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História Baby, I'm Not a Monster - Season Two HIATUS - Oshiete


Escrita por: Capucine

Notas do Autor


OI GENTE

Foi horrível pra esse capítulo sair, eu não revisei ele por isso deve ter alguns muitos erros, mas eu espero que gostem ❤❤❤

Tô tentando voltar com a rotina de postagens constantes, mas pra isso eu preciso que vcs me digam se estão o que estão achando da fanfic. Por favor, cuidem de mim 🙏

Lembrando sempre que #EleNão #EleNunca

Capítulo 24 - Oshiete


[S/N On]

Seungri e eu viemos caminhando para casa. Apesar de ser um longo caminho, foi um passeio agradável em uma noite de verão. Seungri estava timidamente com as mãos atrás de si, e resolveu quebrar o silêncio.

— Fiquei muito feliz quando você aceitou vir. — Confessou ele, enquanto caminhávamos. — Apesar de descobrir que você tem mais medo de casar comigo do que de qualquer outra coisa.

Fiz um bico, chateada, e Seungri riu alto. Ele colocou a mão sobre meu ombro, e me puxou para mais perto dele.

— Eu fiquei com medo de que você não estivesse se divertindo. — Terminou, ainda sorrindo.

— Não! — Respondi imediatamente. — Não, de jeito nenhum. Eu pareci... Desculpa.

— Ei, o que foi? — Ele me deu um beijo na bochecha. — Fique sabendo que meus pais amaram você. Mesmo que não queira casar com o filho deles.

— Onde a Hanna estava?

— Ah, ela já te conhece. — Seungri deu de ombros. — E ela ainda se sente meio culpada pelo que aconteceu, sabe, aquele negócio da Soo Yoon. Eu sei que o único culpado de tudo fui eu mesmo, mas ela é teimosa... Meus pais também não pegam leve com ela.

— Que horrível. — Suspirei.

— Eu sei. Foram tempos ruins. — Seungri olhou para o céu. — Mas eu amo a minha irmã. Não importa o que meus pais achem.

Ayano e eu morávamos no vigésimo oitavo andar da torre norte, um trajeto de elevador com painéis de carvalho. Seungri olhou para mim de lado enquanto esperavam o elevador chegar no andar esperado. Quando reparou que eu também o olhava, sua respiração acelerou, como se estivesse se segurando para falar algo.

A porta do elevador se abriu, e eu não pude saber o que ele queria dizer.

— Obrigada por vir comigo, meu protetor. — Agradeci.

— Obrigado pela noite. — Seungri sorriu, e beijou as costas de minhas mãos. — Eu te amo.

— Eu também te amo muito. — Respondi, e Seungri me beijou de forma apaixonada. Eu não pude deixar de sorrir. Eu adorava aquele beijo.

Seungri deu meia volta, e saiu andando pelo corredor. Respirei fundo.

— Amor. — Chamei. Seungri me fitou. — Você realmente não liga sobre... Aquilo do Young-Bae-oppa?

— Não. — Seungri coçou a nuca. — Quer dizer... De nós dois, você foi a única que nunca me deu motivos pra desconfiar de você. E eu te amo muito pra duvidar.

— Hum... — Disse. — Então... Quando você vai ter tempo de novo?

Seungri riu baixo.

— Sexta vai ter um evento no Monkey Museum. Todos os hyungs vão. — Respondeu, e eu abri um enorme sorriso. Seungri lançou uma piscadela pra mim, e saiu andando calmamente para fora do prédio.

[…]

De certa forma, eu já havia perdido o interesse no restaurante. Eu amava trabalhar com Seungri e vê-lo quase todos os dias, mas não dava mais para trabalhar como garçonete. Depois que fui analisar a situação, descobri isso mesmo. Eu iria atrás de um emprego que eu realmente queria!

Eu havia acabado de sair do banheiro; tinha tomado banho e estava de pijama, quando meu celular começou a vibrar sem parar. Corri até ele, imaginando serem mensagens de Seungri.

Desconhecido – Recebido 03:58

“Te achei.”

Franzi o cenho.

Você – Enviado 03:58

“Eu conheço você?”

Desconhecido – Recebido 04:00

“Vi você hoje. Com o Seungri.

Bufei, irritada e ao mesmo tempo preocupada. Então, era uma sasaeng?

Você – Enviado 04:00

“Você tem algum problema com isso?”

“Quem é você?”

