História Azul é a cor mais quente (Jeongmin) - Capítulo 20 - Que a sorte esteja com vocês

❝ As ᴄᴏɪsᴀs ϙᴜᴇ ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴀᴄʜᴀ ϙᴜᴇ sᴀ̃ᴏ ɪᴍᴘᴏʀᴛᴀɴᴛᴇs ᴀᴄᴀʙᴀᴍ sᴇ ᴛᴏʀɴᴀɴᴅᴏ ᴍᴇɴᴏs ɪᴍᴘᴏʀᴛᴀɴᴛᴇs ᴄᴏᴍ ᴏ ᴘᴀssᴀʀ ᴅᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ. Mᴀs ϙᴜᴀɴᴅᴏ ᴀʟɢᴏ ᴇ́ ᴘʀᴇᴄɪᴏsᴏ ᴘʀᴀ ᴠᴏᴄᴇ̂, ɪssᴏ ᴛᴇ ᴍᴀᴄʜᴜᴄᴀ ᴄᴏᴍ ᴏ ᴘᴀssᴀʀ ᴅᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ. ❞ 

▃▃▃▃▃▃ Fʟᴏᴡᴇʀ ᴏғ Eᴠɪʟ ▃▃▃▃▃▃ 

ERAM QUASE NOVE HORAS DA MANHÃ quando Jimin foi indesejavelmente privado de continuar dormindo feito um bebêzinho. Se bem que seu sonho não estava sendo dos melhores. O jovem sonhava que havia sido selecionado para os Jogos Vorazes, onde foi morto pelo inimigo enquanto mijava na moita.

Que morte mais ridícula... Será possível que nem em sonho ele teria decência e dignidade? Seria mais bonito morrer em um ato heroico. Mas pelo menos ele não lembraria disso ao acordar, ele nunca lembrava dos sonhos.

Um ruído esganiçado semelhante à derrapadas de pneus no asfalto, melhor caracterizado como poluição sonora, reverberava entre as parede do interior do quarto. Jimin abriu os olhos com dificuldade por causa da alta claridão, já na base do ódio.

Quem acorda feliz com a vida é princesa da Disney, plebeus acordam com desejo de esganar alguém mesmo.
A cama de madeira escura rangia à medida que ele sentava-se ainda meio tonto.

一 Será possível que eu não tenho um minuto de paz nesse quarto? 一 Jimin resmungava, a única coisa que conseguia escutar era o incômodo barulho que estrangulava suas vias auditivas.

Era Woozi, se deu conta. O quarto iluminado parecia um cenário de guerra. O loiro travando uma cruel batalha contra os acordes de seu violino, enquanto Chanyeol andava de um lado para o outro, pisando sobre peças de roupas espalhadas pelo chão, tudo indicando que estava à procura de algo.

一 Que bagunça é essa, Chanyeol?!

一 Perdi a droga do meu piercing! Tirei pra lavar e do nada sumiu! 一 disparou o moreno, quando de repente parou com a mão na cintura, o pé direito batendo consecutivamente rápido no chão. 一 Foi tu, num foi, palhaço? 一 apontou ele acusador para o jovem violinista.

一 Quê? Eu? 一 ele perguntou sentindo-se ofendido pela acusação gratuita, franziu a testa. 一 Vai te converter, atribulado. Não sabe onde enfia as próprias coisas daí vem culpando os outros. Aposto que nem sequer sabe onde guarda as cuecas no meio dessa bagunça toda.

Woozi girava o arco do violino em círculos no ar, apontando para a desordem do quarto.

一 Jimin, poderia por favor convencer ele a parar de querer estourar nossos tímpanos? Ele tá tocando isso há meia hora e nem os passarinhos que estavam na janela aguentaram. Deram o fora tudinho. 一 Chany pediu desesperado, juntando as mãos em uma prece silenciosa.

一 Eu vou é pedir pra mudar de dormitório, não aguento mais vocês.

Woozi gargalhou alto quando o pedido de Chanyeol foi ignorado propositalmente pelo jovem recém acordado. 一 Nem o Jimin que é a encarnação humana da paciência te aguenta mais, tá vendo?

一 Ele claramente falou "vocês", no plural.

一 Uaau, ele sabe gramática! Esse menino é um gênio!

Os dois trocaram caretas e revirar de olhos um com o outro e Woozi se jogou na cama, os dedos já doídos por causa da fricção contra as cordas de liga de aço cromado.

一 Aliás, por que você está tocando esse violino assim de repente? 一 quis saber Jimin, curioso, depois de voltar do banheiro onde lavou o rosto para ver se lhe despertava. Sentou na cadeira giratória de sua escrivaninha se obrigando a não olhar para a bagunça de Chanyeol, que havia voltado à sua caçada, ou então surtaria.

