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História Back Together - Capitulo catorze


Escrita por: xxxxBloom

Notas do Autor


oi, gente, como vocês estão?

acabei de mudar a foto de capa, deem uma olhada e me digam se gostaram
queria lembrar que isso é uma fanfic, nem todas as coisas que aparecem aqui são reais, eu sei que a maioria sabe, mas é sempre bom avisar

Capítulo 14 - Capitulo catorze


-Bom dia – eu disse baixo, tirando os óculos escuros. Minhas enormes olheiras mostravam que eu não havia dormido nada de noite. Todos me responderam, menos uma pessoa e, claro, não é para menos

-Hya, eu escrevi uma música – Harry disse me olhando – quer dar uma olhada?

-Vou ver depois, tudo bem? – ele assentiu – se vocês concordarem, gostaria de ouvir little do you know – Niall ergueu o olhar do celular e me encarou. Seu olhar era frio e ele ergueu uma sobrancelha

-Hya – Louis me advertiu e eu balancei a cabeça

-Tudo bem, eu posso lidar com isso – não desviei meu olhar de Niall em momento algum. Ele pegou o violão e eu me sentei na cadeira, logo começando a ouvir alguns acordes. Tentei evitar chorar, mas não consegui. Procurei me focar na letra da música e não nos meus pensamentos, o que era quase impossível e diversas lagrimas caíram dos meus olhos

-Para – Louis pediu, segurando nas cordas do violão, para impedir que saísse som e se levantou – eu não vou cantar essa música – o garoto me encarou e eu puxei minhas pernas para cima, me encolhendo na cadeira – você não pode fazer isso comigo, não pode me deixar cantar isso sabendo tudo o que eu sei – seus olhos estavam vermelhos pelas lagrimas acumuladas – cancela essa música, ela não vai para o álbum – ele arrancou o caderno da mão do marido e me entregou – um milhão de músicas ai e eu canto qualquer uma, mas essa não – ele voltou a se sentar ainda atordoado e foi amparado por Harry. Meus olhos continuavam em Niall, que parecia não entender o que havia acontecido, e realmente não entendia

 

 

-Me desculpa? – falei e coloquei minhas mãos, que suavam um pouco, no bolso traseiro da calça jeans que eu estava vestindo. O garoto na minha frente parou de guardar o violão e se levantou me olhando

-Pelo o que? – cocei o nariz, sem saber o que dizer

-Eu sempre digo isso, nunca imaginei que seria tão difícil a resposta – ri ironicamente e passei a mão pelo cabelo – por ter meio que pirado semana passada – o olhei e ele abriu a boca para dizer algo, mas eu o interrompi – e por ter demorado uma semana para fazer esse pedido

-Posso te levar em um lugar? – ele perguntou depois de algum tempo em silencio e eu assenti, pegando minha mochila. Só havíamos ficado nós dois no estúdio no horário do almoço, então a sala estava vazia. Ele pegou o violão e saiu pela porta, comigo o seguindo. Fomos até o estacionamento e ele dirigiu pelas ruas de Londres até um pouco fora da cidade, se eu já não conhecia a cidade, imagine fora dela; não fazia ideia de para onde estávamos indo – eu gosto de vir aqui para relaxar quando estou muito nervoso – ele falou ao sair do carro e ir até a entrada do, aparentemente, clube – também gosto de jogar, claro – ele riu e olhou para trás de relance enquanto falava. Ele parou perto de uma casinha e me entregou um crachá depois de falar com a pessoa ali. Olhei o objeto, que trazia o nome do clube e a palavra visitante no canto. Depois deixei que ele me guiasse e o vi pegando alguns equipamentos, como bolas e tacos; eu apenas o observava – já jogou alguma vez na sua vida? – ele perguntou erguendo o taco, demonstrando sobre o que falava e eu neguei com a cabeça – pode ser difícil no início, mas não é tão ruim – ele tirou o boné que usava e o colocou na minha cabeça, dando mais alguns passos e parando. Eu, que estava ajeitando o boné, não prestei atenção e acabei batendo a cabeça em suas costas. Ele se virou e eu o olhei, percebendo que ele ria de minha distração – pega um