Desconhecido – Recebido 04:02

“Se quiser saber quem eu sou, continue conversando comigo. Se não, me ignore.”

“Você tem pouco tempo até seu precioso Seungri abandoná-la.”

“Eu espero que ele a faça sofrer.”

Aquilo já estava ficando assustador, e eu não estava com cabeça naquele momento para discutir com sasaengs infantis. Eu tinha a opção de ignorá-la, era verdade, mas se ela havia conseguido meu número, isso significava que ela sabia quem eu era. E isso poderia ser muito mais perigoso do que simples mensagens de texto.

Tudo aquilo também poderia ser uma brincadeira. Os meninos eram uns palhaços, todos sabiam disso. Se tudo aquilo fosse realmente apenas uma piada, eu não estava gostando nada.

Você – Enviado 04:07

“Como você conseguiu meu número?”

Desconhecido – Recebido 04:09

“Eu sei de tudo sobre você. Eu dei tudo de mim por você, e você me desprezou como a puta que é.

Você – Enviado 04:09

“Oh, sim? Então prove.”

Desconhecido – Recebido 04:10

“Você mora com a sua amiga Ayano, que tem um bebê chamado Mirai. Seungri tem ficado cada vez mais distante e você sai toda manhã para ir trabalhar no restaurante dele, no endereço 361-18 Seogyo-dong, Mapo-gu, Seoul.”

Me engasguei. Como ele sabia disso? Ok, se antes eu tinha alguma suspeita sobre ser uma brincadeira ou não, agora eu já não tinha mais. Seungri não contaria sobre isso a mais ninguém além dos Bangs.

Você – Enviado 04:11

“Você é nojenta. Ou nojento.”

Desconhecido – Recebido 04:11

“E você se apaixonou por alguém que conheceu num vídeo do YouTube.”

Você – Enviado 04:12

“Você não entende! Nós pertencemos um ao outro! Já tentamos nos separar, mas foi tudo em vão, não conseguimos ficar longe um do outro.”

Desconhecido – Recebido 04:15

“Que lindo.”

“E entediante.”

Você – Enviado 04:17

“Escute, se você não parar de me perturbar eu vou chamar a polícia.”

Desconhecido – Recebido 04:19

“Você é mesmo burra. Como ainda não chamou?”

Você – Enviado 04:23

“O que você quer de mim?”

Desconhecido – Recebido 04:25

“Estou te alertando. Seungri não a machucou AINDA.”

“Mas ele vai.”

“Nem você nem ele têm uma escolha.”

“Para cada dia que você e Seungri permanecerem juntos, você estará alimentando uma ânsia.”

“Vingança.”

“Se você quer continuar inteira, deverá agir imediatamente.”

Você – Enviado 04:29

“Você...”

Desconhecido – Recebido 04:32

“Eu? Eu não ligo para mais nada.”

Você – Enviado 04:37

“Você é um psicopata.”

Desconhecido – Recebido 04:40

“Eu não vou deixar ninguém entre nós.”

“Eu não ligo para o que eu tenho que fazer.”

“Eu não ligo pra quem eu deva machucar.”

“Eu não me importo com o sangue que eu tenho que derramar.”

Você – Recebido 04:46

“Eu não vou deixar um louco como você me impedir de ficar com ele.”

Desconhecido – Recebido 04:46

“Você ainda não entendeu?”

“Nada me importa. NINGUÉM me importa.”

“Você”

“Vai”

“Ser”

“Minha”

“Sempre olhe para trás, brasileira.”

Foi quando, finalmente, algo estalou em minha mente, e eu suei frio. Senti um arrepio percorrer toda a minha espinha.

“De repente, algo me chamou atenção. Pela janela, um rosto familiar passou pela calçada, e encarou o sinal aberto constantemente enquanto o carro dobrou em uma esquina.

Aquele rosto. Não tinha como confundir aquele rosto.

Rafael...”

[...]

[Seungri On]

E ali estava eu, sentado na mesa da YG Café, virando uma xícara de café pois não tinha dormido nada naquela noite. Tinha que ajudar nos preparativos para uma apresentação no Monkey Museum naquela tarde.

Mas antes, o probleminha da Annie.

Peguei meu celular. Tinha que contar para S/N antes que ela descobrisse de alguma forma, por mais que a intenção de Annie não fosse me reconquistar. Mas era tão difícil. O fato de S/N ter se aberto comigo sobre Young-Bae, ao invés de me tranquilizar por saber que podemos confiar um no outro, me deixou mais amedrontado ainda. S/N confiava em mim, mas eu tinha medo de falar com ela. Aish!

