Youngjae estava de olhos fechados, mas há vários minutos já estava acordado. Ele tinha tanto para fazer naquele dia; tinha que treinar a voz para o show que se aproximava, tinha que resolver burocracia a respeito da futura empresa que iria abrir e tinha que atualizar seus fãs. Era muito, já estava cansado antes de se levantar.
— Hm… vou aproveitar que meu namoradinho está dormindo e me exercitar — Jaebeom proferiu, espreguiçando-se na cama. — Ai, meu JaeJae dorme tanto…
O loiro nada falou e continuou parado na mesmo na posição.
— Ai, adoro exercitar a boca…
O moreno então levantou o lençol e sem demora levou a mão ao pijama do cantor, abaixando a calça e a cueca de uma vez, sem nenhum cuidado. Ele sabia que o namorado estava acordado e se Youngjae não respondia e porque também queria entrar no jogo.
— Adoro brincar com picolé… — comentou o manager.
Jaebeom por vezes fingia não perceber a tensão do namorado, mas ele sempre via, então queria dar algo para poder acalmá-lo ou pelo menos trazer um pouco de prazer naqueles minutos antes de realmente terem que se levantar e encarar o dia.
O moreno então levou a boca até a coxa do namorado, deixando alguns beijos molhados pela derme do cantor, que permaneceu parado, como se nada sentisse. Jaebeom sorriu de lado e utilizou aquilo como um incentivo para continuar o que fazia, movendo seus lábios por toda a região e se segurando para não deixar marcas por onde passava.
O loiro queria se mexer, mas não o fez, somente concentrando na boca do namorado e como em pouco tempo o moreno já o conhecia e sabia exatamente onde tocá-lo para fazer seu corpo reagir da maneira que queria. Às vezes, Youngjae odiava o quanto amava Jaebeom.
O moreno levou a boca mais para cima, encontrando o pênis do loiro, que já estava com uma semi-ereção naquele instante. Lim sorriu contido antes de começar a masturbar o namorado. Para a sua surpresa, o loiro ficou estático durante todo o processo.
— Ai, ai… Meu JaeJae dorme tanto… — repetiu. — Tenho que mudar isso.
Youngjae pensou em se concentrar para outra vez ficar parado, contudo Jaebeom foi mais rápido e de uma vez engoliu o membro do loiro, que mordeu o lábio inferior, tentando se manter da mesma maneira, mas Lim o conhecia bem demais para permitir tal coisa. Assim, quando o mais velho levantou a cabeça e levou a língua diretamente à pequena fenda na glande do cantor, Choi gemeu.
— Oh, ele está acordado.
— E você não sabe o quanto.
Choi revirou os olhos, pensando em como iria acabar com aquela linda boca do namorado.
—
Quando Youngjae levantou da cama, sentia-se bastante relaxado e pronto para o dia que teria. Eram muitas coisas para fazer, mas sabia que conseguiria.
Assim, a manhã passou rápido. Ele conseguiu atualizar os fãs fazendo uma transmissão ao vivo, conseguiu treinar sua voz — por mais que soubesse que iria fazer mais à noite —, e agora estava sentado em seu escritório, revisando vários documentos sobre a empresa que iria abrir; ainda não tinha nome e nem sabia ao certo como tudo funcionaria, mas estava animado.
— Amor?
Ele levantou o olhar e viu o namorado na porta do escritório, com um fraco sorriso no rosto. Youngjae conhecia aquela expressão; algo tinha ocorrido.
— O que foi? — perguntou o loiro, preocupado. — O que aconteceu?
— Hm… Jimin está na portaria e quer te ver.
— É muita cara de pau… — Youngjae suspirou pesado, deixando os papeis que estavam na mão caírem na mesa de qualquer maneira. — Eu preciso recebê-la?
— Hm… não. Mas… sei lá… — Jaebeom balançou os ombros. — Talvez ela esteja arrependida? Ela soou apreendida no interfone.
O cantor não queria ver a mulher, contudo parte dele sentia que devia algo a ela, mesmo tendo total certeza que aquela criança não era dele.
— Ah, tudo bem. Fala que ela pode subir.
O loiro esfregou o rosto uma última vez e saiu do escritório. Iria receber Jimin na sala de estar.
Quando seus olhos caíram sob Jimin ele praticamente não a reconheceu. Ali, diante e seus olhos não parecia ser a mulher forte e sexy que ele conhecera antes.
Park estava apática, obviamente ele ainda saia de casa arrumada com belas roupas, porém sua maquiagem era leve e não escondiam por completo a face triste e os fios estavam presos em uma trança. Youngjae não se lembrava de antes tê-la visto com o cabelo amarrados.
