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História Auxilium Spiritus - Os Oito Lados do Dado


Escrita por: Lady_Solar

Notas do Autor


OIOIII

Capítulo 2 - Os Oito Lados do Dado


Fanfic / Fanfiction Auxilium Spiritus - Os Oito Lados do Dado

Seis anos se passaram desde o seu suicídio.

Sinceramente, não tinha pensado que podia voltar a ser feliz dessa forma. 

"OEEE IZUKU! A SAMAEL PEGOU O MEU SALGADINHO!" 

"QUE EU PEGUEI SEU SALGADINHO DESGRAÇA! ESSE É MEU! TEM ATÉ MEU NOME! S-A-M-A-E-L!"

"CALEM A BOCA VOCÊS DUAS!"

"CEGUETA DO CARALHO QUEM É VOCÊ PRA FALAR!"

"VAI SE FODER ASTAROTH!"

Punhaladas no pescoço.

"OUUU SEIS PARAM DE ME APUNHALAR POR FAVOR? AGRADECIDO!" Gritou da varanda.

"MALS AE!"

Acabou rindo de qualquer maneira. A dor das punhaladas tinha sumido, então só encarava as montanhas cobertas de neve na sua visão. Passou a morar naquele lugar longe de tudo e de todos quando descobriu que era a Alma Divina. 

Flashback

"Agora que lhe expliquei tudo, você voltará ao seu corpo." disse Shinigami.

"mas... a porta não foi destruída quando eu morri?" perguntou.

"sim, mas não é por lá que você vai voltar. Antes, quando você era vivo, esse mundo e a realidade eram separados. Duas existências diferentes. Agora no entanto, você poderá vir aqui quando quiser, dormindo ou não. Somente aqui você poderá se encontrar e falar comigo, mas para isso você precisará entrar em um estado de "transe" se estiver acordado. Não é realmente um problema. Mas entende? Você e esse lugar estão ligados agora, pode ir embora apenas com sua vontade, não precisa de uma passagem." explicou.

"entendi, mas, como faço isso?" 

"pense na realidade, sinta a sua essência" disse Shinigami. "respire fundo, e inspire."

Fez o que lhe foi instruído.

"já lhe aviso, quando voltar terá uma escrita em uma língua esquecida em seu braço. Só você poderá ler e entender. Quando você a ler em voz alta, será transportado para a sua nova casa, onde viverá com os seus Shinkis. Nenhum ser humano poderá ir para lá sem a sua permissão."

"entendi. Até logo então!"  disse antes de desaparecer.

--------------

Abriu os olhos e encarou a escuridão. Onde estava? era tão apertado... não tinha ar. 

Bem, de qualquer forma não morreria por sufocação. Sem se mexer, analisou a sua situação. Onde estava? tinha um cheiro estranho, era escuro, e fazia barulho de plástico... Saco de lixo. Inferno...

Só agora percebeu que estava sendo carregado.

"Tch, se alguém achar esse pirralho de bosta eu vou estar fudido..." ouviu a voz tão familiar, tão odiável...

"Aqui deve estar bom." ouviu seu pai dizer.

É o que?

Se conteve ao máximo para não gritar quando sentiu que foi jogado, e em seguida estava caindo. 

"ESSE DESGRAÇADO ME JOGOU DE UM PRÉDIO?!" pensou.

SPLASH

Bateu na água.

"Reformulando, me jogou de uma ponte." corrigiu a si mesmo em um sussurro. 

Pera.

"ELE ME JOGOU DE UMA PONTE?!" Gritou.

Se arrependeu imediatamente quando engoliu uns dois litro de água que entrou no saco de lixo.

"inferno..." pensou. 

Com alguma dificuldade rasgou o saco de lixo e começou a nadar para cima. Emergiu na água a tempo de ver o farol do carro de seu pai por cima da ponte desaparecer na estrada. 

"Que água fria... maldito..." amaldiçoou-o um pouco antes de nadar para a margem.

Estava de noite e era uma noite estrelada, fazia quanto tempo que tinha visto o céu pela última vez?

"Shinigami disse que teria uma escrita em meu braço..." pensou. Arregaçou a manga direita.

Que diabos?

Uma frase vermelha em uma língua esquisita ia de seu pulso até o fim do antebraço. 