Woozi sorriu, animado em compartilhar detalhes de seu novo passatempo, apoiando a cabeça nas mãos dobradas sobre a cama.

一 Estou treinando para o Show de Talentos, vou arrasar demais e ficar popular na Universidade.

Chanyeol esfregava o polegar na sobrancelha, tentando conter o riso.

一 Por que diabos você está rindo? 一 exigiu saber o mais novo.

Ele fixou os olhos nos do loiro, depois desviando-os em busca de apoio para Jimin que assistia impassível a troca de farpas dos dois garotos, a diversão aumentando exponencialmente.

一 Desculpa cara, é que é engraçado imaginar essa cena. Jimin já vai dar uma de Romeu, com quem eu menos esperava. Jeongyeon tá diferente, os tempos mudaram mesmo. 一 ele havia parado novamente, agora recostado no guarda-roupa, balançando a cabeça desacreditado enquanto cruzava os braços. 一 Esse festival tem tudo pra ser o melhor de todos os tempos.

Os dois jovens reviraram os olhos, um estalando a língua e o outro bufando.

一 Sua hora vai chegar. 一 disse Jimin. 一 Sabe que o mundo gira, né?

Chanyeol cantarolou algumas palavras sarcásticas, sorrindo amarelo. Os jovens discutiam sobre as fofocas do momento, Chany sendo o fuxiqueiro dedicado que era, logo encheu seus amigos de notícias fresquinhas.

O Sr. Bing e a Sra. Hwang foram flagrados passeando juntos no parque de diversões que abriu na cidade, tudo indicando que não era apenas uma relação social de colegas de trabalho. O reitor da Universidade que deveria estar supostamente viajando, foi visto em um bairro de Gangnam famoso por suas várias clínicas de reabilitação, psicologia e psiquiatria. Mas obviamente que ninguém acreditou porque a fonte era um estudante usuário de entorpecentes.

Ou seja, nada confiável.

一 E aquela sua amiga? 一 Chanyeol perguntou curioso para arrecadar mais informações. Deitado de barriga para cima em sua cama no alto da beliche, apenas a cabeça pendendo para fora, ele tinha uma visão panorâmica e invertida do mais novo. 一 Fiquei sabendo que ela fraturou o braço. Ela tá bem?

一 Sim. Mas ela só ficou de repouso porque o Sr. Han ameaçou tirar o show de talentos de sua responsabilidade caso ela não se recuperasse.

Jimin riu, ela era teimosa e obstinada demais, como ele. Um dos motivos pelo qual se afeiçoou imediatamente pela garota, era como se olhar no espelho. Feitos da mesma matéria, era como Byeol para ele, uma irmãzinha mais nova.

A cama de Chanyeol também rangeu quando ele se remexeu todo na cama para ficar de bruços quando todo seu sangue já havia migrado para a cabeça. O queixo apoiado nas palmas das mãos.

一 A mina é pilhada. 一 comentou casualmente. 一 Ouvi boatos de que ela se machucou de propósito porque não queria viajar para uma apresentação de balé em Veneza, que a mãe tá praticamente lhe obrigando ir.

一 Quê? Aquela garota com cara de bebê recém-nascido que não desgruda do Jimin nas aulas?

Disparou inquisitivo o jovem Woozi, sem desviar a atenção do seu celular. Estava concentrado demais tentando subir um capa em um desses jogos modernos de tiro. Mas claro que sempre com os ouvidos abertos para capturar as novidades ao seu redor.

Chanyeol confirmou com um "aham" alto demais.

一 Não sei porque ainda me surpreendo com seu dom de xeretagem ambulante, cara. 一 concluiu Jimin sem nem um pouco de delicadeza. Girou a cadeira, dando as costas para os colegas e se limitou a abrir a tela de seu notebook e ligá-lo.

一 Muito obrigado!

Chany ria, achando graça do comentário do moreno ao seu estilo de vida. Oras, ele era um jovem na flor da idade, já gastava seu tempo assistindo séries, treinando karatê e enchendo a cara em festas de fraternidade. Escolher ser mensageiro profissional de informações relevantes sobre a vida dos estudantes da UNS. Um bom hobby.

一 Mas ainda sobre esse lance dela se machucar de propósito, acho que é a maior furada. 一 Jimin bateu nas teclas do notebook para ver se estava dormindo, culpando assim a lentidão. Coitado, já estava em sua reta final de vida. 一 Seulgi não parece ser o tipo de pessoa que se machucaria sem mais nem menos.

一 Você não tem como saber. Eu que não ponho minha mão no fogo por alguém.

Milagrosamente o quarto ficou silencioso por um bom tempo. Woozi concentrado em seu joguinho, Chanyeol refazendo mentalmente todos seus passos no dia anterior, ainda tentando resolver o caso do piercing perdido.

