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História Baby, I'm Not a Monster - Imagine BIGBANG - How to Win Your Girl, with Seungri. - Step 2


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


ANNYEONG!

Em clima de Natal, esse capítulo saiu especialmente para vocês. <3333 Eu gostaria de ter lançado ele mais tarde, mas achei melhor postar agora. Espero que gostem. <3

Vamos ao capítulo? Aproveitem!

NÃO ESQUEÇAM DE LER AS NOTAS FINAIS!

Capítulo 4 - How to Win Your Girl, with Seungri. - Step 2


[SeungRi On]

- Quebra de tempo: 24 de Dezembro de 2015 -

Eu estava nervoso. Eu estava muito nervoso. Aish, eu não queria estar nervoso!

Me acomodei em um dos bancos da vã à beira da avenida. Era noite, e toda a via expressa de Seul, incluindo metrôs e pontos de ônibus, estava agitada devido ao Natal. Uma fina camada de neve enfeitava as calçadas, decorando enfeites de Natal externos, árvores e guirlandas. Também nos fez usar longos sobretudos por cima de nossas roupas de gala, mesmo com o aquecedor da vã ligado. O calor corporal também ajudava, considerando o fato de que tínhamos mais duas convidadas; Hyo Rin e, daqui a alguns momentos, S/N.

Psy tinha uma bela casa em L.A, mas naquele ano, nossa confraternização seria na capital coreana, o que acabou facilitando para nós. Chung-Ang ficou completamente coberta pela neve e totalmente deserta, considerando o feriado ter sido uma ótima oportunidade para um pouco de férias para os outros alunos. O primeiro a bater na porta do dormitório de S/N foi TOP, que mesmo com o paletó do smoking em estampa de oncinha na cor azul, conseguia ser mais sofisticado que todos ali juntos.

— S/N? — Ele chamou-a. Eu estava ansioso para ver a tão misteriosa roupa; desde aquele dia no shopping, não a via mais visto. Ela continuava misteriosa.

Então, a porta se abriu, e por um momento eu pensei que meu coração estivesse parado. O vestido de S/N tinha uma longa saia com uma fenda que ia até um pouco acima da coxa, e o caimento do chiffon negro fazia parecer que ela renascia sobre o manto da noite. Com uma fenda coberta de renda no meio do peito, não havia muito tecido sobre o busto, que era um pouco pálido e curvo como uma pérola. A única coisa que quebrava a porcelana perfeita da curvatura dos seios e da nuca eram adoráveis brincos de argola, o que lhe dava um ar ainda mais sofisticado, e os cachos feitos de babyliss espessos e brilhantes ao redor do rosto. Um dos cachos negros era comprido o bastante para repousar na curva da clavícula, o que fez com que novamente meus olhos retornassem aos...

Na verdade, todos os caminhos levavam aos seios de S/N.

Era um vestido... Adorável. E os seios também eram adoráveis.

S/N, tão observadora quanto bela, percebeu que eu a notara, e sorriu.

— U-... Uau. — Foi o que consegui dizer. — Você está... V-Você está...

—... Maravilhosa. — Young-Bae completou, tão surpreso quanto eu, piscando algumas vezes. Aquilo fez S/N ruborizar.

— É, bom... — Ela deu de ombros. — Essa era a intenção.

— Você está muito bonita! — Daesung, animado e maravilhado, curvou-se para S/N com a mão no peito, como um príncipe. S/N, entrando na brincadeira, segurou no vestido e curvou-se também, em resposta.

— Seria melhor se você pegasse um sobretudo. — Hyo Rin suspirou, com um sorrisinho mínimo. — Está muito frio lá fora para sair com uma roupa dessas.

— Ah, ele já está aqui. — S/N pegou o mesmo sobretudo de quando fomos tomar café pela primeira vez, que estava pendurado em um pequeno gancho atrás da porta. — Podemos ir agora. Estou entusiasmada.

— Você vai gostar de conhecer o Jae-Sun-hyung. — Ji Yong sorriu gentilmente, estendendo o braço para que S/N segurasse. Ela aceitou, e ele começou a guiá-la para nossa vã. — Sua casa é maravilhosa e sua esposa é muito adorável.

— Ele... Tem brinquedos legais. — TOP disse baixo, com um sorrisinho.

— Ele também vai gostar de conhecer você. — Young-Bae deu seu típico "eyesmile".

