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História Bad Behavior - Capítulo 60


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos favoritos e a todos que comentam!!! :D

Aviso de gatilho: Homofobia

Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
nos sigam no Twitter: @giseledute | @isidoroka ;)

Capítulo 60 - Capítulo 60


 

Youngjae terminava de se arrumar no camarim, sentindo o pincel batendo de leve na sua derme e pensando em como queria chegar logo em casa para beijar Jaebeom. Definitivamente, estava viciado nos beijos do namorado.

A maquiagem não demorou pra ficar pronta e quando a maquiadora saiu do camarim, o cantor se sentiu menos ansioso. E, nesse momento, ele viu Mark entrando no local.

— Ei, Mark… Quantos minutos eu tenho?

— Dez. — O ruivo olhava para o tablet, mas logo levantou o olhar. — Se quiser ir ao banheiro, vá logo agora.

 — Nah, já fui — afirmou o loiro. — Mas me diz, encontraram aquela moça, Mark? A Chungha?

O ruivo suspirou pesado, sacudindo a cabeça negativamente.

— Hoje faz três dias que ela está desaparecida — explicou o ruivo. — Yug está arrasado.

— O que será que aconteceu com ela? A polícia tem pistas?

— Nenhuma.

Aquilo era preocupante e Youngjae não sabia nem o que pensar, ele tinha falado com Bambam e tinha uma noção de como Yugyeom estava, mas era algo tão complicado, o cantor nem sabia ao certo como ajudar ou se era somente para deixar nas mãos da polícia; era complicado demais.

— Eu espero que a achem logo — disse o cantor. — E que Chungha esteja bem. Ela é uma boa moça.

— Eu sei… — Mark suspirou pesado, apertando de leve o ombro do amigo. — Vai ficar tudo bem, Jae.

— É o que eu espero.

 

 

Youngjae percebeu que não gostava mais de ir a programas desde que saíra do armário. A empresa parecia ter ignorado o que tinha falado e aos poucos as outras pessoas também, mas estavam comentando como ele estava quieto nos últimos meses, sem nenhum escândalo ou saída chocante com alguma linda modelo ou idol. Choi percebeu que por mais que gostasse dessas coisas e de se divertir dessa maneira, aquilo tudo não servia mais para a sua personalidade; estava cansado de se esconder atrás de bebidas ou sorrisos falsos e por isso estar ali, naquele dia, parecia demais, contudo era parte do trabalho e mesmo não se sentindo muito bem, iria respirar fundo e entrar naquele local de cabeça erguida.

— Há muito tempo não vou a um programa.

O loiro olhou para o lado e sorriu, concordando com a cabeça para a fala de Jinyoung.

— Geralmente, a gente faz sexo e depois nos pagam.

Park revirou os olhos e quando percebeu que ninguém olhava, estapeou de leve o braço de Youngjae, que riu muito satisfeito com a piada.

O programa fazia parte da divulgação do comeback que eles fariam. Geralmente, esse tipo de coisa acontecia depois do álbum lançado, mas com toda a situação no Japão, a empresa resolveu atrasar o lançamento as músicas e do MV, contudo manteve fansings e entrevistas para as datas já marcadas e para depois, marcaram mais coisas para os dois fazerem; seria pesado e estavam se preparando para o futuro não muito distante.

— Mas sério… Você vai se sair bem — Youngjae falou, para acalmar o outro um pouco. — Você agora é o preferidinho da Coreia.

— Não exagera.

— Não estou — garantiu o loiro, dando um tapinha no joelho do outro. — E eu fico feliz por isso… Você merece, Jin.

Jinyoung ainda não sabia lidar com aquilo. Primeiro, que sua fama realmente tinha aumentado depois de tudo o que sofrera, o que era definitivamente estranho. Mas o que ainda o deixava sem palavras era o fato de que Youngjae agora era o seu amigo. O mundo era definitivamente estranho.

— Não é para você ser legal assim comigo, eu vou chorar — brincou o moreno.

— Bobinho… — O loiro riu, dando outra tapa no joelho no do outro. — Ei, eu vejo que ainda está com o nosso anel de noivado.

— E você também — Jinyoung comentou, apontando para a mão do outro. — Vão começar rumores, Jae.

— Eu estou esperando por eles. Vamos dar as mãos na entrevista?

