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História Bad Behavior - Capítulo 7


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos favoritos e a todos que comentam!!! :D


Para mais informações ou se quiserem bater um papo com as autoras,
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Capítulo 7 - Capítulo 7


 

 

Passavam das vinte e uma horas e os prédios de BoA estavam vazios, pelo menos era isso o que Youngjae pensava enquanto olhava no espelho que se estendia por toda a parede e tentava imitar tudo o que tinha visto mais cedo naquele dia. Não parecia difícil e até tinha conseguido as filmagens do ensaio com um dos funcionários que gostava dele, porém quando tentava qualquer um dos passos, tudo saía errado.

O loiro tentou girar como Jackson e Jinyoung nas filmagens que tinha no celular, mas não conseguiu. Então, tentou os passos iniciais da coreografia, mas ficou fora do ritmo várias vezes e por último tentou fazer a parte mais fácil, porém era difícil. Dançar para ele era difícil.

— Você está tenso demais. Se continuar pensando que vai errar a cada novo passo, você vai errar.

O loiro olhou para a porta alarmado e por pouco não gritou com o susto. Pensou estar sozinho naquele prédio, a não ser pelo zelador, mas pelo visto, estava enganado.

— Eu não sei dançar essa merda.

Youngjae poderia gritar, xingar ou fazer não sei mais o que, mas sentia-se cansado e frustrado demais para se esconder na carranca de “diva”.

— Você sabe, não é difícil.

— Ah, é? Então, me mostra como faz.

— Com todo o prazer.

O moreno saiu da porta e entrou na sala, sorrindo antes de fazer perfeitamente os passos que Youngjae estivera tentando por mais e meia hora. Não era a parte complicada da coreografia, porém o loiro sentiu raiva do manager naquele momento.

— Babaca — Youngjae disse, jogando-se no chão frustrado e fitando o teto. — Eu não sirvo para idol.

Jaebeom não pode deixar de levantar as sobrancelhas, vendo um lado que naqueles poucos dias não tinha percebido no loiro. De certo modo, era surpreendente perceber que Choi não era tão raso como tinha imaginado de início.

— Você é talentoso, Youngjae. Com um fodido complexo de diva, mas talentoso. — Jaebeom suspirou se sentando ao lado do loiro. — Não estou dizendo que você se tornará um dançarino profissional em dois dias, mas não é o fim do mundo. Você não vai se tornar outra pessoa porque dança em algumas apresentações.

— Eu não assinei um contrato para ser um idol!

— Você também não assinou o contrato para se meter em escândalos a cada dois dias e ainda sim aqui estamos nós.

Youngjae fitou o outro de baixo e revirou os olhos

— Nossa, temos um piadista aqui — o loiro falou, levando o braço aos olhos para evitar olhar para o outro, porém agora estava irritado e por isso se sentou de uma vez, encarando o outro. — Olha, eu não tenho nada contra idols. Eu os admiro muito, porém não é para mim.

 — Como você pode saber se não tentar?

— Sabe o Shownu? — disparou Choi, vendo o outro concordar. — É um amigo meu. Eu sei como ele trabalha para ser perfeito, nunca vou conseguir fazer o que ele faz.

— Você não está nem tentando!

— Eu não quero tentar!

 — Você quer sim! Se não quisesse não estava aqui treinando sozinho!

— Ah, vai se foder! — Youngjae gritou frustrado.

Jaebeom conseguia ler as pessoas muito bem. Era um dom e desde adolescente soube que precisava trabalhar com algo que esse seu talento lhe fosse útil. Então, naquele momento o moreno percebeu uma característica base no loiro: ele brigava para fugir das suas inseguranças.

— Eu posso te ajudar — disse o moreno. — Podemos ensaiar juntos. 

— Vai ensaiar com o seu namoradinho Jinyoung.

— Jinyoung não precisa da minha ajuda, ele já está se esforçando sozinho.

