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História Auxilium Spiritus - O começo


Escrita por: Lady_Solar

Notas do Autor


OIOIIIIIII :3
Eu dnv xD
espero q goxtem! :3
É uma Noragami AU muito modificada, não precisa ter assistido para entender.

Capítulo 1 - O começo


Há alguns meses, Izuku nunca pensou que a situação estaria como está agora. 

Tinha apenas nove anos e já se via obrigado a passar por isso. É certo que tinha uma mente brilhante e pensava com muito mais clareza e mais rápido que as outras crianças de sua idade, no entanto, não achava que seu futuro seria assim. 

Aconteceu faz três meses, foi tempo suficiente para que a sua vida virasse um inferno. 

Atualmente estava em seu quarto. A janela estava fechada, então era tudo praticamente um breu, iluminado apenas pela luz fraca de sua luminária. O esverdeado se encontrava encolhido contra o pé da cama, evidentemente mais magro do que deveria, olhos aprofundados e cheios de exaustão e desesperança, e o corpo cheio de hematomas, feridas recentes e cicatrizes recém curadas. Ouviu passos pesados vindos do corredor.

"Ei! Sua pequena puta!"  a voz de seu pai se fez presente. "não se atreva a me incomodar, se não, já sabe..." Provavelmente ia dormir ou algo assim. Conforme falava, andava na frente do quarto de Izuku, parando na porta e ameaçadoramente levando a mão até o cinto. 

"sim senhor..." respondeu em um fio de voz, já sabendo, por experiência própria altamente dolorosa, que desafiar seu pai era pedir para ser castigado.

Pequena puta, minha piranha, desperdício de esperma, eram apelidos "carinhosos" que Midoriya Hisashi havia lhe dado, não muito tempo depois de entrar em sua vida. 

O incidente que levou a isso ainda estava fresco em sua mente.

Era seu aniversário quando aconteceu. Sua mãe, doce, gentil, amável e carinhosa, o completo oposto de Hisashi, queria lhe levar para comprar um presente no shopping, afim de comemorar a data alegre, e ambos saíram de casa.

Fazia três meses...

Três meses desde que quando passavam ao lado de um beco, e um vilão pegou sua mãe pela nuca e a puxou para as sombras. 

Três meses desde que gritara "mamãe" em desespero, tentando em vão chegar até ela a tempo.

Três meses desde que as mãos fortes do vilão, que provavelmente tinha alguma peculiaridade relacionada a força ou manipulação carnal, esmagou o pescoço de sua mãe.

Três meses desde que foi forçado a ouvir o creck dos ossos do pescoço de Midoriya Inko ao se partirem, e sua mãe ficar inerte. 

Três meses desde que concluiu que sua mãe foi morta apenas porque o vilão queria roubar sua bolsa.

Não se lembrava direito dos acontecimentos seguintes, só borrões. Se lembrava de uma figura de cabelos negros, acompanhada da polícia, chegar ao local e o tirar de cima do corpo de sua mãe, em seguida o abraçando para tentar dar algum conforto. Sussurrava coisas como "eu sinto muito..." e "vai ficar tudo bem..." em um ritmo calmo e tranquilizante. Nessa hora percebeu que era uma figura masculina que o segurava nos braços. 

Depois disso deve ter desmaiado, pois tudo do que se lembrava era de escuridão, e de acordar numa cama de hospital. Quando os médicos e policiais tentavam falar com ele, só recebiam silêncio em resposta. Acharam que era compreensivo, já que o garoto tinha acabado de ver sua única família verdadeira morrer, e ouviu a forma de como aconteceu. Acabou tendo que ficar naquele hospital por uma semana, até que um dos detetives que estava cuidando do caso do assassinato de Inko, Naomasa Tsukauchi, entrou no quarto anunciando que sua guarda tinha sido tomada por seu pai, o qual do nada se fez presente pela primeira vez em sua vida.

Por um momento teve esperança, de que seu pai estaria ali para confortá-lo nos momentos que tivesse saudade de sua mãe, e de que ofereceria o calor que sua mãe lhe dava quando sorria, ria ou o abraçava. 

Percebeu o quão errado estava no primeiro momento que o olhou. 

Cabelos negros opacos, barba mal feita, olhos cruéis em um tom de cinza para preto, e algumas sardas escondidas pelos pelos faciais que pendiam abaixo dos olhos. Se fosse arriscar, parecia mais um membro de gangue que um pai. Aparentemente Naomasa também achou, pois aparentava estar relutante em entregar o menino para aquele homem que o encarava com cara de tédio e desânimo. 