Quando eu ia mandar uma mensagem para S/N, Young-Bae apareceu na mesa. Tentei disfarçar minha cara de abacate.

— Seungri, eu tenho um táxi lá em baixo, a Hyorin está me esperando, mas eu queria saber sobre as músicas que nós vamos participar, eu acho que... — Ele se sentou na minha frente, e fez uma careta ao olhar diretamente no meu rosto. — O que você tem?

— Problemas, hyung. — Soltei um gemido de reprovação, suspirando. — Muitos problemas.

— Com o evento?

— Quem me dera. — Fiz um bico. Young-Bae se ajeitou na cadeira.

— Me diga.

— Ah, tanta coisa. — Encostei meu rosto nas mãos. — Problemas no passado, S/N com ciúmes de você, Aori's fechando...

— Para, para, para. — Young-Bae me interrompeu. — É o que? O que você disse?

— Aori's fechando.

— Antes disso!

Parei. Droga.

— A-Ah! Isso? Não é nada! Eu me confundi. — Dei um sorrisinho nervoso. — Eu quis dizer “S/N com saudades de você!”

— Ela o que?! — Young-Bae se levantou. — Ela... Como... Quando... O que?! Ela o que?! E o que você fez?!

— Hyung, não é grande coisa...

— Não é-... — Ele fechou os punhos, e se aproximou o bastante para me dar um soco. Engoli à seco. — Não é grande coisa?! Como isso não é grande coisa?! Ela... O que?! Aish! Argh! Quando ela... quando ela... quando ela...?

— Hyung! — O chamei. Young-Bae nem me ouviu; continuou resmungando, e foi embora a passos pesados. Suspirei. — Hyung, volta aqui!

Eu provavelmente deveria estar igual Young-Bae. Revoltado e confuso. Mas o principal motivo de eu não estar daquele jeito era o fato de eu sequer ter mencionado Annie para S/N. Eu estava mais preocupado com a japonesa do que com S/N. S/N nunca me traiu. Annie sim. E eu tinha que me concentrar para não cometer o mesmo erro duas vezes.

Ainda mais, quando o assunto é amor, os melhores relacionamentos são aqueles que naturalmente inspiram confiança.

Tão rápido quanto a minha conversa com Young-Bae, o dia se passou e a noite chegou. Tínhamos que nos preparar para a apresentação no Monkey Museum, e eu finalmente poderia ocupar minha mente com outra coisa.

[...]

O BIGBANG apresentou umas 3 músicas, e eu apresentei mais 5 como DJ. Isso provavelmente deveria servir para ocupar minha mente, mas para cada música tocada, eu lembrava do quanto estava sendo injusto com a minha namorada. Fiz uma pausa, deixando algumas músicas tocarem, e fui para um camarote com meus hyungs e noonas. Cheguei no meio de uma conversa.

— Melhor assim. — Disse Ji Yong, com o rosto apoiado nas mãos.

— Claro. — Murmurou Jennie, sorridente.

— Realmente é muito cedo pra casar. — Repetiu o líder. Jennie riu alto.

— É sim.

— Não se preocupe, Ji Yong. — Hyorin deu um sorriso enorme, e segurou na mão do rapper. Sua outra mão estava sob a barriga, que já estava grande até demais para apenas dois meses e meio. — Logo chega a sua vez.

— É, eu tenho escutado isso desde 2016. — Ji Yong bufou.

Me sentei na mesa, ao lado da minha namorada e de Daesung. Ayano ainda estava chateada com ele por ter sido obrigada a fingir que ainda era sua esposa, então os dois estavam separados por mim e S/N.

Foi uma loucura para trazê-la sem deixar claro que ela era minha namorada. Ayano teve que ir buscá-la, e ainda conseguir um passe VIP para que ela pudesse sentar conosco. Ainda tivemos que deixar subentendido que ela era uma staff, alguém da equipe. Eu não podia nem arriscar segurar sua mão. Mas vez ou outra, rolava uns beijinhos escondidos pelo camarote.

— Disseram na aula de Puericultura que adotar um animal poderia ajudar como um treinamento para bebês. — Young-Bae comentava, animado, enquanto brincava com a barriga da noona. — O que você acha de gatos, Eun?