O loiro jogou a toalha no rosto de Jaebeom e se levantou com raiva. Estava cansado e nunca conseguiria ser a porra de um idol. Ele já pensava em sair daquela sala e ir embora quando escutou uma risada; o som foi tão alto e parecia tão fora do lugar, que Choi virou na direção do moreno, vendo-o continuar a rir.

— ‘Tá rindo do que, idiota?

— Você é muito infantil — Jaebeom falou, sacudindo os ombros enquanto ainda ria. — Você me tacou uma toalha, cara. Você é um menininho mimadinho. Eu já sei onde Mark errou com você.

— Mark nunca errou comigo! Não fale dele.

 — Oh, não veja isso como algo negativo sobre ele. Mark apenas mimou você, cedeu aos seus caprichos e por isso você faz o que faz sem se preocupar como suas ações afetam os outros, principalmente a ele.

Youngjae bufou alto, voltando a se aproximar do outro, que agora já estava de pé. Quem aquele cara pensava que era? Como podia chegar ali e falar o que queria como se fosse o dono do lugar?

— Você não sabe de nada! — disparou o loiro, deixando o seu dedo indicador encostar no rosto do outro. — Você não sabe do que Mark e eu enfrentamos juntos! Ele está comigo desde o início; já você é um nada que entrou aqui e pensa que tem algum poder. Mark é o meu manager, você é só um pau mandado qualquer.

— Que seja. — Jaebeom deu de ombros; estava tarde e ele precisava ir para casa.  — Nos vemos amanhã nesse mesmo horário para eu te ajudar na coreografia, porém tente se esforçar um pouco com o coreógrafo.

— Eu faço o que eu quiser!

Jaebeom riu de lado e nem precisou falar nada para Youngjae saber que estava agindo como uma criança, mas não se importava, pois estava irritado demais com toda aquela situação. Quanto tempo estava perdendo tentando aprender aquela merda quando poderia estar no estúdio aperfeiçoando o seu álbum? Era tão idiota!

Quando novamente a sala vazia, Youngjae se sentiu sozinho. Era tão idiota, pois sabia que se fosse em qualquer bar ou festa, poderia ter a companhia que quisesse, mas no fundo não era exatamente isso o que queria; há muito tempo não era isso o que queria, somente fingia que era, pois as coisas eram fáceis de serem escondidas quando se está rindo.

O loiro suspirou fundo e catou suas coisas, passando pelo zelador e o cumprimentando antes de ir embora. Ainda estava no meio do ano e já se sentia cansado de toda aquela merda.

Fora do prédio onde trabalhava, pensou em ir para o estúdio, beber alguma coisa e ficar a madrugada toda trabalhando em suas músicas, porém não estava mais no clima, assim somente pegou o seu carro que estava estacionado e foi atrás do único amigo que tinha e que confiava a sua vida se necessário.

Pensar em Mark o fez lembrar das palavras de Jaebeom. Ele era mimado e estava colocando o emprego do amigo em risco? Então, por que o ruivo nunca tinha reclamado? Era só xingá-lo como todo mundo fazia, não seria nada novo, certo? No fundo ele sabia o porquê. Mark não era como os outros e xingamentos entre eles que não fossem entre brincadeiras não aconteciam.

— Secretária, ligar para Mark.

O carro, já acostumado com o comando, fez a ligação para o ruivo, que após alguns toques atendeu.

Eiiii, grande Jae!

— Mark, você está bêbado?!

Era fácil para Youngjae perceber a diferença no tom de voz do ruivo.

— Eu? Bêbado? — O ruivo gritou. — Claro que não! Ha, ha, ha!

— Isso é barulho de carro? Mark você está dirigindo bêbado?!

— Talvez.

O loiro sentiu o corpo todo gelar naquele instante. Mas que merda Mark estava fazendo?!

— Para esse carro agora!

— Só ‘tô indo para casa, mamãe.