"era pra eu conseguir ler isso?" sussurrou tremendo os dentes.

Encarou aquela frase por alguns momentos, as letras começaram a se embaralhar e a trocar de lugar.

"que diabos?" 

Ao mesmo tempo que era a mesma frase, não era. Era a mesma letra, a mesma frase, mas...

Agora podia entender o que dizia, era tão esquisito. Shinigami disse que tinha que ler isso em voz alta?

"Sou os ossos das minhas armas 

fogo é meu sangue  e o aço é meu corpo

Eu fiz, faço e farei laços com meus seguidores

inconsciente da perda

nem ciente de ganho

Resisto à dor de meus Shinkis, esperando a chegada

Eu não estou arrependido. Esse é o único caminho.

Minha vida inteira foi

salvar o mundo normal e espiritual."

Sentiu uma energia branca o rodear em forma espiral, era tranquilizante, quente, segura... Se permitiu fechar os olhos e apreciar a sensação. 

Quando os abriu não estava mais na beira do rio, e sim no alto das montanhas. Nunca tinha visto um lugar tão bonito. Onde quer que fosse era definitivamente incrível.

A sua nova "casa", pelo que entendeu, era no alto das montanhas cobertas de neve, mas estranhamente o ar não era gelado, e sim morno. 

O céu estava brilhante e estrelado, com a lua cheia enorme no céu a cima do horizonte. Onde estava parecia ser uma ponte relativamente larga feita de mármore branco, e pilastras feitas de pedra da lua completamente detalhadas se erguiam nas laterais. Levantou e foi para a próxima sala. Era enorme, aberta como a ponte, com apenas as pilastras sustentando o teto, sem paredes. Cortinas azuis escuras presas ao teto que iam até o chão balançavam conforme o vento soprava. O chão era entalhado com desenhos e escritas que desconhecia, mas apenas adornavam mais o lugar. Sofás e mobílias azuis trabalhados em madeira residiam na grande sala, juntamente com várias almofadas e cobertas peludas. No outro canto, o único lado da sala com parede, tinha uma porta com uma escada que subia em espiral. 

Subiu aquela escada tão detalhada em mármore, com o corrimão escupido como se fosse uma videira de rosa, e chegou ao lado superior daquele local. Tinham vários corredores, mas optou pelo mais chamativo. Mais pilastras com videiras entalhadas estavam junto das paredes, e o corredor o guiava a uma grande porta de madeira. Adentrou o local. 

Suspendeu a respiração. Era um quarto do tamanho de sua antiga casa.

No meio dele tinha uma grande cama redonda com cabeceira, vários travesseiros e mantas, e circundada por um tecido azul quase transparente bordado que ia do teto ao chão. Atrás da cama tinham quatro poltronas e dois sofás com uma mesa de centro feita de vidro, dois dois quatro lados do quarto não tinham paredes e eram sustentados por pilastras de pedra da lua, assim como a sala abaixo tinham cortinas azuis. Do lado esquerdo do quarto tinha uma enorme banheira (estava mais pra piscina) com água transparente e meio azulada, o estranho eram as pequenas luzes que estavam na água e se mexiam lentamente. Do outro lado tinha um armário preto com detalhes em prata. 

Estava em uma mansão, não era possível.

Notou em cima da cama um bilhete, pegou e leu-o.

Essa será a sua nova casa, aqui você viverá com os seus Shinkis. 

Esse é o seu quarto, os outros corredores tem mais, neles os seus Shinkis irão se acomodar.

Para voltar ao mundo humano é só repetir a mesma frase que usou para vir para cá.

~Shinigami.

Definitivamente, sua vida não seria mais a mesma.

Flashback off

Agora estava com 15 anos, desde o dia que veio para cá muito mudou. Tinha conseguido um Shinki.

Na verdade, um não. 

Oito.

Só tinha um porém. Quando os nomeou seus Shinkis, eram todos demônios.

"Izuuuuu vem aqui!!"

Falando neles, foi para onde estavam.

"Izuuuuuu!!! A Samael não quer me dar o salgadinho!" reclamou Astaroth. 