— Gatos... — Hyorin ponderou. — Odeio o musical, adoro o animal.

— Ela é uma cat person... Por que não estou surpresa? — S/N sussurrou. Prendi o riso. Young-Bae olhou sério para S/N.

— Está na hora do brinde. — Ji Yong se levantou. Pegando sua taça de champanhe, ele se dirigiu até o parapeito do camarote, olhando para baixo, onde todas as outras pessoas estavam dançando. Meus hyungs e Hyorin logo o seguiram, enquanto S/N e Ayano continuaram sentadas. A música parou assim que nos alinhamos. Ji Yong recebeu um microfone. — Ahm... Eu gostaria de agradecer, hoje, aos que vieram apoiar esse pequeno retorno do BIGBANG depois de tantos anos em hiatus.

Por todo redor, gritos de fãs, cliques de máquinas fotográficas e equipamentos de gravações. Ji Yong abriu um belo sorriso.

— Nós estamos seguindo caminhos solos até agora, e gostaríamos de agradecer também por todo amor que estamos recebendo até então. — Continuou o líder. — Nossa nova turnê, a O.TO.20, ainda não está pronta, mas estamos trabalhando nisso, então por favor, olhem por nós.

Mais gritos de fãs, e Ji Yong passou o microfone para mim.

— Vocês estão felizes? — Indaguei em chinês, e uma parte das fãs começou a gritar alto. — Nós também estamos muito felizes. Obrigada por estarem aqui conosco!

Meus hyungs riram alto. Eles ainda achavam engraçado quando eu inventava de falar alguma língua diferente, e nunca perdiam uma oportunidade de me zoar por isso.

— Para as nossas fãs japonesas, hum... — Continuei, dessa vez em japonês. Outra parte do salão gritou. — Nós trabalhamos bastante e estamos muito felizes que vocês estejam aqui, mesmo com a distância. Nos sentimos amados só de recebermos o calor da sua presença conosco.

Meus hyungs riram alto mais uma vez, e todos bateram palmas e gritaram juntos. Abri meu sorriso.

— Eu gostaria de agradecer de novo — Por fim, em inglês. — a todos os V.I.Ps. Vocês são maravilhosos. Sabiam? Eu amo vocês. — E então terminei em coreano: — Eu falei em todas essas línguas, pois queria agradecer bem à todos os fãs que têm nos dado suporte nessa nova fase do BIGBANG, e pedir que continuem nos dando todo esse carinho e amor que estamos recebendo. V.I.Ps, you're my...

“Everything!” as fãs completaram, e todos nós batemos palmas. Aquilo me fez tirar os problemas da mente, e eu senti meus ombros muito mais leves. Ficar com as V.I.Ps era algo revigorante, e eu não podia estar mais feliz de ter fãs como as nossas. Bem, feliz até TOP tocar levemente no meu braço.

— Seungri... — Ele apontou para a entrada. — Annie e Kiko, Annie e Kiko!

— O que?!

— ANNIE E KIKO!

Foi quando eu finalmente enxerguei: Annie, minha ex, e Kiko Mizuhara, a ex de Ji Yong. Sua fraqueza. Sua depressão. E se Jennie a visse ali, a razão de seu término.

— Ai meu Deus... — Minha respiração acelerou.

— ANNIE E KIKO!

— AI MEU DEUS! — Respondi no mesmo tom, e TOP tapou a boca antes que mais alguém pudesse nos distinguir gritando. — H-H-Hyung, e agora?! E agora?!

— Você falou da Annie pra S/N, né?

— Ahm...

— Seungri, você falou da Annie pra S/N, né?! — TOP me agarrou pelos ombros. Engoli à seco.

— E-Eu... — Pigarreei. — Eu posso ter esquecido...

— SEUNGRI! — Ele se irritou, e eu fiz sinal para que ele baixasse a voz antes que alguém nos ouvisse. — Ok, ahm... Vamos fingir que não a vimos! É, elas não têm permissão pra subir aqui.

— Boa ideia, hyung. — Cocei a nuca.

— Nós só temos que impedir a Kiko e o Ji Yong de se encontrarem. — Continuou TOP. — E a Annie e a S/N.

— E a Annie e eu, porque ela vai me reconhecer e vai vir falar comigo. — Mordi a ponta da unha.