— Mark, para agora! Eu vou te buscar! Só para o carro, porra!

O loiro escutou mais alguns sons e somente continuou acelerando o carro; só havia um caminho para o apartamento de Mark de carro, então não tinha exatamente erro para chegar no local.

— Pronto, eu parei. Chato.

— Ótimo, eu estou chegando — avisou Youngjae, avançando um sinal vermelho. — Por que você estava bebendo, seu idiota?

— Porque eu quis! Só você pode encher a cara nessa merda?!

— Só…. — Youngjae suspirou pesado esfregando o rosto com as mãos. — Só fica aí eu estou indo te buscar.

Youngjae se concentrou a chegar o mais rápido possível na estrada que dava para o prédio onde o ruivo morava; ainda se lembrava quando Mark comprou aquele apartamento e como ele tinha falado que era distante demais da empresa, mas Tuan tinha se apaixonado pela vista das árvores e estava muito feliz em gastar sua gorda comissão em um lugar que se sentisse bem. Depois de anos, o loiro agora entendia melhor que o amigo precisava daquele escape da cidade grande, pelo menos durante algumas noites.

O cantor parou o seu Jaguar Land Rover atrás do Honda prata e suspirou fundo ao ver Mark vomitando na beira da estrada. O ruivo tinha sorte de ali ser um local relativamente tranquilo e nenhum carro tivesse o atropelado sem perceber, ainda mais com todas as luzes do automóvel desligadas.

— Seu idiota.

— Sai, me deixa em p-paz.

O ruivo mal completou a frase antes de voltar a vomitar no mato alto. O cantor suspirou fundo e se aproximou do amigo, segurando seus ombros enquanto o outro despejava todo o álcool que tinha tomado e mais alguma coisa que havia comido. Youngjae queria dizer que estava possesso, contudo a verdade era que estava preocupado, afinal Tuan era controlado e até em festas bebia bem pouco, então aquilo era sinal de algo tinha acontecido e precisava descobrir logo para poder ajudá-lo.

— Seu idiota, eu vou cuidar de você — disse o loiro assim que o amigo pareceu bem o suficiente para ficar de pé e não precisar se curvar mais para vomitar. — Vou te levar para casa e lá você vai me falar o que está acontecendo, hn.

 

— Me solta!

Mark tentou empurrar o loiro, porém acabou tropeçando nos próprios pés e somente não foi ao chão por Youngjae o segurou. Choi suspirou pesado, afastando os fios ruivos da testa do amigo enquanto apertava a cintura do outro contra o seu braço para ficar estável o suficiente para levá-lo até o Jaguar.

— Se você vomitar no meu carro, vou te fazer limpar com a língua.

— M-meu carro?

— Vai ficar na estrada, foda-se se levarem — disse o loiro, colocando o cinto de segurança no outro. — Seu idiota, dirigindo bêbado. Nunca mais me dê um susto desses!

Chaaato.

Youngjae revirou os olhos e acelerou o carro, minutos depois alcançando o condomínio que o amigo morava. O porteiro já o conhecia e sem problemas o autorizou de entrar e também sem nenhum problema o loiro estacionou em uma das vagas do ruivo, o problema mesmo foi retirá-lo do carro naquele estado de embriaguez.

— Me solta! Socorro! Socorro! — Mark gritou no estacionamento. — Estão me roubando!

— Porra, Mark! Cala a boca!

— Por... Por que tá fazendo isso? Você não se importa comigo! Ninguém se importa!

— Quê?! Claro que me importo com você, maluco! — O loiro rebateu, segurando o rosto do ruivo. — Foca em mim. Mark, eu vou te levar pra o seu apartamento e cuidar de você, okay?

— Você n-não gosta de mim!

— Claro que gosto! Você é o meu melhor amigo, Mark!

— Quero ser mais que a-amigo!

— Como é que é?!

