Morar em um bairro, uma cidade e um país totalmente diferente do que você nasceu é difícil, e se você tiver que se manter sozinha sem a ajuda dos pais fica tudo mais difícil ainda. Não que eu não tenha pais, eu tenho e os amo, mas eu tenho 20 anos, não posso ficar dependendo do dinheiro que eles mandam para mim, por mais que eles queiram que eu volte para o Brasil, eu não medirei esforços para continuar aqui, New York sempre foi o meu sonho e agora que eu estou aqui nada pode me parar e me fazer voltar.
-Barbara querida, preciso falar com você, venha até minha sala, por favor! – Elizabeth, dona da loja onde eu atualmente trabalho me chamou carinhosamente como sempre me trata, mas nunca acreditei nela, algo em seu olhar me diz que ela é falsa, ou simplesmente pode ser coisa da minha cabeça. A acompanhei ate a sala dela que ficava em cima do estoque, assim que entramos ela sentou-se e mostrou-me onde sentar.
- No que posso te ajudar dona Elizabeth? –falei
- Bem querida, a loja esta passando por graves problemas e descobrimos que uma das gerentes estava roubando a nossa loja,então estamos cortando verbas e com isso quero dizer que estamos diminuindo a quantidade de atendentes, como você foi a ultima a ser contratada será mais fácil de desapegar, me desculpe, mas você esta despedida! Espero que entenda – meu mundo caiu! Como eu vou entender uma coisa dessas? Olhei para o rosto dela e podia ver o seu sorrisinho, esse que não me convenceu.
- Tudo bem –falei simples mas na verdade eu não sabia o que dizer eu realmente estava sem chão. Sai da sala sem me despedir dela nem de Nenhuma das outras atendentes,bando de cobras devem estar pulado de felicidade,mas não por dentro e sim por fora mesmo troquei de roupa tirei a farda da loja deixando lá mesmo e sai de lá.
Nem se passaram dois meses que me mudei para NY e acabei de ser despedida do melhor emprego que eu consegui e que por sinal me pagava o suficiente para o aluguel e para comida, mas e agora? Como eu vou pagar as contas do meu apartamento? A minha comida senhor!
Isso está me aterrorizando e se eu tiver que voltar para o Brasil? falta de dinheiro nunca foi um problema para os meus pais, mas para mim sim eu vou morrer se eu não seguir um trabalho e ter que voltar para o Brasil, não era isso que eu imaginava quando cheguei aqui, eu não quero e eu não vou voltar!
Fui em uma banca de jornal comprei alguns e fui pesquisando até bater o olho em quanto uma pessoa pode pagar para cuidar de uma criança de 5 anos, a pessoa pagaria o dobro que eu ganhava na loja de roupa da dona Elizabeth, meu Deus! Esse é o trabalho perfeito peguei o meu celular e disquei o numero que tinha no jornal:
Ligação
- Alô? –uma voz grossa atendeu ao telefone.
- Oi eu liguei, para saber sobre o anuncio do jornal, vocês precisam de uma babá?
- Oh sim, o meu chefe precisa de uma babá, você é de alguma agencia?
- Hum, não, não sou de nenhuma agencia, mas sou de confiança –disse o que veio a cabeça.
- Que ótimo,poderia vir até a casa dele ainda hoje?
- Claro –é ainda dá tempo agora são 8:10 am. super dá tempo para um novo trabalho
- Te passo o endereço por mensagem,é como se chama?
- Barbara, Bárbara Palvin
- Ah, claro Bárbara te vejo as nove esta bom para você?
- Esta sim, eu te vejo lá! –disse sorrindo, isso só pode ser coisa de Deus!
- Então é isso tchau, até depois!
- Até! – falei e ele desligou.
Esperei um pouco até receber a mensagem,quando a mesma chegou tomei um susto a casa era do outro lado da cidade,no lado mais afastado de todos.
Olhei o relógio que marcava 08h20min A.M e pelas minhas contas: EU ESTOU ATRASADA! Corri e para pegar um táxi,já que de ônibus eu nunca iria consegui chegar antes do meio dia, conseguir pegar o táxi que levou exatamente 30 minutos para chegar em um condomínio de luxo cercado de proteção, sinceramente não sei para que tudo isso. Será que ele é um bancário com uma mulher dondoca que na da atenção a própria filha? Não melhor, ele é um bandido que matou a mulher e filha precisa de cuidados... senhor no que eu estou pensando? É melhor eu me adiantar senão vou chegar atrasada na casa!
Passei pelo porteiro que ligou para casa e me deixou entrar, disse que era a ultima casa da rua,fui andando rápido para não me atrasar mais e quando eu cheguei na ultima casa fiquei admirada! Isso não é uma simples casa,é uma mansão de tão grande, nem se compara com as outras casa do condômino,todas são muito grandes, mais essa? É GIGANTE.
Sai do meu transe pelo tamanho da casa e toquei a campainha e uma voz diferente da que atendeu ao telefone gritou um “já vai” esperei até que MEU SANTO DEUS, É ELE? O crush da infância!
- Oi eu me chamo Justin.
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