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História Augustus: O Retorno - O último O.k..


Escrita por: MissAtomicBomb_

Notas do Autor


Olá, minhas jujubas!
Bom, quero pedir desculpa pela demora desse capítulo, confesso que eu não me senti inspirada para escrevê-lo e desde já quero pedir desculpas se ele não tiver ficado muito bom. Eu também demorei pra escrever porque eu tava meio doente do meu ouvido, mas podem culpar também o Edward Kitsis e o Adam Horowitz pela minha demora, porque eu não mandei eles criarem Once Upon a Time pra eu ficar viciada e não ter mais vida.
Enfim, aproveitem o penúltimo capítulo.
Boa leitura!

Capítulo 33 - O último O.k..


Fanfic / Fanfiction Augustus: O Retorno - O último O.k..

                Estávamos na primeira semana de janeiro, quando Hazel Grace sentiu uma dolorosa contração, pelo menos eu achava que era apenas isso, mas a obstetra Lucy fez questão de me avisar na sala de espera do hospital que eu estava enganado e que seria pai mais cedo.

                — A Sr. Waters está em trabalho de parto — ela não sorriu —, o senhor poderá acompanhar se quiser.

                Corri minha mão pela nuca e sorri tentando imaginar como seria o rosto da nossa filha, eu ansiava saber se a Laura teria os meus olhos ou se haveria algo nela igual a mim. Mas eu não sabia se deveria estar sorrindo, afinal, Hazel só deveria ter o bebê na semana seguinte. Meu sorriso desapareceu aos poucos.

                — Sinto muito, mas preciso lhe fazer uma pergunta — a médica disse delicadamente, como se cada sílaba que ela estivesse prestes a pronunciar pudesse me ferir.

                Apenas assenti com a cabeça.

                — Bom, é uma pergunta muito delicada para um marido e um possível futuro pai — ela começou e eu já estava com medo do que viria —, faremos o possível para que tudo ocorra bem, mas eu e toda a equipe precisamos saber quem o senhor prefere que salvemos.

                Fiquei sem reação, era como me pedir para escolher entre meu pai e minha mãe.

                — Como assim possível pai?

                A mulher se aproximou e me pediu para sentar em uma das cadeiras próximas, mas eu recusei e insisti por mais detalhes.

                — A Sr. Waters está em um estágio muito avançado da doença, nós não queríamos um parto normal, mas não pudemos fazer nada. A criança se apressou e estamos fazendo de tudo para salvar as duas, mas é essencial que o senhor esteja ciente de que...

                — Como é que é? Ela não pode ter um parto normal, ela pode morrer — gritei e todos no ambiente olharam para mim.

                Parecia que o meu chão havia caído, eu sabia que a Hazel poderia morrer a qualquer momento, pois algumas vezes nem mesmo a cânula dava conta e ela constantemente sofria com falta de ar, mas eu nunca havia me imaginado sem ela.

                — Eu posso ir até ela? — perguntei, tentando me recompor e olhando em volta para saber se eu não era mais o centro das atenções.

                — Espero que o senhor fique calmo quando a vir e tente acalmá-la também.

                Então depois de eu me cobrir com toda aquela bata verde e outros acessórios como máscara, luva e touca, a Dr. Lucy me acompanhou até a sala de parto. Então eu vi uma cena terrível, um grito desesperadamente silencioso de Hazel Grace.

                — Ela está tendo dificuldade por conta da doença, mas providenciamos um cilindro com mais potência para ela respirar melhor — a Dr. Lucy me falou quando percebeu minha aflição.

                Um enfermeiro chamou a médica e após poucos segundos ela me avisou:

                — Os parentes da paciente estão na sala de espera, vou notifica-los do estado da Sr. Waters e voltarei em seguida para auxiliar no parto.

                Andei apressadamente para perto da minha esposa e quando toquei sua mão, percebi que estava fria. A levei para os meus lábios e em seguida tentei encorajá-la:

                — Falta muito pouco para a nossa menininha nascer, meu amor.

                Hazel não teve reação alguma, mas uma lágrima caiu de seus olhos. Não pude evitar não chorar, infelizmente eu não chorava por saber que em breve eu seria pai, mas chorava por temer a consequência que eu enfrentaria por ser pai.

                — Hazel, coragem. Falta pouco, querida, vamos! — O médico falou, mas Hazel sequer fez algum esforço, muito pelo contrário, seus olhos estavam vidrados no teto e suas mãos só ficavam mais frias.

