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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Vinte e Três


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Hey gente! Espero que gostem desse capítulo! Boa leitura!

Capítulo 28 - Capítulo Vinte e Três


— Você está bem? — E mais uma vez ouvi Swend fazendo essa pergunta para mim.

 

— Estou, tive apenas uma tontura.

 

— Você precisa ver um curandeiro, essas suas tonturas parecem frequentes. — Ele falou fechando a porta e indo em direção à cama que tinha no quarto ao lado de uma janela.

 

— Não preciso, obrigada. É uma coisa de família.

 

Swend cruzou os braços me encarando durante alguns segundos, me encarando e eu o encarei de volta. Ele desviou o olhar com um suspiro pesado e foi até um biombo de madeira entalhada, percebi que atrás dele havia uma banheira com água quente e me virei.

 

— Não se preocupe, o biombo esconde bem o que não precisa ser visto. — Ouvi a voz dele com um tom brincalhão e revirei os olhos.

 

Ouvi o farfalhar das roupas caindo no chão e logo em seguida o barulho da água se movendo enquanto Swend entrava na banheira. Não conseguia acreditar na falta de vergonha que ele tinha por simplesmente se despir em um quarto com uma dama dentro dele, sem eles estarem casados.

 

— É melhor tomar banho agora que a água está morna, você não acha?

 

— Não irei entrar nessa banheira com você! — Afirmei horrorizada com as faces pegando fogo e ouvi sua risada por trás do biombo. — Além do mais, não me importo de tomar banho frio nessa época do ano, para a sua informação!

 

— Se é assim que deseja… 

 

Ouvi novamente um barulho na água e outro farfalhar de tecidos. Passos foram ecoados pelo quarto até chegarem próximos ao meu corpo e eu escutei um sussurro rouco perto do meu ouvido direito.

 

— Seu rosto faz juz ao seu nome, maçãzinha... 

 

— SAIA DE PERTO DE MIM! — Gritei correndo para trás do biombo do outro lado do quarto e ouvi sua gargalhada.

 

Ridículo, idiota, filho de uma… Argh! 

 

[...]

 

Mais tarde, após todo aquele incidente com a banheira e com Swend, uma serviçal bateu na porta do quarto indicando que naquela noite haveria uma festa em comemoração à volta dos navios cheios de ouro e saques.

 

E agora estou eu aqui, em frente ao espelho, olhando o vestido esverdeado que trouxeram para mim. O tecido não era de excelente qualidade, mas pelo menos não era aquele vestido rasgado do meu casamento fracassado. Peguei um pente que encontrei em cima da mesa e comecei a desembaraçar os meus cabelos, nó por nó, agradecendo às divindades por poder fazer isso depois de tanto tempo sem conseguir fazer. 

 

Swend tinha saído mais cedo do quarto, para me dar um pouco de privacidade e disse que me aguardava no salão principal da casa, aquele mesmo por onde nós entramos e encontramos sua cunhada.

 

Terminei de escovar o meu cabelo e resolvi prendê-lo em uma trança simples, para que continuasse arrumado pelo resto da noite inteira. Me olhei no espelho novamente e me senti apresentável, apertei um pouco as bochechas e os lábios para que eles ficassem rosados e saí do quarto.

 

O som da música, das conversas e das risadas altas podia ser escutado do corredor do “meu” quarto já e eu segui o som, entrando direto no salão principal. Olhei para todos ali presentes e consegui reconhecer alguns homens do acampamento, a Senhora da casa, Liv, e seu marido Hans, que estavam sentados em seus tronos, bebendo, comendo e rindo de algumas histórias que os marinheiros contavam.

 

— Finalmente apareceu! — Um Swend sorridente simplesmente apareceu do meu lado, me dando um susto.

 

— Acho que você gosta de me dar sustos… — Sussurrei para mim mesma e vi seu sorriso se alargando.

 

— É legal ver o seu jeito de ratinho assustado quando isso acontece… Mas, chega de conversa, venha… Vamos dançar um pouco.