Os dedos ágeis de Jimin se moviam com maestria sobre as teclas do notebook que depois de muita insistência e paciência, resolveu ser benevolente e dar a oportunidade do garoto usá-lo. Jimin estava escrevendo uma história sobre amores, assassinato, fugas e mistérios. Ele havia começado a trabalhar nesse projeto há alguns meses, mas nunca conseguiu desenvolver o enredo, o resultado sempre saía mediano. O garoto não queria um resultado mediano, ele queria a perfeição.

O celular de dele tocou ao seu lado. Olhando de relance para o objeto que vibrava sobre a mesa, ele apertou algumas vezes na tela e o levou à orelha.

一 Oi mãe, bom dia.

一 Oi filho. Está ocupado? Bem, vou ser rápida. 一 a mulher falava realmente rápido. 一 Chegou algum formulário no seu e-mail?

一 Humm... Não sei, vou checar.

Jimin abriu uma nova aba e ali entrou na sua conta de correio eletrônico, rolando a pedrinha do mouse pela caixa de entrada, encontrando ali um e-mail intitulado "Formulário de inscrição". Naquele mesmo instante, ele já sabia do que se tratava. O rapaz fechou os olhos buscando sua paz interior, expirando e inspirando profundamente. Qual era o problema daquela mulher?

一 Mãe... 一 começou ele, a voz já transfigurada.

一 Preencha e me envie. 一 cortou ela, parecendo apressada. Talvez achasse que se não o desse chance de pensar muito, ele acabaria cedendo à pressão. 一 Vou encaminhar para um amigo meu que tem bastante influência lá no setor de admissão.

Jimin suspirava, a fronte baixa, inclinada sobre a mesa, enquanto massageava ali alguns pontos na têmporas que havia visto em algum lugar garantindo que aliviava a tensão. Ele quase afundava os dedos enfiando dentro, de encontro ao cérebro e nada de tensão ser aliviada. Maldição de propaganda enganosa!

一 Mainha, 一 recomeçou calmamente. 一 A senhora sabe que eu não quero trancar minha faculdade aqui para estudar Direito Penal nos Estados Unidos. Tanto não quero, quanto não vou.

一 Mas você disse que ia pensar!

一 E eu pensei, mãe. Não vou e ponto final.

Por que ela insistia tanto com aquele lance de estudar Direito e afins? Jimin não conseguia compreender. Sua avó uma vez lhe contou que Ji-hyun mudara completamente de personalidade depois do acidente do Chalé. Por meses e noites seguidas ela tinha pesadelos com a casa pegando fogo, engolindo Min-ho, arrancando-o a força de sua vida. Isso a abalou tanto que ela teve que fazer terapia por muito tempo.

E ainda por cima, sua avó lhe confidenciou que o caso jamais ter saído dos papéis para uma investigação mais detalhada, piorava tudo. Lhe roubava as esperanças que tanto nutria por justiça.

一 Park Jimin! 一 Ji-hyun continuava a rosnar, insatisfeita. 一 Pense no seu futuro!

一 E você acha que não já faço isso? Penso a cada segundo dos últimos anos.

Conforme o tom de voz de Jimin ia aumentando, Chanyeol e Woozi se entreolhavam calados, o que já era pouco típico dos jovens.

一 Meu amor, pense melhor, é um triunfo que você não pode se dar ao luxo de perder. 一 ela argumentava duramente enquanto o moreno afundava na cadeira. 一 Além de estudar em Harvard, você ainda ficaria mais perto da Sung. Quem sabe vocês não se entendiam de novo?

Jimin revira os olhos escuros tão forte que quase saltavam para fora das órbitas.

一 Santo Deus, mãe. A senhora parece um disco enganchado. A Sung e eu escolhemos seguir caminhos diferentes. Somos adultos e temos noção das consequências de nossas escolhas. Por mais que eu te ame, a senhora sabe que não posso deixar que interfira nas decisões da minha vida.

一 Como eu queria que seu pai estivesse aqui agora... 一 o entristecimento e o pesar em sua voz pôde ser ouvido, e sentido, mesmo através do ruído da ligação. 一 Talvez ele fosse capaz de colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça oca.

一 Pois é, mas ele não está. Nesse caso, boa noite, mãe. Diga a estrelinha que eu mandei um beijo.

Jimin desligou a ligação, fechou o notebook e colocando o telefone ao lado de uma caneca cheia de água, cruzou as mãos sobre a mesa. O rapaz agarrou a correntinha de seu relicário dourado que pendia em seu pescoço. Com delicadeza Jimin abriu o medalhão, encontrando a foto de seu pai e ele bebê em seus braços, sorridente e amável como sempre fora.

