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História Atroz - Capítulo 18


Escrita por: Gabriely_Oliver

Notas do Autor


BOOOOM DIAAAA JOVENS!
Como vocês estão, hein? Tão bem?
Logo eu, a que não tem relógio, chegando a essas horas da madrugada de um domingo shuahs. Não é nem dez horas. EU OUVI UM AMÉM?
Não me pergunte, porque não sei como isso aconteceu. As vezes milagres acontecem.
Enfim, vou aquietar os dedos.
Boa leitura pra vocês <3

Capítulo 19 - Capítulo 18


Mallory Brown


— O que você pensa que está fazendo aqui, quatro olhos? — Pergunto o olhando com tédio.

— Olhe os modos, Mallory! — Meu pai diz me repreendendo.

— Não, está tudo bem, senhor Brown! — James fala o encarando de forma suave. Bufo enquanto deixo meus sapatos deslizarem entre os meus dedos, fazendo com que os mesmos caiam no chão.

— O que você está fazendo aqui? — Repito a mesma pergunta. James volta seus olhos em minha direção novamente enquanto me encara.

— Você se esqueceu, não é? — Ele pergunta com uma careta.

— A única coisa que consigo me lembrar no atual momento, é que eu não gosto e não quero sua presença aqui. — Digo perdendo a paciência.

— Mallory Brown! — Meu pai me repreende de forma dura. Bufo.

— É sobre o trabalho que o diretor passou, Mallory. O prazo de entrega é para segunda. — O tom de voz do quatro olhos é sério, mas ele não parece se abalar com as minhas palavras. Faço uma pequena careta de desgosto ao me lembrar. Com os últimos acontecimentos, eu nem mesmo tinha percebido que o mês tinha passado tão rápido.

— Bem, já está no meu horário. — Meu pai diz se levantando. — Foi ótimo te ver, James. Mande lembranças para os seus pais por mim. — Ele fala apertando as mãos do quatro olhos firmemente. Um meio sorriso se encontra no canto de seus lábios ao encarar o pequeno nerd fracassado. Mas o pequeno sorriso some totalmente de seus lábios ao voltar seus olhos em minha direção. — Depois teremos uma conversa séria, Mallory. Muito séria.

— Contarei os segundos para ter essa maravilhosa conversa com você, pai. — Falo ainda sentindo resquícios do álcool percorrendo o meu sangue. Faço uma pequena careta ao sentir minha cabeça começar a doer.

— Depois conversaremos. — Ele volta a reafirmar de forma dura. Mas logo depois, ele pega a maleta preta que está sobre a mesa de centro e vai em direção a porta. O acompanho com os olhos até ouvir a porta ser batida com certa força. Quando volto meus olhos para frente, encontro James me encarando sem expressão.

— Então meu caro, caso você não esteja vendo, a porta de saída é ali. — Digo apontando para a porta que acabou de ser fechada. — Pode se retirar.

— Eu não vou me retirar, cenoura. Nós temos um trabalho para fazer. — Ele fala revirando os olhos.

— São dez da manhã, eu não vou fazer nada agora. Na verdade, não farei em hora alguma. — Falo me virando de costas para o mesmo.

— Ah mas você vai fazer sim! — Subo alguns degraus me distanciando do mesmo. Mas paro ao ouvi-lo se aproximar. — O que você pensa que está fazendo? — Digo rude ao me virar para trás, me deparo com a figura de James no primeiro degrau da escada.

— Estou indo para o mesmo lugar que você.

— E eu posso saber quem te convidou? Aliás, quem te chamou para vir até a minha casa?

— Eu que me convidei, fósforo. E isso já é mais que o suficiente. — Ele diz com uma expressão debochada em seu rosto. Porém, logo em seguida ele abaixa a cabeça e suspira de forma cansada. — Escute Brown, escola sempre foi uma das coisas mais importantes na minha vida. Eu não sou como você, que tem tudo e quase todos aos seus pés. Eu quero me destacar por algo, mas diferente de vocês que pisam nos outros para conseguirem o que querem, eu faço isso através do meu esforço. E a única forma que encontrei até o momento, é a minha vida acadêmica. E acredite, parecendo ou não, isso trará muitas oportunidades para nós. — Ele diz me olhando de forma sincera. Alguns raios de sol entram em contato com os seus cabelos castanhos e com os seus olhos verdes, os deixando mais intensos. James me olha sem nem mesmo piscar, esperando que eu diga algo. Porém, nada em meu rosto demonstra nem um tipo de emoção.

— Que estranho... — Murmuro baixo.

— O que? — Ele pergunta confuso.

— Eu não me lembro de ter virado psicóloga para ouvir sobre suas frustrações sobre a vida. — Digo irônica. Seus olhos me fitam como se não acreditassem no que estava ouvindo.