— Sente-se. — O loiro indicou ao vê-la parada tão sem jeito.
— Obrigada… — Ela sorriu fracamente, sentando na ponta mais distante do sofá e fitando os sapatos em seguida. — Achei… que você não iria me receber.
— Você fez por merecer.
— Eu sei…
O loiro olhou em volta, não sabendo exatamente o que falar e como seu salvador, Jaebeom entrou no cômodo, com uma bandeja na mão; havia café e alguns biscoitos, que o moreno deixou na mesinha de centro.
— Vou ficar lá no quarto, okay?
— Não, você pode ficar.
Para a surpresa dos dois, Jimin falou e assim que percebeu a atenção nela, desviou o olhar, sem graça.
— Acho que como manager, você tem que ouvir isso, né?
— Ele é meu namorado — Youngjae proferiu sério. — Eu quero que você fique, por favor?
O moreno apenas abanou a cabeça e logo também se sentou, mesmo sentindo que aquela conversar não era dele.
— O que a traz aqui, Jimin?
A morena olhou de um para outro e depois para as mãos que apertava fortemente por cima do colo.
— E-eu queria p-pedir desculpas… Desculpas pelo o que eu fiz… — Jimin respirou fundo, não conseguindo olhar os outros dois. — Por t-tudo… por… ter vindo aqui e… Me desculpa, Jae. E-eu… fui nojenta e… horrível.
Jimin sentiu as primeiras lágrimas rolando dos seus olhos, mas não queria pena, então de qualquer jeito esfregou a derme, tentando fazer parar a vontade de chorar de alguma maneira.
Youngjae não esperava por aquilo, na verdade, ele pensou que escutaria mais acusações e ameaças, mas a moça realmente parecia arrependida. Para confiar, o loiro fitou o namorado que também tinha uma expressão triste no rosto.
— Jimin…
— V-você n-não p-precisa me d-desculpar, e-eu… — Ela riu sem humor, esfregando outra vez o rosto para evitar as lágrimas de rolarem, mas sem sucesso. — E-eu só peço que… v-você não m-me processe, p-por favor. E-eu não tenho mais dinheiro algum.
— Como assim? — o loiro questionou, confuso. Até onde ele sabia a morena tinha uma boa conta bancária.
— Eu… não tenho dinheiro algum — explicou a mulher, sem conseguir fitar o outro. — Tentei aquele debut americano, mas surpresa, eles são xenofóbicos. Depois tentei as coisas por aqui e… é tudo muito caro. Meu dinheiro acabou.
O cantor fitou o namorado e logo voltou a moça.
— Okay… — Youngjae não sabia ao certo o que dizer. — Acho… que se você desmentir que o bebê é meu, está tudo bem.
— Eu não vou precisar desmentir… N-não existe nenhum bebê, minha barriga nunca vai crescer e essa história irá morrer… N-não me faça ir a público, J-Jae… E-eles nunca vão me deixar em paz! É diferente porque eu sou mulher, você sabe! Por favor…
Definitivamente, não sabia o que falar ou o que fazer. Não existia bebê? Mas ele jurava ter visto barriga antes. Ou estava louco? Tão nervoso que inventara uma visão de barriga? Sem entender, Youngjae fitou o namorado e Jaebeom parecia tão chocado quanto ele naquele instante.
— Hum… me desculpe interromper, mas eu vi uma barriguinha… Naquele dia... — comentou Jaebeom. Ele lembrava de ter dito que a mulher estava com a barriga chapada, contudo depois pesquisando, encontrara fotos da mulher de antes e realmente tinha uma leve protuberância quando estivera na cama com Youngjae. Então, agora estava curioso e precisava tirar aquela história a limpo. — Ou… não era um bebê?
— Você está me chamando de gorda?
O moreno sentiu as bochechas ficando quentes e olhou para o namorado e depois para a mulher, não sabendo o que falar para não soar indelicado.
Jimin deu um sorriso e fungou rapidamente.
— O resto do dinheiro… foi nisso. — Park balançou os ombros. — É bem caro quando é ilegal.
— Você fez uma cirurgia ilegal?! Jimin você podia ter morrido!
— Foi um ginecologista famoso, uma amiga que indicou… Foi tudo direito, mas como eu disse, caro. — Ela suspirou fundo. — Mas… isso não importa mais. Me desculpe por tudo o que eu te fiz.
— Era… meu?
— Quem dera! — Jimin riu sem humor. — Você não me trataria igual lixo… Hm… Eu só… Eu realmente queria pedir desculpas. Mas, acho que eu deva ir agora.