Todos eles pareciam maravilhados e entusiasmados com a presença de S/N. Bem, com a exceção de Hyo Rin, que não estava tão entusiasmada assim. Conversa vai, conversa vem, eu acabei ficando para trás na rodinha de conversa, sendo aquele amigo que sempre vem depois porque a calçada não tem espaço suficiente. Normalmente, eu não ligaria para aquilo, mas toda aquela cena estava me deixando incomodado.

S/N virou-se para mim, desvencilhou-se gentilmente de GD e parou de andar para me esperar, o que fez com que todos também parassem. Diferente dos outros dois encontros que tivemos, ela parecia mais gentil, amável. Talvez por não estar com sua armadura de durona, e sim com sua verdadeira personalidade à mostra. Talvez por ter percebido que partir seu coração naquele momento não era nem de longe um objetivo meu.

— Obrigada por me convidar. — Ela disse em voz baixa, para que apenas eu ouvisse. — Estou nervosa.

— Não se preocupe. — Dei um sorriso ladeado. — Você vai se dar bem.

Um silêncio constrangedor tomou conta da nossa conversa, não sendo nem um pouco ofuscado pelo assunto paralelo dos outros membros.

— Você, hum... Está bonita. Esse vestido realmente ficou bem em você. — Pigarreei, sentindo meu rosto queimar suavemente. Droga.

— Ah. Obrigada. — S/N sorriu. — TOP e eu sabíamos que você iria gostar, por isso mantivemos segredo. Era uma surpresa.

— Eu estava começando a ficar aborrecido. — Cruzei os braços, com um bico emburrado. S/N riu baixo.

— Ciúmes?

A olhei de cima a baixo. Com aquela roupa, com certeza.

— Curiosidade. — Dei de ombros. Agora, os papéis estavam invertidos.

Enfiei a mão na parte interna do paletó, feito de um tecido negro super delicado que eu torcia para que S/N houvesse achado maravilhoso, e semicerrei o punho por um momento. Não, agora não era a hora. Não aqui.

O responsável por abrir a porta da vã para que S/N entrasse foi Young-Bae, cavalheiro como sempre. Como era de se esperar, Hyo Rin não havia gostado nada disso, mas ninguém ligava para isso no momento. Era hora de ir à festa.

[…]

A casa de Psy continuava mesma; enorme, rica e... Enorme.

Com quatro quartos, três banheiros, três andares, uma piscina salina, uma quadra tênis, um ginásio, uma academia e até mesmo um serviço de concierge virtual 24 horas, a mansão de Psy ainda era a casa mais maravilhosa que eu já havia visto na minha vida. A casa de TOP também era bonita - e a mais cara de Seul -, enquanto eu ainda tinha meu querido apartamento. Ele também era bonito e sofisticado para os padrões, mas eu ainda queria chegar àquele nível dos meus hyungs.

Quem nos recepcionou na casa foi Yoo Hye-Yeon, esposa de Psy, em um vestido branco de gala que deixava nossa presidenta no chinelo. Ela se encantou com S/N assim que seus olhos se encontraram, a tratando atenciosamente sempre.

O tão esperado anfitrião, Psy, fazia sala para os convidados no salão, aonde o aquecedor deixava livre o não-uso de casacos, sobretudos ou jaquetas. S/N reprimiu um gritinho assim que o viu, e segurou forte meu braço. Ri baixo.

— Jae-Sun-hyung! — Chamei sua atenção de propósito, fazendo S/N começar a me xingar em português. Quer dizer, eu imagino que eram xingamentos.

— Annyeonghaseyo. — Ji Yong curvou-se levemente, assim como eu e os outros membros, fazendo S/N ficar completamente estática. Psy sorriu ao percebê-la ali.

— Mas que bela moça. Seja bem vinda à minha casa. — Ele segurou a mão dela e a beijou delicadamente, percebendo seu nervosismo. Psy era daquele jeito; brincalhão.

— O-Obrigada, oppa... — S/N disse, ruborizando da cabeça aos pés.

— Por que está tremendo tanto? — Psy riu baixo. — Não está aquecida o suficiente?

— O q-que?! N-Não! Não, de jeito nenhum, o s-seu aquecedor é ó-ótimo, e... Ahm... — Eu nunca havia visto S/N gaguejar tanto. Talvez pelo fato de Psy ainda estar segurando sua mão. — Você, ahm... Tira uma foto comigo?

