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História Back to Home - O Encontro


Escrita por: xnxruth

Notas do Autor


Como vocês ficaram exaltadas com o capítulo anterior, mas só peço que tenham calma, afinal, quem planta vento, colhe ventania.
O tão, ou não tão assim, esperado encontro finalmente vai acontecer.
Música do capítulo: Andrew Belle - In My Veins (link nas notas finais)
Tenham uma boa leitura.
Perdoem os erros que passam despercebidos.
PS.: Não sabia se colocava música nesse capítulo ou não, mas escrevi ele ouvindo essa música, então decidi colocar.

Capítulo 10 - O Encontro


Fanfic / Fanfiction Back to Home - O Encontro

Seis anos atrás...

— Eu recebi uma proposta do George Washington University Hospital, a minha pesquisa interessou a eles e a direção do hospital me quer lá, vão dar suporte para que eu desenvolva o meu estudo.

— Isso é ótimo Emma, mas... Espera aí... Como que eles ficaram sabendo do seu estudo?

— Eles abriram um edital para bolsas de projetos, eu não ia enviar porque eu já tinha começado aqui, mas como houve o corte, eu enviei o meu projeto e em menos de 48hrs recebi uma resposta. Eles me querem, querem logo, e eu vou.

— É maravilho eles terem gostado do seu programa, mas nós não podemos, tem o meu cargo no hospital, tem a nossa família que cuida das meninas quando estamos trabalhando. Não podemos, Washington é do outro lado do país.

— Eu não disse nós, Regina.

— O que? Eu não entendi. O que é que você está querendo dizer com isso?  Nós temos duas filhas pequenas, Emma! Sei que as coisas estão difíceis...

— Eu não vou perder essa oportunidade, não posso, uma porta se fechou para mim, mas outra se abriu. Achei que você fosse me apoiar nisso, afinal, não é isso que nós temos que fazer uma pela outra, nos apoiar?

— Você não está só indo por causa de uma oportunidade, você está fugindo! Está fugindo por que as coisas estão difíceis!

— Não é bem assim, eu não sei quando outra oportunidade como essa vai me aparecer.

— Não? Você está querendo ir para o outro lado do país porque você não consegue olhar para mim e não me culpar.

— Não! Eu estou indo para não ficar atrás de você, para não ter que olhar você de baixo.

— Então você vai embora, vai me deixar sozinha com duas crianças.

— Sobre isso, nós realmente precisamos conversar, porque eu não quero ficar longe das minhas filhas.

— Então não vai!

— Eu já aceitei, Regina, e para nós, eu acho que seria uma boa opção cada uma ficar com uma das meninas.

— Você não está me sugerindo isso.

— Não quero ficar longe das minhas filhas, eu não queria, juro que não, mas eu estou.

Nada acontece como planejado

Tudo quebrará

As pessoas dizem adeus

Em sua maneira especial

Tudo em que você confia

E tudo o que você pode fingir

Vai deixar você de manhã

E volta para encontrá-lo no dia

 

In My Veins

Dias atuais...

O encontro tinha sido marcado na casa dos pais de Emma, elas imaginaram que seria mais confortável para as meninas, principalmente para Luíza, já que Regina sentia a menina um pouco arredia quanto a conhecer a outra mãe. Emma havia combinado com os seus pais e com o seu irmão que deixassem a casa só para elas, afinal, não tinha ideia do que poderia acontecer, mas seja lá o que acontecesse, ele e Regina teriam de aprender a lidar.

Quando o sol raiou naquele dia, junto dele despertaram as borboletas no estômago de Emma, apesar das fotos que recebeu ao longo desses anos, nada se compararia a ter Luíza novamente ao alcance das suas mãos. Fotos guardavam lembranças, mas o calor... Esse era algo que só poderia ser sentido quando próximo, e Emma agora o teria. E as perguntas que Luíza tinha feito a Regina, só deixava Emma mais ansiosa, queria mostrar a filha que apesar de ter se afastado, continuou a amá-la da mesma forma.

