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História Back the origins - Brigas


Escrita por: srPoisonWay

Notas do Autor


Oi seres que ainda estão lendo isso! Bom...esse capitulo deu muito trabalho pra ficar pronto mas ta ai, espero que gostem.
Houve um pequeno problema com a fic, tive que refazer todos os capítulos que já estavam prontos e a fic vai ficar mais curta e com menos capítulos, mesmo assim as melhores partes ainda vão aparecer.
Bjos e até lá em baixo.

Capítulo 3 - Brigas


POV'S Gerard
   Acordei me sentindo extremamente mal, eu sabia que as coisas teriam que mudar dali para frente, eu não me sentia mais o mesmo, algo dentro de mim avia mudado durante aquele tempo e Alice só avia me feito perceber isso.
   Me levantei meio tonto e cansado, coloquei meus pés no chão e me sentei. Coloquei-me de pé e fui para o banheiro. Alice ainda não estava em casa, mas aquela calma não duraria muito.
   Entrei no banheiro e tranquei a porta, retirei minhas roupas, liguei o chuveiro e esperei a agua esquentar e entrei.
   Molhei meus cabelos com a agua, senti a agua molhar minhas costas e meu peito, me fazendo relaxar um pouco, aquela ótima sensação passando-se pelo meu corpo deixando meu corpo mole.
   Por um minuto me vi sem forças para ficar em pé, cai de joelhos no chão, não me importei com a dor corporal, minha mente e minha alma doía mais.
   Meu passado era algo confuso, ruim, mas que me transformou no que eu me tornei. Era apenas eu e Mikey na escola, éramos irmãos unidos, até hoje somos, mas naquela época éramos muito mais. Todos eram horríveis conosco, verdadeiros monstros, aqueles eram meus piores dias até que conheci Alice e Bob, ela era uma loira sorridente e um pouco tímida, alguém adorável, Bob era capitão do time de futebol americano, Mikey e ele eram parceiros de laboratório e viraram melhores amigos, o conheci em uma noite qualquer e Alice surgiu um pouco depois. Um mês depois, Bob e Mikey admitiram estar juntos, eu e Alice aceitamos bem, sempre achei que amor é amor independente de quem o sente, era algo lindo ver os dois juntos, apenas eu e Alice sabíamos dos dois, o resto do mundo não, tinha a imagem de Bob em jogo, como ele dizia então era um segredo. Um dia Mikey estava na casa de Bob, no quarto para ser mais exato (Acho que da pra imaginar o que os dois estavam fazendo). Então o pai de Bob entrou, ele não aceitou de forma alguma. Bob mandou Mikey ir embora, quando estava saindo ele ouviu os gritos de Bob pedindo para o pai parar. Ele correu até nossa casa e desabou, não parou de se culpar por tudo, eu o consolei e tentei ao máximo acalma-lo. No dia seguinte estavam  Mikey, Alice e eu reunidos na mesa na hora do almoço, Bob estava sentado com alguns amigos, seu rosto era um total desastre, olho roxo, cortes e hematomas pela face. Mikey terminou de comer e foi jogar o que tinha sobrado fora, quando passou perto da mesa de Bob um amigo idiota dele colocou o pé na frente e o fez cair. Eu vi seu pequeno corpo fraco e desnutrido se chocar fortemente contra o chão, os restos de seu almoço caíram e se espalharam pelo chão, seus óculos de grau caiu no chão junto de tudo. Eles riam como nunca, inclusive Bob. Mikey pegou seus óculos e o colocou no rosto, se levantou e se dirigiu a Bob.
    -Não vai me defender?-Mikey perguntou, eu ia me levantar e tira-lo de lá, mas Alice disse que ainda não era hora.
    -Por que eu deveria?-Bob perguntou rindo fazendo seus amigos rir junto.
    -Seus amigos já sabem o que houve com seu rosto? O que realmente aconteceu?- O sorriso nos lábios de Bob desapareceu, sua face se tornou seria.
    -Cale a boca. -Ele disse secamente.