Psy riu com o pedido, que saiu tão humilde que beirava a ingenuidade. S/N me entregou seu celular e, dessa vez, eu fui o fotógrafo da ocasião, registrando o maior sorriso que S/N já deu em toda a sua vida.

— Fiquem à vontade. Comam, bebam e aproveitem! — Psy curvou-se levemente para nós e se despediu. Repetimos o gesto e, rindo do quase colapso de S/N, começamos a nos separar aos poucos. S/N virou-se para mim, estática, e abriu mais seu sorriso.

— EU CONHECI O PSY! ELE BEIJOU MINHA MÃO! SOCORRO!

— É, de nada. — Dei um sorrisinho ladeado, erguendo uma sobrancelha. S/N, entusiasmada, me abraçou apertado.

— Obrigada novamente por ter me convidado, oppa! — Antes mesmo que eu pudesse responder, ela me soltou, quase aos pulos, e saiu para explorar a festa. Rindo baixo, a segui a passos lentos.

Algumas músicas como Gentleman e Gangnam Style começaram a tocar. E S/N, como uma boa fangirl, sabia dançar todas muito bem. Era engraçado vê-la daquela forma; tão descontraída, animada. Ela sempre parecia estar em posição de defesa, mas naquele dia... Ela estava simplesmente feliz.

— Hyung! — Avistei TOP brincando no balanço dos filhos de Psy, do lado de fora, sozinho. Ele riu para mim e acenou. — Você já está muito velho para isso.

— Não estou não! — TOP replicou, sorridente. Ri baixo, balançando a cabeça negativamente, até ouvir os gritos de uma mocinha familiar. Quando me virei, percebi S/N pulando no pula-pula, com os saltos jogados no chão, sem se importar se parecia uma criança ou se tinha grande chance de bagunçar seu cabelo.

— Oppa! — Ela me chamou, com a voz trêmula por estar pulando. — Vem! Vem cá! É divertido!

— Ele não vai! — TOP gritou do outro lado. — Ele é o maknae mais sem graça que eu já vi!

— Eu sou sem graça? — Aquilo foi uma ofensa. — Então tudo bem!

Retirei meus sapatos, deixei meu paletó com TOP e subi no pula-pula, com uma sobrancelha erguida. S/N então se jogou para que eu começasse a pular, e como resposta, pulei o mais forte que pude. Ela acabou caindo sem conseguir se levantar, e eu ainda não ajudava sem parar de pular.

— Para! — Ela ria. — Deixa eu me levantar! Para!

— Você queria que eu viesse pular, eu estou pulando! — Ri alto. Também me joguei de costas no pula-pula, fazendo-a pular alto, e quando ela caiu, quem pulou alto fui eu. Realmente estava difícil de se levantar, mas nenhum de nós queria parar naquele momento. Tudo bem que corria risco do pula-pula rasgar ou quebrar e nós sermos obrigados a pagar o brinquedo, mas ninguém pensava naquilo no momento.

— Aish, já chega! — Ofegante, S/N conseguiu manter-se de pé. Seu cabelo não estava bagunçado - aquilo era bruxaria -, mas seu vestido estava um pouquinho amarrotado. Ri baixo. — Meu Deus...

— Você bagunçou todo meu cabelo! — A empurrei levemente, com um bico. S/N cruzou os braços e desceu do pula-pula, também me ajudando a descer.

— Eu não te obriguei a vir pular comigo. — Ela se defendeu, rindo baixo. Nos sentamos na borda do pula-pula. — Mas admita que foi divertido.

A fitei nos olhos por um momento, até que finalmente sorri.

— É... É, foi sim.

Dessa vez, um silêncio bom tomou conta do lugar, e S/N inclinou-se mais para perto de mim. Aos poucos, ambos fomos fechando os olhos, devagar e gradativamente, e por um momento estivemos tão perto que pudemos sentir a respiração um do outro. Foi quando Young-Bae nos chamou, e S/N rapidamente afastou-se, sorridente.

— Ei! O Papa YG chegou, vamos cumprimentá-lo!

— Ah, claro! — S/N levantou-se, entusiasmada. Arregalei levemente meus olhos.

— E-Espera! Não seria melhor a gente terminar a nossa "conversa"?