"vamos logo, moleque. Não tenho o dia todo." foi a única coisa que Hisashi disse antes de o pegar pelo pulso e o arrastar para fora dali . 

Não tinha se passado nem um dia quando recebeu a primeira surra. 

Se lembrava bem, estava chorando baixinho em seu quarto quando aconteceu. Hisashi tinha lhe arranjado um quarto, mas parecia que estava abandonado e que um animal, não seu filho, morava ali. 

A "cama" era um coxão sem lençol no chão. As paredes estavam gastas e mofadas, o chão cheio de poeira, e a única mobília de verdade no quarto era uma mesa de madeira acompanhada por uma cadeira, com uma luminária velha em cima desta. 

Enfim, estava chorando baixinho enrolado em cima do coxão, quando Hisashi tinha entrado em seu quarto e agarrado seu pulso tão forte que fez hematomas. 

"NÃO SE ATREVA A CHORAR! NÃO SUPORTO CHORO DE CRIANÇAS, CASO CHORE, VAI PAGAR!" 

Tinha recebido um tapa na cara e alguns socos naquele dia. Além das queimaduras causadas pela peculiaridade do seu "pai".

Desde então não era bem alimentado, muito menos tratado como um ser humano de verdade. Não podia sair de casa, não podia ir para a escola , não podia abrir as janelas, não podia chorar, não podia sorrir. 

Não podia viver praticamente. 

A menor de suas ações irritava Hisashi, em resultado recebendo vários ferimentos, hematomas e marcas de queimado pelo corpo. 

Queimaduras... Kacchan costumava o agredir e o queimar antes quando estava com raiva de si. 

Apesar disso, sentia falta do loiro. Porque, mesmo que o ferisse de tal forma, ainda se lembrava de como eram melhores amigos, e de como o tratava antes de receber sua peculiaridade incrível, "explosão".

No entanto, Hisashi teve seu ódio e raiva desde o dia que o conheceu. 

Pensamentos horríveis e suicidas circundavam sua mente desde o dia que fora adotado. 

A única coisa que o manteve são, eram seus sonhos. 

Estava indo para a "cama" para dormir, se é que conseguiria dormir, iria ficar mais uma noite acordado. Não PODIA dormir, não com Hisashi dentro da mesma casa que ele. 

Então, assim que deitou, começou a chorar baixinho, se perguntando o que fizera para merecer isso. Estava há mais de três dias sem dormir, e os olhos estavam inchados e profundos.

Mesmo relutando, foi forçado a abraçar a inconsciência e navegar para o mundo dos sonhos. 

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Estava ajoelhado na escuridão, abraçando os joelhos e com a cabeça enterrada entre os mesmos. 

Heh, mesmo seus sonhos eram uma tristeza. 

Até que sentiu uma mão em seu ombro. 

Pulou involuntariamente, e em seguida olhou para cima. Sua visão foi preenchida com a aparência de um homem que estava a sua frente ajoelhado, olhando-o com um misto de piedade e compreensão. 

O homem em questão era pálido, muito pálido, como se não tivesse sangue em suas veias. Cabelos brancos ligeiramente espetados, olhos vermelhos vivos. Era alto, e suas mãos tinham ossos nas pontas dos dedos em formato de garras. Vestia um terno negro e arrumado que se assemelhava ao de um grão-senhor chique de algum lugar. 

"q-quem é você...?" perguntou fracamente. 

"Isso por enquanto não é importante, Midoriya. Vai descobrir em breve." com isso, o homem misterioso sorriu e estalou os dedos. O ambiente ao seu redor começou a mudar, e toda a vasta escuridão virou um salão enorme e alto, com janelas imensas que iluminavam todo o lugar. Lá fora, a paisagem era de um campo verde maravilhoso, e dentro, o chão era completamente coberto de flores brancas e puras. Tinham alguns sofás na parte esquerda do salão, cada um parecendo mais confortável do que o outro, e do lado direito uma grande cascata de água cristalina que formava um espelho d'água no chão.

Nunca vira um lugar tão lindo. 

"Onde... que lugar é esse?"

"sua própria mente, Midoriya. Mesmo que esteja desgastado e sofrendo por fora, a sua mente continua intacta e bela. Tenho orgulho de você." o homem misterioso lhe disse, a mão ainda repousando suavemente em seu ombro. Começaram a andar até uma parte do salão, e ma porta residia no meio. 

"quando atravessar essa porta, voltará a realidade. Mas sempre pode voltar aqui quando dormir, quantas vezes desejar." disse o homem misterioso. 