    -Não, eu não vou me calar, seu pai te surrou ontem por um único motivo, para você deixar de ser esse covarde que se importa com o que os outros pensam de você. -Ele gritou, era possível ver seus olhos lacrimejando, suas mãos fechadas em punho e seu corpo tremendo a cada palavra liberada. -Quer que eu diga por que ele fez isso?-Mikey perguntou com um sorriso fracassado no rosto.
    -Eu já mandei você calar a boca!-Bob disse se levantando e ficando de frente para Mikey. -Não quero saber de teorias ridículas de um viadinho como você.
   Bob disse olhando dentro de seus olhos, Mikey continuou com aquela posse de fracassado forte, elevou seu punho a frente do rosto dele, eu não acreditava no que eu estava vendo, Mikey, meu irmão, fraquinho, com braços de macarrão avia socado Bob.
    -Olha só isso!- Bob disse levando uma de suas mãos ao rosto para ver se estava sangrando-A vadia sabe bater!-Ele disse rindo e olhando sua mão, levou suas mãos para a gola do casaco do menor, fitou seu rosto e o elevou no ar. - Agora é minha vez.
  Bob disse e o jogou no chão com toda a sua força, chamou seus amigos que logo o obedeceram, seguraram Mikey pelos braços o impedindo de se movimentar, Bob se pôs a sua frente e se dedicou a socar seu estomago.
   Naquele momento, algo me tomou por completo, me levantei e fui para perto daquele show para idiotas, afastei alguns dos telespectadores e por um minuto não enxerguei quase nada, tudo era escuro ao meu redor. Quando "voltei a mim" olhei ao meu redor, minhas mãos estavam sujas de sangue, Bob estava jogado no chão com o rosto totalmente ensanguentado, seus amigos estavam correndo para longe, Mikey estava em segurança com Alice e o diretor me olhava totalmente boquiaberto.
   Depois desse dia Bob foi expulso, Mikey passou a esquecê-lo jogando vídeo-games e eu e Alice começamos a namorar, depois de um tempo Bob me procurou dizendo que queria falar comigo.
    "-Gerard, por favor, me ouça, não tem nada a ver com o Mikey, eu juro. - Ele disse, entrando na minha frente e me impedindo de entrar em minha própria casa.
     - Seja rápido, Mikey está em casa e se te vires aqui vai ter um troço.
     -Eu vim te alertar.
     -Contra o que? O fim do mundo?
     -Não seja besta Way, isso é serio.
     -Então fale logo.
     -Você e Alice estão namorando não é?
     -Estamos Bob, estamos, era isso, só isso?
     -Não, não é. -Ele parou por um minuto e prosseguiu -Ela esta te traindo.
      -Esta o que? Não, a Alice não, você deve ter trocado de Alice, ela é um anjo.
      -Só se for caído. -Olhei para ele com um olhar de reprovação. -Acredite em mim, eu a conheço melhor do que ninguém.
     -Então é farinha do mesmo saco.
     -Way, é serio, ela ontem saiu com um cara, acho que o nome dele era Adam, sei lá, ele entrou com ela e dormiu lá.
      -Bob, quando você vai parar de ser tão ridículo, serio, vir aqui pra me dizer uma mentira tão sem pé e cabeça, em troco de quê?
      -Eu não estou mentindo, estou te prevenindo.
      -Eu não quero saber, isso é muito tosco, até mesmo pra você.
  Entrei em minha casa encontrando Alice e Mikey disputando uma partida de um jogo de corrida que eu desconheço.
     -Oi amor. -Ela diz, parando o jogo e se aproximando de mim e me dando um beijo.
     -Parem com isso, acabei de comer, não quero vomitar.
     -Não exagere maninho."