— Ok, ahm... Eu vou falar pro Daesung e Young-Bae da Kiko, e deixa que eu cuido da Annie. — TOP me tranquilizou. — Agora, vamos nos sentar... Nada de exaltações.

TOP então virou toda a sua taça de champanhe de uma vez só, e pousou-a sobre o parapeito. Fiz uma careta.

— S/N voltando, Annie voltando, Kiko voltando, esse ano é o ano. — Murmurou, irritado, e se dirigiu ao seu assento. Dei uma última olhada para onde Annie estava, e voltei para a mesa.

Quando me sentei, não pude deixar de ouvir uma conversa entre Ayano e S/N. As duas pareciam preocupadas. Pronto, mais problemas...

— Você tem certeza, Yan-chan?

— Eu não sei, mas eu vi...

— O que foi? — Indaguei.

— Você lembra de quando eu achei ter visto o Rafael naquele dia, voltando da casa da unnie? — Perguntou S/N, virando-se para mim. Assenti. — Ayano disse ter visto... Alguém com as mesmas características, na nossa janela.

Engoli a seco.

— Isso é sério?

— Sim. — Ayano confirmou. — Daesung-oppa também pode confirmar, foi ele quem viu primeiro. Mas nós não sabíamos quem ele era.

— Mais essa agora... — Suspirei. — Se isso for verdade, é melhor você voltar a morar comigo, S/N. Pode ser perigoso. Se for ele, ele não deve estar nada feliz.

— Pode ser perigoso para a Ayano ficar sozinha também. — S/N retrucou. — Além do mais... Não deve ser ele. Ele não chegaria a esse extremo.

— Você tem certeza?

— Sim. — A brasileira voltou a assentir. — Tenho certeza. Eu vou tomar cuidado, prometo.

Uma Hyorin animada chegou na nossa mesa, e nosso assunto teve que parar naquele momento.

— Oi meninas! — Ela exclamou. — Como vocês estão?

— Bem. — S/N deu um sorrisinho. — E você? Não está cansada...?

— Ah, não. — A mais velha sorriu. — Bae também vive me perguntando isso. Amanhã nós vamos comprar o enxoval da Kara.

— Ótimo, isso responde todas as perguntas que eu não fiz. — Respondeu a brasileira.

— S/N. — Ayano a repreendeu.

— O que? Nós nos provocamos, é assim que fortalecemos a amizade.

Hyorin assentiu, animada, e S/N voltou a sorrir. Uma staff se aproximou.

— Faltam 10 minutos para a próxima apresentação. Estejam preparados, ok?

[...]

[Young-Bae On]

TOP havia nos avisado sobre a situação de Kiko na festa, e nós tínhamos a missão de não deixar que eles se encontrassem. Entretanto, eu tinha um assunto mais importante a tratar.

Logo depois da nossa apresentação, nós ficamos passeando pelo Monkey Museum em uma área restrita, especialmente para nós e outros artistas. S/N estava próximo da staff, com uma taça de vinho na mão. Fui até ela.

— S/N. — A chamei. Ela olhou para trás e deu um leve sorriso.

— Oi, oppa.

— Posso falar com você um segundo?

— Ahm... — Ela coçou a nuca. — Claro. Sobre o que?

A segurei pelo pulso, e saí puxando-a pela área até sairmos de vista. Consegui encontrar uma sala VIP vazia, bem longe de onde estávamos, bem iluminada e quase silenciosa. Tranquei a porta.

— Aconteceu alguma coisa? — S/N indagou. Me pus bem na frente dela e cruzei os braços.

— O que você pensa que está fazendo?

S/N piscou.

— Tomando vinho.

— Não sobre isso. — Bufei. — Sobre esses ciúmes.

Ela franziu o cenho.

— Que ciúmes?

— Não torna isso mais difícil, eu sei que você tem sentido ciúmes de mim e da Hyorin não faz muito tempo!

— Quem te disse isso?! — Ela arregalou os olhos.

— Não interessa quem disse! — Retruquei. — Eu só quero saber por quê você tá fazendo isso!

— Oppa, não é nada...

— Ah, não é nada? Então ficar tratando mal a minha esposa é nada? Ficar brincando com os meus sentimentos assim é nada?!

— Oppa, isso não tem nada a ver com você, é só que eu não consigo confiar muito na Hyorin-unnie depois de tudo que ela fez no passado, e...

— E todos esses anos, em que eu sofri pensando em você, em tudo que eu passei, que tudo nós passamos, tudo isso é nada pra você?!