— Não! É o seu chefe, você deve ir vê-lo o quanto antes. — Ela lançou uma piscadela para mim, esperou TOP sair do balanço e entrou na casa. Young-Bae olhou para mim, confuso.

— Eu... Interrompi alguma coisa?

— Não, hyung. — Suspirei, dando de ombros. Quando finalmente ela toma a inciativa... Aish. — Vamos entrar.

 

[S/N On]

Andei até o banheiro para ficar no mínimo apresentável para o dono da YG Entertainment, já que elegante era pouco praquele cara. Para alguém que havia conseguido ficar em segundo lugar na Big Three, ele era o humilde o suficiente para participar das festas de seus próprios artistas. Eu não imaginava alguém da SM fazendo esse tipo de coisa.

Me olhei no espelho; minha maquiagem não estava borrada e meu cabelo não estava bagunçado, com a exceção de alguns fiapos saindo do penteado, algo que eu não demorei muito para ajeitar. Uma mulher entrou no banheiro, e meu coração parou.

Chaelin Lee. CL.

— Oh. Olá. — Ela disse, abrindo um sorrisinho. A sofisticação daquela mulher me fez me sentir uma mendiga. — Eu... Nunca te vi por aqui antes. Você é uma trainee?

— Ahm... Na verdade, sou uma acompanhante. Do SeungRi. — Respondi, dando de ombros.

— Entendo. — CL disse gentilmente. — Você é bem diferente das outras.

Parei. Outras?

Foi quando me lembrei; era Lee Seunghyun. O mulherengo. O que dormia com fãs. Com certeza, ele já devia ter levado muitas ficantes para festas como aquela. Eu não deveria me sentir tão especial.

— A ceia já vai começar. — CL abriu a porta para mim. — Vamos?

[…]

SeungRi e eu nos sentamos lado a lado ao redor da longa mesa, que estava farta de vários tipos de comida e rodeado por vários tipos de pessoas. Artistas como Akdong Music, 2NE1, iKon e muitos outros também estavam ali. Psy, o anfitrião, conduziu um discurso que falava sobre como ele estava agradecido por todos terem comparecido e, em especial, ao Papa YG.

— Estou muito feliz que todos estejam aqui, comigo e com a minha família. — Ele continuou, erguendo uma taça de champanhe. — Afinal, não é nisso que se resume o Natal? Passar esse dia tão especial com quem você gosta?

Nesse exato momento, SeungRi segurou minha mão. Tudo bem que, por fora, tudo o que eu fiz foi arregalar levemente os olhos e sorrir quando ele virou-se para olhar para mim, mas por dentro, todos os lugares da minha mente sussurraram um "Aaaaaaaaaaaaawn!".

Por mais que os convidados e o próprio Psy continuassem falando, aparentemente nós dois não ouvíamos mais nada. Uma pausa se seguiu no nosso olhar por um breve instante, quando Hyo Rin tentou segurar a mão de Taeyang e acabou esbarrando no pegador de salada. A pele de SeungRi era um pouco fria e mais pálida que a minha, mas seus dedos se encaixavam muito bem nos meus.

— A melhor parte de sair a noite — TOP começou quando o discurso acabou e a comida fora liberada. Todos os membros do BIGBANG estavam sentados na última ponta, comigo e com SeungRi. — é que não se precisa usar mais nenhum traje além do noturno.

— Uau. Eu nunca tinha considerado essa questão. — G-Dragon respondeu, bastante impressionado.

— Mas seria legal variar de vez em quando. — Entrei na conversa. — Por isso eu aproveito qualquer chance que eu tenha para mudar de roupa. Acho que, durante uma noite de aventuras, há muitas ocasiões nas quais uma mulher pode se despir. — Apoiei o cotovelo na mesa. Só depois de ter dito a frase que eu reparei que ela não havia saído bem como eu planejara. — Q-Quer dizer...

— Continue com o seu discurso. — SeungRi riu da minha confusão. — É um bom ponto de vista.

Ri baixo. Ele então inclinou-se para meu ouvido e abaixou a voz discretamente.

— Ou, se preferir, pode continuar falando sobre tirar a roupa. Acho que esse sim é meu assunto favorito.

Senti meu rosto ruborizar com aquela frase. Ai, ai, Lee Seunghyun.

Uma das coisas que eu mais havia gostado da festa havia sido a árvore de Natal. Ela era enorme, cheia de enfeites e muito, muito iluminada. Na ponta da árvore, um anjo segurava uma pequena harpa.