Eu devia ter o ouvido, no final de tudo ele estava certo, mesmo assim eu continuei com a carinha de corno apaixonado, nem desconfiei na época em que Jared apareceu. Isso é meio confuso de se explicar. No meu ultimo ano em Jersey conheci ele em uma locadora de filmes, nos tornamos melhores amigos e Alice morria de ciúmes dele, sem motivo, até a noite de meu aniversario, Alice avia viajado com os pais para Chicago me deixando sozinho com Jared, ele fez um jantar para nos dois no terraço de sua casa, arrumou algumas coisas por lá e tudo foi perfeito, ele se abriu comigo, disse que gostava de mim de outra forma, eu já tinha duvidas sobre mim, eu me desesperei, mas ele estava lá, me acalmou como nunca, ele era um dos únicos que conseguiam me aturar surtando, e então, quando eu menos esperei ele me beijou, me confortou com aquilo e eu não tive mais duvidas, eu gostava dele, aquela noite foi perfeita, tudo, cada momento, cada toque, cada palavra dita, cada suspiro, tudo, simplesmente tudo.
   Na manhã a dura realidade caiu sobre mim, Alice descobriu tudo e quase me matou, Jared e ela já não iam um com a cara do outro e aquilo só piorou tudo. Distanciei-me de Jared e voltei com Alice, contra minha vontade, ela tentou suicídio cinco vezes e dizia ser minha culpa. Um dia nos dois estávamos em minha casa, uma semana depois de voltarmos, estávamos vendo televisão quando a campainha tocou, era Jared querendo falar comigo, em um minuto Alice perguntou quem era na porta, Jared ouviu e quase surtou por eu preferir ficar com ela do que com ele, Alice foi na porta e o viu, ele simplesmente pirou, jogou todas as verdades na cara dela e sem nenhum motivo caiu na porrada com ela, consegui separar a briga, ele foi embora e eu cuidei de Alice que ficou com hematomas pelo corpo todo e uma cicatriz enorme em uma das pernas.
  Uma semana depois eu fui ao mercado comprar algumas coisas, quando estava voltando para casa vi Jared com um cara qualquer, se atracando com ele como se fosse o fim do mundo, ele me viu e tentou me explicar, ele não tinha que me explicar nada, eu tive que gritar isso no meio da rua. Eu nunca esqueceria aquelas palavras. "Jared, não me interessa, você disse mais de mil vezes que só me queria, fez da minha vida um inferno particular só seu, você não tem noção do que fez, eu não preciso de você, como o resto do mundo você só me trousse problemas e mais problemas, eu me importei com você, mas como sempre eu sou o trouxa da historia, eu... eu deixei você me tocar, eu fiz coisas que eu nunca achei que faria com outro cara, você tem ideia da grande merda que você fez?! Acho que não". Eu sai correndo o deixando sem alguma explicação, eu não devia ficar, eu tinha feito o certo, ele provavelmente iria me fazer de trouxa de novo e...eu sei lá.
    Acordei de meus devaneios, aqueles fantasmas me tirando do serio, eu não precisava daquilo, minha mente já estava perturbada demais. Levantei-me com um pouco de dificuldade e terminei meu banho, sai e me vesti rapidamente, quando estava saindo de meu quarto ouvi a porta ser aberta com estrema violência. Alice avia chegado, era evidente que ela estava de ressaca.
       -Você queria falar comigo?-Ela disse tirando seu casaco e o jogando no sofá.
       - Precisamos conversar sobre o que aconteceu ontem.-Eu disse me aproximando.
       -Bom, o que aconteceu foi o seguinte, você nunca mais me tocou, me trata com total apatia, você não gosta mais de mim como antes.
       -Isso não é ver...
       -Gerard, não minta para mim, nem vem dizendo que me que me ama, tudo o que você diz sentir por mim é mentira.
     -Isso não justifica o fato de você me trair.
     -Não vou ouvir você me dizer que você esta certo, é hipocrisia demais. -Ela disse, estava prestes a sair quando a segurei por um de seus pulsos. -Gerard, me solte. -Ela disse tentando se soltar.
    -Não, você vai se sentar na porra do sofá e vai me ouvir. -Ela não me respondeu, soltei seu braço e se sentou, parecia uma anarquista revoltada contra os pais, que original. -Eu estou cheio de ser enganado e usado por você, nada do que você disse justifica o erro.