Uh, ousado — comentou Jinyoung, piscando um dos olhos. — Gostei.

Youngjae riu.

— Nossos namorados vão nos matar.

— No fundo, eles gostam. Nós LGBTs adoramos um drama.

O dois riram um pouco mais juntos e logo alguém do programa veio o levar até o palco. Jinyoung brincava, mas estava realmente nervoso, então ao sentir a mão de Youngjae na sua, quando ninguém ainda via, fez com que ele realmente se acalmasse. Ele realmente não sabia como aquela amizade tinha se fortalecido, mas esperava que continuassem daquela maneira.

O início do programa foi comum, o apresentador brincando com a plateia e vários gritos e risadas. Mas tudo aquilo deixou Park ainda mais apreensivo, porque era ao vivo. E se errasse algo? E se cantasse mal? Por que não podia ser o bom e velho programa gravado? Que inferno!

— Você está me passando seu nervosismo, Jin.

— O-oh… desculpa.

— Para! Vai dar tudo certo. Você só precisa ficar lá, ser bonito e simpático, ou seja, agir naturalmente.

— Você acha que consigo?

—  Jin, você nasceu para isso.

Park respirou fundo.

— Sua sorte é que estamos comprometidos, pois você está merecendo um beijo.

— Nossa, que gay — disparou Youngjae.

Os dois riram juntos e o moreno começou a perceber que poderia fazer aquilo. Já fizera antes então não era o final do mundo. E, diferente das outras vezes, ele teria um amigo do seu lado, então, era uma boa coisa. Pelo menos ele esperava que assim fosse.

 

 

A primeira parte do programa foi normal. Por mais que Jinyoung estivesse apreensivo, as perguntas consistiram em como seria o álbum, o que tinham preparado juntos, e, claro, perguntaram sobre o período que o cantor passou no hospital e como tinham sido as coisas. Park sentiu vontade de chorar em se lembrar como ficara com medo, mas Youngjae buscou sua mão, o que fez com que a plateia soltasse um “Awn” e ele risse, conseguindo engolir o choro.

— No próximo bloco, teremos outro convidado especial — o apresentador avisou. — Não percam, depois do intervalo, o cantor internacionalmente conhecido: Jay Park. Até daqui a pouco.

Youngjae, quando viu as câmeras serem desligadas, olhou para Jinyoung e sorriu, acalmando outra vez o amigo. O loiro não sabia explicar, mas se sentia bem ao lado de Park, fazendo-o pensar em como não tinham se tornado amigos antes.

— Ei, ele é homofóbico.

Os dois olharam assustados para o apresentador, que segurava o microfone para sua voz não sair por ali.

— Quê? — Youngjae perguntou, confuso.

— Jay Park. Ele é homofóbico — explicou o homem. — Só… hm… tomem cuidado? É… Desculpa.

O homem logo se virou em direção à mulher, que estava ali para acertar sua maquiagem. Mas, os amigos se olhavam, apreensivos. Eles não queriam confusão, mas ao mesmo tempo, não sabiam se ficariam calados se caso escutassem alguma coisa.

Os dois suspiraram pesado. Aquela seria uma longa noite.

 

 

O intervalo voltou mais rápido do que os cantores desejavam, mas eles não demonstraram aquilo, pois tinham sorrisos nos rostos e pareciam estar tendo o melhor dia de suas vidas.

O apresentador introduziu o novo convidado e logo mais gritos e aplausos da plateia foram ouvidos quando um homem moreno, com chamativas tatuagens e uma beleza ainda mais chamativa adentrou o palco como se o comandasse. Ninguém podia negar que Jay Park sabia chegar nos locais.

Youngjae conseguia perceber o nervosismo de Jinyoung e ele quis segurar na mão do outro mais uma vez, mas acabou não fazendo para não chamar atenção e não deixar o moreno ainda mais ansioso; o loiro sabia dos antidepressivos e de como Park acabava descontando na alimentação caso tivesse uma crise ansiosa e céus, era a última coisa que Choi queria.

— Vamos, vamos… Escolha um lugar e se sente! Temos muito para conversar! — O apresentador mantinha o título por um motivo, pelo menos era isso o que Jinyoung pensava enquanto o via distribuindo sorrisos e piadas.

— Ah, um lugar? — Jay perguntou, rindo em seguida. — Tenho que escolher um bom lugar, mas longe de Youngjae-ah… Vai que ele quer me pegar, hn?