-Eu nunca joguei e nem preciso, para saber que sou péssima nisso

-Se você nunca jogou não tem como saber – ele disse e deu uma piscada – vou te mostrar como se segura o taco

-Você aprendeu isso como destro ou como canhoto? – perguntei e o olhei, fechando um pouco olhos a fim de evitar que o sol me cegasse

-Meio que destro – ele me respondeu e se apoiou no taco, me encarando

-Eu sou canhota, meu lado esquerdo não funciona bem sempre, por isso sou péssima nesse negócio de esportes – eu comentei e tentei me entender com o taco

-Certo, vamos ver em qual lado você se sai melhor – ele pegou o taco e o ergueu no ar – finge que é um espelho e faça o mesmo movimento que eu – ele fez o movimento e eu tentei fazer parecido – isso aí, está ótimo. Agora abaixa – ele o fez e eu repeti – vamos fazer com a bolinha agora – ele colocou duas bolinhas na marca e acertou uma, que entrou no buraco que tinha ali perto – sua vez – ele disse me olhando e eu me preparei. Medi a distância até o buraco e tentei definir a força o suficiente. Coloquei o taco para cima e o joguei para baixo com uma leve força e olhei para o lado por reflexo, mas logo direcionando o olhar para o chão

-Cadê a bolinha? – perguntei baixo ao perceber que esta não estava mais no chão

-Foi muito bom para uma primeira vez – ele comentou rindo e eu o olhei em dúvida – passou um pouco, mas não foi tão ruim – ele disse e eu olhei para o lugar que ele apontava; a bolinha tinha passado uma certa distância do buraco

-Calma aí, eu acertei a bola? – perguntei e ele assentiu animado. De repente eu estava em seu colo, a felicidade estampava meu rosto e eu vibrava

-Vamos tentar do outro lado agora – ele segurou mais forte em minha cintura e eu desci o observando pegar o taco de novo – vou te mostrar como segura – ele colocou o objeto em minha mão e se posicionou atrás de mim – essa mão fica aqui e essa aqui – ele se ocupou consertando a posição de minhas mãos e eu só conseguia perceber a distância que ele estava de mim, seu corpo se encostando no meu – entendeu? – ele perguntou perto do meu ouvido e eu o olhei

-Não ouvi nada – oi, olhos azuis. Eu ia me aproximar, mas vi um paparazzi e o empurrei rindo, como se estivéssemos brincando – tem um fotografo ali, disfarça – ele pegou seu próprio taco e fingiu bater na minha cabeça e eu comecei a rir, empurrando a ponta do taco perto de mim para ele – vou tentar de novo, calma – me posicionei e ergui o taco que, sem querer, bateu em seu rosto e ele se jogou no chão com uma mão no olho – Niall – eu disse desesperada e tentei ver se tinha machucado – ai meu Deus, você está bem?

-Boa mira – ele disse rindo e gemeu um pouco

-Ai, meu Deus, está inchado, vem cá – o puxei para cima, o ajudando a se levantar – vamos colocar um pouco de gelo

-Você tem certeza que o sobrenome de vocês não é ‘machuquem o Niall’? – eu ri e deu um empurrei em seu ombro

-Para – resmunguei rindo – não foi por querer

-Sua irmã quase me matou por querer

-Por querer te abraçar, não te matar

-A sua amiga fotografa vai fazer o que comigo? – eu ri mais alto

-Nada, o favorito dela não está na banda – dei de ombros e ele me imitou

-Que azar o dela – eu o soltei depois disso e fomos caminhando lado a lado

 

 