"é verdade isso?... eu... posso voltar aqui?" perguntou. 

"é claro, afinal, a mente é sua. Eu sou um tipo de "intruso"" o homem riu, e gesticulou a porta para Izuku, indicando que estava na hora de ir. 

Hesitantemente andou até ela, e agarrou a maçaneta, abrindo-a para encontrar a escuridão além. Olhou para trás uma última vez, antes de seguir adiante e atravessar.

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Acordou em um sobressalto. 

Aquilo... foi real?

Desde aquele dia, Izuku foi para o mundo de seus sonhos e ficou na companhia do homem misterioso. Nunca descobriu quem era. Mas, de certa forma, ter alguém com quem falar o fez ficar mais feliz, como não ficava desde a morte de sua mãe. 

Dormia quase pacificamente novamente. 

Até Hisahi entrar em seu quarto e o agredir novamente, culpando-o por alguma coisa que deve ter feito. 

Em consequência do encontro, começou a ter insônia. Encontrou uma solução ligeiramente fácil para isso. 

Remédios. 

Soníferos mais especificamente. Não entendia do porquê de Hisashi ter algo assim, mas realmente não se importou. Tomava um comprimido por noite para dormir. Felizmente, seu pai/carrasco aparentemente não se deu conta do sumiço do frasco com as pílulas. 

Foi o que tinha pensado. 

Era no meio da noite. Ia tomar uma das cápsulas vermelhas, quando ele entrou no quarto. 

Naquele dia, ele foi surrado, queimado, muito além do que o normal.

Seu próprio pai o via como um saco de pancadas que gritava quando encostava, como um bichinho de pelúcia distorcido.

"acho bom não tomar essas merdas novamente, ou então da próxima vez vai ser pior, inútil." disse Hisashi saindo do quarto, deixando um Izuku frágil, ferido e fraco para trás. 

Desde então os apelidos apareceram. Isso tudo conduziu-o a situação desesperadora que estava. Assim que seu pai lhe deu o aviso para ficar calado, e em seguida saiu do quarto, os pensamentos de desespero o inundaram. 

Inútil.

Sem peculiaridade.

Lixo humano.

Escória. 

Morra logo de uma vez e acabe com esse sofrimento. 

Não serve para nada. 

Estava tremendo como uma folha no vento. Suava frio e a vontade de chorar persistia, mas parecia que nem tinha mais lágrimas para derramar de tanto que chorara anteriormente. Olhou de relance para o travesseiro baixo que tinha, levantando-o em seguida pare revelar o frasco de soníferos. Hisashi, em meio a fúria quando tirou sua inocência, esqueceu te tomar de volta. 

Morra logo de uma vez e acabe com esse sofrimento. 

Morra logo de uma vez e acabe com esse sofrimento. 

Morra logo de uma vez e acabe com esse sofrimento. 

Morra logo de uma vez e acabe com esse sofrimento. 

Lentamente, estendeu a outra mão e pegou o frasco. Abriu a tampa e encarou os mais de dez comprimidos que ainda tinha.

Inútil. 

Sem utilidade.

Subitamente, explodiu em lágrimas antes de dar um grito, e virou todas as pílulas em sua boca e as engoliu. Deitou e encarou a parede. Logo logo Hisashi estaria ali para lhe castigar novamente. 

Não demorou para que os soníferos surtissem efeito. 

Caiu em seu sono eterno. 

------

Estava novamente no salão magnífico, deu um sorriso verdadeiramente genuíno, e suspirou aliviado. 

"Izuku!" 

Se virou, e viu o homem misterioso correndo em direção a si. Ele parecia afoito, preocupado, e, principalmente, desesperado. 

"O que você fez?!" perguntou, agarrando-o pelos ombros.

Sabia do que ele falava. Contava como era a sua vida para o homem misterioso.

"finalmente me libertei daquele patife." foi a única coisa que respondeu, antes do som de algo rachando o interromper. 

Ambros se viraram para a porta a tempo de vê-la trincar e se partir em milhões de pedacinhos. 

"não... não era para você partir tão cedo... ainda tinha o que viver..." o homem misterioso murmurou. 

"como assim?" 

"...acho que está na hora de você saber qual que é a minha identidade verdadeira." Disse, antes que começasse a mudar. 

O terno que antes usava se transformou lentamente em um manto negro que parecia emanar escuridão e sombras de si. Em sua mão, um cabo em formato de osso começou a surgir, e uma lâmina enorme negra começou a se formar.

Era uma foice. 