— Jimin… C-como você está se virando? Ouvi dizer que a BoA não vai aceitar o seu contrato.
— Ah, sim… Ele deu um jeito disso acontecer quando eu disse que não levaria a gravidez adiante. Mas não se preocupe, Youngjae. Eu não vim aqui tentar te comover a me ajudar. Eu vou dar o meu jeito, okay? — Jimin suspirou pesado. — Eu sei que o que tivemos não foi bem um relacionamento, mas… foram bons momentos. Estou feliz por ter te conhecido.
Youngjae não sabia o que dizer, pois se sentia culpado de alguma maneira. Eles tiveram algo, por vários e vários meses, mas depois ele conheceu Jaebeom e as coisas não foram mais as mesmas; talvez em outra realidade, a moça não tivesse tão abatida e sem dinheiro. Talvez no fundo fosse culpa dele.
— Não faz essa cara, Youngjae. Você não é culpado por nada. Se alguém tem culpa, sou eu. Foi a minha ganância e soberba que nos colocou nesse lugar — Jimin proferiu sorrindo, mas as lágrimas já brilhavam em seus olhos. — Você tinha a fama, a pose de mau, mas sempre foi um doce e fácil de enganar, Jae. E eu sinto muito por ter te causado tantos problemas. Mas eu fico feliz que agora você tenha alguém que realmente gosta de você.
O loiro sorriu fracamente, sentindo a mão de Jaebeom na sua, o que o fez olhar bastante apaixonado para o namorado.
— Oh, mas você está mesmo muito apaixonado — comentou a morena. — Eu quase estraguei tudo naquele dia… Eu sou muito vadia… — A morena comentou rindo de si mesma, mas não era uma boa risada. Era estranha e forçada, triste de fato.
— Minnie…
— Desculpa, é melhor eu ir.
A moça se levantou de uma vez e Youngjae acabou fazendo o mesmo, sem saber qual seria o próximo movimento. Jaebeom também acabou ficando de pé e Coco, que estava quieta, fez o mesmo. Seria uma cena engraçada, se Jimin não parecesse que iria começar a chorar outra vez.
— Trabalha para mim — disparou Choi.
— Eu não sei faxinar casa, Youngjae! — A mulher brincou outra vez. Ela escondia suas dores através de piada.
— Larga de ser besta, Minnie. Hm… E-eu vou abrir minha empresa em breve. V-você poderia trabalhar para mim
— Não se quero voltar a cantar Jae… Não profissionalmente pelo menos.
— Bem… Você pode ajudar nas letras, sempre foi talentosa me ajudando.
A moça remexeu na alça da bolsa, fitando Jaebeom por um momento antes de voltar ao loiro.
— Você realmente me contrataria? Depois de tudo o que eu fiz?
— Por que não?
— Por que eu praticamente te manipulei, fingi estar grávida de um filho seu e quase arruinei seu relacionamento e sua carreira? E-eu sou uma péssima pessoa, Jae. Você não tem qualquer obrigação comigo.
— Nós podemos mudar. Eu mudei, acho que você merece uma chance.
Jaebeom sorriu, não conseguindo evitar de beijar a bochecha do namorado. Estava tão orgulhoso dele naquele momento, por mais que uma partezinha bem pequena estivesse com um pouco de ciúmes, contudo sabia que dividiam algo forte e bonito, então ele confiaria no cantor, como sempre confiava.
— Eu nem sei o que dizer. — Ela suspirou pesado, remexendo outra vez na alça da bolsa. — Eu gostaria sim… Preciso muito desse emprego.
— Ótimo! — Youngjae pareceu animado. — Seu telefone continua o mesmo? Depois que eu sair da empresa, o que vai acontecer daqui três dias, você será contratada — afirmou o loiro. — Amor, você pode resolver isso para mim?
— Claro, baby.
— Ele é o faz-tudo agora — esclareceu o cantor.
— Sexy — Jimin disse, piscando um dos olhos.
Os dois riram juntos e Jaebeom levantou as sobrancelhas, contudo nada falando e somente pegando a sua agenda para anotar o nome da moça e outras informações necessárias.
O moreno não demorou a tudo anotar e agora não deixando de reparar o sorriso verdadeiro de Jimin. Park era muito bonita, era óbvio que antes Youngjae sentia atração por ela.
— Você quer ficar para almoçar? Podemos colocar a conversa em dia?
— Acho… que está tudo bem — respondeu Jimin.