-Hyacinth, você é selvagem – Louis disse ao ver Niall com um olho um pouco roxo

-Como assim? – perguntei sem entender

-Foi tão selvagem assim? – H perguntou com um sorriso malicioso

-Eu não acredito que vocês estão pensando em algo assim – Niall disse revirando os olhos

-Foi jogando golfe – eu disse meio desesperada

-Achei que era para jogar a bola no buraco, não no olho – H disse rindo

-Eu vou fazer o jantar, que ganho mais – joguei minha bolsa no sofá e fui para a cozinha – vocês só têm macarrão nessa casa? – reclamei ao abrir os armários e encontrar diversas caixas da mesma comida em todos os lugares – porra, tem macarrão por todo lugar por aqui – fui perto da divisão entre a cozinha e a sala – eu juro que se um monstro de macarrão aparecer atrás de mim, eu não vou me surpreender

-Então é melhor você não virar – ergui uma sobrancelha para o mais velho e me virei, mesmo sabendo que não teria nada

-O que foi? – perguntei ao ver Niall atrás de mim e ele apenas riu, jogando um pacote de macarrão por trás do ombro

-Imprevisível – ele revirou os olhos e sentou em uma banqueta – pode nem tentar brincar

-Você queria me assustar? – eu perguntei pegando o pacote no chão e notando que a comida crua havia quebrado – ah, tadinho – me aproximei passando a mão em seu rosto e o ouvi gemer baixinho de dor – ai, me desculpa – afastei a mão do machucado e ele deu um leve sorriso, já que se mexesse muito o rosto iria doer. Dei um leve beijo em seus lábios e ele puxou minha cintura

-Fica aqui hoje? – ele perguntou fazendo biquinho

-Que bom que você não guarda rancor – eu disse rindo e ele me olhou franzindo o cenho – eu fiquei uma semana sem falar com você por bobeira e você nem entrou no assunto, agora me pede para dormir aqui

-Se você não quer falar, tudo bem – ele deu de ombros, me soltando – todo mundo tem um segredo ou algo que não quer falar com qualquer um. Eu entendo, você não é a única

-Só entende quem passou por algo assim – ele me olhou com uma sobrancelha erguida – no caso, o segredo – me corrigi e ele balançou a cabeça

-Preciso perguntar – parei de procurar uma panela e o olhei – você matou alguém? – ele perguntou sério e eu comecei a rir – eu vou rir se você responder sério, olhando nos meus olhos

-Não se preocupa, eu não matei ninguém – eu respondi o olhando – tô mais para vitima

-Todo mundo é a vítima até que se prove o contrário, certo?

-É, quem sabe – eu comentei rindo e ele deu de ombros, mexendo no celular

 

 

-Eu tenho que ficar com medo de vazar na mídia? – perguntei de repente, me encolhendo em seus braços

-De que?

-Não sei – respondi tentando dar de ombros – ‘todo mundo tem um segredo’ – repeti a frase dita mais cedo – a mídia pode vazar esse segredo?

-Acho que não, mas talvez – senti seu braço que passava nas minhas costas me apertar mais, mas parecia involuntário

-É ruim? – perguntei baixo. Sabia que tinham assuntos que não deveriam ser tratados

-Um pouco – ele beijou meus cabelos e eu passei a mão por sua cintura, o abraçando – e o seu?

-Um pouco – fechei os olhos tentando evitar as lagrimas e sua mão acariciou meu cabelo. Entrelacei nossas pernas e mexi minha cabeça para ficar na altura da sua. Dei um beijo em sua bochecha e o abracei, inalando o perfume que ainda estava em seu pescoço, adormecendo lentamente

 

 

Entrei na gravadora tirando os óculos de sol, que disfarçam as minhas olheiras, e carregando minha garrafinha de agua que eu levava para todos os lugares e bebi um pouco daquela agua

-Hya – ouvi Megan atrás de mim assim que saí do elevador e me virei a encontrando do lado dele – temos um problema

-Algo grave?