 O descanso e o conforto do sono foram um luxo que o corpo de Regina não se permitiu ter, por causa do encontro com a filha se sentia tão perdida quanto um cego em um tiroteio. Pensava nas palavras da mãe, sobre se conhecerem juntas, mas pessoalmente não acreditava muito naquilo, não conhecia Luna e nem Luna a conhecia, e apesar do amor que sentia, eram completamente estranhas uma para outra. Durante muito tempo Regina sonhou em vê-la novamente, e com isso fantasiou muitas vezes, mas agora, tão próximo de acontecer, não sabia o que deveria fazer.

Elas haviam marcado de se encontrarem no início da tarde após o almoço. Nem Emma e nem Regina foram ao hospital naquele, acharam que seria melhor ficar em casa com as meninas.

Depois do almoço, Luna passou a perguntar a mãe de instante em instante que horas eram, para saber se elas já estavam perto de chegar.

 Já Luíza, depois que comeu, foi direto para sala, ligou a televisão e fico assistindo em silêncio, o que não passou despercebido pela mãe. Regina sentia seu coração pequeno por ver a filha daquele jeito, e esperava que aquele encontro não piorasse as coisas ainda mais, há muito tempo tinha perdido a fé em Emma, mas desejava do fundo do seu coração que loira não magoasse a menina. Chegada a hora, prendeu o cinto em Luíza no banco de trás e foi para a casa dos seus antigos sogros, seu coração batia tão rápido que parecia se projetar perfeitamente no seu peito.

Quando a campainha tocou foi uma comoção entre Emma e Luna. Emma que estava na cozinha, em instantes chegou a porta da sala, e a menina que estava no quarto, ao ouvir a campainha, desceu as escadas praticamente correndo.

Quando Emma abriu a porta, seus olhos foram logo de encontro aos de Regina que lhe retribuiu o olhar, e depois desceram de encontro a criança que estava de mãos dadas com ela. Por segundos que pareceram horas, elas ficaram paradas ali, até que Luna, surgindo de trás de Emma, rompeu o silêncio.

— Oi. — disse com um sorriso tímido.

— Oi Luna. — as palavras saíram da boca de Regina sem que ela se desse conta.

— É... Entrem, por favor. — Emma falou dando passagem para elas.

Quando entram, na sala de visitas, Regina e Luíza se sentaram no sofá e Emma se sentou com Luna em seu colo em uma poltrona de frente para elas.

Quando Luíza se sentou, sentou tão colada a mãe, que Regina imaginou que ela também quisesse o seu colo, então perguntou baixo a filha: — Quer sentar aqui? — falou com batidinhas rápidas sobre as suas pernas, indicando o seu colo, mas quase imperceptivelmente Luíza fez que não com a cabeça.

— Ei, eu vi você. — Luna falou tomando a dianteira da conversa e pegando Regina de surpresa.

— Me viu?

— Vi sim! Era você no hospital, no dia que eu e a vovó fomos buscar a minha mãe.

— Era eu sim... Não achei que você lembrasse, Luna.

— É... Se você é a minha mãe, por você não falou comigo naquele dia? — perguntou erguendo uma das sobrancelhas e franzindo a testa. Emma ficou boquiaberta com a pergunta da menina.

Naquele momento Regina se sentiu exatamente como Emma ao saber das perguntas de Luíza, desarmada e em baixa guarda.

— Bom, porque... Porque... A Emma ainda tão tinha conversado com você, não era? E se eu tivesse falado com você naquele dia e tivesse dito que era a su... Que eu já conhecia você, acho que você ia pensar que eu era louca, não iria? — respondeu da melhor forma que pode.

— Ia sim. — disse com um risinho.

Todo o nervosismo e a insegurança de Regina começaram a deixar corpo dela naquele momento; No momento em que a sua filha havia lhe sorrido.

— Oi Luíza. — ao falar, Emma sentiu sua voz sair tremula, depois de seis anos, aquela seria a primeira vez em que falaria com a sua filha. Luna e Regina já haviam dado o primeiro passo, agora seria a sua vez.

— Oi. — Luíza respondeu baixo e olhando para qualquer lugar da casa da avó que não fosse para Emma.

— Lu, essa é a Emma e a Luna. — Regina falou.