"N-Não me diga que..." murmurou, em choque. 

"sim." sua voz estava mais firme que antes. "eu sou o deus da morte, o próprio Shinigami."

A pressão do ar se intensificou, e o salão se escureceu um pouco. Mas não era um ambiente hostil. 

"S-Shini-gami?" 

"sim."

Um silêncios se instalou entre os dois por um momento.

"Izuku, você sabe que existem dois mundos diferentes?" Shinigami perguntou. O esverdeado negou, confuso. "como disse, existem dois mundos, ao mesmo tempo que estão tão próximos, estão tão longes. O primeiro mundo, o mundo dos mortais, onde todos os que estão vivos seguem a sua existência, experimentam a tristeza, a dor, a felicidade, saudade, alegria, onde têm experiências novas, possuem família, amigos e fazem grandes descobertas todo dia."

"Já o segundo mundo, o mundo dos espíritos, é completamente diferente. Nele habitam dois tipos de seres, os que seguem para o pós vida, após serem apanhados pelo Shinigami ,no caso eu, e não possuem nenhum assunto mal resolvido, sentimento de vingança, ou arrependimentos, e os que acabam presos no mundo dos mortais, ou por quererem, ou por ainda terem algo para fazer lá, ou porque seus sentimentos não os deixam continuar sua jornada."

"Dependendo do grau de seu arrependimento ou de seus assuntos pendentes, eles podem acabar virando vários tipos de seres. Simples espíritos que não oferecem risco, apenas vagam e seguem suas vidas assistindo o tempo passar como se estivessem vivos interagindo com outros espíritos, os Poltergeists, que são espíritos cheios de arrependimentos e raiva, e que podem acabar influenciando pessoas com ideias erradas e interagindo com o ambiente de forma mais violenta, e os demônios, seres que não são mais espíritos, e que não podem voltar a serem o que eram. Espíritos que viram demônios tem a sua aparência modificada, seus poderes aumentados, e claro, emoções em conflito. São o tipo mais perigoso de espírito." Shinigami concluiu. "deu para entender, mais ou menos?"

"s-sim, ainda é um choque, mas entendi. Senhor Shinigami, o que isso tem comigo?" perguntou. 

"tudo. Como eu disse, existem os espíritos que habitam o mundo humano, geralmente não são um problema, mas caso se transformem em Poltergeists  ou demônios, podem acabar trazendo riscos aos seres vivos e a outros espíritos pacíficos. Por isso, de tempos em tempos, se uma alma boa e heroica nasce no mundo humano, ela é escolhida para poder guiar esses espíritos ao pós vida, os ajudarem a resolverem suas questões pendentes, e, eventualmente os eliminam se não tiverem salvação. Basicamente, sua função é proteger os dois mundos. Essa alma se torna praticamente um deus. A chamamos de "Alma Divina", ela se torna imortal, e só pode ser morta por fatores específicos." Shinigami estendeu a mão e bagunçou o cabelo de Izuku. 

"você é a alma mais pura de toda a sua era, Izuku. Você foi o escolhido para receber o poder de proteger os dois mundos. Nosso encontro não foi por acaso. Eu esperaria até que tivesse uma idade mais avançada, mas como você... bem... você sabe, eu estou te contando isso mais cedo."

Izuku teve que tomar um tempo para absorver tudo. Em tão pouco tempo, ele morreu, descobriu que os mortos andavam entre os vivos sem que percebessem, e que era o escolhido para manter os dois mundos em equilíbrio como um quase deus. 

"isso é... muita coisa, mas... me sinto honrado." sorriu. 

Shinigami devolveu o gesto. "vai aceitar? irá se tornar um herói para o mundo dos humanos e o dos espíritos?"

"sim!"

O deus da morte suspirou, quase nostálgico, porém feliz. "bem, já que aceita, vou te falar algumas coisas que podem vir a ser úteis no mundo mortal. Eu lhe darei poder para que possa realizar sua missão no mundo humano."

"que poder?" perguntou, curioso.

"o que vou lhe oferecer, vai te fazer capaz de ter shinkis." disse.

"shinkis? o que são shinkis?"

"Shinkis são servos que são escolhidos pela alma alma divina pare lhe servirem. Antes de virarem quem são, Shinkis são espíritos que vagam pela terra. Todos os espíritos podem virar Shinkis, não importa se são espíritos normais, Portergeists ou demônios. Se a alma divina conseguir um Shinki, o espírito não será mais agressivo, e você obtém os poderes que seu Shinki tinha quando vivo. Basicamente, você "ganha" a peculiaridade de seu Shinki." explicou Shinigami.

