rostos estavam todos borrados.

As gavetas seguintes não continham muito, algumas tinham mais algumas fotos daquela família, outras tinham objetos casuais; a última gaveta que eu abri por sua vez continha um relógio de bolso, seu ponteiro estava travado em três horas e ele aparentava não funcionar a muito tempo.

Coloquei o relógio em meu bolso por algum motivo e segui até o espelho onde não consegui ver meu reflexo, revirando os olhos me virei novamente e com a pouca iluminação que vinha das velas do castiçal pude notar que em minha frente havia uma grande escada em espiral. Cautelosamente me aproximei e com curiosidade tentei iluminar para ver até onde a escada ia, mas por ela ser muito alta não pude ver seu final.

Enquanto me questionava se deveria ou não subir comecei a escutar resmungos que logo se transformaram em choro, vindo do topo daquela escada, então sem pensar duas vezes eu comecei a subir. Cada degrau subido fazia o choro ficar mais nítido então pude perceber que quem chorava era um bebê, ao perceber isso comecei a apressar meus passos.

Dez minutos depois quando finalmente consegui chegar ao topa da escada, com uma má iluminação, pude notar que a escada lá de cima se assemelhava a um relógio de números romanos; alguns instantes encarando a espiral abaixo de mim pude ter quase certeza de que ela era um relógio, por mais que isso pareça estranho. Parado no topo da escada eu encarava uma porta de carvalho marrom, bem ao estilo medieval; o choro havia parado, não sei ao certo quando, o que me deixou mais curioso ainda para ver quem estava ali.

Com cautela abri a porta pesada que rangeu alto ao ser movimentada, o cômodo em minha frente se assemelhava ao topo de uma torre. Havia diversos papéis espalhados pelo chão do local, o cômodo estava praticamente vazio exceto por um berço mais ao fundo e ao seu lado uma mesa de tamanho médio redonda com uma xícara branca em cima.

— olá... — digo para anunciar a minha presença no local, enquanto com o castiçal ilumino ao meu redor procurando mais alguém ali

Não havia ninguém, eu estava sozinho...

Quando tive certeza que não havia ninguém ali eu me aproximei do berço, como o choro havia parado eu imaginei que a criança que poderia estar ali havia acabado por pegar no sono, mas eu tive uma surpresa, o berço estava vazio, havia somente um cobertor branco, fino, todo ensanguentado ali. Um pouco assustado o peguei e o analisei, o pano estava quente, aquele sangue era fresco.

Mais assustado ainda devolvi o cobertor para o berço e me aproximei da mesa que estava ao lado com a xícara; meu coração que batia rápido por estar confuso começou a bater mais rápido ainda, a xícara em cima da mesinha ao lado do berço com tinha um líquido vermelho, espesso...

Aquilo era sangue...

A xícara estava cheia de sangue ao lado do berço...

Ao notar isso acabei me assustando e por me assustar acabei deixando a xícara cair no chão fazendo assim todo o sangue que estava dentro dela se espalhar pelo chão, assim que o líquido vermelho entrou em contato com aquele chão preto o sangue de uma maneira estranha começa a reagir tomando uma forma mais gosmenta, logo se dissipando por entre as frestas do chão.

Eu não conseguia pensar direito, estava assustado, confuso, com frio, com medo, estava de certa forma frustrado por não entender o que estava acontecendo; lentamente comecei a dar passos para trás na intenção de sair daquele local, porém, minha ação foi interrompida por alguém acertando a minha cabeça em cheio, nesse momento tudo começou a girar e eu fui ao chão, a última coisa que me lembro antes de desmaiar é de ver uma silhueta masculina me pegando pela canela e começando a me puxar escada abaixo.

Da escuridão eu vim...

Para a escuridão eu retornarei...

Ao abrir os meus olhos novamente, eu não consegui enxergar nada, mal conseguia me mover também, aparentemente o local onde eu estava era extremamente apertado. Tateando os meus bolsos eu consegui encontrar um isqueiro, céus nunca estive tão feliz por encontrar um objeto tão insignificante.

A pequena chama do isqueiro me permitiu ver que eu estava preso numa caixa de madeira, tentei respirar fundo para me acalmar mas o ar entrou abafado; tentei chutar a tampa da caixa mas ela nem se moveu; a cada segundo que eu passava preso naquele local o meu desespero aumentava, logo foi começando a ficar difícil de respirar, enquanto tentava de maneira desajeitada socar a tampa encima de mim, comecei a notar que próximo ao meu rosto estava caindo uma poeira muito fina, eu conhecia aquela poeira...

Aquilo era terra...

Eu estava dentro de um caixão?

Tentei gritar mas ninguém me ouviu, tentei quebrar a tampa do caixão mas ela era muito resistente, tentei me debater para de alguma forma tentar sair dele e conseguir cavar para fora...