-Não tenho certeza – seus olhos mostravam um certo desespero e eu comecei a andar mais rápido para a sala. O som do meu salto ecoava no corredor, quando eu pisava em falso fora do tapete vermelho e olhei para dentro da sala

-Cadê os garotos?

-Sala de reunião – Ethan me respondeu e eu me virei olhando para Megan

-Estão com o Simon – ela deu de ombros – não sei o assunto – passei a mão pelo cabelo, nervosa e dei um passo para trás, voltando para o elevador. Eu até iria de escada, mas resolvi usar um sapato de salto logo hoje. Desci os dois andares necessários e entrei no corredor, tentando chegar na sala de reunião logo. Aproximei meu ouvido da porta tentando ouvir algo, mas foi em vão, então apenas abri a porta

-Que negócio é esse de fazer reunião sem mim, Simon? – esbravejei assim que consegui ver o homem, na ponta da mesa e vi os quatro garotos ao seu lado. Mas não foi isso que me surpreendeu. Dei um passo para frente e fechei a porta – que porra é essa? – perguntei pausadamente e cruzei meus braços, colocando o peso do meu corpo em uma das pernas, meu olhar era sério em sua direção

-Não comuniquei você exatamente porque imaginei sua reação

-Você não tem o direito de pedir uma reunião com esses garotos, independente da minha reação – apontei para eles e em seguida para a porta – saiam daqui

-Mas – Simon tentou falar, mas meu indicador foi para perto do seu rosto, indicando que era para ele ficar quieto e eu voltei a olhar para os garotos, ainda sem abaixar meu dedo

-Saiam – disse autoritária e eles logo se levantaram e passaram pela porta. Me sentei na cadeira onde antes estava Louis, tinha uma cadeira entre mim e Simon e outra entre mim e o conhecido advogado, que eu não tinha certeza se sabia o nome, mas me lembrei de seu rosto – a que devo a honra de sua bela presença nessa sala, junto com a One Direction? – perguntei para o moreno, frisando o nome da banda

-Vim conversar com eles – ele me respondeu e cruzou os braços

-Esqueceu o número deles, foi? – perguntei sarcástica, meu corpo inclinado em sua direção, meus cotovelos apoiados no braço esquerdo da cadeira giratoria

-Eu queria conversar pessoalmente – ele retrucou entre dentes

-Marcava o encontro em algum lugar, de preferência comigo – apontei para mim mesma

-Eu queria falar com o Simon, que é quem eu conheço

-Mas o Simon não manda mais em nada

-Calma aí – Simon se levantou – como assim eu não mando mais em nada?

-No que se diz respeito a shows, músicas ou no que eles pensam e falam não diz respeito. Eu faço a setlist, eu escolho os dias e lugares dos shows, eles escolhem qual musica vai para qual álbum e eles falam o que eles querem – respondi olhando em seus olhos – você não vai comprar ou ameaçar a eles e se ameaçar a mim eu vou ter uma resposta à altura, então senta aí na sua cadeirinha de novo que esse assunto aqui eu resolvo – voltei a olhar para o garoto, do lado oposto da mesa – o que você quer com eles, Zayn?

-Nós queremos um feat. com eles – o terceiro homem, ao lado dele, me informou

-Quem é você? – apoiei meu cotovelo na mesa o olhando

-O empresário do Zayn

-Tudo bem, você quer um feat. com os garotos? – ele concordou com a cabeça e eu soltei uma risada sarcástica me levantando. Passei a mão por meus cabelos, minha mente me mandava não gritar com ele. Voltei a encara-lo – você está brincando comigo, certo? – ele negou, apenas balançando a cabeça – isso é ridículo – me aproximei da mesa e antes mesmo que eu percebesse meu punho atingiu a mesma duas vezes. Apontei meu indicador em sua direção – isso é extremamente ridículo, você, Zayn Malik, querer fazer um feat. com Liam, Louis, Niall e Harry não é feat., isso é a One Direction oficial – gritei a última parte, sem conseguir me conter – me dá um motivo, só um motivo para eu aceitar esse feat.