A figura paterna fazia muita falta, independentemente do moreno se lembrar dele ou não. Será que seu pai o apoiaria em seguir seus sonhos? Ou acharia tolice igual a mãe?

Isso não importa, chiou Jimin igual uma televisão sem sinal, ficar se lamentando sobre o passado ou sentindo saudade do que nem viveu ainda, não mudaria os fatos. Min-ho se foi, para sempre, mas com certeza orava pelo filho lá do céu.

一 Tá tudo bem? 一 perguntou o loirinho, um sorriso solidário em seus lábios comprimidos.

Jimin sorriu de volta, levantando-se da cadeira em um impulso. 一 Era só a minha mãe falando as besteiras de sempre, nada demais. Vou tomar um banho.

Trinta minutos depois, ele saía do banheiro com o cabelo molhado, um jeans escuro e uma camisa vermelha com as mangas enroladas até os cotovelos, que deixou o tom branco de sua pele ainda mais evidente. O moreno conferiu as horas em seu celular, começando a arrumar seus pertences em sua mochila para ir ensaiar.

Uma caixinha amarela que decorava seu criado mudo despontou em seu campo de visão, um sorriso involuntário surgindo ali em seu rosto, suavizando sua expressão tensa. Jimin pegou um dos sachês e despejou o conteúdo na boca quando o rasgou.

一 Claro que não! Tá maluco? 一 a voz irritada de Chanyeol reverberou pelo quarto. Ele pulou da cama, ficando de frente para encarar o caçula que debochava da cara dele com caretas contorcidas. Chany não se deixou abalar pelas provocações dele, mas murmurava: 一 É óbvio que o Fanático é mil vezes superior que o Hulk. Ele deu um nocaute lá na areia movediça, que o verdão virou amoeba! O monstro é tipo o The Rock, tu é louco? Uma olhadinha feia e o cara já se caga nas calças!

一 Tu perdeu foi o juízo junto com teu piercing. 一 Woozi ria zombeteiramente. 一 Hulk é capaz de jogar o Fanático longe com o dedo mindinho, sem esforço nenhum, igual uma boneca de pano. É tipo querer comparar Voldemort com Merlin. Não tem lógica!

Ali estava um assunto que os dois entendiam muito bem. Apesar de costumar zoar nerds, Chany adorava o mundo dos quadrinhos, era fascinado. Enfim a hipocrisia. Mas obviamente, como todo assunto na boca daqueles dois, a conversa não sairia sem uma boa discussão e troca de farpas antes.

一 Puta que me pariu, esse moleque não bate bem da cabeça, não. 一 Chanyeol bufou feito um touro bravo, então se virou para o moreno mais novo que enfiava uns cinco sachês de vitamina no bolso lateral da mochila. 一 Jimin, acredita que ele me falou ontem que Z Nation é uma porcaria? Alguém precisa internar esse garoto urgentemente.

一 O quê?! 一 Jimin encarou o caçula, incrédulo. 一 Retira logo o que você falou. Que pecado!

一 Não, eu achei chato, ué. 一 Woozi deu de ombros, os olhos intercalando entre os colegas. Então sentou-se. 一 Mas já que tocamos no assunto, eu tenho uma dúvida sobre zumbis.

一 Ah não! 一 resmungaram Jimin e Chany ao mesmo tempo, o que não impediu o loiro de continuar seu questionamento:

一 Eu tava tomando banho um dia desses, e acabei pensando... O que aconteceria com um zumbi se ele não conseguisse carne humana pra comer? Não podem morrer de fome, já estão mortos.

一 Você explica essa. Ontem eu passei uma hora explicando pra ele como vampiros fazem a barba sem se ver no espelho. 一 Chanyeol riu, algo mudando em sua postura, mas sem perder tempo caminhou até a porta, desaparecendo após falar: 一 Tenho que ir, até breve.

一 Sei lá, cara. 一 Jimin ri também quando a porta foi fechada novamente. 一 Depende se for um zumbi rápido ou lento. Mas em the walking dead eles não morrem por desnutrição.

一 Bem pensado.

Ao certificar-se que Chany havia ido mesmo embora, Woozi se levanta repentinamente disposto, deslizando a mão por debaixo do travesseiro onde estava deitado minutos atrás e de lá, retira um pequeno arco prateado.

一 Não acredito! 一 Jimin piscou, deixando uma risada histérica escapar. Mas que pilantra safado! 一 Tu escondeu o piercing do Chanyeol, seu doido varrido! 一 eles agora gargalhavam juntos, caçoando do colega.

一 Ninguém mandou ele usar a varinha da minha coleção premium de Harry Potter como coçador de costas.

一 Pois eu acho melhor você usar essa varinha pra aparatar pra bem longe daqui. 一 aconselhou, ainda rindo. 一 Por que quando o Chanyeol descobrir, você é um homem morto.

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