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História Back To You - Familiar


Escrita por: Mhaysa

Notas do Autor


Ei gente!! Voltei, e me desculpem a demora, mas tentei o mais rapido possivel postar. Então trouxe um capitulo de quatro mil palavras para voces na visão do JUSTIN!!! Antes de tudo, nunca narrei na visão de um personagem masculino, então se tiver muitos xingamentos ou algo do tipo é pq foi assim que eu tentei trazer uma visão masculina ao capitulo.
Beijos ♥♥♥

Capítulo 5 - Familiar


Fanfic / Fanfiction Back To You - Familiar

Huntington Beach, Califórnia, EUA.

18:30 P.M

Justin Bieber’s Point Of View

O ventilador de teto era a única coisa que fazia barulho naquela sala de jantar. Meus pais, vidrados em seus telefones sem ao menos piscar, não abriram a boca para dizer uma palavra sequer desde que eu me sentei à mesa com eles. A única coisa interessante naquele cômodo era observar a vista das enormes janelas de vidros, uma vez que elas pareciam falar mais comigo do que meus próprios geradores.

– Aonde tão Jaxon, Jazmyn e Bay? – Perguntei sobre os meus irmãos mais novos tentando quebrar o silêncio.

– Jaxon e Jazmyn estão na casa do seu tio Brad e Bay está dormindo, querido. – Dona Pattie respondeu finalmente retirando seus olhos do celular e me dando um pouco de atenção. – Me desculpa, querido. Era urgente do trabalho. Elias queria saber se eu havia aprovado os novos modelos das jóias e também se o desfile da coleção de verão estava pronto.

Assenti a cabeça, fingindo ter aceitado que ela liga mais pra porra daquela empresa do que pra mim. Entendo que minha mãe era uma das maiores estilistas e designers de jóias e de roupas do país, tendo a sua própria empresa: Mallette La Mode, a qual foi herdada de meus avós; mas ela tinha que me ignorar até quando eu resolvia sair da fraternidade pra tentar passar um tempo com eles?

Nem tentei a sorte com o meu pai. Provavelmente ele iria ficar falando merda sobre a faculdade, como eu sou irresponsável e uma vergonha. Além do mais, iria tentar falar de como ele vai pensar duas vezes antes de me deixar assumir a Bieber’s Technology. Como se eu quisesse assumir algo e me tornar como ele.

– Com licença, tenho que atender um telefonema. – Meu pai saiu da mesa pela a vigésima vez.

Revirei os olhos e não aguentei não soltar uma provocação antes mesmo de ele atender sua ligação.

– Até porque a porra de um telefonema é mais interessante que seu próprio filho, certo?

Jeremy desligou seu smartphone e o pôs em cima da mesa de vidro. Ele me encarou com um olhar frio que me olhava desde quando me conheço por gente. Minha mãe, já prevendo o que ia acontecer, resolveu pedir a emprega para tirar as coisas da mesa.

– Meu trabalho me dar orgulho, diferente de você. – Cuspiu as palavras em mim.

– Ah, com certeza não é? Você gerou a porra de uma empresa e não um filho.

– Nem sei porque você ainda insisti em aparecer aqui em casa. Se não fosse por sua mãe, já tinha expulsado você daqui definidamente. – Gritou apontado para a mulher a sua direita, que se encolheu – Você é um bosta, garoto. Só bebe, fuma e suja o nome da família. Não posso me esquecer das vezes que você foi quase preso, ou devo? Só apronta e ainda me custa rios de dinheiro. Você é o filho mais velho, deveria ser um exemplo para os seus irmãos e não uma piada!

– Como se você fosse alguém pra me falar sobre o que fazer com a minha vida! Suas cagadas de adolescente? Eu sei todas! Sei até que engravidou alguém que supostamente perdeu a criança do nada... Certo? – Joguei na cara dele. Já tava farto dessas merdas que ele joga nas minhas costas, como se eu fosse um fora da lei. – E não me venha com esse papo de ser o exemplo pra família, sendo que nem você é! Só trabalha e vive de dinheiro. Eu teria vergonha de me tornar que nem você.

 Ele ficou em silêncio por alguns segundos, como se tivesse raciocinando de onde eu descobri essas coisas que estavam de baixo dos panos e também digerindo as minhas palavras.

– O que foi, Jeremy? Não vai dizer nada? – Provoquei.

– Você passou dos limites, Justin. – Pattie disse á mim. Era notável o desapontamento tanto em seu olhar como em sua voz.

