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História Back To Start - Capítulo 30


Escrita por: saturnozz e SheCami

Notas do Autor


gentee, não pude escrever esses dias porque passei por alguns problemas pessoais, então me perdoem pela demora :(

Capítulo 30 - Capítulo 30



Raquel ficava cada vez mais nervosa diante das palavras do advogado de Alberto, que obviamente tentava de tudo para fazer seu cliente parecer santo e um excelente pai. Alberto tinha um semblante irônico no rosto, e em seus olhos o mais puro deboche. Olhava para Raquel como se já tivesse ganhado, queria afrontá-la, tirá-la do eixo e fazer ela perder o controle.

Uma pausa foi dada, Sérgio comprou uma garrafa d'água para acalmar os ânimos de Raquel. De longe ela avistou Alberto, que estava encostado na parede com um sorrisinho no rosto. Sérgio cerrou os punhos, querendo socar Alberto assim como fez na vez em que ele apareceu na casa de Raquel para pertubá-la.

- Se não estivéssemos em um tribunal, eu voaria naquele homem. - ele comentou bufando - Está me tirando do sério. 

- Eu sei, mas fique calmo. Não podemos arrumar confusão.

- Sei disso, e me controlo por ti e por Paula, mas Alberto desperta um ódio tão grande em mim, coisa que eu nunca tive por ninguém antes.

- Não é só com você que isso acontece. - ela riu sem humor.


Sérgio respirou fundo e ajeitou os óculos, observando Paula, que estava sendo vigiada por guardas para que não tivesse contato com os pais naquele momento. Como uma criança tão doce como aquela podia ter o mesmo sangue que um monstro? Era a pergunta que martelava a cabeça de Sérgio diariamente. Paula não merecia aquilo. Na verdade, ninguém merecia.


[...] A pausa acabou e a audiência foi retomada. Os advogados voltaram a falar, em seguida algumas testemunhas de Raquel foram ouvidas, como Ángel e Sérgio, que estava presente no dia em que ele invadiu a casa de sua noiva. Já Ángel relatou momentos em que presenciou Alberto sendo extremamente agressivo com Raquel, mas claro que, em público, tudo era verbalmente, o que não deixava de ser uma agressão. Paula também foi ouvida, e Raquel pôde sorrir aliviada quando ouviu a filha dizer que preferia ficar com a mãe. E mesmo que a opinião da criança não fosse levada tão a sério, Raquel já se sentia feliz e um pouco mais leve. Alberto e Raquel também tiveram a vez de falar, e ela sentia cada vez mais nojo daquele homem cada vez que ele abria a boca para falar alguma coisa, porque nunca era algo bom.

Por fim, depois de todos os relatos ouvidos, o juiz tomou sua decisão. E Raquel chorou ao ouvir que sua filha ficaria com ela, e para sempre. Alberto visitaria a filha de 15 em 15 dias, e ficou possesso ao ouvir aquilo. Os guardas tiveram que controlá-lo para que ele não cometesse uma besteira.


- Eu disse que íamos conseguir, não disse? - Sérgio disse ao abraçar Raquel.

- Finalmente nós vamos viver em paz agora. - Raquel sorriu. Estava leve, alegre, feliz. E era a primeira vez em muito tempo que Sérgio via Raquel assim. E agora sim ela poderia dizer que era uma mulher completamente feliz.

- Agora vamos ser só nós, sem preocupações. 

- É o que eu mais quero.


Mas mesmo que Alberto pudesse ver Paula apenas de 15 em 15 dias, ele ainda podia vê-la, e sumir com a garota não seria algo bom, era o que pensava Raquel, sem imaginar que Sérgio pensava a mesma coisa, e pensava num jeito de lidar com esse problema. Queria sair tranquilamente de Madrid com sua família. E serem fugitivos era algo que, definitivamente, não estava nos planos de Sérgio.


- Sei no que está pensando - Sérgio começou. Estavam no carro. Paula estava dormindo no banco traseiro. - Vou dar um jeito nisso. Nós vamos sair daqui sem preocupação alguma.

- Sérgio... espero que não faça nenhuma besteira.

- Não vou fazer, fique tranquila. Eu já tenho um plano. Vou investigar ele. - Sérgio preferiu não citar nomes para não correr o risco de Paula acordar e ouvir tudo. 

- Investigar o que?

- Ele deve ter algum podre. Algo de errado que faz as escondidas e que ninguém desconfia. Mas eu vou descobrir, e aí nem visita de 15 em 15 dias ele fará mais, pois estará atrás das grades.

- Ela ama ele, apesar de tudo. - Raquel disse e olhou para sua filha, acariciando levemente sua mão.

- Eu sei - Sérgio respirou fundo - Ela é uma criança maravilhosa, mas não merece um pai como ele. Quando ela crescer entenderá que fizemos o melhor para ela. Por enquanto é pequena demais pra entender a maldade do mundo.