— Oppa, escuta, isso é só minha mente me pregando uma peça pra me testar se eu realmente superei você...

— Me superou? — Bufei. — E quando você não tinha me superado?! Porque eu só me lembro de você, destruindo meu coração, e pisando em cima de mim acabando com qualquer esperança que eu tinha de ficar com você! Você tem NAMORADO! Eu sou CASADO! O que você tem na cabeça?! Você não sabe quanto tempo eu passei, pra te esquecer, pra parar de sonhar com você, pra levar uma vida normal, sem lembrar das malditas vezes em que você me beijava e logo em seguida me dizia para ir embora!

— Eu não queria te magoar!

— E como você acha que eu estou agora?! — Senti meus olhos marejarem. — Quantas vezes você vai brincar comigo como se eu fosse só um brinquedinho qualquer que você arranja quando o Seungri não está por perto?! Você não quer ficar comigo, mas também não quer que eu fique com mais ninguém, que porcaria de vida eu tenho que ter pra que você possa ficar feliz e me deixar em paz?!

S/N parou de tentar argumentar, e eu senti um soluço subir minha garganta. Respirei fundo. Eu não ia me deixar parecer fraco na frente dela. Não de novo.

— Eu não queria te deixar assim... — Ela murmurou. — É só... É coisa de fã... Sabe, é... Difícil ver você com outra pessoa. Todos vocês.

— Sim, sei... — Ironizei. Sequei uma lágrima que estava prestes a cair. — Coisa de fã ou não, já chega. Eu cansei. Eu não quero mais, tô cansado dessa sua indecisão. Sua, minha, da minha cabeça... Tô cansado.

S/N deu um passo a frente.

— O que quer dizer?

— Eu não quero mais que fale comigo. — Respondi no mesmo instante. — Não fala, não fica perto de mim. Pra mim já deu. Eu não consigo mais ficar perto de você. Machuca. Eu não consigo. Desculpa. Eu só não consigo.

Antes que a brasileira pudesse falar algo, eu saí da sala. As lágrimas vieram com força, mas eu me segurei ao máximo pra não chorar. Não faria isso. Não mais. Já chega de lágrimas derramadas por ela.

[...]

Voltei para o salão abatido, e por mais que fosse quase impossível, tentei fingir que nada havia acontecido. TOP então me mandou uma mensagem pedindo para que eu fosse buscar o cigarro eletrônico de Ji Yong, que estava com seu manager perto das bebidas. Kiko estava lá, por isso era meu dever ir buscar já que estava mais próximo.

Assim que peguei o cigarro, Kiko se virou e me reconheceu.

— Sol! Como você vai? — Ela abriu um sorriso gentil. — Por onde andou?

— Eu? Andei... Pelo banheiro. — Tentei sorrir de volta. A modelo avistou o cigarro eletrônico na minha mão.

— Sabe, o Ji Yong tinha um cigarro igualzinho esse quando nós namorávamos. — Ela comentou. — Você viu ele por aqui?

— Ahm... Não. Esse é meu cigarro. — Abri um sorrisinho.

— Você fuma também?

— É... Cigarros eletrônicos. — Lancei uma piscadela. — Com licença um instante.

Sai andando rápido, até chegar onde Ji Yong estava. Ele fez uma careta quando me viu usando seu cigarro, mas eu nem liguei pra isso no momento; só tirei da minha boca e coloquei diretamente na dele.

— Por que você estava usando meu cigarro? — Indagou.

— Estava esquentando ele pra você. — Suspirei.

A noite foi todinha daquela forma; para Kiko, TOP voltou a ser a ser alcoólatra, eu virei fumante, Seungri era gay e Daesung irritante. Tivemos que separar Jennie e Ji Yong e deslocá-los por todo o salão por horas, até que a modelo finalmente nos avistou juntos, e nós não tivemos para onde fugir. Quando ela chegou perto, Seungri puxou Ji Yong para um beijo, de forma que ele se escondesse em seu corpo. Ji Yong esperneava.

— Meninos! Que bom ver vocês. — A modelo se curvou levemente. Fizemos o mesmo, e TOP a empurrou levemente para frente, para longe de Ji Yong e Seungri. Fomos juntos a passos rápidos. — Ahm... Eu odeio atrapalhar o V.I e seu, hum... Companheiro, mas eu só vim me despedir. Eu não achei o GD, e não posso ficar mais tempo.