— Ei, mas eu que sou a Lu. — Luna falou sem entender bem o motivo dela chamar Luíza de Lu, sendo que Emma que a chamava assim.

Regina se surpreendeu com a observação de Luna, não imaginou que a menina fosse estar tão vontade com a presença delas ali.

— Ham... Vocês duas são, Luna. — Emma respondeu.

— Aah. E como que a gente vai fazer para saber quem é quando vocês chamarem “Lu”?

Regina abria a boca para responder quando Luíza falou: — Mas a minha mãe também me chama de Luzinha. — falou baixo.

— E a minha me chama de Lua. — Luna falou descendo do colo de Emma e ficando de pé, mais ainda encostada em a mãe.

Emma e Regina trocaram um olhar rápido, mas cúmplice.

— Nós chamávamos vocês assim quando vocês eram pequenininhas. — Regina falou.

— Ela também me chamava assim? — dessa vez Luíza não falou mais tão baixo, o que não passou despercebido por Emma, que prestava atenção e toda e qualquer reação da menina.

— Chamava, Luíza.

— E você me chamava de Lua? — Luna perguntou se aproximando de Regina.

— Chamava também, e mesmo não sendo o nome de vocês, vocês sempre sorriam quando ouviam.

— Mas a gente era bebê, nem sabia.

— Mas vocês eram bebês muito espertas.

— Você parece com a minha mãe, o cabelo, até o olho também. — desde o momento em que Luna apareceu na porta, Luíza não parava de olhar para ela e para a sua mãe, que falou estreitando os seus próprios olhos, como se assim pudesse ver melhor.

— Você também parece com a minha, tem até o cabelo grande. — Luna falou pegando no cabelo da irmã, o que fez com que Luíza se retraísse um pouco.

— Isso é por que vocês são nossas filhas. — Emma respondeu. — Os filhos costumam parecer com os seus pais.

— Mas a gente não se parece. — Luíza falou para Luna.

— Nem todos os irmãos se parecem, eu não pareço com a Zelena, Luíza, ela é ruiva e se parece mais com a vovó Cora, e eu sou morena, me pareço mais com o vô Henry. — Regina respondeu.

— Mas você falou que nós éramos gêmeas, mamãe. — Luna disse para Emma.

— Na minha escola tem dois meninos gêmeos, e eles se parecem.

— Mesmo assim, as vezes os gêmeos também não se parecem.

— Mas você se parece muito mesmo com a minha mãe. — Luíza falou por fim

Quando sobre o assunto gêmeos serem parecidos ou não se encerrou, segundos de silêncio se seguiram até que Luíza tornou a falar.

— Por que você deixou a gente? — perguntou encostando e Regina, que abraçou a filha.

Apesar de Emma saber das perguntas que Luíza tinha feito a Regina, não esperava que ela fosse uma delas hoje, o tirou a estabilidade de Emma por completo.

Regina que já tinha respondido aquela pergunta como pode, também ficou surpresa quando a filha a fez, mas achava justo que agora a própria Emma pudesse respondê-la, e esperava que fizesse isso da melhor forma possível.

— Eu me mudei por causa do meu trabalho, as vezes a gente não encontra oportunidade perto de casa, e acaba precisando se mudar.

— E não tinha telefone lá? — perguntou séria. Luíza que tinha as íris dos olhos verde claro, agora estava com as orbes escuras, em seu rosto com a expressão séria, nenhum músculos ousava se mexer e fugir do seu controle.

— Claro que tinha. — Luna respondeu imediatamente achando engraçada a pergunta da outra menina, mas suas mães não viram tanta graça assim, para não dizer nenhuma.

Olhando para filha naquele momento, Emma via a si mesma em uma foto que o seu pai havia tirado, nela Emma devia ser um pouco mais velha que as filha, lembrava-se perfeitamente do dia em que aquela foto foi tirada, naquele dia Killian tinha pegado a sua boneca favorita, que tinha sido presente da sua avó Ruth e jogado ela pela janela do seu quarto no meio da rua, e antes que a sua mãe pudesse ir pegá-la, um carro havia a amaçado completamente passando por cima. Emma passou a tarde inteira daquele dia chorando de raiva do irmão e por causa da boneca, lembrava bem que antes de dormir, depois das suas preces, desejar acordar no dia seguinte e descobrir que o seu irmão tinha sumido para sempre.

