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História Back to Home - Como Lidar


Escrita por: xnxruth

Notas do Autor


Muita gente se sensibilizou com a reação da Luíza que claramente ficou muito magoada, tadinha ne. Eu tenho lido todos os comentários e tenham certeza que em cada capítulo sempre há algo que é tirado dos comentários de vocês, porque vocês tem se entregado a história e vivido cada capítulo junto das minhas personagens e vocês ainda conversam entre si e dão RT (eu vejo), e isso é incrível para quem escreve, então obrigado.
Este capítulo ainda não é sobre o encontro, esse será na semana que vem, mas em Como Lidar, nós teremos mais discussões.
Tenham uma boa leitura.
Perdoem os erros que passam despercebidos.

Capítulo 9 - Como Lidar


Fanfic / Fanfiction Back to Home - Como Lidar

Locksley tinha acabado de sair da sala da chefia e tinha deixado a porta entreaberta, mas ainda sim Emma fez questão de bater.

— Posso entrar?

— Pode, e fecha a porta, por favor. — Regina disse séria

— Claro. É... Ontem eu procurei você no hospital, mas não te encontrei, queria falar com você sobre as garotas.

— É, eu realmente não estava aqui ontem, não vim trabalhar, fiquei em casa com a Luíza. — falou saindo de trás da mesa, se encostando na frente do móvel e cruzando os braços na frente do corpo

— Ela tá bem? Tá doente?

— Ela não está doente, pelo menos não de nada que um remédio possa curar.

— O que você está querendo dizer?

— Como a Luna reagiu quando você contou? Se é que você contou! — perguntou mudando o assunto.

— Regina...

— A Luna, o que você disse para ela?

— Eu disse tudo que ela deveria saber, e ela ficou curiosa, quis saber mais sobre nós.

— Nós? Eu e você?

 — É. Ela queria saber mais sobre as mães dela, no mais, acredito que ela tenha reagido muito bem, bem mais do que eu esperava, confesso. E a Luíza, como ela reagiu?

— Isso é bom, ela parece estar aberta, aberta a mim. — falou mais para si do que para Emma.

— E a Luíza, como ela reagiu? Quase não consegui dormir pensando nisso, você disse que ela já sabia sobre mim, então eu não soube o que esperar, pensei em tanta coisa...

— Enquanto você quase não dormiu por estar pensando muito, eu quase não dormi porque a minha filha praticamente não pregou o olho na outra noite, porque ela passou a noite inteira abraçada a mim chorando e soluçando.

— Que? Porque? O que aconteceu?

— O que aconteceu? Você aconteceu Emma, a Luíza se debulhou em lágrimas quando eu contei sobre a Luna e que você tinha levado ela para Washington. Ela quis saber o porquê de você ter levado a Luna e não ela. — quando se tem um curativo sobre um corte, tira-se ele lentamente para evitar que machuque a ferida, mas a forma como ela falou, foi totalmente o oposto.

— O que? Ela... Ela... Como...?

  — A Luíza não é boba, Emma, apesar de ser criança, não quer dizer que não pense, ela com toda a certeza já devia se perguntar o motivo da mãe dela ter ido embora, e quando ela soube que tinha uma irmã e que você tinha levado a Luna em vez dela, quis saber o porquê.

— E o que você respondeu para ela? Não vai me dizer que você fez a cabeça da menina contra mim? A Luíza praticamente não me conhece, e nós já vamos começar com o pé errado.

— E o que eu ganharia envenenando e corrompendo a minha filha? Nada, absolutamente nada! E se vocês vão começar com o pé errado, a culpa não é minha, é sua, porque a ideia de separar as meninas também foi sua, eu não tive tempo nem de dizer nada ou de pensar e algo, porque num dia você me contou que ia para Washington e no outro você já estava indo. Sabe o que a Luíza tá achando? Que você ter ido embora foi culpa dela, que você não gosta dela, e para ela, você ter levado a Luna é a maior prova. Toda essa situação foi você quem criou, isso não é culpa da Luíza, é culpa sua. E agora eu te pergunto, está feliz com isso? Heim Emma?

— Talvez eu não devesse ter agido daquela forma, talvez eu... Talvez eu pudesse ter feito isso de outra maneira.

— Talvez? Eu te digo que a nossa filha passou a noite inteira chorando e tudo que você tem para me dizer é “talvez”?

— Você não deveria ter contado para ela que eu fui embora, Regina, a Luíza é só uma criança, é claro que a mente dela ia maquinar várias coisas. — Emma falou passando a mão nos cabelos na tentativa de se acalmar, sabia que as palavras de Regina eram feitas para ferir, o que não queria dizer que não eram verdadeiras.

— E o que eu deveria ter feito então? Deveria ter dito que você morreu? Ou melhor, ter apagado você da vida dela assim como você fez comigo, o que já foi crueldade suficiente? Só que para isso eu barraria toda qualquer aproximação da sua família. Era isso que você queria que eu tivesse feito?  — Emma não respondeu. — Percebe que eu não tinha essa opção? Eu não ia afastar ela dos seus pais e do seu irmão, não quando eles não tinham nada a ver com o que você fez, com a mágoa que você causou, afinal, como você já bem disse, as nossas questões pessoais são só nossas. Você não pode nem alegar que não sabia das consequências.