Mark não voltou a responder, somente fungou e ameaçou começar a chorar, o que fez o loiro quase entrar em pânico porque se o amigo já estava um porre daquele jeito, imagina se começasse a choramingar? Então, o cantor se adiantou a novamente apoiá-lo contra o seu corpo para levá-lo para o elevador, onde sem demora apertou o botão no qual o número cinco brilhava chamativo.

No andar, somente tinha outro apartamento e Youngjae agradeceu por ser porta automática, que abria somente com um cartão — que sem muita dificuldade encontrou no bolso do amigo —, pois dessa maneira logo pode entrar no espaçoso local, praticamente jogando Mark no sofá da sala.

— Vai embora — disse Mark, cruzando os braços e projetando o lábio inferior para frente. — Não quero te ver!

— Péssimo para você, pois daqui eu não saio e mesmo que eu saia, amanhã você vai precisar me ver! Eu sou o seu ganha pão! — Youngjae retrucou em puro desespero, mas tentando disfarçar.  — Vamos, você precisa de um banho.

— Não encosta em mim!

— Mark…

— Me deixa em paz, Jae! Que merda! Para de se meter na minha vida, inferno! — O ruivo empurrou o outro, que dessa vez acabou não fazendo força para ficar no lugar. — Você tem razão! Amanhã eu vou te ver, sabe por quê? Porque só te aturo por causa do dinheiro! Só por causa disso! Ninguém gosta de você!

Youngjae parou de tentar tocar em Mark depois de ouvir aquelas palavras. Ali estava diante dele seu maior pesadelo.

O loiro tinha um problema desde criança: ele era inseguro e quando seu pai morreu em um fatídico acidente de carro, não havia mais ninguém para lhe dizer que conseguiria. Sua mãe nunca foi de elogios, então entrou para o mundo da música pouco acreditando que iria longe. Mas ele foi e durante todo aqueles anos, seu único amigo verdadeiro foi Mark. Sempre estivera rodeado de pessoas, contudo poucas o conheciam de verdade. Na realidade, somente Tuan entendia cada pedaço dele. Dessa maneira, escutar aquelas palavras confirmou tudo o que em dias em que não conseguia dormir, sua mente lhe dizia: que no fundo, não tinha uma pessoa que realmente o amasse.

— Tudo bem. — Youngjae não se lembrava da última vez que teve que engolir uma dor tão grande como aquela, talvez no enterro do seu pai, porém tinha sido há tanto tempo que por vezes esquecia o quão triste toda a situação tinha sido. — Mas… eu vou preparar um banho para você.

Por mais que fosse mentira todos aqueles anos de amizade, da sua parte não tinha sido e estava preocupado com o ruivo, então sem muita demora o loiro seguiu pelo corredor para pelo menos encher a banheira para Tuan.

Quando retornou para a sala em prol de buscar o amigo sentiu dois braços o segurando com força e uma nuvem de cabelos avermelhados tampando sua visão enquanto uma voz embargada repetia sem parar palavras que ele pouco compreendia em meio aos soluços sôfregos, mas pareciam pedidos de desculpa.

— Mark, Mark… Tá bom, esquece… s-só vai pro banho logo.

— N-não! E-eu te magoei, Jae… M-me desculpa.  E-eu amo você! Me desculpa.

— Tudo bem…

Youngjae não soube ao certo o que fazer, então somente segurou na mão do ruivo e o levou até o banheiro, onde já tinha deixado uma muda de roupa e toalhas para o outro. Tuan pareceu minimamente confuso.

— Você quer ajuda com as roupas? — o loiro perguntou. — Posso te ajudar a tirar a blusa e a calça.

— Você vai me dar banho?

— Claro que não. — Youngjae suspirou pesado. — Posso ir embora também se você quiser. Talvez seja o melhor, né? Você não quer ficar aqui comigo, certo?

— Jae…

— Não se preocupe, não vou te atacar nem nada.