-Não é você que tem que aceitar, são eles – ele retrucou, se levantando

-Eles? – ergui uma sobrancelha e ele manteve seu olhar fixo em cima de mim. Dei meia volta e fui até a porta, abrindo a mesma. Eles não estavam apoiados, então não caíram para dentro, mas os quatro continuavam ali. Pedi que eles entrassem com um maneio de cabeça e eles o fizeram. Voltei a fechar a porta – vocês querem fazer um feat. com ele? – perguntei apontando e frisando a ultima palavra. Os quatro me olharam e não disseram nada, mas não passou muito tempo até que um me respondesse

-Não – o mais velho disse

-Lou – ouvi Zayn dizer atrás de mim

-Não me chame desse jeito – o garoto deu um passo para frente e eu cheguei para o lado, evitando ficar na sua frente – você perdeu esse direito, quando saiu sem nos dar uma explicação, sem me dar uma explicação – ele tentou dar mais um passo, mas eu o segurei, apertando seu pulso e ele me olhou

-Fala, mas não faz – disse simplesmente e ele deu um passo para trás

-Eu achei que você era meu melhor amigo, era você quem sabia tudo sobre mim e de repente você me deu as costas sem dizer nada. Disse que prezava pela sua saúde mental, sendo que todos nós prezamos também. Todos nos preocupamos uns com os outros, você não queria sair da banda, só queria fazer sucesso, queria ver o seu nome nos lugares ao invés de ver o nome da banda. Você só se importa com você mesmo – encarei seus olhos azuis cheios de lagrimas e me pus à sua frente

-Alguém quer dizer mais alguma coisa? – olhei para os outros três, que estavam mais atrás e todos negaram – tudo bem, eu falo então – me virei para o moreno, dando alguns passos em sua direção, meu sapato de salto era o único barulho que se ouvia – vou te dar duas opções – comecei e vi uma leve esperança em seus olhos – ou você não faz nada e sai daqui, fingindo que esse dia nunca aconteceu – olhei para trás, vendo Louis ainda um tanto transtornado com a situação, ainda longe dos outros e voltei a olhar Zayn – ou você volta para a banda, com uma explicação pronta, porque eles merecem e sua vinda aqui hoje não vai ter sido em vão – informei e dei alguns passos para trás – quero minha resposta em três dias – concluí e me virei, pronta para sair da sala, enquanto arrastava Louis junto comigo

-Eu já tenho a sua resposta – ouvi sua voz atrás de mim e parei, me virando devagar, minha mão no ombro de Louis ainda e ele fez o mesmo – eu aceito

-Eu te dei um prazo, você não tem que me responder agora

-Mas eu quero – ele deu alguns passos em nossa direção, mas manteve distancia

-Pois então eu tenho uma pergunta – eu disse e ele franziu o cenho, mas não disse nada – você está fazendo isso por fama ou pelos seus antigos amigos?

-Isso é uma calunia – ouvi seu advogado falar entre dele

-Guarda suas palavras para o tribunal – eu disse secamente em sua direção – fala isso para o juiz, não para mim, se ele precisar de alguém para defender ele eu mesma vou te avisar – voltei a olhar o moreno na minha frente

-Eu quero voltar pelos meus amigos – ele disse baixo, as mãos cruzadas atrás de suas costas, parecia envergonhado

-Entro em contato com você amanhã – eu disse simples – deixa seus contatos na recepção que eu pego mais tarde – ainda atordoada com sua decisão, voltei a empurrar Louis para fora, mas agora parecia bem mais difícil, já que ele não deu nenhum passo para me ajudar e eu tive que empurra-lo à força. Entrei em uma sala que estava vazia e o empurrei para dentro, os outros entraram também – Lou? – o chamei segurando em seu rosto – fala comigo – ele me abraçou, deixando suas lagrimas molharem minha blusa