A plateia riu e o apresentador deu um sorriso sem graça, mas olhando em seguida para Youngjae, que obviamente não gostou do comentário, muito menos Jinyoung; ambos não esconderam em sua expressão o descontentamento.

A entrevista continuou e de algum jeito ou outro Jay Park parecia estar com a missão de fazer comentários sobre a sexualidade de Youngjae de modo falsamente cômico, pois era apenas um preconceito disfarçado de piada.

Youngjae respirava fundo e contava várias vezes para tentar se acalmar e não responder, pois tinha que pensar na sua carreira, em Mark e em Jaebeom — o que ele amava e não o homem que estava ali fazendo-o odiar aquele nome —, que eram seus managers e, se ele perdesse tudo, perderiam o emprego; e até em Jinyoung, que estava tão ansioso ao seu lado que Cho quis poder abraçá-lo.

— Mas você parece muito preocupado com o que Jae pensa. 

A voz falsamente divertida de Jinyoung retirou o loiro de seus pensamentos e o fez encarar o amigo confuso e um pouco assustado. A tensão era palpável no silêncio que se seguiu.

— O que disse?

— Eu disse que você parece estar muito preocupado com o que Jae pensa. Se ele o acha atraente, se ele gostaria de sentar perto de você… — Jinyoung continuou, uma risada sarcástica cortando sua frase. — Se você não ficasse afirmando e reafirmando desnecessariamente sua masculinidade o tempo todo e eu não soubesse que Jae tem muito bom gosto, ficaria um pouco preocupado com o tanto de vezes que você toca no nome dele durante esse programa.

Youngjae não esperava por aquilo, pois ele estivera todos aqueles minutos se segurando para nada falar, para proteger todo mundo que amava e agora Jinyoung estava falando daquela maneira, em um programa ao vivo… Céus, estava sem reação.

— Uau, você parece muito ofendido. — O outro Park riu, mas o ar agora estava tenso e nem a plateia se manifestava. — Também senta em um…

— Chega! — Youngjae gritou, ficando de pé e indo para frente do outro convidado. — Você não vai falar com ele dessa maneira, seu babaca homofóbico!

— Jae… — Jinyoung proferiu, segurando a mão do loiro. — Não precisa se exaltar com esse daí porque é exatamente o que ele quer. Jay Park está aqui apenas para causar uma briga e ganhar fama às suas custas através de uma rixazinha babaca que irá ganhar várias hashtags nas redes sociais. Ele não consegue fama sozinho e está apenas tentando usar a sua.

O moreno ainda sorria inocente, principalmente ao ver o olhar furioso o outro Park em sua direção. Ele não estava nada satisfeito com as palavras rudes do outro para com seu amigo e não pode se controlar no ímpeto de defendê-lo e não estava nem um pouco arrependido.

— Eu sou famoso, não preciso de nada disso!

— Quem é famoso não precisa falar que é famoso. — Jinyoung sorriu mais abertamente. — Você não vê Jae falando que é famoso por aí, hn?

— Você não pode falar assim comigo!

— E por acaso você tem o direito de vir aqui e falar quem deve amar quem? Sua cabeça está presa no passado, cara. Abra os olhos, o mundo não é preto e branco como você quer enxergar.

— Olha aqui!

Youngjae ficou de pé outra vez, fitando Jay, que parecia querer chegar perto de Jinyoung, mas o loiro não deixaria isso acontecer.

— Olha aqui você. Chega disso! Você não gosta de mim e acha que está me humilhando ou ofendendo fazendo piadinha, sendo que qualquer lixo que saia da sua boca não chega nem perto do meu ouvido, então pode parando de babaquice.

— Okay! — O apresentador interviu, forçando uma risada. — Parece que os ânimos esquentaram, não é? Vamos chamar o comercial e beber uma água, voltamos no próximo bloco!

Assim que eles foram avisados que já estavam no comercial, Jay Park se levantou enfurecido partindo para cima de Youngjae que não se fez de rogado ao notar as intenções do outro e ameaçou entrar na briga, mas foi impedido pelos braços de Jinyoung.

— Chega disso! — o apresentador falou. — Se não, os seguranças te tirarão daqui senhor Park.