"ganha a peculiaridade? como isso funciona?!" 

"existem dois meios de usar os Shinkis em combate ou seja lá o que for. O primeiro você ganha os poderes totais do seu Shinki, mas ele precisa "possuir" você." 

"como assim?"

"Seu Shinki te possuiria para você usar sua peculiaridade. Não é realmente um grande problema, mas gasta muito de SUA energia, e sua aparência é alterada para parecer com seu Shinki assim como a sua personalidade, afinal, você está possuído por ele, mas consciente. A outra forma é transformar seu Shinki em uma arma."

"?"

"cada Shinki pode virar um tipo diferente de arma, e a alma divina ainda pode usar sua peculiaridade através dela. O poder é reduzido, mas você economiza energia. Todos os Shinki em geral podem usar uma habilidade chamada linha. Linha é a única "arma" própria de um Shinki e é usado para proteger-se de ataques de fantasmas agressivos. Esta habilidade única só pode ser usada por um shinki, não pode ser usado por você, espíritos soltos, Poltergeist, demônios ou seres vivos. Para fazer uma linha, o shinki usa a mão direita e os dedos indicador e o do meio para desenhar uma linha horizontal entre eles e os fantasmas. Este gesto fará uma barreira temporária resistente, e os fantasmas não podem se mover sobre ele. No entanto, se o fantasma for muito forte, a barreira irá quebrar, e o shinki será atacado. As responsabilidades básicas da Alma Divina para com seu Shinki é oferecer abrigo e roupas, comida, entretenimento, e caso seu Shinki for novo, treinamento. Ele vira uma parte de sua vida, literalmente."

"entendo... já que o Shinki se torna "parte de minha vida", isso também tem relação com a minha saúde e vida?"

"sim. Lembra que eu disse sobre "fatores específicos"? Esse é um deles. Um shinki é responsável por obedecer o seu mestre em todos os momentos, controlar suas emoções e também controlar-se de cair em tentações que levam a cometer pecados. Isso ocorre porque a nova vida e poder lhe foi atribuído está realmente conectado à vida da alma divina, e, portanto, qualquer tipo de distúrbio - emoções intensas, pecados cometidos, morte - será percebido por você sob a forma de dor de punhalada. Forma uma ferida intratável de forma comum, a chamamos de ferrugem. Isso é uma das exceções do que pode te matar."

"oh..."

"sim, é bem ruim e doloroso. O jeito mais fácil e menos dolorido de se livrar dela é lavar a área afetada com água abençoada." Shinigami olhou para a paisagem. "caso um Shinki fique muito corrompido, ele pode acabar virando um demônio ou Poltergeist novamente. Se isso acontecer, tem que acontecer uma purificação." Shinigami ficou em silêncio por um momento. "a purificação é um ato que envolve cortar carne, dói tanto para o Shinki como para a Alma Divina. Três Shinkis são necessários para a purificação. Os mesmos traçam três linhas em forma de triângulo em volta do Shinki corrompido, e ele é forçado a falar todos os pecados que cometeu, e precisa estar profundamente arrependido dos atos. Se a purificação der errado... além de você morrer, o seu Shinki enlouquece, e mata tudo e todos que estiverem no caminho." 

O silêncio reinou por um momento, a simples menção da possibilidade disso acontecer...

"e por fim, temos os Shinkis abençoados, também podendo ser chamados de receptáculos divinos. Acontece quando um Shinki evolui de sua forma original para uma forma melhor, mais forte, mais poderosa. No entanto, tornar-se um receptáculo abençoado não é tão fácil quanto parece, envolve o Shinki proteger o deus com a própria vida, arriscando seu nome para ser levado, ou em situações muito específicas." Shinigami concluiu. "conseguiu entender o quanto esse poder, essa nova "peculiaridade", é poderosa?"

"sim... você, tem certeza de quer dá-la a mim?"

"se você aceitar."

Com esse novo poder, ele poderia ajudar as pessoas e os espíritos, protegê-los uns dos outros e de si mesmos, com esse novo poder, uma peculiaridade, ele poderia-

"com essa bênção, eu realmente posso me tornar um herói?"

Shinigami sorriu de forma afetuosa, e bagunçou levemente o cabelo de Izuku novamente, como se fosse seu irmão mais novo. 

"sim, poderá se tornar um herói." estendeu a mão com garras de ossos em direção ao garoto

Izuku não hesitou em aceitá-la.


Notas Finais


cabô :3
espero q tenham gostado!
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO MINGA GENT
FUI


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