— Você é impossível, garota. — Dou um sorriso debochado e me viro novamente seguindo o meu caminho.

— Sente-se no sofá. Volto em alguns minutos, talvez horas. — Digo alto o suficiente para que ele me ouça. Não me viro para trás para ver sua expressão, apenas caminho até o meu quarto.

[...]

Desço as escadas sem pressa alguma. Meus pés batem suavemente contra o assoalho do chão. Encaro a sala confusa. Onde o embuste está? Será que ele foi embora? Abro um sorriso grande quando essa ideia surge em minha cabeça. E por alguns segundos, um grande alívio paira sobre o meu peito.

Porém, ele passa no exato momento em que ouço algumas risadas vindas da cozinha. Fecho minha expressão e caminho com passos rápidos até o local.

— Mas que droga está acontecendo aqui? — Pergunto de forma dura ao chegar na cozinha.

Tanto a atenção de James quanto a de Nana se voltam totalmente para mim. James está sentado em um balcão que está de frente para a mesa que Nana está apoiada enquanto corta alguns legumes que não me preocupo em saber quais são. Antes da minha chegada, o corpo de James estava totalmente relaxado, enquanto ele ria sem sarcasmo ou deboche, a qual eu nunca tinha presenciado antes. Mas logo após ouvir minha voz, ele endireita o seu corpo de forma ereta. Já Nana continua com o mesmo sorriso doce nos lábios.

— Desculpe pelas risadas altas, senhorita. É que o senhor Reed é extremamente engraçado. — Nana continua sorrindo ao pronunciar essas palavras.

— Eu já disse que pode me chamar de James, Nana. — James diz a olhando com um sorriso brincalhão. Por alguns segundos eu permaneço em silêncio, e por algum motivo que eu desconheço, sinto meu estômago se revirar.

— Eu não quero saber se esse energúmeno é engraçado ou não, Nana. Na verdade, nem você deveria estar interessada em suas palhaçadas idiotas. Seu trabalho aqui não é esse. — Digo sem expressão. A tensão no ar é perceptível.

— Desculpe senhorita Brown. — Ela fala perdendo o sorriso que estava em seus lábios. James me encara com uma carranca. Posso perceber pelo seu olhar que ele não gostou nada das minhas palavras. Mas eu não me importo.

— Isso não é jeito de tratar uma senhora, Brown. — James diz me encarando sem piscar. Passo minha mão pelos os meus cabelos molhados tentando buscar paciência.

— Quem decide como eu trato ou deixo de tratar os meus funcionários dentro da minha própria casa, sou eu James. E se você quiser fazer essa porcaria de trabalho, te sugiro que vá para a sala agora mesmo. Antes que eu mande os seguranças te retirarem daqui.

— Nana, eu até me preocuparia de te deixar aqui com esse ser humano deprimente. Porém pelo o que vejo, o que vem debaixo não te atinge. — James diz arrumando os óculos enquanto pisca de forma divertida para a minha empregada. — Foi um prazer te rever, até mais. — Ele diz acenando em sua direção. Meus lábios se separam com indignação.

— Não vai esperar o suco, menino? — Ela pergunta.

— Não Nana, obrigado. — Ele fala com um pequeno sorriso em seu rosto. E com isso ele se distância em direção a sala. Bufo e me viro para seguir o mesmo rumo que ele seguiu. Porém uma voz me impede no meio do caminho.

— Tome aqui senhorita. — Nana diz andando rapidamente atrás de mim. Franzo minhas sobrancelhas ao ver um copo de água e um comprimido em suas mãos.

— O que é isso? — Pergunto confusa.

— É para dor de cabeça. — Ela fala dando ombros. Surpresa brilha em meu olhar ao perceber que eu não tinha a dito nada sobre a minha cabeça. Então me recordo que quase todas as manhãs que volto de ressaca, Nana sempre me dá um comprido.

Por segundos, eu a encaro. Mas logo em seguida, pego o comprimido e a água de suas mãos e tomo. Devolvo o copo em suas mãos e volto a andar em direção ao meu caminho inicial.

Ao chegar na sala, encontro James sentado no sofá olhando para a parede. Seus olhos estão perdidos, sem direção. Me sento no outro sofá o encarando de forma impaciente. Entretanto, ele não parece perceber a minha presença, já que continua do mesmo jeito. Encaro minha volta a procura de algo específico, abro um leve sorriso ao pegar uma almofada em minha mão. Miro a mesma em sua cabeça e a taco. Solto uma risada debochada ao ver a expressão perdida de James, seus óculos acabam caindo com o impacto. Suas mãos dão pequenas batidinhas no sofá de forma desesperada, a procura de seus óculos. No momento que o encontra, seus olhos se enchem de raiva ao me encarar.