 Jay olhou irritado em volta e percebeu os homens fortes de terno e ficou vermelho de raiva, mas se afastou de Youngjae e Jinyoung. Ele se virou, pronto para sair do lugar, mas deu de cara com um homem ruivo, que não conhecia.

— Olá querido. Meu nome é Mark Tuan e se você encostar um dedo neles ou falar qualquer ofensa, seja onde for, a BoA vai te meter um processo tão grande e com todas as palavras mais difíceis do mundo escritas nele que nem se você implorar de joelhos terá como arcar ou salvar essa carreira de merda. — O ruivo sorriu. — E eu também farei da minha missão de vida te destruir, então… seja inteligente, ‘tá? Pelo menos uma vez na vida.

O homem não respondeu, apenas não parou para Mark, fazendo questão de esbarrar com força contra o ombro do ruivo no processo. Tuan sorriu de lado, sabendo que tinha deixado o homem irritado, mas igualmente com medo.

— Ei, vocês estão bem? — Mark tinha que ser profissional, por mais que quisesse beijar o namorado e abraçar o melhor amigo.

— É… — Youngjae tentou sorrir. — Qualquer coisa, Jin me defende.

Era uma tentativa de brincadeira e o ruivo sorriu, mas sabia que o loiro estava magoado, céus, ele mesmo estava se sentindo mal com tudo aquilo. Ele então fitou o namorado, mas Jinyoung parecia mais forte e sorriu fracamente, mas era um gesto verdadeiro, o que deixou Tuan tranquilo.

— Um minuto para voltarem…

Alguém avisou e eles retornaram à realidade rapidamente. Mark concordou com a cabeça e saiu do local, mas não deixando de pensar em como estava irritado e pronto para acabar com a carreira de Park Jaebeom.

— Obrigado — murmurou Youngjae, em tom baixo para o moreno. — Muito obrigado.

— Fiz por nós — afirmou o moreno. — As palavras dele também me machucavam.

Choi concordou com a cabeça e buscou a mão de Jinyoung, entrelaçando os dedos sem se importar com o que iriam pensar. Tinha ali um grande amigo, um que nunca pensou que poderia se tornar algo para ele, então estava feliz, por mais que aquele homem tivesse um pouco da alegria daquele dia.

— Somos fofos — brincou Park. — Teríamos lindos filhinhos.

— Ou… nossos filhos, quando namorarem e casarem, poderão nos dar lindos netinhos.

— Consigo imaginar isso — comentou o mais velho. — Parece um bom plano.

O loiro sorriu outra vez, deitando a cabeça no ombro do amigo. E, foi assim que o programa voltou do intervalo, com Youngjae e Jinyoung de mãos dadas e mais amigos do que nunca.

Haveria repercussão? Claro que sim. Levariam bronca? Provavelmente, era uma opção. Entretanto os dois não se importavam, pois tinham colocado um homofóbico em seu lugar mostrando ao mundo que as coisas deveriam mudar, pois o mundo não tinha parado em um século onde amar a qualquer um, não importasse quem, era errado. Afinal, todas as formas de amor seriam sempre válidas.

 

***

 

Yugyeom não aguentava mais. Tinham se passado cinco dias e Chungha ainda estava desaparecida.

Sua mente não deixava de pensar em todas as coisas ruins que poderiam ter acontecido com ela ou pior, ainda estarem acontecendo e seu coração se apertava no peito com tal possibilidade. Chanmi era forte e uma mulher maravilhosa, todavia o rapaz simplesmente não conseguia continuar sua vida sabendo que a outra Kim precisava de sua ajuda.

Ele então focou em insistir com a polícia, fazer posts na Internet, ajudar a Bambam a fazer um vídeo que pudesse explicar toda a situação e, céus, rezar. O moreno rezou para que a divindade pudesse lhe mostrar o caminho até a sua amiga e que ela estivesse bem e com o bonito sorriso que sempre tinha no rosto.

Kim não suportaria se algum mal tivesse acontecido a ela.

 

 

Ir treinar naqueles dias estava sendo um inferno para o moreno e a única boa notícia era que as pessoas precisam minimamente compassivas, então tinham parado com a implicância, o que ajudava um pouco, contudo preferia ter todo o bullying do mundo se significava que Chanmi estaria ali com ele.