Jaebeom normalmente preparava algo somente para os dois, pois por algum motivo, Youngjae amava seu macarrão, mas com a moça, eles resolveram pedir comida em um restaurante próximo, que tinha o frango favorito do loiro.
Enquanto esperavam, eles tomaram café e comeram os biscoitinhos.
Agora, com as coisas resolvidas, a moça parecia mais como Youngjae se lembrava dela, com sorrisos e olhares penetrantes. Contudo, era estranho perceber como não sentia mais o que tinha por ela anteriormente, não com o seu coração completamente entregue a Jaebeom.
— Onde você arranjou esse partidão, Jae?
O loiro piscou e sorriu um pouco envergonhado. Jaebeom tinha ido ao banheiro por um momento.
— Ele apareceu… tipo, puf!
— Ai, não quer dividir as técnicas com as amigas… Entendo. Maldade demais.
— Não! Sério! — Youngjae riu. — Eu bati no carro dele quando estava bêbado!
— O quê?!
— Sim, foi naquele dia que eu saí do armário na TV…
— Ah sim, eu vi… — comentou a moça. — Eu sempre soube, por sinal.
— Nós fizemos um threesome com um homem e eu o fodi. Você achou que aquilo era o que?
— Fogo no rabo.
Youngjae levantou o dedo do meio para a mulher, que riu, remexendo na trança por um momento. O loiro ainda percebia alguns momentos de tristeza na moça e por isso contorcia os lábios, sem saber exatamente o que falar.
— Mas então… Como assim você bateu no carro dele?
— Todo mundo brigou comigo naquela noite e bem, eu mereci… Enfim, eu enganei o motorista da BoA, peguei o carro e saí…
— Gente… O que você tinha bebido?
— Ah, só algumas cervejas, mas eu estava puto e não tinha comido nada.
Ela sacudiu a cabeça negativamente.
— Que perigo, Jae!
— É, eu sei. — Youngjae suspirou pesado. — Aí, eu meti o carro na traseira dele. Mas nem prestei muita atenção, só estava puto e ele também ficou puto. Depois, chego no outro dia e quem é o meu novo manager?
— Cara, isso é coisa de destino. Não acredito que vocês foram de haters to lovers. Isso é tão fanfic!
Youngjae riu e concordou com a cabeça; realmente tinha vezes que nem ele acreditava que tinha alguém como Jaebeom ao seu lado.
— Mas demorou… Não foi fácil, hein? Eu ainda lembro do nosso primeiro beijo tão claramente…
— Eca, tão apaixonado — reclamou a moça. — Mas o importante: ele tem irmãos?!
— Não… Filho único.
— Poxa… Primos?!
— A mãe dele também é filha única.
— Mas que merda! Não é para mim mesmo — reclamou Jimin, suspirando pesado. — Terei que partir para o seu outro manager, o que me odeia.
— Gay e namorando.
— Seu amiguinho do Youtube?
— Você está realmente perguntando se Bam é hétero? Você não tem olhos?
Jimin suspirou pesado.
— É, o jeito é virar lésbica.
— Verdade, ninguém suporta homem.
Os dois riram juntos e Jimin não podia acreditar que Youngjae era doce àquele ponto. Ela sabia que era amoroso e talvez se ela tivesse insistido, tivesse tido o coração dele, contudo estava contente por não ter feito isso, afinal Choi parecia tão apaixonado com Jaebeom que parecia que ao interferir naquilo, estaria mexendo diretamente com algo que o universo preparou exatamente para o cantor. E ele merecia, Park nem discutiria tal coisa.
Quando o almoço chegou, os três comeram na sala de jantar e de início foi um pouco estranho para Jaebeom como a mulher já conhecia o apartamento, contudo ele nada comentou. Não estava com ciúmes, somente um pouco incomodado; queria beijar o namorado e ter um final de tarde preguiçoso com o loiro, mas pelo visto tal coisa demoraria a acontecer. Mas estava tudo bem, também era amigo do seu ex, então por que Youngjae também não podia?
— Você foi muito corajoso ao sair da empresa assim — comentou a moça, bebericando o suco de laranja.
— É, a verdade é que eu estava morrendo de medo, mas meu amor aqui me deixa mais forte.
— Own, fofo. — Ela sorriu. — Mas você tem razão, aquela empresa sempre cagou para você.
— Espero que tudo dê certo agora.
— É, eu também. — Jimin bebeu o resto do suco. — Mas e você? Está tão calado? Estou começando a achar que estou atrapalhando.
Youngjae sorriu, buscando a mão do namorado por baixo da mesa e entrelaçando os dedos.
— Ele é assim com pessoas novas, está te analisando.