— Poxa, que pena. — TOP fez um biquinho. — Até mais.

— Boa viagem. — Dei um sorrisinho.

— Aquela é a Annie? — Daesung indagou.

Outra japonesa chegou com Kiko, e as duas se curvaram mais uma vez antes de ir embora. Naquele exato momento, Seungri soltou Ji Yong, que saiu cambaleando para trás.

— MAS O QUE... MAS... QUE... — Ji Yong exclamou. Seungri limpou a boca. — POR QUE VOCÊ FEZ ISSO?! — E então virou-se para Jennie. — Jennie eu juro que eu não queria que ele fizesse isso!

— Amor, calma. — A cantora riu alto. Ela então segurou o rosto de Ji Yong com as duas mãos, e lhe beijou. — Ops, acabei de beijar o Seungri indiretamente.

Ji Yong imediatamente abraçou a mais velha, e eu tive a sensação de dever cumprido. Pela primeira vez, Ji Yong se sentia leve com o namoro, sem complicações ou situações ruins, e isso me fazia ficar feliz pelo meu dongsaeng. Ele merecia.

— Ji Yong... — Foi quando, atrás de nós, ouvimos um sotaque japonês. Nos viramos rapidamente. Kiko. — Eu sabia que tinha te visto.


[Jennie On]

Ver Ji Yong tão tenso ao rever sua ex-namorada me deixou com o estômago embrulhado. Ela não me olhava, até que Ji Yong pegou minha mão rapidamente. Um arrepio me percorreu.

Olhei para baixo: na mão de Ji Yong, a tatuagem de uma carinha sorridente estava virada para mim, e eu apertei a mão dele. Kiko Mizuhara voltou a apenas encará-lo.

— É... Bom te rever. — Ji Yong murmurou.

— Pra mim também. — Kiko assentiu. — Eu só, hum... Queria dizer “oi”. E pedir desculpas, por... Você sabe.

— Obrigado. — Ji Yong deu um sorrisinho. — É desnecessário, mas obrigado.

Um silêncio pairou no ar. Os meninos do outro lado pareciam aterrorizados. Me desesperei.

— Então! — Dei um enorme sorriso. — Eu roubei seu namorado! Loucura não é?!

— Na verdade, nós já havíamos terminado... — Ji Yong começou. Eu o interrompi.

— Tipo, o que?! Mas, ponte... — Deixei meu braço na horizontal, e passei o outro braço por baixo como uma cobrinha. — Água embaixo dela.

Kiko me olhava com desdém e confusão. Pigarreei.

— Estamos felizes de ver você. — Murmurei, e Ji Yong segurou minha mão mais uma vez. Kiko suspirou.

— Oh, adivinha quem está aqui: Jennie Kim. — Ji Yong deu um sorrisinho envergonhado.

— Estou muito feliz por vocês dois. — Kiko respondeu. — Parecem fofos juntos.

Novamente, o silêncio. Kiko pigarreou.

— Bem, eu provavelmente devo voltar para o hotel. Tenho que pegar um vôo pro Japão amanhã cedo e ainda tenho várias coisas pra resolver. — Disse ela, sorridente. — Mas foi muito bom ver você, Ji Yong.

— Pra mim também. — Ji Yong assentiu. Kiko se curvou levemente e seu cabelo caiu para um de seus ombros. Quando ela se virou de costas, foi quando eu vi; em seu pescoço, a tatuagem de uma carinha sorridente, virada para mim, como a de Ji Yong. Idêntica. Como se tivessem sido feitas juntas.

Voltei a olhar a mão de Ji Yong. A tatuagem estava lá. Parada. Por anos. Idêntica. E Ji Yong suando, e tremendo, e eu finalmente pude entender. Entendi por que ele sempre ficava tão nervoso perto dela. E por que ela queria tanto vê-lo. Eu finalmente entendi.

— Puxa. — Ji Yong suspirou aliviado quando Kiko já estava longe. — Que coincidência, não é?

— Eu... Preciso te contar uma coisa. — Murmurei. Ji Yong se virou totalmente para mim.

— O que foi?

Fiquei quieta.

— Amor?

— Eu vou para a França. — respondi, e o sorriso de Ji Yong gradativamente sumiu.


Notas Finais


O que vocês acham das mensagens? Será que é o Rafael mesmo? E se for, o que vcs acham que ele vai fazer? 😱😱


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