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História Avalon: O Sol e a Lua - Série Sutherland - Capítulo Doze


Escrita por: ClaraF

Notas do Autor


ANTES TARDE DO QUE NUNCA!

AVISO! Peguem seus paninhos e baldes para lágrimas.

Capítulo 17 - Capítulo Doze


As criadas corriam de um lado para o outro, desesperadas com a preparação do casamento. Eu estava em meu quarto, observando tudo da janela. Ainda estava de cama, por recomendações médicas, mas me sentia extremamente bem.


Tive algumas visitas dos lordes, Mael se mantinha como um grande amigo, mesmo com a minha mão sendo prometida para Elbio. Elbio vinha aqui quase todos os dias e ficava ao meu lado, parecia que ele se importava demais comigo, por toda sua atenção. Ouvi, pelas criadas, que ele faltava ou atrasava em alguns treinos, apenas para ficar ao meu lado.


— Bom dia, frutinha. — ouvi Mael entrar no quarto.


— Mael! Não me chame assim!


— Eu achei esse era o seu nome, errei?


— Seu bobo, sei que meu nome significa isso, mas… É estranho…


— Frutinha, somos apenas amigos. Tenha a total certeza disso, apenas entrei nessa história por causa de meu pai. Não estou falando que seria uma infelicidade desposar com uma moça tão linda, por dentro e por fora, quanto você. Mas entendo que cada um tem o seu destino, era o meu não era casar contigo.


— Oh, Mael… Fico feliz de ouvir isso.


Ele sorriu e uma batida na porta ecoou pelo quarto. Mael se ajeitou na cadeira e eu pedi para que a pessoa entrasse.


— Minha doce noiva! Bom… — Elbio se interrompeu quando viu Mael sentado ao meu lado na cama.


— Bom dia, Elbio! Estava só dando uma passadinha rápida para parabenizar vocês pelo casamento. Que o futuro de vocês seja agraciado com vários e fortes filhos! — Mael disse sorrindo e se levantou do banco, passando por Elbio após uma breve despedida.


A porta se fechou rapidamente e ouvi meu noivo respirando ruidosamente.



— Tenho a impressão de que ele te irrita, mas por quê?


— Não gosto de compartilhar nada do que é meu, isso inclui você.


— Pensei que meu corpo e minha mentes pertenciam só a mim. — cruzei meus braços, petulante com a ideia de que ele me tratava como posse.


Ele sorriu e mordeu o lábio inferior, passando a mão pelos cabelos, os alisando e colocando-os para trás.


Minha doce Avalon… — ele riu suavemente e se aproximou de mim com passos vagarosos. — Sua mente é sua, não posso negar-lhe isso. Porém iremos nos casar hoje e seu corpo passará a ser meu. Assim como o meu passará a ser seu, apenas seu.


Ele capturou meu queixo com sua mão esquerda e se debruçou sobre mim. Seu polegar passava lentamente em meus lábios, vi sua respiração se igualar a minha, que estava acelerada e entrecortada; seus olhos estavam ficando mais escuros conforme suas pupilas dilatavam-se, o ar do local estava mais quente do que nunca, me fazendo sentir uma gota de suor descendo pela minha coluna.


Senti seu rosto se aproximando do meu, bem lentamente, meus olhos foram se fechando assim como os deles e eu apenas conseguia ouvir as batidas aceleradíssimas do meu coração. Senti seus lábios tocando minha testa num singelo beijo e respirei fundo.



— Quero que tenhamos uma surpresa na cerimônia de casamento. — ele sussurrou e saiu apressado pelo quarto,e deixando sem fôlego, como se eu tivesse corrido grandes distâncias.



[...]



— Levante-se senhora! Temos que arrumar você para o casamento. — ouvi Candy Me chamando e senti suas mãos me balançando levemente.


Abri os olhos, que nem percebi ter fechado, e me levantei. Vi Candy com uma junta de pelo menos 5 criadas no quarto, algumas eu conhecia e outras eu tinha a total certeza de que vieram com os lordes.



— Meninas! Devemos começar! — Candy bateu palmas empolgada e as criadas vieram para cima de mim, tirando minhas roupas e me colocando dentro de uma banheira grande.