— Ei, para de me entregar — Jaebeom reclamou, rindo.
Jimin também acabou sorriso e remexeu na trança. Sua vida estava tão sem sentido que se encontrava triste por Youngjae ter alguém, o que era idiota, afinal nunca tinha ligado para relacionamentos ou em se estabelecer, somente queria uma carreira, porém onde tudo isso a levara?
— Hm… E o que você descobriu até agora sobre mim? — Jimin perguntou, tentando não deixar uma atmosfera pesada com a sua tristeza.
— Que você quer falar algo, mas tem medo da nossa reação.
Park piscou surpresa e olhou o loiro, quase como se pedisse uma explicação.
— Uau… ele é bom — disse a morena, remexendo no cabelo. — Estou chocada.
Agora, obviamente, os olhares estavam nela e Jimin não sabia e gostava daquilo, tanto que outra vez estava com a mão no cabelo, remexendo nervosamente.
— Você não precisa falar nada, se não quiser — afirmou Youngjae.
Ela riu sem humor.
— Eu sei — falou a mulher. — Hm… não era nada demais, você já vai sair mesmo da empresa, então…
— Hm… É algo que eu preciso saber?
— Ta-talvez? Hm… — Ela suspirou pesado. — O filho era do seu chefe e foi ele que… insistiu em toda a história de ser seu.
— Uh, você dormiu com Yang? — Youngjae fez uma expressão de nojo.
— Olha, não foi o meu melhor momento. Ele me prometeu mundos e fundos e eu, ambiciosa como a vadia que sou, cai no papinho ele. E-eu me vendi, Jae…. — Jimin umedeceu os lábios em busca de tempo para continuar a fala. — Me perdoa…. S-só achei que você deveria saber para o caso dele tentar alguma outra coisa.
Youngjae sacudiu a cabeça negativamente.
— Não fale assim de você — pediu o loiro. — Todos nós erramos, okay? O importante é que você está aqui, assumindo seus erros. De verdade, é o que importa.
Jaebeom viu o olhar da moça em direção ao seu namorado e não pode deixar de pensar em como amava aquele homem. O Youngjae de antes nunca faria aquilo, mas também não chegaria a ser malvado com a mulher; a verdade é que Choi sempre tinha sido uma boa pessoa, mesmo que as pessoas escolhessem não ver esse lado dele.
— Obrigada — ela disse, respirando fundo. — Muito obrigada, mesmo. Hm… foi só isso mesmo que tinha para falar, eu… não escondo mais nada. V-você pode parar de me analisar agora — proferiu sorrindo envergonhada na direção de Jaebeom.
— Desculpa, é impossível — afirmou o moreno, sorrindo fracamente.
— É verdade, ele me analisa até hoje — afirmou o loiro. — Um chato. Eu o amo.
— É fofo. — Jimin riu um pouco mais. — Parece um gatinho. Enfim, eu acho que vou embora agora. Preciso resolver algumas pendências com meu apartamento.
— Precisa de ajuda?
Ela sorriu abertamente.
— Não, mas obrigada. — Park pigarreou. — Ah, espera… Posso roubar sua cadelinha?
— Fora do meu apartamento agora!
Jimin riu alto, não deixando de perceber que era a primeira vez que fazia isso em semanas. Ela tinha finalmente tirado aquela culpa dos seus ombros e agora as coisas pareciam mais fáceis de serem enfrentadas.
Não demorou muito para Youngjae e Jaebeom se virem às sós outra vez, somente com Coco lambendo suas mãos, em uma eterna brincadeira que fazia.
— Eu fiz certo? — perguntou o loiro. — Com Jimin… Fiz o certo?
— Você foi a melhor pessoa que poderia ser, Jae. Como isso poderia ser errado?
— Eu fiquei com medo de você ter ciúmes.
— Confesso que fiquei com um pouquinho — disse o moreno, sorrindo. — Mas eu sei que você me ama, então está tudo bem.
— Eu? Te amo? Quem falou isso? — implicou o loiro, levantando a sobrancelha.
— Você. Várias e várias vezes. Principalmente quando estava completamente enterrado na minha bunda — o moreno retrucou, mordiscando o lábio inferior do namorado.
— Não me lembro de tais coisas. Talvez você me deva relembrar.
— Hm… Você enterrado na minha bunda? — Jaebeom levantou a sobrancelha, vendo o namorado concordar com um sorriso de lado. — É para já!
Youngjae riu alto ao sentir o moreno o puxar para ficar em pé, para depois escada acima. Céus, tinha encontrado a fonte da sua felicidade e ela se chamava Lim Jaebeom.
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