O pensamento fez o moreno sentir o ar pesar em seus pulmões e ele saiu da sala sem falar nada com ninguém, indo direto para o banheiro onde respirou fundo algumas vezes, tentando se acalmar enquanto fitava o espelho. O rapaz tentou lembrar do exercício de respiração que Bambam o tinha ensinado para quando tivesse aqueles ataques de ansiedade. Talvez devesse ir a um médico, como o namorado queria, porém não podia, não enquanto Chungha precisava dele. Não conseguia tirar da cabeça que tudo aquilo era culpa dele de alguma maneira, por mais que esse pensamento fosse sem sentido.

O moreno respirou fundo mais uma vez, sabendo que aquilo era a sua mente tentando o enganar e deixá-lo ansioso outra vez.

Chungha está bem… Ela está bem… Ela está bem…

Ele esperava que suas palavras trouxessem aquela realidade para o mundo.

 

 

Ao voltar para a sala, ele continuou a aula que fazia de dança, fingindo não ver o olhar do instrutor na sua direção, claramente carregado de pena. Yugyeom quis que Bambam estivesse ali para abraçá-lo.

A aula não demorou mais e, quando foram dispensados, Yugyeom se jogou no canto da sala, respirando com dificuldade e se sentindo péssimo por ser culpar por algo que estava fora do seu alcance. Kim somente queria ter certeza que sua amiga estava bem.

— Ei… o professor pediu para te entregar isso.

Yugyeom se assustou, mas acabou pegando o papel dobrado estendido na sua direção. Ele desdobrou a folha e quando seus olhos focaram na grafia das letras, seu coração disparou no mesmo instante.

Hm... ele disse que é o telefone dele, caso precise de ajuda nas coreografias — explicou o rapaz.

— Entendi… Ele que escreveu nesse papel?

— Oh, não… Ele ditou e eu escrevi — explicou o rapaz. — Por quê?

— Bonita… letra.

— Ah, muito obrigado.

Yugyeom então olhou o outro que era vários centímetros mais baixo que ele, com o cabelo tingido de loiro e um sorriso fácil. O rosto pequeno e os olhos bem rasgados o deixavam ainda mais bonitos na opinião de Kim. E nada disso seria um problema, se a grafia do texto que tinha acabado de ler não fosse igual à dos dois bilhetes que recebera; o autor sempre mudava a forma de escrever, contudo o rapaz não conseguia esquecer, não depois de ler e reler aqueles recados centenas de vezes.

Agora, a mente de Yugyeom não deixava de fazer uma certa pergunta: quem exatamente é Lee Jihoon?

— Sabe, você também pode contar com a minha ajuda para qualquer coisa. — Jihoon sorriu. — Nós trainees temos que nos manter unidos.

Hm… verdade — disse o moreno. — Sabe, esse seu convite se estende a me ajudar na dança? Sei que o professor ofereceu, mas é um pouco estranho… e você é tão bom nisso, acho que preciso de uma ajudinha com alguns passos.

Lee piscou duas vezes — Yugyeom contou na sua mente —, e sorriu em seguida, mas para o mais novo o gesto não parecia chegar exatamente aos olhos.

— Claro! — disse o mais velho. — Podemos treinar aqui mesmo…

— Ah… Eu estou com fome… Pensei que poderíamos fazer isso na sua casa — explicou Yugyeom. — É aqui por perto, né? Eu lembro de alguém comentando isso…

Outra vez, o loiro sorriu falsamente.

Hm… parece uma boa ideia — afirmou o trainee mais velho. — Podemos fortalecer o nosso laço, né?

— Isso, nos tornarmos verdadeiros amigos.

Os dois sorriram um para o outro, mas não havia nenhuma simpatia no momento, ambos desconfiados das intenções alheias.

— Então, vamos? — Lee perguntou. — Quanto mais cedo chegarmos, o mais cedo terminamos.

— É, você tem razão.

Yugyeom arrumou suas coisas apressadamente, pensando em como aquelas era uma péssima ideia, contudo tinha uma pista, a primeira de muito tempo e céus, ele precisava encontrar Chungha, a amiga merecia aquele esforço dele, após tudo o que tinha feito.

Kim então seguiu Lee Jihoon para fora da empresa, pedindo a divindade de que aquilo fosse o fim de todo aquele pesadelo.

 

 

 


Notas Finais


Jay Park:
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Lee Jihoon:
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E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Até amanhã ;*


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