– Foda-se. Caguei pra isso. Vou pra casa de Ryan, boa noite pra vocês. – Me levantei indo para a sala para pegar meu corta-vento. Minha mãe me seguiu e a única coisa que eu ouvi fora a porta de vidro que leva da sala de jantar para o jardim, ser fechada brutalmente. – Só vou vir aqui para ver meus irmãos. Te amo, mãe. – Beijei a sua testa.

Sai daquela casa antes que eu pudesse ouvir o discurso da minha mãe sobre a paz. Entrei em minha Lamborghini Veneno e parti catando pneu daquele lugar indo em direção a festa do Ryan, a qual eu não pretendia ir já que minha mãe queria que eu jantasse com ela e Jeremy. Sendo assim, peguei meu telefone e disquei para um dos meus melhores amigos.

– Qual é, cara! – Ryan grita em seu telefone.

– Abre a garagem, to chegando ai em dez minutos. – Mandei pisando mais no acelerador como se eu tivesse em um racha.

– Ué. Mas você falou que não vinha, maluco. Deixa eu adivinhar, seu pai?

– Aquele saco de bosta só empata a minha vida. – Apertei o volante com mais raiva.

– Tô te esperando. Falou.

Desliguei e joguei o telefone no banco do passageiro. Eu precisava beber ou comer alguém. Pelo menos a segunda opção tinha quer cumprida.

Já fazia mais de quarenta minutos que eu estava naquela festa. E desde desses quarenta minutos, Rachel não desgrudava de mim, me fazendo ficar arrependido de ter jogado idéia nela no começo da festa. Aquela garota era o pior tipo de caloura: aquelas que ficavam caidinhas por qualquer um. O que me salvou da loira assanhada, foi o fato de eu ver Abby andando pela a multidão.

– Olha só, princesa. Depois eu já volto. – A afastei bruscamente de mim.

– Só não demora. – Sorriu maliciosa, me olhando de cima a baixo.

Resolvi seguir o caminho em que minha prima passara, logo a encontrando os caras e a aquela nova amiga dela, Skylie.

– Olha só, Abby eu... – Antes que Ryan terminasse de falar alguma coisa insultando a minha prima, me aproximei da roda ficando próximo de Skylie. – Só não te xingo porque Justin ta aqui.

– Bom mesmo. – Advertir o encarando seriamente.

De repente, Skylie deu um pulo, indo pro lado de Abby. Como se ela estivesse assustada ou com medo de mim. Franzi o cenho vendo a garota chamando Amberly para beber, afobada.

– Para quem não queria vir, você ta bem animada mesmo. – Minha prima implicou com sua amiga que ficou um pouco sem graça.

– Não queria vir? – Ryan perguntou confuso. Realmente, quem não quisesse vir para uma festa de Ryan, era muito retraído. Nas festas dele rolava de tudo, de drogas a orgias.

– Não gosto muito de festas, prefiro ficar em casa. – Ela respondeu enquanto dava de ombros.

– Eai, caras. – Chris chegou à rodinha cumprimento o pessoal com nosso toque, mas antes que ele fosse cumprimentar as garotas, elas haviam ido para o barzinho.

– Namoral, a Skylie tá muito gostosa naquele vestido. – Ryan comentou olhando fixamente para a direção da garota.

– Porra mano, nem me fala. – Chaz concordou e tomou a cerveja da mão de Chris que o olhou com raiva. – Quando vi ela, juro que queria jogar idéia nela. Mas sua prima chata não deixou tudo por culpa do meu rolo com aquela antiga amiga dela.

– Patrícia? – Chris perguntou.

– Ahram. Mas se eu soubesse que ela iria fazer amizade com a Skylie, juro que tinha esperado mais. – Ele virou a cerveja de uma vez. O modo cachaceiro de Charles estava sendo ativado.

Uma ruiva passou do meu lado piscando para mim colocando um sorriso malicioso em meu rosto.

– Esse ano tá foda de calouras. – Comentei acompanhando com olhar aquela gostosa que ia até o barzinho.

Ryan me deu um empurrão e gargalhou ao quebrar minha troca de olhares com a garota.

– Parece que alguém já arranjou uma presa. – Chris afirmou me provocando. – Vou ver se acho uma pra mim. – Pousou o seu olhar em uma garota qualquer que estava dançando com suas amigas, próxima da piscina.