— Eu sabia, sabia de todas elas, mas eu precisei, aqui eu nunca iria conseguir chegar onde queria. — Emma falou já sentindo seu tom embargar depois de ouvir todas aquelas palavras vindas de Regina — Olha o que aconteceu, você se tornou exatamente o que eu disse que se tornaria, chefe da cirurgia e dona da cadeira de maior poder do conselho. Se eu tivesse continuado aqui não teria conseguido nada, viveria para sempre sob as suas asas, e olha onde eu cheguei, todos os hospitais que não tem um programa de mapeamento gênico querem o meu, nesse momento, tem pessoas treinadas por mim instalando ele em outros hospitais, eu consegui Regina.

— Não Emma, você foi embora porque você tinha uma necessidade absurda de mostrar para qualquer um que você era boa, mas você não precisava mostrar nada para ninguém, porque todos já sabiam disso... Eu sempre soube disso, mas você foi, e foi como se não tivesse deixado nada para trás, como se eu não existisse. Mas que bom que você conseguiu né, espero muito que tenha valido a pena me deixar e separar as crianças. Parabéns, Swan.

— Não foi bem assim...

— Foi exatamente assim!

Emma não tinha resposta para dar a Regina, então se manteve em silêncio, sentindo o peso das palavras dela. Durante muito tempo nutriu uma mágoa por a falta de apoio e companheirismo de Regina, mas agora, estando de volta, via que as coisas talvez não fossem como ela pensava.

— Eu estava magoada, Regina, estava com orgulho ferido. Não aceitei o conselho da época aprovar o meu projeto e depois suspender a verba, e acabei culpando você. — Emma falou baixo. — Sei que como parte do conselho você não poderia agir diretamente por eu ser a sua esposa, iam dizer que era nepotismo, mas você nem para me dizer que o meu projeto era bom, que era promissor ou algo do tipo, diz que sabia que eu era boa, mas faz muita diferença quando você diz isso para a pessoa em vez de só pensar... Você deve ter razão quando diz que eu fui como se não tivesse deixado nada aqui, mas quando eu percebi que não precisava ter agido aquele jeito, já era muito tarde, assim como talvez seja tarde para pedir desculpas.

— É, é tarde sim, e eu não quero as suas desculpas, Swan, não preciso delas, mas guarde-as para sua filha, e mais, se nessa aproximação você fizer Luíza sofrer ou a Luna por consequência, dessa vez eu vou atrás de você nem que seja no inferno, pise em mim como já fez, mas não nas minhas filhas.

— Você fala como se eu viesse a ferir as minhas filhas de propósito.

— Não me importo como seja, mas se fizer, esteja preparada.

 

Quando Emma voltou ao laboratório, não passou despercebido por Lilith que ela havia voltando diferente.

— Está tudo bem, Dra. Swan?

— Pareço estar, Page? — falou cortante.

 — Ok! Bom, na verdade você parece precisar de um shot.

— O que?

— Na esquina de cima tem um bar, os internos e residentes sempre vão lá depois de um dia de cão, e parece que você teve um, ou algo parecido.

— Um bar? Para você é disso que preciso?

— Às vezes, um bar, é o que todo mundo precisa.

— Você está me convidando para beber?

— Se você aceitar, sim. Se não, eu nunca falei nada.

— Onde fica esse bar mesmo?

Quando chegaram no Taverna Emma pediu uma vodka e Lilith uma margarita.

 — Se esse bar já estivesse aqui quando eu fui residente... — falou virando o copo. — Muitas carreiras teriam ido por água abaixo antes mesmo de começarem por causa do alcoolismo.

— Luto todos os dias para que isso não aconteça com a minha. — Lilith falou também virando a sua bebida.

— Estava pensando, eu tenho os meus motivos para beber, mas e você, tem? Não vai me dizer que é porque você está presa comigo no laboratório? Ah vocês internos, tem sede de sangue.

— Eu também tenho os meus, e não, não é por causa do laboratório, até porque, a noite eu banco a sanguinária. É a noite que sempre chegam os melhores casos.

— Os piores, você quer dizer, mas qual é o seu motivo?

— Fazer companhia a você.

— Page, Page... Mais um, por favor. — pediu ao barman.

— Que? Não está sendo agradável? — falou com um sorriso de canto.

— Você é interna de quem, hein? — Emma perguntou tomando um gole.

— Da Lucca. Ela trabalhou com você antes?

— Todos sabem já trabalhei aqui?

— Ham... As notícias se espalham.

— Mas não, ela não era da minha época.

— Quando ela entrou no hospital, entrou no trauma, mas quando a Dra. Mills passou a ser chefe do departamento, ela foi para a cirurgia geral.