 

Não tive tempo nem de responder, o loiro já tinha pegado minha mão e me carregado para o meio de uma pista de dança, onde alguns casais dançavam. Percebi que eles tinham uma dança parecida com a que dançavam nas minhas terras e sorri, me deixando levar por alguns instantes.

 

Swend sorria para mim, com os olhos castanhos brilhantes e eu retribuía o sorriso enquanto nós dançávamos. Ele me rodopiava às vezes e nos conduzia pelo salão, ficamos assim, brincando e dançando, durante uma boa parte da festa e só paramos quando eu senti gotas de suor escorrendo pelas minhas costas.

 

Nos sentamos à mesa, perto de seu irmão, que nos encarava estranhamente. Swend parecia não ter notado o olhar de Hans e eu decidi que iria apenas ignorar isso por enquanto, o loiro ao meu lado me passou um pedaço de pernil e eu lhe agradeci com um sorriso singelo.

— Vamos Gmilin, conte uma de suas histórias! — Ouvi alguém na multidão falar e os outros apoiaram.

 

Um homem baixinho e de cabelos acobreados surgiu no meio das vozes, rindo com sua voz grossa.

 

— Tudo bem… Tudo bem… — Gmilin riu e se sentou em uma das mesas, para ficar mais alto, isso fez com que a multidão ficasse em silêncio de repente. — Não sei se todos sabem, mas Thor já foi uma noiva…

 

— Noiva? Impossível!

 

— Oh, meu jovem, é possível sim. Isso tudo começou quando Mjölnir foi roubado… 

 

“O Grande Deus do Trovão, Thor, certo dia acordou em seus aposentos e descobriu que a sua arma mais poderosa, Mjölnir havia desaparecido. Ele procurou por todos os lados pelo seu martelo, ameaçou a bater em qualquer um que estivesse escondendo a sua arma e, inclusive, foi falar com Loki sobre isso.

 

Quando o punho de Thor estava a centímetros da face de um Loki zombador, as cornetas celestiais foram tocadas e todos foram chamados para o grande salão de Odin. Havia uma carta, um pedido de recompensa para a devolução do martelo e lá estava escrito…

 

Entreguem-me Freia para que eu possa desposar e então terão o Mjölnir de volta. Encontrem-me em meu castelo.

 

Thrymr.

 

Thor ficou louco de cólera ao perceber que seu martelo estava nas mãos do odioso gigante Thrymr e resolveu aceitar sua proposta. Andou até Freia e lhe fez o pedido, o qual a deusa categoricamente negou, afirmando ser um absurdo.

 

— Vamos Freia! — Disse Thor e foi ignorado pela deusa.

 

— Esqueça, Thor. Ela não irá ceder à uma proposta tão absurda. — Loki falou ao lado de Thor, segurando em seu ombro. — Talvez eu possa ter uma ideia melhor…

 

— Então fale logo, homem!

 

Loki contou o seu plano para Thor. Ele se resumia em fazer com que o deus do trovão se disfarçasse de Freia, com um vestido de noiva e a magia de Loki, enquanto Loki se transformava em uma serviçal que acompanharia a “Deusa”. 

 

Desesperado, Thor concordou com o plano e lá foram os dois disfarçados para o castelo de Thrymr. O gigante os recebeu com um sorriso de vitória no rosto e uma celebração começou a ser feita. Depois de alguns minutos de festa, os serventes de Thrymr apareceram com Mjölnir em mãos, para que a promessa fosse cumprida.

 

Thor rapidamente pegou o seu martelo e começou a atacar à todos, com a ajuda de Loki, agora sem o seu disfarce. Os dois, após toda a confusão, correram em direção ao castelo de Odin com o martelo em sua posse e continuaram as suas vidas.

 

E… Claro, Thor fez Loki jurar que nunca contaria a verdade sobre esse dia para ninguém, mas… Como de costume, todos nos Nove Reinos logo ficaram sabendo da história do dia em que Thor virou uma noiva…”

 


Notas Finais


Eai? Como ficou? Comentem aí o que acharam! Até a próxima.


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