História Aurora e Severus Snape - As Recompensas

-Voldemort venceu

Ela se aproximou dele mancando. 

-Potter?

Seus olhos ficaram inexpressivo novamente. Ela olhou para baixo e pigarreou. 

Snape estava quase entrando em sua mente para saber o que havia acontecido. Ele falhara ao proteger o filho de Lily Evans?

-Fale!Logo! - Sua voz continha o tom habitual

-Voldemort lançou uma Avada Kedavra nele, mas a única coisa que conseguiu, foi matar a própria horcruxs. Agora só falta a cobra e aí sim, o próprio Voldemort. 

-Então Potter sobreviveu?

-Ele está inconsciente. Narcissa Malfoy mentiu para o Lorde Das Trevas e disse que Harry estava morto. Ela nos chamou, eu, Mione, Ronny e Minerva o escondemos não cabana de Hagrid. 

-Esse é o plano mais estupido que já ouvi em minha vida.

-Você tem algum melhor, professor?

Ele levantou uma sobrancelha em direção a aluna. 

-Não... No momento...-Respirou fundo, tomando coragem para a próxima pergunta- Quantos mortos?

-Vários alunos... Vários comensais também.

-Alguém da Ordem? 

-Não... Fred, Tonks e Lupin não morreram por pouco. 

-Professores? 

Aurora engoliu em seco.

-Flitwick e Trelawney - Falou o mais rápido e claro possível. -Eu sinto muito.

-POR QUE VOCÊ ME SALVOU?- Falou em um rompante descontando sua frustração da perda de seus colegas naquela pergunta.

Viu os olhos de sua aluna se encherem de lágrimas enquanto a mesma recuava um passo para trás. 

-Por que eu preciso de você...- Falou tão baixo quanto um sussurro.

Ele passou a mão nos cabelos e respirou fundo. 

-Voldemort não gostará de saber que eu sobrevivi. 

-Diga que fui eu!

-Você está louca? -Falou um pouco alto de mais- Sabe o que ele faria com você se soubesse?

-E o que ele fará com você?

-Não vai querer saber...

-Por Salazar, me desculpe-Ela começou a chorar.

-Pare de chorar por mim, por que você faz isso? Você sempre fez isso, por que? Por que se importa? Ninguém nunca se importou- Cuspiu as palavras com rancor.

Ela se aproximou mais do professor. 

-Eu ainda não sei o que fizeram com você, mas eu me importo.

-Você não viu?

-O que?

-As minhas memórias... 

Ela negou com a cabeça.

-Não vi. Só Harry viu, mas posso imaginar o que seja...

-Como?

-“Você tem os olhos da sua mãe “... Sempre foi por ela, não é?

-Sim... Sempre...

-Ela te amou?

-Não como eu a amava. -Sua voz saiu fraca, sem força. Fechou seus olhos para espantar a tristeza. Respirou fundo.

-Eu sinto muito...

Severus olhou seriamente sua aluna.

-Você precisa saber proteger sua mente contra Voldemort!

-Eu... Eu não consigo! Não vou conseguir! Não sou como você! Eu não sou tão inteligente quanto você ou Hermione.

-Andrews!-Falou seriamente-Acalme-se!

Ela passou a mão no próprio rosto, fazendo uma careta quando encostou em um dos machucados. 

-Eu vou te ensinar! Começamos hoje mesmo.

-Eu... Eu...

-Andrews, eu preciso que você seja forte.

-Sim, senhor. 

......

-Severus...- Voldemort falou sem demonstrar sentimentos. Estava no escritório do diretor, acariciando a cobra asquerosa. 

-Espero que minha sobrevivência não seja um insulto a sua pessoa, Milorde.

-Como, Severus? - Sua voz rouca e gélida escoava no escritório.

-Uma poção no meu bolso, repôs meu sangue e neutralizou o veneno...

Ele alisou a Varinha das Varinhas dramaticamente.

-Você foi um grande seguidor, Severus... Mas apenas um de nós poderá existir.

-Se me permite, Milorde... O senhor está equivocado. 

-Está me dizendo que estou equivocado?

-Na noite em que Dumbledore foi morto, ele foi desarmado por Draco Malfoy. Esse foi desarmado por Potter, na mansão de Lucius. A Varinha das Varinhas nunca me pertenceu. O senhor é tão poderoso que conseguiu matar o jovem que tinha o domínio da mesma. E agora, não se tem dúvidas que a Varinha pertence ao senhor.

-Muito bem, Severus... Muito bem... Tem apenas um problema!

-E qual é esse problema, senhor?

-É que eu me senti sim insultado com a sua sobrevivência. 

__.__

Todos nós estávamos amarrados, sentados no chão do Salão Comunal. 

Levaram Tonks, Molly e Arthur Weasley para as masmorras do castelo, mencionaram uma grande cela improvisada. Neville teve o mesmo destino por desafiar Voldemort.

Lupin estava amarrado junto com os professores que sobreviveram. 

Draco entrou no Salão acompanhado de seus pais. Eles exibiam orgulhosos o filho comensal.

Olhamos o loiro com desprezo e o vimos abaixar a cabeça envergonhado. 

Antes de correr para a Sala Precisa para checar Snape, Narcissa havia ajudado a mim, Hermione, Ron e Minerva a sair de vista dos comensais e levamos Harry até a cabana de Hagrid onde ele, inconsciente, parecia dormir pacificamente.

Agora no Salão Comunal, ela parecia perfeitamente entrosada com os outros comensais. 

-Atenção!- Bellatrix se aproximava com seus olhos psicopatas. -Vocês hoje têm uma chance! Fiquem gratos por isso!- Riu esganiçada sem nada engraçado ter sido dito.- A partir de hoje, essa não será mais uma escola comum... Vocês serão nossos mais novos soldados e eu serei sua tenente! Vocês passarão por provas e no final, se obtiverem sucesso, serão recompensados com a Marca Negra. Se não obtiverem sucesso, serão recompensados com a morte!