(a aparência de todos está na foto de capa. Mas a das roupas não, quem quiser encarar a descrição de 8 pessoas vá em frente xD)

Astaroth era uma de suas Shinkis. Como era um demônio teve a sua aparência modificada, assim como os outros. Para começar, ela tinha seis olhos, todos roxos. Seu cabelo era branco e sempre estava preso em uma rabo alto. Tinha dois chifres, um em cada lado de sua cabeça, com acessórios que se ligavam até uma pequena joia em sua testa. Tinha a tatuagem das fazes da lua em preto na testa, orelhas compridas e com um grande brinco, um piercing no nariz que se conectava ao brinco por um fio. Unhas compridas, vários anéis em prata e preto, uma tatuagem estranha na mão. Sua roupa era estranha, um top preto ligado ao pescoço e ao ombro por tiras, uma saia preta de cintura baixa longa com uma abertura na lateral. Ambos ligados com mais tiras. Sua peculiaridade era literalmente destruição.

"Já disse que esse salgadinho é o meu!" rebateu Samael. 

Samael era ruiva com cabelos cacheados e compridos, suas íris eram douradas e tinham o formato de engrenagens, e tinha um olho a mais em sua testa. Acima de seu nariz tinha uma "divisa" com pregos pequenos, um piercing em seu lábio inferior. Usava uma cartola marrom com um relógio de ponteiro no centro, várias engrenagens pretas em volta e duas penas verdes e azuis presas a uma faixa verde com fivela dourada. Tinha uma gargantilha preta com um pequeno relógio anexado, uma camisa creme de mangas com babados que iam até os cotovelos, um espartilho marrom com fivelas douradas, uma saia creme com babados que iam até o meio das coxas, um cinto marrom e dourado com três relógios anexados, meias que iam até acima dos joelhos listradas verticalmente, intercalando entre marrom claro e verde musgo claro, botas marrom escuras de salto alto com engrenagens dos lados. Sua peculiaridade era rara, era tempo.

"bando de crianças, nem o pirralho se comporta assim!" disse Azazel.

Azazel era cego, suas íris e pupilas eram brancos. Cabelo branco comprido e repicado, preso acima do ombro direito por um acessório dourado, sua boca era rasgada dos lados e costurada em forma de sorriso, um piercing abaixo do lábio inferior, e outro no próprio lábio que se conectava aos brincos de sua orelha pontuda por um fio prata. Suas sobrancelhas eram na real pontinhos, e usava uma máscara branca com detalhes em preto que cobria o lado direito de seu rosto, no lado esquerdo, tinha uma tatuagem preta que descia da testa até abaixo do olho esquerdo. Vestia um lenço ligeiramente esfarrapado branco, moletom preto e calça preta. Tinha uma peculiaridade bastante irônica, já que era sobre espíritos.

"quem se ta chamando de pirralho?!" ralhou Amaimon.

Amaimon era o mais novo dos oito Shinkis. Tinha cabelo loiro liso e rebelde, seus olhos eram prateados que brilhavam, uma cicatriz no olho esquerdo, orelhas pontudas como os demais, seis chifres escuros, vestia um casaco cinza por cima de uma camisa branca lisa, calça jeans com corrente do lado, e tênis. A peculiaridade dele era poderosa, pois possibilitava o controle da terra e de seus minerais.

"sem briga vocês dois." Egyn intrometeu.

Era provavelmente o mais centrado de todos. Tinha cabelo azul escuro, quase preto, olhos azuis, tatuagem do olho de Hórus abaixo do olho esquerdo, piercing na sobrancelha esquerda, e uma cicatriz acima da mesma. Mais piercings, um no nariz e o outro abaixo do lábio inferior, um dos seus brincos tinha o formato de barbatana na cor azul, e tinha tatuagens em cinza que percorriam dando a volta em seu pescoço, e pareciam ser costuras. Usava uma camisa azul marinho,botas e calça preta. A sua personalidade era bem parecida com a sua peculiaridade, Água, já que era bem "de boas".

"vê se me erra, Egyn! Deixa eles brigarem! assim que um estiver todo ferrado eles aprendem!" gritou Iblis

Iblis tinha cabelo rosa com as pontas amarelas, sempre preso em um rabo alto. Seus olhos eram de um tom rosa pra roxo, e seus cílios tinham a aparência de chamas. Tinha um piercing no lábio inferior, desenhos em suas bochechas, um pequeno diadema na testa, orelhas pontudas com brincos, dois grandes chifres com vários adornos pretos. Vestia um casaco justo vermelho por cima de uma blusa preta com detalhes em prata, calça preta, cinto prata com uma saia vermelha por cima aberta na frente, e botas pretas com detalhes e prata. Sua peculiaridade era bem relacionada com sua aparência. Fogo.