— Luíza, eu posso te mostrar uma coisa? — Emma perguntou

Luíza buscou o olhar da mãe com o seu, e como resposta Regina sorrio gentilmente.

— Acho que pode.

— Então vem cá.

Luíza se levantou e ficou parada de frente para Emma, curiosa, Luna também se virou para saber o que era.

— Isso aqui. — falou puxando uma corrente que estava escondida dentro do suéter. — É uma das coisas mais preciosas que eu tenho.

Presa a corrente havia um pingente no formato de um coração e um anel, quando Regina os viu, instintivamente se aproximou, sentando mais para frente no sofá.

— Esse pingente tem um segredo, ele não é só mais um coração comum, e ele é muito especial — as meninas olhavam atentamente a mãe.

 Emma passou a unha na lateral do pingente e com um click ele se abriu. O pingente que Emma carregava, na verdade era um relicário, e Regina o conhecia muito bem.

— Esse coração é um relicário, e dentro dele tem lugar para colocar duas fotos. E uma das fotos que tem dentro dele é sua Luíza, e a outra é a Luna. Eu tenho ele desde quando vocês nasceram e essas fotos também estão aqui desde esse dia, para ser mais exata, vocês tinham acabado de nascer quando essas fotos foram tiradas.

Luíza e Luna se aproximaram curiosas para verem as suas fotos no relicário.

— Essa sou eu? — Luíza perguntou a Emma.

— Não, essa daqui que é, e essa é a Luna. — disse apontando para cada uma. — Luíza — Ema falou segurando a mão da menina, que pensou em puxar, mas estava tão curiosa a respeito das fotos, que deixou — Eu precisei ir para outra cidade e levei a Luna comigo, mas isso nunca significou que eu amasse você menos, muito pelo contrário... Eu sei que durante todo esse tempo eu não estive aqui e que você cresceu sem mim, mas você sempre esteve comigo — disse pondo a mão no peito. — junto do meu coração, e eu não tiro ele nunca.

Regina não soube como reagir ao que via, por um instante, pareceu que os seis anos que tinham passado separadas não existiram, que Emma sempre esteve ali, e que as meninas tinham crescido juntas, que elas tinham crescido como família, que ela tinha a sua família completa ali. Regina lembrou do dia em que deu o relicário a Emma, dias antes do parto, e de colocarem as fotos das meninas ali, quando chegaram em casa depois de saírem da maternidade. E o anel... Emma ainda guardava a sua aliança, Regina não sabia se ela tinha colocado ali de propósito para que ela visse, mas ver o objeto fez com que se perguntasse se Emma também a tinha guardado ali, próxima ao seu coração, e se isso mudava alguma coisa.

De repente tinha ficado difícil de respirar. Regina só saiu torpor quando a voz de Emma soou mais alto.

— A vó Mary deixou um lanche delicioso preparado para vocês na cozinha, estão com fome?

— Eu estou. — Luna falou prontamente.

— Você sempre está, Luna, e Luíza, ela fez cupcake de baunilha e disse que você adora. Você não vem, Regina.

— Vou... Claro.

Elas serviram as garotas e como não tinham fome, ficaram apenas observando elas comeram. Luíza e Luna não falavam muito, se empenharam mais em comer. Quando terminaram, voltaram a sala e Emma e Regina responderam algumas perguntas e fizeram outras às garotas, como o que gostavam de fazer, de brincar e de comer, tentavam absorver tudo que pudessem das filhas, como mães, precisavam conhece-las.

Quando precisaram se despedir, o clima pareceu ficar tenso, pois o que queriam fazer era abraçar suas filhas, eliminar esse espaço existente e dar um basta na saudade, mas parecia ainda não ser a hora, não queriam assusta-las, então apenas se despediram com “tchau” e “até logo”, e com a promessa de se alternarem com as garotas.

 


Notas Finais


Link: https://www.youtube.com/watch?v=q0KZuZF01FA
Deixem-me saber o que vocês acharam e quais são as suas expectativas para BTH.
Bjus e até a próxima.


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