Beadles saiu de perto de nós e eu fui jogar idéia na ruiva. Assim que ela me viu aproximando, ajeitou seu croppet e sua saia, me lançando um sorriso. Seus traços eram finos e delicados como uma boneca, mas seu corpo era avantajado – principalmente seus seios. A saia colada em seu corpo destacava o seu quadril e mostrava o quanto ela queria ser notada. Seus cabelos compridos, agora foram jogados para o lado de modo sensual e sua mão fora em sua cintura. Ela me olhou de cima a baixo e mordeu os lábios.

– Caloura? – Perguntei já sabendo a resposta, já que nunca tinha a visto em nenhuma festa do Ryan.

– Acertou em cheio. – Bebericou sua bebida antes de continuar a sua fala. – E você? Provavelmente não, certo? – Sua mão acariciava meus bíceps enquanto me encarava esperando alguma resposta.

Passei a língua entre os lábios e me aproximei dela.

– Acertou em cheio, princesa.

– Gostei desse apelido. – Mordeu os lábios após dizer com uma voz manhosa e sexy. – Me chamo Lisa.

– Justin.

– Eu sei quem você é. – Meu ego inflou. Sorri vitorioso. Fazia apenas umas semanas que as aulas começaram e meu nome já estava sendo alvo da universidade, mais uma vez.

Uma musica qualquer começou a tocar e pude ver um breve sorriso animado surgir em seus lábios.

– Queria tanto dançar. – Suspirou olhando para dentro da casa pelas as janelas de vidros. As pessoas se aglomeraram e seus corpos começaram a se movimentar por conta da batida que Alex, o DJ, os proporcionava. – Posso mostrar uns movimentos... Se você quiser, é claro.

Me aproximei de seu ouvido direito roçando meus lábios no mesmo.

– Eu poderia ter mostrar os meus, mas acho que é crime fazer tal coisa em publico.

Afastei-me da ruiva que agarrou minha mão, me puxando para dentro da casa. Olhei para onde Chaz e Ryan estavam e os olhei com cara de vencedor. Os moleques me corresponderam levantando seus copos em comemoração a minha “caçada”.

– Eu adoro essa música. – Lisa exclamou cantarolando Old Town RoadBull ridin' and boobies.

A garota começou a dançar de frente pra mim rebolando seu quadril ao mesmo tempo em que me encarava sensualmente. Assim que ela jogou o cabelo para o lado mais uma vez, puxei sua cintura bruscamente colando nossos corpos e a conduzindo de acordo com a dança. Ela tentava me provocar cada vez mais ao tentar nos aproximar o mais possível. E com sua intimidade roçando em mim, já podia sentir que meu pau tava ficando duro.

 Lisa colocou os braços ao redor do meu pescoço e fora me levando até a parede, tentando me empresar contra a mesma. Revirei os olhos, e inverti as posições, jogando a ruiva bruscamente na parede.

– Você é bruto. – De sua boca, novamente sua voz de modo manhosa saiu.

– Você não viu nada.

Sorri com safadeza e ataquei os lábios da garota que tomou um susto breve, mas logo me correspondeu com intensidade. O beijo e luxuria foram se intensificando. Minha língua brincava com a sua enquanto minhas mãos iam até a sua bunda apertando a mesma com força, a fazendo arfar durante o beijo. Mordisquei seu lábio inferior, nós separando e a encarando. Seus olhos transmitiam o desejo, e logo conclui que ela queria o mesmo que eu.

– Vamos para um lugar mais calmo? – Perguntei a vendo assentir sem pensar duas vezes.

– Lisa! O que é isso? – Um grito estridente surgiu atrás de mim, o que me fez fechar os olhos com forças. Mas que voz enjoada.

– Ei, Rachel!

Ah, era só o que me faltava.

– Lisa! Ele era o garoto que eu falei. – A loira cruzou os braços na altura dos seios e encarou a amiga com inconformação.

Lisa me empurrou e fora até a amiga que se desculpava, explicando que ela não resistiu e tal coisa. E antes que eu pudesse interferir em algo, as duas começaram a discutir por conta da falta de lealdade de uma e bla bla bla. Só faltava as duas começarem a se bater. Sendo assim, cai fora antes que sobrasse pra mim.

