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História Back to Black - You're my Daughter!


Escrita por: BREEHEARTEYES e Parrilla_Gomez

Capítulo 22 - You're my Daughter!


Fanfic / Fanfiction Back to Black - You're my Daughter!

REGINA

Como dizem “Não há lugar melhor que o lar.”

Chegar na minha casinha, deitar em minha cama, era a melhor coisa do mundo. Em menos de dois meses a minha vida mudou completamente, eu achei a minha filha, reatei com o meu amor e ainda ganhei de presente o meu pequeno príncipe. Eu não podia estar mais feliz.

Realizada! Essa era a palavra que me definia, eu estava a conseguir tudo que eu mais sonhei. Claro que ainda tinha que conquistar a confiança e o amor da minha filha, mas as horas que já passei com ela, foram o bastante para perceber o quão inteligente e amorosa ela é.

Mas havia uma coisa que me preocupava. Como eu conciliaria as coisas? Lua, Roland, escola, Robin… Sem contar que com muito custo conseguimos a guarda dela, pois, o fato de não sermos casados seria uma novidade pra ela. Apesar que sair do abrigo para casa dos pais é uma novidade para ela. De novidade em novidade ela habitua-se.

— Amor?

Sou tirada dos meus pensamentos ao escutar Robin chamando-me. — Oi! Querido.

— Você está tão a voada hoje… — comenta — Estamos indo, ok?

— Mas já? Durmam aqui. — peço a fazer biquinho

— Não dá, amor. Amanhã Roland tem aula e eu tenho que dar uma passada na empresa.

— Mas, Robin. O que eles falaram sobre mudanças? Não vai ser bom pra Lua.

— Ela não vai para escola com você? — franze a sobrancelha.

— Sim, mas o horário que ela sai é bem depois do Roland e se eu chegar atrasada ele vai ficar chateado. Depois ainda tenho que ir com a Lua no shopping e dar almoço ao Roland, eu não sei se dou conta — despejo frustrada

— Por que tem que ir ao shopping? — Jura que foi só isso que ele notou?

— Comprar roupa pra Lua.

— Ah sim! Vamos fazer o seguinte, eu coloco Roland de volta para Integral e só fica com a Lua, nos finais de semanas eu venho visitá-las.

O que ele estava falando? — Sem condições. Eu não vou abandonar o Roland.

— Não é abandono, Regina. Lua é sua filha, a sua prioridade. — ele fala como se fosse óbvio

— Não! Ele é meu fi… — eu paro, nunca tinha falado isso em voz alta, e não sabia como Robin reagiria e eu não queria discutir com ele sobre isso

— Ele é seu filho. — ele afirma, presenteia-me com o seu sorriso e eu retribuo — Pode falar isso, eu nunca vou me meter na relação de vocês. — pega a minha mão e acaricia com o polegar.

— Deixa ele estudar comigo. — peço

— Regina, a escola dele é muito boa.

— A minha também, você não confia em mim? — cruzo os braços

— Confio, mas ele está acostumado com o colégio dele.

— Você me “contratou” — faço aspas com os dedos — justamente porque ele não estava se adaptando. Vai, me dê uma chance!

— Vou pensar.

Deito a cabeça no colo dele que me faz um cafuné. — Melhor que nada. — afirmo

— Podiam morar aqui. — sugiro antes mesmo dele responder a pergunta anterior

— Ah! Regina, não da.

— Por quê? — levanto-me — Olha como seria, Roland e Lua estudariam na Mills comigo, o quarto de hóspede seria deles, esse o nosso e ficaríamos todos os dias juntinhos. Sei que pode parecer rápido demais, mas eu já esperei seis anos para estar com ela, para estar com você. Sem contar que é uma injustiça com você não poder aproveitá-la tanto quanto eu. Roland teria a atenção que tanto almeja e merece. Ninguém sairia perdendo. — conto tudo que rodeava a minha mente enquanto gesticulo e ando de um lado pro outro pelo quarto

— Sim, eu concordo que seria bem mais prazeroso e mais fácil. Mas e se a gente não der certo?

— Jura que é isso que pensa? — reviro os olhos

 — Não, morena. Mas têm crianças envolvidas. Se não der certo qual será a reação deles? Como lidaremos com isso?

— Nós demos certo por três anos, agora somos adultos e maduros. Para de ser pessimista, vamos pensar no que temos agora. Temos o início de um relacionamento antigo, temos um casal de filhos lindos.

— Tá bom, mas… — ele pausa e eu engulo a seco — Não quero morar aqui, quero que vocês vão lá pra casa. Quero dar a Lua um quarto só dela e lá em casa tem um sobrando. Chamo alguém pra reformar e enquanto isso ela fica conosco ou no quarto do Roland.

Fico feliz, mas preciso perguntar e sei que tem uma grande probabilidade dele se fechar ou ser grosso — Que quarto? Aquele que o Roland tem medo?

 Ele respira fundo e sussurra um “sim”

— Por que ele tem medo? — espero que eu não esteja indo longe demais

— Porque era um quarto pra eu extravasar, gritar, quebrar o que eu quisesse. Tem um saco de pancadas pendurado e toda vez que eu me irritava no trabalho eu ia lá, só que no ano passado ele chegou da escola e foi me procurar pela casa. Eu gritei com ele — vejo uma lagrima rolar pelo seu rosto — Ele ficou chorando de medo e nunca mais chegou perto.

Sem ter palavras suficientes para confortá-lo, eu o beijo. Tem vezes que só isso que precisamos, um beijo, um abraço. Nossos gostos misturados ao salgado de nossas lagrimas. O jeito que seus braços me abraçam, parece ter medo de eu fugir. Meu amor, eu não vou a lugar nenhum. Quando o ar se faz necessário, ele afasta nossas bocas, deposita um beijo em minha testa e me mantem em seus braços.

Ouço barulho de algo quebrar e me desvencilho dos braços de Robin, e corro pra saber o que houve.

— O que aconteceu? — pergunto aos meus filhos que estavam na cozinha paralisados olhando os cacos de vidro

— Caiu, mamãe. — Roland fala com voz de choro

— Não tem problema, cadê as sandálias de vocês? — pego Roland no colo e o coloco no sofá repito o gesto com Lua enquanto Robin varria os cacos.

— Vocês se machucaram? — verifico os pés de cada um — O que vocês estavam fazendo?

— É que eu ‘tavo’ com fome, mama.

— Estava — corrijo ele

— Pedi pra Luna

— Lua… — Minha pequena corrige o irmão

— … pegar biscoito, mas caiu. — ele conclui

— Desculpa, Regina — ela olha pra baixo — Eu prometo que nunca mais mexo nas suas coisas, não me devolve pro abrigo — vejo uma lagrima escorrendo

 

— Ei… — seguro o queixo dela fazendo com que me olhe — Você é minha filha, você pode mexer no que quiser. A casa é sua, tudo que é meu, é seu. — seco suas lagrimas e ela me surpreende me abraçando forte.


Notas Finais




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