- Sim, ela é um anjo - Raquel sorriu - Mas enfim, podemos falar com Ángel sobre isso. Tenho certeza de que ele contribuirá muito pra nossa investigação.

- Raquel, é melhor que fique longe disso. Eu não sei o que ele faz. Pode ser muito perigoso.

- Eu sou uma ex-policial, esqueceu? - ela perguntou com um sorriso convencido - Sei lidar com bandidos. E caso ele seja um, é melhor que se prepare. 


[...] Sérgio descobriu com Ángel que Alberto já não aparecia na delegacia há um tempo, o que era estranho já que ele sempre foi conhecido por seu profissionalismo impecável. Também descobriu o endereço dele, e resolveu ir lá apenas para vigiá-lo. Ángel se ofereceu para ir junto e Sérgio não viu motivos para recusar.

Ao chegar na nova residência de Alberto, que por sinal era pequena e simples, Sérgio estacionou o carro numa distância boa o suficiente para não ser notado. As luzes da casa estavam ligadas, o que indicava que tinha alguém em casa. Poucos minutos depois um outro carro apareceu, estacionando em frente ao local. De dentro do veículo saíram dois homens, que não pareciam nada contentes, e tocam a campainha da casa. Alberto abre com cara de poucos amigos e os homens entram. Sérgio e Ángel se olham, desconfiados, pois aquilo não parecia ser nada bom. E tiveram certeza de que algo muito errado estava acontecendo assim que ouviram tiros.


[...] Depois de Ángel ir ver o que estava acontecendo, logo a polícia foi acionada. Sérgio precisava dar aquela notícia a Raquel, mas não sabia como. Ainda estava dentro do carro quando o subinspetor se aproximou.


- Eu sabia que Alberto estava envolvido com alguma merda, mas não sabia que era nesse nível. - ele suspirou.

- Estou pensando em como Raquel reagirá. - Sérgio respondeu ajeitando os óculos.

- Bom, creio que um escândalo desse logo estará estampado em todos os jornais, mas seria melhor se você contasse.

- Me preocupo com Paula também.

- Eu também, mas felizmente ela é pequena demais ainda pra entender essas coisas.


Sérgio se despediu de Ángel ainda refletindo sobre tudo o que aconteceu em tão pouco tempo. Processava todas as informações, pensando numa maneira de como liberar tudo aquilo. Quando menos esperou já estava na porta de casa. Respirou fundo e entrou. Raquel estava na sala com Paula e Sérgio, e Mariví na cozinha.

- Papai! - Paula correu e foi abraçar Sérgio, que ficou de cócoras para retribuir. Novamente respirou fundo, passando a mão no cabelo da pequena, pensando em como ela não merecia aquilo. Raquel notou o olhar perdido de Sérgio e soube que tinha algo errado.

- Oi princesa. - ele respondeu com um sorriso fraco, em seguida deu um beijo na testa dela e se levantou, cumprimentando Mariví de longe e indo falar com Raquel.

- Está tudo bem? - ela indagou. 

- Precisamos conversar. É sério... - Sérgio falou dando um beijo em Salva no carrinho, ainda sem olhá-la.

- Mamãe, você olha as crianças por alguns minutos? - Raquel perguntou já se levantando. Recebendo uma resposta afirmativa de Mariví, os dois foram para o quarto. Sérgio trancou a porta. - Estou ficando preocupada, Sérgio.

- É sobre Alberto. Eu... quer dizer, Ángel e eu descobrimos algumas coisas...

- Me conta!

- É melhor você se sentar.

- Deixe de enrolação e fale logo.

- Raquel, Alberto morreu. - Raquel gelou ao ouvir aquilo - Foi assassinado, ele estava devendo para uns caras barra pesada porque... também estava envolvido com tráfico de drogas. Esses caras confessaram o envolvimento do Alberto em tráfico de mulheres e crianças e alguns casos de estupro. Eu sei que você queria participar, mas foi tudo muito rápido. E foi melhor você ter ficado longe.


Raquel sentiu um tremor por todo o seu corpo, e não sabia direito o que exatamente estava sentindo naquele momento. Um misto de sentimentos a rodeavam naquele momento. O alívio por nunca mais ter que sofrer nas mãos daquele homem. O nojo por todas as barbaridades que ele havia feito. E a tristeza por Paula, que apesar de tudo e de todo o distanciamento dela com Alberto, ainda amava e perguntava pelo pai. Um soluço que estava entalado escapou, dando sequência a um choro compulsivo que expressava tudo o que Raquel sentia no momento. Sérgio a abraçou fortemente, dando-a o suporte necessário naquele momento. Ela enterrou o rosto no pescoço dele, e se permitiu desmoronar por alguns minutos.




Notas Finais


é, parece q o embuste não vai atormentar mais ninguém agora!

desculpem qualquer erro e até o próximo, bjs ❤ p.s: a fic está na reta final :((


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