Nada funcionou...

Eu morri sufocado...

Enquanto S/n me contava sobre o sonho que a perseguia, eu lembrei do sonho que eu estava tendo quase que diariamente. Talvez a nossa família, a família feliz do sonho dela, pudesse ser a família das fotos do meu sonho, o choro do bebê daquela torre poderia ser o choro do nosso filho...

Tentei deixar a lembrança do meu sonho de lado enquanto escutava com atenção S/n me contar o dela, aquele sonho era um pouco preocupante, talvez fosse um presságio ou apenas um sonho ruim, isso não importa, importa que indiretamente nossos sonhos estão ligados...

23:50

Já estava tarde da noite e eu ainda estava na companhia de S/n. Nossa interação havia melhorado bastante, estávamos praticamente como se nunca tivéssemos brigado ou discutido, o que era muito bom.

Agora estávamos em sua sala assistindo um filme de comédia/terror, enquanto comíamos alguns doces. Cada um de nós estava num canto do sofá, não falávamos nada, apenas riamos e ficávamos em silêncio em seguida, isso era bom...

Por volta das quase uma e meia da manhã quando o filme acabou, olhei para o lado e me dei conta que S/n havia dormido toda encolhida em seu cantinho. Como ela parecia estar desconfortável ali a peguei no colo com cuidado e a levei até seu quarto enquanto a mesma resmungava coisas desconexas.

Assim que a deixei de maneira um pouco desajeitada na cama, a mesma abriu os olhos um pouco e me olhou curiosa.

— dorme aqui hoje, já deve estar tarde... — disse com a voz baixa e rouca, tão gostosa de se ouvir

— tudo bem, eu não quero incomodar... — digo dando um sorriso de lado mas a mesma segura minha mão

— fica... — S/n me olhou com aqueles olhinhos de cachorro novo, tão fofinha que eu não tive como negar

Alguns instantes depois quando apaguei todas as luzes do apartamento eu vi uma S/n vulnerável deitada em sua cama, aparentemente fazia um bom tempo que ela não tinha um sono tranquilo. Assim que me deitei na cama ficamos de costas um pro outro.

— boa noite... — digo baixo, ouvindo S/n se remexer ao meu lado

— boa noite... — disse dando um beijo em meu ombro que me fez dar um sorriso bobo

Assim, parecendo um bobo apaixonado, todo feliz eu dormi, ignorando todos os conflitos internos que eu tinha eu dormi tranquilo.

Acordei algumas vezes durante a madrugada, na primeira vez que acordei S/n estava com o braço em minha cintura, na segunda vez estavamos de conchinha sendo eu a conchinha menor e na terceira vez que eu acordei ela estava deitada ao contrário, com a cabeça nos pés da cama.

Apesar das posições estranhas essa foi a noite mais calma da minha vida em semanas.

17 de Agosto

11:40

S/n on

Finalmente, eu finalmente consegui ter uma noite de sono sem pesadelos. Enquanto me espreguiçava da forma mais calma possível na cama eu senti toda a paz do mundo percorrer o meu corpo.

Quando eu levantei meu tronco minimamente, notei que de alguma forma estranha eu havia virado na cama enquanto dormia, agora meus pés se encontravam na cabeceira da cama. Taehyung ainda dormia ao meu lado, aparentando também estar tendo um sono tranquilo.

Com cautela me levantei, fui até o banheiro, lavei meu rosto e escovei os dentes e em seguida voltei pra cama. Taehyung já havia acordado.

— como dormiu? — perguntei enquanto o mesmo se sentava ainda com a cara toda amassada, cabelo bagunçado e olhos pequenininhos, fofo

— bem... — respondeu me olhando enquanto eu pegava o celular — e você?

— igual! Acho que você vai ter que vir aqui todo dia pra gente dormir junto — brinquei vendo o mesmo abrir um pouco de lado

— não haverá reclamações da minha parte — me olhou com um sorriso de lado

Revirei os olhos em silêncio vendo o mesmo pegar um dos travesseiros e colocar no colo, o que me fez soltar uma risada baixa, fazendo as bochechas do mesmo ficarem um pouco vermelhas.

— o que foi? Você precisa de ajuda? — perguntei de forma irônica soltando uma risada baixa

— o que você acha — respondeu revirando os olhos

Me ajoelhei na cama assim que Taehyung se inclinou pra levantar.

— se você quiser eu te ajudo... — sussurrei no ouvido do mesmo apoiando minhas mãos em seus ombros

Taehyung voltou a sua posição inicial e com um movimento rápido me puxou para o seu colo.

— eu sou todo seu... — sussurrou em meu ouvido com a voz rouca, o que me fez abrir um sorriso largo antes de o beijar

ෆ⁠♡ෆ


Notas Finais


Obrigada por ler ♡


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