      -Erro?! Erro?! Por favor, Gerard, não seja tão sínico, você acha mesmo que ainda é o certo nessa historia?
     -Eu sei que eu não te tocava a mais de um mês, eu tenho motivos, três pra falar a verdade. -Eu disse de frente a ela que revirava os olhos constantemente. -Um, eu não quero te tocar por que você tem me dado nojo, não estou te traindo nem nada disso, apenas nojo. Dois, não quero mais você, não sou mais tão dependente de você e três... não tem três, eu falei que tinha pra ficar mais completo.
       -Espera ai, nojo...de mim, vai me dizer que você tem nojo de mim?!-Ela disse apontando para si mesma. -Vai me dizer que voltou a se questionar sobre isso de novo, não se lembra o que aconteceu com Jared?! Vai me dizer que sente saudades?!-Ela disse rindo miseravelmente.
    -Saudades porra nenhuma, eu simplesmente cansei de ser seu escravo, fazer tudo o que você quer se não fosse você eu... eu poderia estar com...
     -Poderia estar com quem? Com o Jared?! Faça-me o favor, ele deve estar bem feliz sem você, não se lembra que até ele te trocou, ele nem deve se lembrar de você.
     -Eu poderia estar feliz, sem problemas, sem nenhum tipo de decadência mental ao meu lado, você vem me controlando des  daquela época.
    -Eu não escolhi por você, eu não meti uma faca em seu pescoço e disse: Pare de fazer escolhas e me obedeça, quem escolheu foi você.
     -Você estava fazendo coisas horríveis contra si mesma dizendo que era minha culpa.
    -O futuro é você quem faz, você decidiu me seguir e obedecer, sabe porque?! Porque você é um covarde que nunca fez nada para defender o que acredita e o que quer.
    -Eu, pela primeira vez na minha vida estou tomando uma direção sem ser mandado por ninguém, eu cansei dessa rotina detonadora, cansei.
    - Ótimo, eu não estou nem ai para o que você decidir fazer, eu te conheço Gerard, você vai sair por aquela porta, vai morrer de medo do mundo real e vai voltar e pedir mil desculpas.
    -Isso faria o idiota do seu servo, mas nem isso eu sou agora.
    -Tanto faz, desde que você não me perturbe mais, por mim pode até morar aqui, desde que durma aqui na sala mesmo.
   -E eu tenho alguma escolha?! Acho que não.
   Me direcionei até a cozinha enquanto ela ia para o seu quarto, preparei algo para comer e quando terminei vesti uma jaqueta qualquer, peguei minhas coisas e sai.
   A cada segundo todas as verdades ditas por Alice pareciam fazer algum sentido, eu precisava mudar algo naquilo tudo, eu precisava de uma "nova versão" de eu mesmo, eu precisava de coragem.
   Desci as escadas rapidamente e fui andando até o Central Park, quando cheguei me sentei em baixo de uma arvore qualquer, retirei de meu bolço um maço de cigarros, levei um deles a boca e o ascendi e dei uma longa tragada me sentindo aliviado.
    Peguei um bloquinho qualquer de papel que estava dentro de minha mochila e um lápis que estava jogado em seu fundo, passei a observar as coisas ao meu redor, nada, nada era o que vinha a minha mente, eu queria me distrair mas tudo o que vinha a minha mente eram os olhos de Jared, eu sei, passou-se muito tempo, eu o odeio depois do que ele fez comigo mas era inevitável não lembrar de seus olhos tão esperançosos me observando, deixando tudo claro e ao mesmo tempo opaco.
   Posicionei o lápis e passei a desenhar seu olho, apenas nas memorias eu lembrava dele, um passado que me condenava cada vez mais, com alguns minutos eu avia desenhado apenas um de seus olhos, não consegui, entrei um pouco em choque, eu sentia saudades dele mas queria distancia dele mas eu queria fazer aquele desenho, eu precisava. Desenhei coisas sem sentido ao seu redor, formas geométricas e indeterminadas, bagunçado, feito minha mente naquele momento, eu queria paz, calma e sossego, algo que me fizesse feliz.