— Sua idiota, você poderia ter o quebrado! — Ele vocifera em minha direção.

— Poderia mesmo... Talvez da próxima eu tenha mais sorte.

— Você não cansa de agir assim? — Estalo minha língua no céu da boca ao ouvir suas palavras cansativas.

— Você veio aqui para fazer essa droga ou para encher o meu saco? — Pergunto o fitando. James suspira tentando buscar paciência.

— Vamos fazer isso logo para que eu possa ir embora e esquecer da sua existência. — Ele fala rapidamente.

— Agradeço imensamente pela parte que me toca. — Falo com ironia.

— Então, o diretor pediu um relatório detalhado sobre as atividades um do outro. No caso, do clube de matemática e da torcida. — Ele fala ignorando totalmente as minhas palavras anteriores. Ele arruma seus óculos em um tique.

— Você nem mesmo foi aos treinos da torcida, como acha que sabe dizer algo sobre isso? E bem, eu tive mais o que fazer além de me preocupar com um bando de nerds sem vida, que se importam mais em encontrar o valor do x, do que encontrar o sentido em suas existências desnecessárias. Então como acha que isso vai funcionar? — Pergunto com as sobrancelhas arqueadas.

— Na verdade, eu fui em quase todos os treinos. Fiquei no canto da arquibancada observando e fazendo algumas anotações. E sobre o clube de matemática, te explicarei em algumas palavras tudo que você precisa fazer para fazer algo descente.

— Traduzindo, você vai me dar um relatório quase pronto?

— Basicamente sim. — O quatro olhos fala tirando uma mecha de cabelo que caiu sobre os seus olhos. — Vamos começar? — Ele pergunta com uma falsa animação. Deixo minha cabeça cair no encosto do sofá e suspiro.

[...]

— Acabamos. — James diz soltando o lápis que estava em suas mãos.

— Finalmente. — Murmuro com os olhos fechados. — Eu não aguento mais.

— Não aguenta o que? Você não escreveu nem dez linhas! — Ele esbraveja com indignação.

— Por mim eu nem teria feito essa porcaria, então se sinta satisfeito. — Falo reviro meus olhos.

— Oh, de nada por emprestar minha mão e te falar praticamente tudo o que você deveria escrever, cenoura. E não agradeça por eu te ajudar a continuar na direção daqueles abutres que não sabem nem mesmo ler direito. — Ele fala com ironia.

— Como você é irritante.

— Obrigado, me sinto lisonjeado com tal elogio. — James fala com deboche. Sua mão busca algo em seus bolsos, a qual descubro ser o seu celular segundos depois. — Lamento ter que me despedir assim, fósforo. Porém, agora eu tenho que ir. Tenho compromissos a serem feitos. — Quatro olhos diz se levantando do sofá e guardando o celular em seu bolso novamente. Ele recolhe as folhas que usamos rapidamente e me encara esperando uma resposta.

— Feche a porta quando sair. — Digo seca. James morde os lábios e continua me olhando sem dizer nada, seus olhos estão firmes nos meus. Engulo em seco ao sentir um frio estranho passar pela minha barriga. Mas ignoro totalmente. Suspirando, ele se vira e vai embora.

Meus sentidos se perdem por alguns segundos enquanto encaro a televisão da sala, que se encontra desligada. E ali, fico pelo resto da tarde. 


Notas Finais


Um capítulo inteirinho sobre esses dois. Que gracinha.
Frio no estômago, Brown? Really? Não sei de nada.
Como eu amo esses dois juntos, é um mais cavalo que o outro, gosto assim.
Tadinha da Nana, a velhinha só sofre.
Genteeee, eu disse que ia responder todos vocês na terça, porém, eu não tinha respondido porque minha tia de outra cidade chegou e ficou na minha casa até na sexta, não deu tempo pra fazer nada! Mas como eu tinha prometido pra vocês, e promessa é dívida, respondi vocês ontem. Fiquei das nove da noite, até as duas da madrugada (no meu bloco de notas, é claro), acabou que quando eu tava terminando, eu não estava nem conseguindo ler o que escrevi KKKKKKKKKKKK. Mas o importante é que respondi, né não?
Obrigada por todos os comentários maravilhosos, e me desculpem pela minha demora em responder, vou ver se crio vergonha e arrumo meus horários direito. Vocês são seres maravilhosos <3
Mas e aí? O que acharam desse cap? Me contem!
Acho que é só isso mesmo, por incrível que pareça, hoje não tem asneira nenhuma pra falar. Seria esse outro milagre divino?
Então acho que é só isso mesmo.
Até a semana que vem (se eu não morrer, é claro. Se eu morrer e o céu tiver Wi-Fi, é tranquilo, vou continuar atualizando. Então vamos esperar que tenha)
Tchauzitooo!


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