"Gente calma! É só um salgadinho."  tentou apaziguar Beelzebur. 

Seu cabelo era ruivo comprido, raspado do lado direito, suas pupilas verde floresta eram maiores do que as normais, e tinha um olho a mais na testa. Um piercing no meio dos dois olhos, um no nariz, um no lábio inferior e outro abaixo do mesmo. Brincos nas orelhas, uma gargantilha preta, e tinha duas antenas de borboleta marrons escuras sobre a cabeça. Usava uma camisa branca, calça preta e bota preta, e tinha grandes asas de borboleta coloridas que quando fechadas pareciam uma capa. Sua peculiaridade, como a de Iblis, tinha relação com sua aparência. Sua peculiaridade lhe dava poder e controle sobre os insetos.

"que lutem pelo salgadinho."  Disse Lúcifer, com a expressão divertida.

Lúcifer tinha cabelos longos e loiros presos em um coque, lábios coloridos com batom vermelho, olhos azuis tão brilhantes que daria para ver de longe, uma tatuagem negra de cruz invertida em sua testa e desenhos pretos abaixo dos olhos. Vestia uma camisa social branca, gravata roxa escura, um casaco preto que ia até abaixo dos joelhos, calça preta e salto preto. Sua peculiaridade era poder sobre a luz.

Sorriu com a visão de seus Shinkis fazendo sabe-se lá o que sobre o salgadinho. Lucifer tinha sido sua primeira Shinki. Foi com ela que tinha aprendido que tinha que dar um novo nome ao espírito o qual criara um laço. E como todos eram demônios quando os encontrou...parecia apropriado que desse nomes de demônios mitológicos para eles.

Ainda lembrava do dia que nomeou Lúcifer.

Flashback

Tinha dez anos. Estava andando de noite por uma das cidades a qual estava visitando. Não se lembrava do nome. Era inverno, a neve caía. Passava por uma ponte para cruzar um lago completamente congelado, mas sua atenção foi para uma figura enrolada e tremendo contra uma árvore ao lado da ponte. Chegou mais perto. Conseguiu distinguir que era uma mulher. Suas roupas estavam em trapos, como se tivessem sido rasgadas.

"er... licença?" perguntou exitante.  

"v-você pode me ver? o que você quer?"  Perguntou a mulher, erguendo a cabeça. 

Apenas agora tinha percebido a sua aparência. Cabelos loiros soltos e desgrenhados, orelhas pontudas, pupilas pinas, caninos mais compridos...

"você... é um demônio?" perguntou.

"então você realmente pode me ver... Não que vá mudar alguma coisa..." disse, antes de encarar o lago.

"como assim?" 

"você mesmo disse. Eu sou um demônio. Tento conversar com outros espíritos, mas eles fogem de mim..." 

Ela parecia triste. Muito triste.

"como morreu?" perguntou, em voz baixa.

"...algum arrombado me violou, e depois enfiou uma faca em minha garganta. Se bem que, a arrombada agora sou eu..." uma lágrima desceu pela sua face pálida. 

Sentiu seu coração apertar. Se sentou ao lado da loira.

"qual o seu nome?" pediu.

"....Aiha." ela respondeu. "mas não importa mais, não tenho para onde ir ..."

"...pode ter sim." disse, aumentando seu tom.

"hm?" Aiha se virou para ele.

"pode vir comigo, posso te oferecer um lugar para morar, para viver. Mas em troca, quero que seja a minha Shinki!" disse alegremente.

"...Shinki? V-Você é a alma divina?" ela disse, olhando para ele novamente.

"sim, se quiser, venha comigo, seja a minha Shinki!" sorriu para Aiha.

"p-posso mesmo?" se virou para ele, sorrindo ligeiramente.

"claro!"

"por favor! me nomeie! me deixe ser sua Shinki!" Aiha levantou, parecendo mais feliz. 

"te nomear?" 