   Terminei o desenho, não estava ruim, talvez surreal mas...o que posso fazer, o mundo não é mais tão normal assim.
   Guardei meu caderno junto de minhas coisas na mochila e terminei de tragar aquele cigarro.
   Minha vida não estava tão boa, eu não estava tão bem. Eu entendia a Alice no ponto de não gostar de mim, eu não também não gostava, as coisas não iriam melhorar se eu ficasse por aqui, algo a mais também tinha que mudar, eu tinha que ter certeza do que eu era, do que eu sentia, eu tinha que entender as minhas origens e eu já sabia como.
   Começou a escurecer, as ruas ficaram mais cheias, as pessoas andando de um lado para o outro, vivendo suas vidas tão tumultuadas, os carros começando a encher as ruas, criando um fluxo mais cheio do que o normal. Peguei minha mochila e a coloquei em um dos meus ombros, me levantei e sai andando.
   Sai do parque e comecei a seguir o fluxo das pessoas que andavam na calçada, eu estava indo para qualquer lugar, sem um rumo, passei pela Times Square, atravessei a rua, sem rumo, seguindo as pessoas, quando dei por mim, eu estava em frente a um Pub qualquer. Entrei e me sentei no balcão, eu precisava de algo para limpar minha mente.
    -Vai querer alguma coisa?-Um cara qualquer atrás do balcão perguntou.
    -Uma vida melhor... -Eu respondi totalmente desanimado.
    -Esta tão ruim assim?
    -Acredite, não podia estar pior.
    -Não fale isso porque pode piorar.
    -Se piorar, eu vou voltar aqui toda semana, e se melhorar, você nunca mais vai me ver.
    -Vão melhorar, sempre melhoram.
    -Eu espero...
    -Posso te recomendar algo?
    -Pode.
    -Não beba nada hoje, come alguma coisa que vai ser bem melhor.
    -Por quê?
    -Por que a qualquer momento de nossas vidas podemos encontrar alguém que valha a pena, de verdade, e estar bêbado não é o melhor jeito de conhecer o amor.
     - Acredite, eu já conheci e quero distancia.
     - Quem era?
     -Uma amiga, eu adorava ela, a colocava em pedestais, nos conhecemos na escola, ela era um anjo e eu o antissocial chato, e ainda ontem eu descobri o demônio que ela realmente é.
     - Você disse "eu adorava ela" isso significa que você nunca a amou.
     -Eu a amava...
     -Não, não amava, adorar não é amar, a maioria das pessoas confunde, pelo amor você fica bobo, pela adoração você fica burro e manipulável.
      -Você esta certo...eu vou querer uma porção de batatas fritas, não almocei hoje.
      -Esta bem e viu, já esta fazendo uma boa escolha.
   Ele sorriu e se virou. Apoiei meus braços sobre o balcão e descansei minha cabeça sobre o mesmo. Aquele cara estava certo, eu não devia tentar melhorar assim, eu tinha outras formas, eu podia de outras formas. Ele voltou com o meu pedido e um copo de Coca-Cola.
     - É por conta da casa.
     - Obrigado. - Eu disse tomando um gole da coca cola, olhei ao redor, o lugar estava calmo, apenas com alguns caras bebendo e conversando sobre suas vidas pacatas, avistei em cima de uma das prateleiras um radio velho.
     - Ainda funciona?-Perguntei ao cara.
     - Mais ou menos, meio antigo, mas ainda da pro gasto.
     - Pode ligar?
     -Claro. -Ele disse terminando de secar um copo e o colocando junto de alguns pratos e outros copos e indo em direção a prateleira, o ligou na tomada r começou a tentar sincronizá-lo em alguma radio. Uma melodia ainda baixa passou a ecoar pelo lugar, ele almentou o volume e eu reconheci a musica. Pulled you in, algumas pessoas acham essa musica um pouco depreciativa, mas em mim causava um efeito diferente, me trazia paz, acalmava toda aquela agitação que o universo estava me fazendo viver.