Embaixo daquela árvore, Taeyang distribuía pequenos presentes para os convidados. Era engraçadinho e fofo vê-lo ser tão cuidadoso a ponto de lembrar de comprar presentes para seus amigos.

— Hey. — Ele chegou para mim, tão sorridente que seus olhos quase sumiram de tanto se fecharem. — Feliz Natal.

Ele estendeu uma caixinha para mim. Arregalei levemente os olhos.

— É pra mim?

— É claro! — Taeyang sorriu novamente. Peguei a pequena caixinha, com as mãos trêmulas. Era um colar. — É uma pedra de ametista.

Olhei para ele, confusa. Ametistas eram pedras raras, aquilo deveria ter saído caro.

— Oppa... Você não precisava ter feito isso...

— É claro que precisava. Você é nossa amiga agora. — Ele deu de ombros. — Posso colocar em você?

Assenti, entregando o colar nas mãos de Taeyang. Ele não esperou que eu me virasse para colocá-lo, apenas encaixou o pingente em meu pescoço, deixando seu rosto bem próximo do meu.

— Ele é lindo, oppa. — Toquei a pedra com os dedos, sorridente. — Obrigada.

— Não foi nada. Você ficou ótima com ele. — Taeyang deu de ombros, mas acabou sendo chamado por Hyo Rin. Ele se distanciou sorridente, acenando para mim. Ele era tão fofo.

Apesar do presente, da festa, de toda a atenciosidade que eu havia sido tratada, eu ainda sentia que algo estava faltando. Saí da casa, me sentando num banco encostado na parede, que estava ornamentado por alguns copos. Como Psy havia dito, numa data especial como aquela, seria bom passar o dia com alguém que você gostasse, e naquele dia, eu senti falta especialmente da minha família. Já faziam dois anos que eu não os via, e todo ano, no Natal, eu tentava pelo menos mandar uma mensagem, fazer uma ligação, qualquer coisa. SeungRi pareceu notar meu descontentamento e foi até mim, sentando-se ao meu lado.

— Por que você não está lá dentro?

— Ah... Vim respirar um pouco. — Sorri, dando de ombros. — Queria falar com a minha família antes da meia-noite, mas aí lembrei que lá ainda é dia 23.

— Sente saudades deles?

— É. De vez em quando, bate aquela saudade de casa. — Me encostei no ombro dele. — Nunca se sentiu assim?

— Vejo minha mãe e irmã todo dia no café delas. — SeungRi fez um bico. Bati levemente no ombro dele, e ele riu. — Mas quando viajo, sinto falta delas.

— Às vezes é bem ruim morar do outro lado do mundo. — Dei de ombros.

— Aonde conseguiu esse colar?

— Hum?

— Esse colar. — SeungRi riu, apontando para meu pingente. — Aonde conseguiu?

— Ah! Taeyang me deu. Não é bonito?

— Ele te deu? — SeungRi fez um bico. — Agora me sinto na obrigação de te dar um presente também.

— Ei, espera! — Olhei-o nos olhos. — Você não precisa fazer isso.

SeungRi não me ouviu; ele inclinou-se para perto de mim, e nossos lábios se tocaram por um momento. Tenho certeza que ele sentiu meu corpo tremer. Antes de continuar, sorriu: — Questão de justiça e honra.

E então, ele me beijou. Me beijou de um jeito calmo, gentil e doce, que eu desejei que não acabasse nunca. SeungRi colocou as mãos sobre minha cintura e ficou brincando com o tecido do meu vestido sob a ponta de seus dedos. Com certeza, ele deve ter sentido minha reação ao receber seu toque; um calafrio percorreu toda minha espinha. Como eu nunca havia imaginado, seu beijo era desinibido e, pelo menos naquele momento, parecia extremamente sincero, com todo corpo esguio de um padrão perfeito de um Idol concentrado no que queria, e todo o coração concentrado naquilo também. Por um longo instante selvagem e eufórico, acreditei que eu não quisesse nada mais do que a companhia de SeungRi, e que não nos separaríamos naquela hora.

Mas infelizmente, o beijo encerrou-se apenas pela necessidade de ar. SeungRi acariciou meu rosto, e sorriu.

— Feliz Natal, brasileira. — Ele murmurou.

— Feliz Natal, coreano. — Sussurrei. 


Notas Finais




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