-Não acredito que você voltou - ele disse me abraçando fortemente. - Senti tanto a sua falta! - sussurrou.
-Se você sentiu, imagine eu! - disse ainda abraçada a ele.
Ficamos um tempo assim ate ele soltar-me, olhar em meus olhos e passar as costas da mão na minha bochecha, me fazendo perceber que estava chorando. Não aguentei e o abracei - agora chorando fortemente.
-Não fica assim, pequena! Agora estamos juntos, de novo - ele disse me soltando e puxando-me para sentar na namoradeira ao seu lado - Agora me diz como foi que a minha garotinha fofinha, virou essa mulher gostosa? - disse de um modo que me fez rir.
-Eu não virei uma garota gostosa! - falei.
-Não? Eu estou com 4 amigos lá no meu quarto, e vimos você arrumando o seu quarto enquanto dançava, ou seja, estávamos os 5 babando por você. Mas como eu sou o... como posso dizer... o pegador do grupo. Eu vim tentar hãn... da uns pegas em você! - ele falou de um modo envergonhado coçando a nuca.
-Então o Curly agora é pegador – falei debochando dele.
-É fazer o que a mulherada olha pra mim e... PUF! se apaixona – falou dramatizando.
-Serio? – falei desconfiada.
-Serio, é o poder da combinação dos olhos verdes com os cachos e covinhas, a mulherada se amarra – falou bagunçando o cabelo.
-Ainda não perdeu a mania de bagunçar os cabelos... – comentei com um olhar reprovador, de brincadeira logicamente.
-É força do hábito. Agora vem, a minha mãe ta em casa. Vamos contar que vocês voltaram – falou dando um sorriso, que me fez sorrir. Mas o meu sorriso vacilou assim que percebi o que ele havia falado, ele percebeu já que o seu sorriso vacilou assim como o meu. – O que foi Madu?
-É somente eu voltei – afirmei.
-Como assim? Cadê a sua mãe?
-Ela morreu... faz 4 anos – falei em um sussurrou e as lagrimas voltaram a cair. Ele não disse nada, apenas me deu abraço. Aquele abraço que eu precisava naquela difícil tarde, na tarde em que ela se foi; aquele abraço que só o meu Haz, o meu amigo, o meu Curly poderia me dar; aquele abraço que me fazia sentir segura, que me passava segurança; aquele abraço que me confortou varias vezes.
-Não fala nada, se não quiser. Mas se quiser também, estou aqui com você para sempre, não se esqueça, ok? – apenas assenti. Depois de poucos minutos, eu parei de chorar. Peguei meu celular e vi que já passava das 19hrs.
-Haz, acho melhor você entrar, pois seus amigos estão na sua casa e sua mãe deve estar preocupada.
-Vou fazer melhor, não quero te deixar. Então vou botar aqueles marmanjos para fora da minha casa, falar com a minha mãe e vir dormir com você, tudo bem?
-Claro eu ia amar! Que tal madrugada do terror? – perguntei com os olhos brilhantes.
Por mais que eu tivesse medo de filmes de terror, sempre gostei dos mesmos. O problema é que não assistia sozinha nem que me pagassem, e como não tinha amigos, nunca assistia. Até que o Haz apareceu na minha vida, e um dia enquanto conversávamos falei disso com ele, então depois disso começamos a fazer quase toda semana a madrugada do terror, que é basicamente um sessão de filmes de terror que víamos debaixo da coberta comendo pipoca, chocolate, doces e refrigerante.
-Com certeza! – ele falou, levantou-se e meu deu um beijo na testa. – Já volto.
-Vou fazendo a pipoca – gritei, quando ele estava quase entrando em casa.
(...)
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