Mark sentiu aquelas insistentes lágrimas vindo em seus olhos e antes de se controlar, estava chorando. Tinha falado um monte de coisas sem sentido e agora uma das pessoas mais importantes da sua vida achava que ele o odiava, na verdade era ao contrário, porém sua mente estava tão confusa e nublada de bebida que tinha medo de fazer mais besteiras.

— E-eu não penso isso de v-você. — Mark soluçou. — E-eu te a-amo.

—  Mark…

—  Por favor… Não vá embora. Eu tomo o banho, mas não vai embora — pediu o ruivo, segurando com urgência na mão do mais novo. — E-eu quero falar com você, m-mas… por favor? Eu tomo o banho, por favor.

Youngjae achava que o melhor era ir embora de vez, mas Mark parecia precisar dele, então concordou e outra vez ajudou o amigo a chegar no banheiro, com cuidado retirando seu casaco, blusa e calça, deixando-o semi nu.

Hm… Eu vou ficar lá fora — disse o loiro, suspirando pesado. — Qualquer coisa, me chama,‘tá? Eu coloquei sais de banho de lavanda porque sei que é o seu favorito.

— O-obrigado.

— Só… toma o banho e tenta relaxar.

O loiro fechou a porta com cuidado e respirou fundo enquanto fechava os olhos. Parte dele lhe dizia que deveria ficar bastante magoado com aquelas palavras e deixar o ruivo para trás, porém por mais que tivesse um nó na sua garganta, não conseguia deixar Mark naquele estado sozinho. O outro até poderia não gostar dele, mas quem gostava, certo? Um a mais ou um a menos não fazia diferença.

O cantor então resolveu preparar um café para o ruivo e livrá-lo minimamente dos efeitos da bebida, contudo sabia que no dia seguinte a ressaca o pegaria de jeito.

Alguns minutos depois, quando o café já estava pronto, Youngjae escutou uma batida alta e sem pensar, correu para o banheiro.

— Mark? Você está bem?

— Eu só… tropecei.

— Você está bem? —  O loiro repetiu a pergunta. —  Precisa de ajuda?

— Talvez…

Choi sorriu e abriu a porta com cuidado, encontrando Mark estatelado no chão, com a bunda para o alto e o rosto enterrado no piso. Em outro dia, iria rir de rolar, porém, naquele momento ficou preocupado e logo foi até o amigo, virando-o com cuidado e fitando um filete de sangue escorrendo do supercílio do ruivo.

— Mark!

— N-não foi nada… Só tropecei na borda da banheira. — Tuan suspirou fundo. — Sou um idiota.

— Vou te ajudar a colocar umas roupas e vou cuidar dessa testa.

— N-não precisa.

— Cala a boca.

Não tinha raiva nas palavras, somente uma mistura de diversão com uma pontada de preocupação. Mark então acabou sorrindo e se deixou ser cuidado. Deixou que o outro o secasse com cuidado, que o enrolasse com a toalha para em seguida limpar o seu machucado e colocar uma pomada e um curativo; deixou que o mais novo o ajudasse com as roupas e por fim, deixou que o loiro o abraçasse antes de o levar para a sala de estar. Talvez aquela fosse a primeira vez que Tuan não se via no papel do cuidador de Choi Youngjae.

— Aqui, café quentinho — falou o loiro, entregando uma caneca para o mais velho. — Eu coloquei um pouco de chocolate que eu sei que você gosta assim…

— E-eu não sabia que você se lembrava disso.

— Mesmo que não seja recíproco, você é o meu melhor amigo. — Youngjae expirou com força. — Acho que agora vou te deixar sozinho.

— N-não…

O loiro suspirou fundo e sem pensar, sentou ao lado do ruivo. Ele queria conversar ao mesmo tempo que não, afinal sua mente lhe dizia que escutaria seus piores pesadelos vindo da boca do outro, porém outra parte lhe dizia que era para ficar ali e escutar tudo o que Mark tinha para lhe falar. Era complicado e confuso.