-Por que você fez isso? – ele perguntou depois de um tempo, se sentando em uma das cadeiras que tinha ali

-Porque eu tinha certeza que ele ia negar – eu informei – nunca que eu ia imaginar que ele aceitaria

-E se ele realmente quer voltar? – ouvi Liam dizer e todos o encaramos incrédulos

-Para de ver o lado bom nas pessoas, nem todas têm um desses – reclamei e cruzei os braços

-Por que você está usando um salto alto? – H perguntou, suas mãos nas costas de Louis, o afagando, e eu olhei para os meus pés, uma bota de cano baixo com um salto fino, quase uma continuação para a calça preta de couro que eu usava

-Não sei – respondi dando de ombros – acho que meu subconsciente previu essa confusão e esperava que eu enfiasse esse salto no olho de vocês sabem quem

-S ou Z? – Niall perguntou, parado perto da porta

-Acho que podia ser nos dois, não tenho dois pés à toa – murmurei encarando os sapatos

-Eles são novos, não são? – Louis perguntando os olhando

-Comprei semana passada, nunca imaginei que ia usar – desamarrei o laço e abri o zíper, tirando as botas dos meus pés e as coloquei em cima da mesa – a decisão não é dele – falei me abaixando na sua frente e segurando em seus joelhos a fim de me equilibrar – a decisão é nossa, é sua – apontei para o garoto na minha frente

-Eu quero uma explicação antes de qualquer decisão – ele me informou e eu balancei a cabeça o apoiando

-Todos nós queremos – Liam o informou, passando a mão em seu ombro e todos nos abraçamos

 

 

-Ele deve chegar a qualquer momento – entrei na mesma sala do dia anterior, Megan estava quase grudada em mim e eu me sentei na cabeceira da mesa, a morena se manteve em pé ao meu lado – você vai fazer um buraco no chão desse jeito – revirei os olhos pela decima vez ao ver Louis andando de um lado para o outro – fica parado, garoto – me levantei segurei nos ombros do garoto e logo notei um erro na minha altura. Definitivamente não nasci para usar salto alto, então arranquei a bota dos meus pés. Ouvi um som, como se alguém tivesse aberto a porta com força e me virei para ver

-Você não vai me atacar com isso não, certo? – o moreno perguntou, encostado na porta. Seu impacto na mesma a fez bater na parede, por isso o som alto

-Só se me der motivo – uma bota havia sido jogada para o lado, mas a segunda eu ainda segurava. Me virei e voltei para a cadeira onde eu estava sentada e olhei o garoto ir se sentar ao lado de Niall, que o cumprimentou com um aperto de mão – olha só, você está sozinho. Mas é um milagre

-Hya – Niall censurou minha frase irônica e eu revirei os olhos me recostando na cadeira, cruzando meus braços como uma criança fazendo birra

-É que tinha acontecido uma coisa e eu quero conversar serio com vocês agora – o moreno disse e eu consertei minha postura e inclinei meu corpo para frente, colocando os braços em cima da mesa afim de ouvir mais de perto o que ele tinha para dizer

-Um mês antes de sair da banda eu fiquei com uma pessoa – ele disse baixo, encarando as mãos que estavam em seu colo. Ergui uma sobrancelha absorvendo a informação

-Não entendi – me pronunciei

-Ele estava com a Gigi na época – Harry disse se virando para mim

-Então você traiu ela? – perguntei tentando entender o que ele havia dito

-Antes que você me julgue, ela me traia também – ele se antecipou esticando o indicador em minha direção – ela realmente precisa estar aqui com esse iPad? – o moreno gemeu e escondeu o rosto em suas mãos. Me levantei e segurei nos ombros da garota a guiando para fora da sala