A água estava quente, isso indicava que elas tinham acabado de preparar o banho, algumas espumas flutuavam dentro da banheira e eu identifiquei isso como os sais de banho do casamento.


— É preciso purificar o corpo antes do casamento.”


Me lembrei de tia Enid falando isso há tempos, enquanto penteava e desembaraçava meu cabelo.


Fechei os olhos e deixei que as criadas me limpassem. Ainda não estava feliz por casar obrigada, mas a ideia não me parecia tão ruim agora. Eu estava confusa, vendo minha liberdade sendo jogada fora e observando um futuro com vários filhos em casa, esperando meu marido quando houver guerra e torcendo por sua vitória.


Meus pensamentos estavam nublados e confusos, eu estava começando a desejar a ideia de ter um marido.


Que estranho…


— Vamos, senhora, você já pode sair daí. Temos aqui o seu vestido, ele foi dado por seu noivo, não vê como é lindo?



Candy me mostrou o vestido e eu ouvi as criadas suspirando. Ele era realmente muito bonito, suas mangas longas chegavam até o meu pulso e eram de um tecido um pouco mais transparente do que o resto do vestido. Sua gola era aberta e tinha o lindo detalhe de ter algumas pétalas e folhas bordadas nela. O busto do vestido era separado por uma faixa fina e dourada, com algumas pétalas nela. A saia tinha um bordado incrível que imitava as plantas crescendo, desde a barra até a metade da saia.



— Ele é… — ofeguei quando terminei de examinar o vestido.


— Sim! Maravilhoso, milady! Tenho certeza que ficará como uma bela flor nesse vestido! As fadas e Deusas irão invejá-la de tão linda!


Senti meu rosto esquentando, dando sinais de que minha pele estava tomando uma cor avermelhada. As criadas me ajudaram a entrar no espartilho apertado e colocaram as anáguas em mim. Respirei o mais fundo que conseguia com o espartilho e entrei no vestido, que serviu como uma luva para mim.



Com algumas puxadas de cabelo aqui e ali, duas criadas estrangeiras fizeram uma trança em meu cabelo e a enrolaram em um coque no centro da nuca. Uma leve tintura, extraída de uma planta cujo o nome eu não me lembrava, foi passada em minha boca, a deixando mais vermelha do que nunca.


Me virei para o espelho e me assustei, eu havia envelhecido uns três anos com toda essa roupa. Parecia mais madura e decidida do que a pequena criança que ainda havia dentro de mim.


Mamãe entrou no quarto segurando algo que estava enrolado em um paninho, as criadas saíram para nos dar privacidade.


— Você está linda…


— Obrigada, mamãe.


— Eu sei que essa não era a sua vontade, mas trouxe um presente para você. — ela ergueu o paninho com as mãos. — É o brasão de nossas famílias.


O paninho foi aberto, revelando dois broches de ferro. Um era o escuro de nós da família de papai e o outro era a árvore da vida da família de mamãe, os peguei com cuidado e passei as pontas dos dedos.


— Mãe… — murmurei com os olhos cheios de lágrimas.


— Eu sei que não são jóias, mas essa é a maior preciosidade da minha vida, depois de você e seus irmãos. Você, minha doce maçãzinha, vai para longe de mim. Eu sabia que esse dia chegaria, mais cedo ou mais tarde, só não achei que fosse ser tão cedo assim. — ela sorriu com a voz embargada e passou a mão pelo meu rosto. — Eu amo você e se pudesse, te colocaria para dentro de mim novamente, só para te proteger.


Deixei os broches com cuidado em cima da cama e me joguei em seus braços, a apertando fortemente.



Ficamos ali por alguns minutos, minutos os quais eu gostaria de prolongar ao máximo, porém ela logo se afastou e limpou as lágrimas dos olhos.


— Vamos, meu bem. Seus irmãos também têm presentes para você.


Notas Finais


PEGADINHA DO MALANDRO! Não teve nada de tão ruim assim, não?

P.s.: mantenham o balde e o paninho perto. THE WINTER IS COMING!


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