Sai de fininho de perto de ambas e voltei a rodar a sala de Ryan que parecia mais uma boate. Fui até o barzinho e misturei algumas bebidas no copo de plástico vermelho; pretendo ficar mais bêbado do que o possível hoje. Busquei na sala algum dos caras, mas nenhum deles estava no cômodo. Revirei os olhos ao lembrar que pedi uma foda por causa de duas garotas e me sentei no sofá branco que estava encostado na parede, desanimado e observando a festa.

Sharon, a mãe de Ryan, irá matar ele quando ela chegar da viagem amanhã,tenho certeza. E Ryan não iria nem conseguir disfarçar que não fez uma festa: as paredes até do lado de foram estavam sujas, drogas e copos estavam espalhados pela a casa toda, os seis banheiros já deveriam estar todos vomitados e tenho certeza que a pool house deveria estar cheia de camisinhas usadas.

E, ainda observando as pessoas ao mesmo tempo em que tomava minha bebida, meu olhar se prendeu em uma garota no meio da pista de dança. Ela rebolava sua bunda com vontade e aquele vestido colado em seu corpo – que era sensacional, mesmo estando longe – subia cada vez mais quando ela ia até o chão. Embora que esteja de costas para mim, podia vê-la passar suas mãos pelo o eu corpo, querendo ou não, sensualizando para todos. Ela colou seu corpo com outra garota e assim que ela se virou, a reconheci na mesma hora: era Skylie, dançando com Abby. E ainda que eu soubesse que era ela, não consegui desviar meu olhar dela. Obvio que havia percebido que ela era bonita, mas nunca havia notado que ela tinha um corpo tão escultural como se fosse feito nas medidas perfeitas. Aquele vestido destacava tanto o mesmo e, assim que seu olhar se encontrou com o meu, pressionei o maxilar a encarando, com certa luxúria, admito. Porém, surpreendentemente, a desenhista não desviou. Ela continuara me encarando de maneira diferente, como se fosse outra pessoa. Entretanto, pela vigésima vez me deixou confuso, ao vira-se para Abby e depois sumiu da minha vista.

Intrigado, eu a procurei pela a sala, mas logo tive minha visão bloqueada por duas garotas. As duas calouras que estavam na minha cola minutos atrás, me encaravam tímidas. Arquei a sobrancelha ao ver aquela cena; ela não estavam quase se matando a uns minutos atrás?

– Justin! – As duas disseram ao mesmo tempo, me olhando encabuladas e animadas.

– Se foram brigar comigo, não tenho nada a ver com isso. – Respondi a mesma frase que usava para todas as situações que envolvia as mulheres.

– Não é nada disso! – Rachel afirmou se sentando ao meu lado e Lisa do outro. – Ficamos magoadas que você flertou com nós duas. - Ela fez um biquinho e pousou sua mão em minha coxa, próxima ao meu pau.

– Então chegamos ao um acordo. – Foi a vez de Lisa falar, me fazendo voltar a minha atenção para ela, que começou, novamente, a fazer caricias em meu braço.

– Melhor duas, do que uma... – A loira sussurrou em meu ouvido na intenção de me provocar. – Mais trabalho pra você.

– Acredite, eu aguento. – Minha confiança ficava clara em minha voz e minha noite acabara de melhorar cem por cento. 

Levei as duas para um quarto de hospedes que Ryan, desde quando éramos mais novos, declarava que era meu e podia usá-lo como bem entender. E hoje eu iria fazer uma festa, dentro de outra festa.

~

Descendo as escadas, após ter utilizado o quarto, encontrei Ryan perto do bar que havia na sala. O mesmo estava até que bem pra quem exagera da bebida geralmente. Ele conversava com Sean, que era o lider da fraternidade esportiva do campos – bando de cuzões. A medida que eu fui me aproximando, pode perceber que Sean estava com aquele papo de anexar a minha fraternidade com a dele, novamente. Podia ver Ryan ignorando o pau no cu enquanto mexia em seu telefone. 

– Aí podiamos faturar mais nas festas! – Sean dizia animadamente.

– Nossa fraternidade é exclusiva e não coletiva. – Entrei no assunto, vendo o imbecil perder todo o seu entusiasmo.

