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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Trinta


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


Hey gente! Voltei com mais um capítulo pra vocês! Espero que gostem!

Capítulo 35 - Capítulo Trinta


O mar estava calmo durante a nossa saída da baía. Fiquei observando a água durante boa parte do tempo, enquanto os tripulantes arrumavam as coisas sob o comando do meu marido. Este estava no leme, direcionando o barco para onde os outros seis barcos estavam indo.

 

São muitos barcos… Não sei se minha família vai aguentar.

 

Esse pensamento me atingiu e eu fiquei um pouco tonta com a possibilidade de um outro ataque à minha família, dessa vez eu não tinha o meu arco para tentar ajudar e eu não estava junto deles.

 

— No que está pensando, minha esposa? — Swend disse rodeando minha cintura com os seus braços e colocando o queixo no meu ombro.

 

— Em minha família… Não sei se vão aguentar esse ataque, o outro quase os destruiu por completo. — Respondi fazendo carinho nos braços dele.

 

— Você sabe que tem o meu apoio caso precise.

 

— Mesmo contra o seu povo? — Me virei para ele e o encarei.

 

— Meu irmão quer a minha cabeça, alguns dos seus homens estão planejando contra mim… Então, sim. Contra o meu povo. — Afirmou sem nem pensar duas vezes.

 

Coloquei minha mão no rosto de Swend e ele sorriu com o carinho, me dando um beijo singelo no rosto. Meu marido ficou junto comigo durante um bom tempo, me explicando lendas e histórias do seu povo com relação ao mar, enquanto Ingvarr assumia o leme. 

 

De noite, ele me mostrou como se calculava a distância e como sabíamos para onde estamos indo no mar, com as estrelas como guia. Me mostrou as constelações e o que cada uma significava, mas o mais lindo de tudo foi ele ter me mostrado como era o céu limpo no meio do oceano. Era tão brilhante, com todas aquelas estrelas. Depois disso, nós fomos para o porão e descansamos um nos braços do outro, tranquilamente, esquecendo por alguns instantes da guerra inevitável que se aproximava.

 

[...]

 

Avalon… Acorde.

 

Um sussurro me acordou no meio da noite e eu abri os olhos. Havia uma figura feminina, com os cabelos morenos e os olhos verdes como a grama, perto de onde eu e Swend estávamos dormindo.

 

Não se levante, não precisamos acordar o seu par.

 

Ela disse quando eu fiz um movimento para me levantar da cama. Olhei novamente para a mulher e meus olhos se arregalaram, enquanto ela sorria.

 

Acho que já sabe quem eu sou. É um prazer conhecê-la pessoalmente.

 

Minha Deusa… Eu…

 

Não preciso de elogios, pequena Avalon. Vim para lhe dar um aviso.

 

O sussurro em meu pensamento tomou uma tom de seriedade e a expressão no rosto da Grande Mãe se fechou um pouco.

 

Creio que tenha ouvido falar de uma profecia enquanto visitava seus pais.

 

Sim, a Hedda falou alguma coisa sobre isso.

 

Ela falou sobre separar vocês, não foi? Danann olhou para Swend que dormia tranquilamente ao meu lado e eu assenti levemente. Ela não quer ser detida, Avalon. E só vocês podem fazer isso.

 

Como?

 

Está na profecia…

 

Os sussurros aumentaram como se fizessem um coro de vozes e eu pude escutar:

“À solta correrão o Caos e a Destruição

Entre o Céu e a Terra haverá a colisão

Em sangue e dor a noite chegará

O fruto forte a vida ceifará

E a densa floresta há de a décima folha partir

Apenas assim a paz reinará

Fazendo, então, o Caos ruir”

 

O fruto forte? Décima folha? Pensei e olhei para Swend, no nosso casamento ele falou sobre as gerações passadas dele, sobre a floresta em que nasceu e que era o décimo de sua família.

 

Exatamente, Avalon. Só vocês podem vencer Hedda. Preciso ir, querida. Aliás… Parabéns, lhe dou a minha bênção, que essa criança em seu ventre prospere com amor e alegria.

 

Danann falou e sumiu de repente, fazendo com que eu ficasse um pouco assustada e me sentasse na cama olhando para o meu ventre.

 

Criança?

 

— Amor? — Swend murmurou sonolento e eu me deitei em seus braços novamente. — Aconteceu alguma coisa?

 

— Não se preocupe, meu bem. — O respondi me aninhando contra o seu corpo e pousei a mão em meu ventre.

 

Não posso falar sobre você agora, meu querido. Não enquanto essa guerra durar.

 

[...]

 

Quase três semanas depois do ocorrido com a Deusa Mãe, a primeira gaivota foi encontrada, significando que estávamos perto da minha terra.

 

— Avalon! — Swend gritou, me chamando e eu saí do porão, após uma crise de enjôos.

 

— Estou aqui, querido.

 

— Olhe lá… Consegui te trazer de volta… — Ele disse sorrindo e apontando para o horizonte.

 

Olhei a minha terra se aproximando e lágrimas vieram aos meus olhos com a visão do meu lar. Elas eram de saudade e de apreensão, a guerra se aproximava…

 

[...]

 

— Montem os acampamentos! Eu e Axel iremos em uma missão de vistoria, para analisarmos o local. — Hans avisou e saiu do local junto com Axel.

 

Cheguei perto de Swend e sussurrei que ele iriam encontrar Elbio, ele me respondeu dizendo que não iria deixar que nada me acontecesse. Os homens montaram o acampamento e eu ajudei alguns, principalmente os tripulantes do Vargulf, a montar seus acampamentos também. 

 

Mais tarde naquele dia, Hans e Axel voltaram para o acampamento e me encararam de uma maneira estranha. Eles se reuniram numa tenda com os outros comandantes das tropas para planejar o ataque ao castelo dos meus pais, meu marido teve que ir junto e eu fiquei do lado de fora, perto dos homens de Swend.

 

Alguns brincavam e riam alto, me trazendo lembranças dos dias que eu passei aqui com eles quando fui sequestrada. Fui para perto do riacho onde eu lavava as roupas e Ingvarr veio comigo, para minha proteção.

 

— É engraçado… — Ele comentou e eu sorri, também me lembrando do meu tempo de escrava.

 

— Sim…

 

— Mas agora você é uma de nós. Swend a ama e todos podem ver, eu já gostava de você antes, maçãzinha. — Ingvarr bagunçou o meu cabelo e eu ri. — Agora eu não largo do seu pé, a não ser que magoe meu amigo.

 

— Não pretendo magoar Swend, seria como me magoar e eu não quero isso.

 

Ingvarr sorriu e eu senti uma onda de enjôos me atingir, corri para um arbusto e coloquei todo o meu café da manhã para fora.

 

— Você está bem?

 

Me levantei após esse transtorno e acenei com a cabeça que sim.


Poxa filho… A mamãe precisa comer. Pensei colocando a mão em meu ventre sem perceber e Ingvarr arregalou os olhos.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem aí o que acharam e eu vejo vocês no próximo capítulo!


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