-O que você ouviu aqui, não deve sair daqui, certo? – ela balançou a cabeça em concordância – se esse assunto vazar, você vai ser demitida, está avisada – a empurrei para o lado de fora e fechei a porta

-Ela não vai falar nada? – neguei com a cabeça e voltei a sentar na minha cadeira

-Estou curiosa para saber com quem foi, mas vou deixar que você termine sua historia

-Eu prometi que ficaria com essa pessoa e terminaria tudo com a Gigi – balancei a cabeça mostrando entender e ele continuou – mas eu tive medo. Simon estava cada vez mais no nosso pé e isso ia nos prejudicar demais. Uma vez eu o ouvi ameaçando alguém, não sei quem era, mas ele disse que era capaz de matar a pessoa caso isso vazasse na mídia – franzi o cenho e me recostei na cadeira absorvendo suas palavras

-Caso o que vazasse na mídia? – perguntei, levando em conta que ele não acusou o empresário de nada

-O fato do cara ser gay – ele soltou de uma vez e eu ouvi a respiração pesada do casal ao meu lado esquerdo. Me levantei e passei a mão pelos cabelos, pensando. Automaticamente comecei a andar em volta da mesa

-Você vai criar confusão? – perguntei parando ao lado do moreno

-Não vou – de repente o garoto parecia completamente vulnerável, um bebê que não sabia nem andar – eu tive muito medo, vocês não ouviram ele como eu ouvi – ele me encarou. Seus olhos brilhavam pelas lagrimas sendo formadas – ele parecia capaz de derrubar uma parede com as próprias mãos, eu juro – não consegui mais me conter e me sentei no braço da cadeira para abraçar o moreno. O segurei em meus braços com toda a minha força, entendendo o medo de morrer por algo, sendo que você não fez nada de errado. Meu abraço foi retribuído e senti que ele chorava, seus ombros começaram a tremer. De repente, senti outros braços em volta de mim e percebi os garotos o envolvendo em um abraço

-Hya? – ouvi a voz de Louis depois de um tempo, já havíamos separado o abraço, mas estávamos perto uns dos outros e em silencio. Olhei para o mais velho enquanto me levantava – o que pode acontecer com a gente? – sua voz tremeu

-E-eu não sei – gaguejei sem querer – mas eu vou resolver isso – informei e voltei a sentar no meu lugar. Liguei meu iPad e coloquei no bloco de notas, escrevendo em poucas palavras os problemas que deveriam ser resolvidos – alguém tem alguma ideia de como resolver isso?

-Por que você está perguntando para a gente? – Zayn perguntou, ainda encolhido em sua cadeira

-Porque vocês são os afetados, vocês também têm voz – eu respondi sua pergunta, cruzando uma perna sobre a outra por debaixo da mesa. O moreno olhou para os garotos, surpreso

-Acho que só melhoraria se a gente mudasse de gravadora – fiz um sinal para ele ficar em silencio. A sala de reunião possuía microfones para caso aconteça algo ali dentro e fiz um sinal para que falássemos sobre isso depois

-Isso é ridículo, não podemos fazer isso – tentei manter um tom de voz firme, fingindo brigar com o garoto – quer saber? Vamos falar sobre isso depois, vocês têm mais o que fazer – me levantei e calcei meus sapatos, saindo da sala em seguida – precisamos encaixar o Zayn nas músicas e precisamos marcar alguma coisa para avisar a volta

-Calma aí – ouvi a voz do moreno e parei repentinamente no meio do corredor, dando um giro para olha-lo – vocês me aceitam na banda? – eu assenti e meu olhar foi direto para Louis

-Não é para mim que você tem que olhar dessa vez – ele falou ao me ver o olhando e seu olhar foi para algum lugar atrás de mim e me virei o olhando


Notas Finais


espero que estejam gostando, até o proximo domingo


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