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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Dezoito


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Ei gente! Me perdoem a demora, estava ocupada resolvendo umas coisas da faculdade por causa da quarentena... Aliás, se protejam! Não saiam de casa a menos que seja completamente necessário e se forem sair, usem luvas e máscaras! É uma coisa muito séria e todos precisam levar isso a sério. Enfim kk vamos para o capítulo? Espero que gostem!

Capítulo 23 - Capítulo Dezoito


— Nós iremos por aqui e encontraremos as tropas do Swend aqui, onde nos reuniremos para chegar até o barco. — ouvi o chefe falando com os soldados enquanto eu reunia os pratos e copos da mesa, ele mostrava um mapa para os outros, era um mapa da minha terra, mas não me demorei no olhar, para não atrair a atenção indesejada para cima de mim.

 

Saí da tenda com uma bacia cheia de louça e fui em direção ao rio, os meninos não estão do meu lado agora, mas eu já recebi liberdade o suficiente para ir até o rio tomar banho e lavar as coisas. Estava distraída lavando os pratos quando escutei um barulho estranho atrás de mim, me virei durante alguns segundos e não vi nada. Balancei os ombros e voltei a lavar a louça.

 

Vire-se, Avalon.

 

Uma voz potente soou atrás de mim e eu me virei, deixando os pratos dentro da bacia. Um homem alto de olhos azuis cintilantes e cabelos num tom ruivo como se fosse um pôr do sol, sua pele era clara e ele usava uma túnica verde com detalhes dourados, em sua mão direita estava um cajado grande com alguns detalhes entalhados na madeira. Meus olhos se arregalaram quando percebi quem estava na minha frente e eu me curvei demonstrando respeito.

 

Pode se levantar, criança.

 

Me perdoe, grande Pai…

 

Está pedindo perdão pelo o quê exatamente, pequena fruta?

 

Por estar em sua presença, não me sinto honrada o suficiente para isso.

 

Olhei para ele que exibia, agora, um sorriso caloroso no rosto. Ele estendeu sua mão para mim e eu a aceitei, ela era quente como uma manhã de verão e a energia que eu senti passando pelo o meu corpo era gostosa. 

 

Não precisa me chamar de Pai, vocês humanos são engraçados. 

 

Não me sinto muito confortável te chamando apenas de Bilé, meu Deus.

 

Ele riu e se afastou de mim, seu sorriso me lembrava muito do meu pai e meus olhos começaram a lacrimejar pensando em como eles estavam.

 

Fique calma criança, a Grande Mãe ajudou seu pai e sua família. Eles estão bem na medida do possível.

 

Obrigada, muito obrigada…

 

Solucei chorando baixinho em seguida.

 

Vim aqui para lhe avisar que sua vida está prestes a mudar, fique atenta quando ele chegar, você saberá quem é quando chegar a hora. É importante que os dois se conheçam…

 

Aparentemente ele falou aquela última parte para si mesmo e eu fiquei confusa, quem é ele? Como eu saberei quem é quando chegar a hora? E minha vida já mudou o suficiente, como assim ela está prestes a mudar novamente? Me virei para o Grande Deus, para realizar as perguntas que eu tinha para fazer e percebi que ele tinha sumido.

 

— Eles somem… Como sempre… — reclamei baixinho e voltei a lavar a louça para voltar logo para o acampamento.

 

Peguei as coisas limpas e finalizadas para voltar para o acampamento, quando me virei dei de cara com Laine comendo uma maçã em cima de uma pedra.

 

— Sua terra tem boas maçãs, já te disse isso?

 

— Já e eu te expliquei que elas são o presente que a Grande Deusa nos deu, para alimentar o seu povo.

 

— A Grande Deusa… Sei… — ele riu, descobri que eles acreditavam em outros deuses, como o Deus do Trovão.

 

Eles dizem que esse Deus tem um martelo que solta raios e é ele que traz das tempestades. Descobri também que existe uma terra chamada Valhalla que é para onde eles vão quando morrem e eles ficam perto dos deuses.

 

Laine pegou a bacia das minhas mãos depois de ter terminado a maçã e nós fomos até o acampamento, onde guardamos as coisas. Me senti cansada por causa da falta de alimentos e pedi um tempo para descansar, eles permitiram que eu descansasse um pouco na carroça.

 

Fui até a carroça e me deitei no meio do couro de ovelha e fiquei observando o céu claro até conseguir pegar no sono, que não foi muito tempo.

 

[...]

 

Os campos verdes balançavam com a brisa que passava por seus ramos de capim, dando a impressão de cabelos ao vento. O sol estava morno, deixando a pele aquecida sem queimar, isso era gostoso. Alguns pássaros passavam voando  entre as árvores e o som do riacho deixava tudo mais confortável, parecendo as tardes de verão no castelo. Eu estava deitada embaixo de uma macieira descansando feliz, sentindo a liberdade passar pela minha pele junto com a brisa do verão.

Ouvi o barulho de um barco e de repente aquele campo se transformou em uma praia, meu coração batia dentro do meu peito acelerado e ansioso, eu estava com a sensação de saudade de alguém, mas quem?

 

Olhei para o horizonte e avistei um barco, fazendo com que o meu coração pulasse dentro do peito e eu corri para a beira d’água, pouco me importando com os meus sapatos ou com a barra do meu vestido. Deixei que as ondas lambessem os meus pés enquanto esperava o barco ansiosamente. Quando a embarcação ancorou na areia, eu cheguei mais perto, esperando e procurando por ele.

 

Mas quem?

 

O vi saindo do barco, ele estava mais bronzeado e continha um sorriso largo no rosto. Seus cabelos cor de palha estavam despenteados e sua barba amarela estava maior, mas seus olhos doces e castanhos continuavam os mesmos. E eu corri, corri para alcançá-lo, para abraçá-lo e beijá-lo.

 

Eu estava quase o alcançando quando ele olhou para trás de mim e seus olhos se abriram de medo, olhei para trás e vi uma nuvem negra no horizonte, junto dela vi dois olhos avermelhados malígnos e um sorriso frio debochando de mim. Olhei para frente de novo, para encontrar o meu amor e corri mais rápido, alcançando seus braços.

 

— Vai ficar tudo bem, estou aqui com você, meu amor. — sua voz rouca soou nos meus ouvidos enquanto eu o abraçava com medo, sua mão passava pelos meus cabelos, me fazendo sentir segurança em seu toque e, depois de muito tempo, eu senti o que é ter um lar novamente.

 


Notas Finais


O que acharam? Espero que vocês tenham gostado! Comentem aí o que acharam! Vejo vocês na próxima!


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