                Pensei em dizê-la que Laura seria linda e que logo logo estaríamos nós três juntos. Mas Hazel não queria que a bebê se chamasse Laura. Eu prefiro Liezel, Gus! Laura é tão comum, ela dizia.

                — Coragem, Hazel! Eu sei que você é muito forte, estamos quase lá — o médico insistiu.

                Mais uma vez, pousei um beijo em suas mãos frias, pensando em tudo o que eu sonhei para nós e em como nossa pequena família seria com a chegada de mais um membro. Eu imaginava que Laura aprenderia a ler com os nossos livros prediletos e que cresceria no orgulhando de tudo o que fizesse. De repente a mão da Hazel começou a ficar quente e de sua boca saiu um grito ensurdecedor, fazendo-me sair de meus devaneios. Mas nada foi mais estridente do que a música que eu acabara de ouvir: o choro da minha filha.

                Enquanto os médicos comemoravam e parabenizavam a força de Hazel Grace, eu os observava cortando o cordão umbilical do bebê. Em meio a toda a luz fraca daquela sala, o som daquele choro insistente brilhava entre nós e eu só queria segurá-la. Mas Lucy a entregou para uma enfermeira limpá-la e eu confesso que nem havia me tocado que a médica havia voltado para a sala de parto.

                — A nossa bebê — Hazel sorriu e me encarou.

                — A nossa bebê, minha querida — repeti e me inclinei para beijar a lateral de sua testa.

 

***

 

Após o banho de Laura, a enfermeira a colocou nos meus braços e eu pude sentir a emoção tomando conta de mim, Hazel sorria, mas seus lábios não tinham cor. Substituí a emoção pela preocupação.

                — Como você está se sentindo? — Perguntei e ela sorriu ainda mais.

                — Muito feliz, eu amo você, eu amo a nossa filha.

                Antes que eu pudesse dizer que também a amo, a enfermeira trouxe uma mamadeira de leite. Fiquei confuso com a situação.

                — Por que uma mamadeira? — Eu quis saber, enquanto tentava ser bom em segurar bebês.

                Hazel passou a mão na testa e fechou os olhos.

                — Sua esposa está muito fraca, não podemos deixa-la amamentar a criança.

                — Posso pelo menos dar a mamadeira para ela? — Ela perguntou, ansiosa.

                A enfermeira tirou Laura dos meus braços e a colocou nos braços da Hazel. Em seguida, os meus pais e os pais dela foram visita-la e o Dr. David me chamou para uma palavra no corredor.

                — Infelizmente a Hazel está numa situação muito grave, o bebê nasceu saudável, mas a sua esposa não resistirá — ele concluiu.

 

                Tentei ser forte, mas chorei como uma criança. Tudo o que eu havia sonhado para nós, se desfez em segundos.

                O médico colou a mão no meu ombro e lamentou.

                — Eu sinto muito, Sr. Waters.

               

               

                Depois que os nossos parentes já haviam saído do quarto, eu tentei ficar sozinho com Hazel e Laura. Nossa filha dormia em meus braços, quando Hazel disse, numa voz fraca:

                — Ela é linda.

                — Sim, a Liezel é linda! — Disse, na tentativa de surpreendê-la.

                Hazel sorriu delicadamente e em seguida me olhou com olhos estreitos.

                — Não quero que mude o nome por minha causa — ela falou, pegando no meu braço.

                Ignorei suas palavras e continuei:

                — Liezel Grace é estonteante!

                Ela sorriu, suas ações ainda mais fracas.

                — Eu amo vocês, o.k.? — Eu disse, então senti sua mão se desvencilhando do meu braço.

                — O.k.

                Depois disso, me lembro de ter ouvido apenas o meu choro incessante.


Notas Finais


Não esqueçam de comentar, e aguardo vocês no último capítulo da fanfic.
Ainda não viu o trailer? Olha lá!
https://www.youtube.com/watch?v=Sh3I3PeYwuw
Beijos da Clari!

Pessoal, tenho uma fanfic maravilhosa para indicar para vocês.
É da categoria Cidades de Papel e faz uma continuação da obra do nosso querido John Green. O nome da fanfic é Cidades de Papel - A história continua. Escrita pela monicaleal. Sou leitora dessa fanfic há muito tempo e eu recomendo, é maravilhoa: ( https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-cidades-de-papel-paper-towns-cidades-de-papel--a-historia-continua-2471577 )


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