"sim, você não sabe?" Perguntou, meio surpresa. 

Izuku negou. "você seria a minha primeira Shinki!"

Algumas lágrimas escaparam dos olhos de Aiha. Sorriu. 

"quando você cria um laço com um Shinki, você dá um novo nome a ele para finalizar o vínculo." explicou. "você vai saber o que fazer."

Izuku a encarou por um momento. Então, direcionou sua energia aos seus dedos. As palavras seguintes vieram sem que pensasse nelas. Com o dedo indicador e do meio, começou a escrever um nome no ar.

"Você, que não tem para onde ir ou voltar...

concedo-lhe um lugar para ficar.

Meu nome é Izuku.

Diante deste nome, você deve ficar aqui.

Com este nome, faço-te meu servo.

Com este nome, uso minha vida para fazer-te um Shinki!

Tu és Lúcifer! Como arma, Ou!

Venha, Ouki !"

O corpo de Aiha, agora Lúcifer, virou luz pura e se dirigiu com rapidez a Izuku. Antes que percebesse, segurava um cajado Azul detalhado, que emitia uma luz dourada de alguns pontos. Tão bonito...

"eu virei um cajado! posso ser útil para você assim?" perguntou Lúcifer.

"claro que sim!"

Seus pensamentos duraram pouco, já que a sua mente foi inundada com novas imagens não provindas dele. 

Uma mulher loira alta, um homem de olhos azuis e cabelos negros. O homem segurando uma menininha loira de olhos azuis nos braços. Aparentemente eram seus pais

A garotinha no carro, seus pais nos bancos da frente conversando e rindo. 

Uma batida forte.

Fogo por todo lugar 

A garotinha encarando o carro em chamas enquanto chorava.

A garota um pouco mais velha em um orfanato. Sendo cada vez mais rejeitada entre os outros. 

Uma mulher loira de olhos azuis - Lúcifer - andando na rua.

Ela sendo arrastada para um beco, sendo desonrada, em seguida assassinada. 

Piscou com a carga de novas lembranças. Lágrimas se acumularam.

"eu prometo, Lúcifer... Eu vou te proteger!"

Flashback off

Esses oito tinham virado a sua família, uma família estranha, anormal, briguenta, divertida e nada comum. 

"Saindo do papo do salgadinho, Izu, os exames para a Yuuei não estão chegando?" Astaroth perguntou. 

"Sim, mas não tenho certeza se vou fazê-los... É que, bem, estou dado como desaparecido... E-" começou, maaasss...

"SEM MAS! Izukun, você nos contou de como o seu sonho é entrar na Yuuei. Então, por que empacar agora? Já salvou uma porrada de humanos e espíritos mais de uma vez! Nos salvou." disse Iblis. 

"Garoto, você pode se tornar um herói como Shinigami disse. Na verdade, achamos que já é um." disse Azazel.

Sentiu lágrimas se acumularem em seus olhos. Todos estavam o olhando agora, até pararam a briga do salgadinho. Sorriu.

"gente... obrigado!" estava indo se curvar-

"NANANANANANANANANANANANANÃO" Interrompeu Samael. 

"você é o nosso mestre, não deve se curvar para nós." disse Beelzebur.

"Já disse pra não me chamarem de mestre quando estamos no casual! É estranho!" corou e escondeu a cara.

Todos riram. 

"mudando de assunto, eu preciso comprar algumas coisas na loja de conveniência. Querem vir comigo?"  Perguntou Izuku. 

"nah." Amaimon respondeu.

"nope." Astaroth disse.

"eu passo." Lúcifer negou.

"to dormindo." Iblis..

"to comendo." Samael...

"da última vez um pirralho me viu, ficou com medo e chutou meu saco. Nem fudendo." Azazel...

"tenho que vigiar eles..." disse Beelzebur, um dos únicos responsáveis daquela casa.

"eu vou com você." Egyn disse. Finalmente alguém legal...

"ótimo, então vamos." Pegou na mão de Egyn. "Eu sou os ossos das minhas espadas."  Com o tempo acabou pegando prática de fazer isso, então agora apenas falar o primeiro trecho da longa frase era o suficiente. 

A luz os envolveu, então fecharam os olhos. Quando retornaram a abri-los, estavam no meio de uma floresta.