   Passaram-se algumas horas, eu fiquei por ali, conversando sobre a vida com aquele barman, começou a chover, não muito mais o suficiente para deixar as ruas mais frias. Paguei a conta e sai, andando, com um único rumo, a chuva estava fraca, chegava a me molhar, mas ainda sim me acalmar mais, algumas pessoas tentavam fugir dela, com jornais e guarda-chuvas, bom, e eu, só queria que aquela chuva levasse consigo todas as minhas duvidas, todos os meus problemas.
   Cheguei em meu prédio e subi as escadas rapidamente, quando entrei em meu apartamento Alice estava sentada no sofá, as luzes apagadas e a sala sendo iluminada pelas luzes da cidade, ela estava com um lençol a envolvendo, ela estava com frio, comendo um pote de sorvete e vendo televisão. Quando me viu franziu o cendro, tentando entender o que estava acontecendo.
    -O que houve Gerard?
    -Peguei chuva. - Ela se aproximou de mim, tirou minha mochila de meu ombro e a jogou no chão, tirou minha jaqueta em seguida e a deixou cair sobre minha mochila.
    -Você esta bem?-Ela perguntou passando sua mão atenciosamente por meu peito e ombros, na tentativa de me aquecer.
    -Eu... Eu...estou bem Alice, obrigado.-Eu disse segurando suas mãos e a tirando com delicadeza de mim.
    -Bem, eu...usei o seu "quarto" por algum tempo, desculpe...-Ela disse se distanciando de mim.-Acho...acho melhor eu ir para o meu quarto. -Ela disse, voltou ao sofá e pegou o seu pote de sorvete e seu lençol e saiu.
   Quando ouvi o barulho da porta sendo fechada retirei minha blusa, peguei minhas coisas que estavam jogadas no chão e fui para a área de serviço perto da cozinha, coloquei minha jaqueta em um balde junto de minha blusa. Peguei minha mochila e retirei algumas das minhas coisas, por sorte, não avia molhado muita coisa. Ouvi o barulho da geladeira e olhei para traz, Alice estava pegando uma garrafa de agua. Ela fechou a porta, se apoiou na geladeira e ficou me olhando, eu ainda a achava muito bonita e atraente, abriu a garrafa e bebericou o liquido.
    -Não acredito que estou perdendo tudo isso...-Ela disse bebendo um pouco mais da garrafa e a colocou sobre a pia. Ela se aproximou de mim, olhava para meu corpo de uma forma estranha, me aproximei um pouco mais e a envolvi pela cintura com meus braços, beijei sua bochecha vendo sua pele tão clara se arrepiar, aproximei meus lábios de seu ouvido.
    -A culpa é toda sua... -Eu sussurrei rente ao seu ouvido, eu não a queria, mas...sei lá, ela parecia não estar tão bem assim, levei meus lábios até os seus e os uni, seu gosto não me parecia mais o mesmo, ela aprofundou o beijo, suas mãos que repousavam em meu pescoço foram descendo por meu peito e abdômen mais nada além disso, me separei levemente dela. -Foi você que escolhei isso...-Eu disse a deixando ali e indo em direção ao banheiro, tomei um bom banho e me vesti, voltei para a cozinha e preparei um chá de maçã, fui para a sala e me deitei no sofá, quando estava prestes a dormir Alice saiu do quarto e se ajoelhou na minha frente.
     -Eu queria pedir desculpas...por tudo...tudo mesmo...des do inicio. -Ela disse, levei minha mão ao seu rosto e o afaguei calmamente.
     - Esta tudo bem. -Eu disse soltando seu rosto, me inclinei para frente e beijei sua testa. -Boa noite...
     -Boa noite...


Notas Finais


Oi de novo, eu realmente espero que tenham gostado, não surtem por causa da Alice, ela não é uma ameaça a frerard, ainda.
Bjos e até o próximo capitulo!


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