Sean ficou tão sem graça com o corte que deu a primeira desculpa que pode para sair do assunto. Ele vivia tentando juntar nossas fraternidades, simplesmente para ganhar popularidade. Desde o seu primeiro ano aqui, quando dedicou-se a entrar na casa – que eu e os caras adquirimos e reformamos com nosso dinheiro – que ele tenta participar. Chegou até mesmo oferecer dinheiro a nós, além de nos perseguir igual um cachorro. Entretanto, mal ele sabe que para entrar em nosso “grupinho”, tem que merecer. Ninguém nunca entrou; seria a coisa mais rara do mundo isso acontecer. Sempre fora eu, Chris, Ryan, Chaz e Abby. Realmente sempre fora nós juntos contra todos, desde a infância. Mesmo que Abby morasse em outra cidade e frequentasse outras escolas, ela, a todo momento, esteve conosco. Então, era bem dificil outra pessoa participar, realmente, do nosso meio.

Ryan abriu um freezer, o qual fora colocado perto de onde estávamos antes da festa começar, e pegou uma cerveja, entregando-a no mesmo instante a mim. Abri a mesma usando meu antebraço fazendo o loiro rir do meu lado.

– Aquele bosta veio encher o saco? – Perguntei bebericando a cerveja enquanto olhava a minha volta.

– Tem gente que não se toca, não é? – Bufou. – Alá querendo dar de o fodão pras calouras. – Ryan indicou com a cabeça onde Sean tava tentando pegar duas garotas.

– Ele não vai ter tanta sorte. Não com eu na jogada. – Sorri convencido recebendo um tapinha nas costas.

– O que você já aprontou? Pegou quantas?

– Duas de uma vez só.

– Sua bunda! – Ryan riu incrédulo. – Já ta assim? Você já não tava com uma ruiva?

– Então, antes dela eu tinha jogado idéia na Rachel, uma loirinha ai. Mas ela tava me enchendo o saco, ai joguei idéia na ruiva. – Ele assentiu a cabeça confirmando que estava entendendo. – Só que elas eram amigas e quando Rachel viu, ficou puta e começou a discutir com a amiga. Depois elas me procuraram e sugeriram o ménage. E quando íamos começar o quarto round, a mãe de uma ligou e elas tiveram que ir embora.  

– Porra. Você tem pau de mel não é possível. Vai se fuder.

Continuamos a conversar, porém no meio do assunto, Ryan ficou olhando fixamente para um ponto. Eu diria que seu olhar era de preocupação. Aflito, olhei para a direção junto a ele. Era amiga de Abby, Skylie, conversando com Gabriel. Eles estavam bem próximos e Gabriel havia pousado sua mão em sua coxa, se preparando para beijar a vitima seguinte.

Aquele moleque de vinte anos, tinha mentalidade quatorze anos e estava em uma faculdade. Parecia um adolescente ridículo difamando todas as meninas que ficou. Dizia que iam pra cama dele logo após o beijo, quando na maioria das vezes, apenas ficaram se pegando em um local mais reservado. E isso dava má fama para as meninas. Todo mundo acreditava, é claro. Para mim, não passava de um virgem arrombado.

– Skylie. – Ryan se aproximou e eu logo fui atrás. Sua voz parecia alguém muito próximo chamando a atenção da garota. Chegava até ser cômico.

Ela disse algumas palavras e foi em direção á nós. Mesmo, de movo inevitável, encarei a garota enquanto ela andava com elegância e sensualidade. Realmente aquele vestido colado marcava suas curvas.

– Olha, Sky. Sei que não somos muito próximos, mas fica longe do Gabriel. – Ryan advertiu puxando ela mais pra longe possível.

– Por quê? Ele parece ser tão legal! – Perguntou chateada e voltando a olhar de relance o moreno que estava a esperando.

– Ele tem má fama. – Ryan bebericou sua cerveja. – E deixa as garotas com má fama.

– Como assim?

– Ele come todas e depois explana pra todo mundo da universidade como a garota foi na cama. – Comentei com desgosto na voz enquanto olhava fixamente em seu rosto, tentando passar mais seriedade possível.

– Como se você não fosse assim. – Sussurrou me respondendo. Pelo o tom de sua voz, não pretendia que eu a ouvisse, mas ouvi.

– O quê disse? – Me fiz de confuso para ver se ela repetiria. Porém, pela a sua cara, não iria.

– Nada. E pode deixar, Ryan. Não vou ficar perto dele. – Saiu de perto de nós e passou direto por Gabriel, o deixando desapontado.

– Mais uma vitima salva. – Ryan comentou. – Parabéns a dupla dinâmica Batman e Superman.

Ele deu tapinha nas minhas costas e foi em direção a uma garota que passara perto de nós, não antes de comentar que havia arranjado uma presa.