"Vamos?" disse para o Shinki. 

O mesmo rapidamente assentiu, e começaram a andar para a loja de conveniência. Rapidamente chegaram lá, mas acabaram tendo que passar por bairros que eram muito familiares a Izuku.

"faz tempo que ando aqui com tranquilidade e sem medo de ser reconhecido..." disse baixo para Egyn, encarando as ruas, os bairros e as pessoas pelo qual passavam.

"Sabe que terá que voltar a ser você quando entrar na Yuuei. Não pode ficar sem nome na maior escola do Japão." disse Egyn. 

"e se eu criar um nome falso?"

"pensa, o que é pior, você voltar como Izuku Midoriya e as pessoas descobrirem que você não está mais desaparecido e nem morto, ou voltar com um nome falso, sem registro e nem nada para quando pesquisarem sobre você descobrirem que não existe?" perguntou o Shinki.

"...odeio quando você tá certo..."

Continuaram a andar e finalmente chegaram a loja. Entraram, compraram o que tinham que comprar (vulgo salgadinhos, comida e remédios), e logo saíram. Acabaram por pegar um atalho novo, pois a rua nessa hora estaria muito cheia. Estavam passando por baixo de um "túnel" conversando, distraídos. Até que o barulho de algo parecido com Iodo se fez presente. Olharam para trás, bem a tempo de verem um enorme vilão de "lama" sair de dentro do bueiro. 

"Olha! uma capa da invisibilidade de tamanho médio! vai me servir muito bem!" disse, logo antes de atacar Izuku. 

O esverdeado, vendo que Egyn também estaria na rota de colisão do vilão, empurrou seu Shinki para o lado, mas ele mesmo não conseguiu escapar.

"IZUKU!" Gritou Egyn. 

O vilão de lama prendeu Izuku, e começou a empurrar seu iodo garganta abaixo.

"não se preocupe! Só vou pegar seu corpo emprestado um momento!" disse o vilão.

Com lágrimas nos olhos pela falta de oxigênio, Izuku tentou tirar a lama da frente de seu nariz. Mas apenas escorregou entre seus dedos.

"você não pode me agarrar! eu sou um fluido!"  o vilão riu de suas tentativas de escapar.

"espera... fluido?" pensou Izuku. "significa que de alguma forma tem água!"

O esverdeado olhou para Egyn, e fez um gesto com os dedos muito familiar para o Shinki. Ele imediatamente entendeu.

"LINHA!" O Shinki disse desenhando uma linha feita de luz. A Linha foi rápida e imprevisível. Muito forte. Acertou o Vilão e cortou parte de seus braços.

"QUÊ?! DESDE QUANDO ESTÁ AÍ?!" O vilão gritou.

Foi o suficiente para distraí-lo. Para afrouxar seu aperto ao redor da boca e nariz de Izuku. Não perdeu tempo.

"KOKKI!"

A luz familiar envolveu Egyn, e ele foi de encontro as mãos de Izuku em forma de um tridente. Brilhava com a luz. Sua haste retorcida azul com detalhes em prata, e as lâminas dos três dentes eram prateadas, afiadas e mortais. Habilmente girou a arma em suas mãos e a utilizou para "cortar" o corpo do vilão, possibilitando a sua saída. Apontou o tridente para o seu alvo, e começou a comandar a água em seu corpo. Retorcendo o cabo, obrigou que o vilão fosse levantado do chão.

"Q-QUE DIABOS?! O QUE VOCÊ É SEU PIRRALHO!?!"

"ninguém importante, só precisa saber de uma coisa." disse. Seus olhos tinham ganhado um brilho azulado. "nunca, mexa com pessoas indefesas." Com isso, agitou o tridente, e fez com que toda a forma do vilão se retorcesse em um ponto que ficasse comprimida, e o colocou em uma garrafa pet que estava caída ali ao lado. Nesse meio tempo, o vilão tinha desmaiado pela alta pressão.

"reverter, Egyn." 

Com isso, o Shinki voltou a sua forma carnal. Iam conversar, quando...

"que belo Show você deu, jovem!" 

Se virou rapidamente, ficando estático ao encarar a forma de All Might parado no início do túnel, sorrindo.


Notas Finais


É ISSO!


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