— O dono daquela amostra, era paciente dela. Ela me pareceu uma boa profissional.

— Aquela lá é um filhote de Mills.

— Filhote de que?

— Ai meu Deus! Me desculpa, eu... Eu...

— Para Page, para de se desculpar. Prefiro quando você é mais ousada. Mais um. — falou terminando a bebida e pedindo outra.

— É que vocês...

— Ai, ai... Eu sei que todo o hospital sabe que eu e Regina somos casada, ou éramos... — e assim que o barman pós o shot sobre o balcão, Emma o virou. — Mas enfim...

— As pessoas falam. — Lilith disse meio sem jeito.

— E falam muito... Não sei como ela aguentou ficar aqui. — falou mais para si mesma do que para sua companheira de bar.

— Mas ninguém ousa falar na frente dela, na verdade ninguém ousa nem respirar.

— Mas ela sabe que falam, e como sabe... A Regina não dá folga para ninguém.

— E se for interno então...

— Mas mesmo você sabendo disso, me chamou para beber. — Emma falou direcionando o olhar para Lilith.

Emma podia estar enganada, podia ser as nuances do álcool, mas sentia Lilith inclinada a ela.

— Você parecia estar precisando, só quis ajudar. — disse insinuosa. — Liam, uma vodka para mim.

— Sei... Mais duas... Liam. — quando ele colocou as bebidas no balcão, Emma virou uma. — Essa é sua Page. E você tinha mesmo razão, eu precisava disso. — dito isso, pôs uma nota sobre o balcão e saiu do bar.

No hospital, Emma nunca tinha sido arrogante como alguns do staff costumavam ser com os internos, mas quando convidou Emma para beber, Lilith não esperava que fosse aceitar, mas naquele breve encontro, pôde ver uma brecha se abrir.

 

Quando Regina chegou na casa dos seu pais para buscar a filha, Luíza não quis ir imediatamente porque estava com o avô, então Regina ficou com Cora enquanto o sono não ganhava de Luíza.

— Eu não sei absolutamente nada sobre a Luna, mãe. — Regina e Cora conversavam baixo na cozinha para evitar que Luíza escutasse. A menina assistia na sala com o avô.

— Calma, Regina. Assim como você não sabe nada sobre ela, ela também não sabe sobre você, e isso pode ser bom porque vocês vão ter a chance de se conhecerem e se descobrirem juntas.

— Aposto que a Emma sabe muito mais sobre a Luíza do que eu gostaria...

— Por causa da família dela?

— É, enquanto eu posso contar nos dedos as vezes em que recebi alguma foto que fosse. Isso nunca foi justo, ela foi embora, levou a Luna, e ainda ficou recebendo coisas da Luíza durante todos esses anos.

— Regina, desde quando você disse que a Emma iria voltar, não parou de falar sobre as meninas, sobre ela ter levado a Luna, mas essa história não se resume só as crianças, você sabe que não.

— O que você quer dizer com isso?

— Tem vocês duas, você e a Emma. Lembre-se que vocês ainda são casadas, pelo menos perante a lei.

— Eu não estou entendendo, mãe!

— Vocês duas deveriam conversar sobre vocês.

— Mãe...

— Não me entenda errado, você é a minha filha e o que ela fez te fez muito mal, Deus sabe o que eu tive vontade de fazer com as minhas próprias mãos, e ela ainda criou um mal-estar entre nós e os Swans, mas eu acho que a relação de vocês deve ser conversada, discutida, e que ela tem que saber de todo o estrago que ela causou aqui, de tudo que ficou para trás quando ela se mudou.

— Talvez eu já tenha dito algumas coisas...

— Isso é bom, Regina.

— É? Então porque que toda vez que eu começo a falar sinto meu peito rasgar?

— Ela tem que saber disso. Tenha coragem o suficiente para assumir o que você sente e como se sente. Ela também deveria saber como a Luíza se sente em ralação a ela. Eu não conheço a Luna, então não faço nem ideia de como isso vai ficar na cabeça dela, mas eu conheço a Luíza, e você não pode deixar que isso traumatize a minha neta, e se a Emma por descuido fizer algo para a ela...

— A Emma quer conhecer a Luíza tanto quanto eu quero conhecer a Luna, e ela já sabe como a Luíza se sente, já abri os olhos dela. Se a Emma pisar na bola, dessa vez ela perde a cabeça.


Notas Finais


E aí, o que é que vocês acham desse "negócio" da Emma com a Lilith? Essa saída foi só uma válvula de escape por causa de tudo que Regina falou?
Regina deve seguir o conselho da mãe e dizer como realmente se sente?
Particularmente acho que se Regina começar a falar sobre se sentir abandonada e o motivo de Zelena ter ido morar com ela, Emma não vai aguentar, vai morrer se sentido realmente culpada, mas também tem como foi a vida de Emma longe de casa, que nós ainda não vimos. Mas quem sou eu para dizer alguma coisa, ne?! rsrs
Capítulo que vem vai ser o encontro, certo?
Bjus e até a próxima.


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