Suspirei entediado. Então retirei um maço de cigarros e passei por meio da multidão, me direcionado para a varanda do andar de cima, este que, apesar de tudo no andar de baixo estar um completo desastre, estava menos pior. Ao chegar na porta de vidro, avistei uma mulher de costas que, só pelo o vestido e o corpo, percebi que era Skylie. Passei a porta de vidro e fiquei um tanto longe da mesma, acendendo um cigarro e consequentemente, olhando de relance para a mesma, a qual estava de olhos fechados apreciando a brisa.

– Tomara que o cigarro te mate. – Sussurrou abrindo os olhos e arrumando seu cabelo, o qual a brisa insistia em bagunçar.

– Também estou doido pra isso acontecer. – Respondi e em troca ela me mandou um olhar confuso. Provavelmente se perguntando como eu havia ouvido. Mal sabia que eu tinha boa audição.

– Se sabe que vai morrer fumando, então porque fuma? – Indagou me olhando.

– Porque me mata lentamente, diferente do suicídio. – Dei de ombros a encarando de volta.

Ela pareceu ficar avoada por alguns instantes, como se estivesse pensando ou em outro mundo. O seu olhar perdido me pareceu conhecido por um instante. Mas assim que voltou seu olhar ao mar, não o reconheci mais.

– Você é dramático. – Provocou, voltando a me encarar.

Fixei meu olhar no seu e me aproximei. Uma pontada de raiva tomou meu peito; ela nem sabia o que acontecia comigo a vida inteira.

– Vai por mim, não é drama.

– Então, escolha entre ser o sadboy ou o playboy da faculdade. – Deu de ombro e voltou a olhar a vista. – Dupla personalidade não faz bem pra ninguém.

Senti aquilo como um tapa na boca. As palavras sumiram para rebater a sua frase. Mas não iria deixar assim. Abri a minha boca, entretanto, no mesmo momento, minha prima surge ao meu lado desesperada.

– Skylie, vamos! Os pais de Ryan de chegaram e eles vão chamar a policia. Se esconde ou vai embora. – E uma gritaria surgiu após sua fala.

Era a primeira vez que os pais de Ryan descobriam sobre alguma festa rapidamente. Isso realmente iria dar merda e tudo ia cair nas costas do meu amigo e depois na minha e do pessoal. E eu não podia causar mais nenhum problema, senão meu pai ia encher mais o saco ainda.

Desviei de Abby e Skylie e corri para o primeiro quarto que eu conseguisse abrir com as chaves copiadas que Ryan me dera por conta de eu frequentar esse lugar desde pequeno e por ajudar a controlar as festas quando a desorganização começava e as pessoas tentavam entrar nos quartos.Peguei o molho de chaves, mas a confusão estava tanta que apenas na terceira tentativa consegui destrancar uma das porta dos quartos com uma das chaves, entrando no mesmo em seguida e trancando novamente a porta.

Silêncio reinou por alguns segundos dentro e ate fora do quarto. Até que ele foi quebrado.

– Abby? – Conheci a voz no mesmo instante. – Amberly? Cadê você?

Sem pensar duas vezes, abri a porta e peguei a sua mão, a puxando para dentro do cômodo. Por impulso, a joguei contra a porta da madeira com certa força e coloquei meus braços ao seu redor, lhe prendendo entre os mesmo. Pude perceber sua respiração ficar descompassada, devido o susto, e então percebi que estávamos próximos demais.

A encarei. Ela, de fato, era bonita. Seus lábios eram carnudos e avermelhados por conta do batom, combinando com o tom que suas bochechas passaram a ter. Seus olhos eram um castanho profundo e delicados, assim como ela parecia ser desde o dia que chegou na universidade. E, então, novamente senti aquela pontada de angustia me consumir mais intensamente. Ela era familiar para mim; era como se eu a tivesse visto em algum lugar antes. Seus traços me lembravam alguém que minha mente não dizia quem ser ou como era.

Ela abriu a boca para dizer uma palavra, mas no mesmo instante ouvi passos do lado de fora e, de maneira rápida, coloquei minha mão em sua boca, o que a fez regalar os olhos.

– Não fala nada.

Concordou ainda me encarando. Vagarosamente, tranquei a porta de novo e me preparei para afastar dela. Mas, de modo surpreso, não consegui. Seu olhar me prendia assim como sua boca. E ficamos ali parados pelo o que parecia um eternidade estranha e fodida.


Notas Finais


Esperam que gostam, beijoooos ♥♥♥♥♥♥♥
desculpem os erros


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