— Eu não entendo — o loiro proferiu, engolindo a seco. — Você diz que não me suporta e depois diz que ama… Eu não entendo — repetiu.

Mark bebericou o café e deixou seus dedos esquentarem com a xícara enquanto tentava colocar seus pensamentos em ordem. A bebida ainda estava no seu organismo, mas tinha que falar a verdade, sentia que era o momento, pois qualquer outra coisa, o loiro perceberia que era mentira. Então, o ruivo respirou fundo e tomou coragem para abrir o seu coração de uma vez.

— Eu te amo, Jae.

— Eu também te amo — afirmou o mais novo. — Você é o meu melhor amigo, claro que eu te amo.

— N-não… — Mark fechou os olhos. — Eu e-estou apaixonado por você, Jae.

Youngjae fitou o amigo com pura confusão no olhar. Como assim Mark estava apaixonado por ele? Era possível alguém se apaixonar por ele?! E logo o seu manager? Logo Tuan que tinha o coração cheio de bondade e poderia se apaixonar por alguma pessoa melhor? Afinal, qualquer um era melhor que ele, isso era um fato.

— E-eu… não espero que retribua. E-eu… — Mark abaixou o olhar para a caneca, sentindo algumas lágrimas rolarem por seus olhos. — F-fui burro em beber, eu só estou um pouco sensível e… é tão idiota esse sentimento, mas não consigo evitar. Me desculpe.

O loiro esfregou a nuca com força e fitou a parede oposta, tentando pensar em algo para falar. Parecia tão errado Mark estar apaixonado por ele, parecia uma piada ruim da natureza com Tuan, que merecia somente coisas boas e não um merda que não podia retribuir seus sentimentos.

— Eu vou parecer um babaca, mas… — Youngjae respirou fundo. — Você tem certeza?

Mark riu, pois ele conhecia o loiro bem o suficiente para saber que era exatamente aquela pergunta que o outro faria, afinal Choi sempre queria ter certeza de tudo antes de realmente tomar alguma decisão.

— Tenho… Não é de agora — Mark afirmou, rindo outra vez, mais para disfarçar o nervosismo do que qualquer outra coisa. — Já tem uns dois anos que eu percebi.

— Mark… Já tem tempo…

— Eu tentei te esquecer — garantiu o ruivo, bebendo mais café para tentar se esquentar e raciocinar melhor. — Mas não consegui. Ainda mais sendo virgem e não conseguindo transar com qualquer um…

— Virgem?! — O loiro tentou controlar a surpresa, mas foi impossível. — Como assim virgem, Mark?!

O ruivo se movimentou, até ter as pernas sentadas em lótus em cima do sofá. Sentia-se melhor daquela maneira e nunca soube ao certo o porquê.

— Quando… eu percebi que estava apaixonado, e-eu meio que era virgem.

— Meio?! Ninguém é meio virgem, Mark!

— É que já tinham encostado no meu pênis, mas… não chegou ao fim, sabe?

O manager olhou pela primeira vez diretamente para o loiro, que tinha os olhos ainda mais arregalados tentando entender aquela história que o outro tentava te falar. Mark suspirou fundo pela milésima vez naquele dia e resolveu explicar de vez toda a situação.

— Quando eu tinha dezoito anos, quis perder a virgindade de vez. Todos os meus amigos já tinham transado e eu não… Então quando eu fui em uma festa, um cara mais velho pareceu interessado em mim e… eu fui com ele para um motel. — Mark desviou o olhar de volta para a caneca de café que estava quase no fim. — Nós estávamos lá… fazendo coisas e ele começou a tirar minha roupa e… eu entrei em pânico. Foi tão vergonhoso, ele encostou em mim e eu o empurrei e isso. Não consegui.

Youngjae sorriu e levou a mão à perna do amigo, apertando de leve o local. Ele conseguia muito bem ver um Mark adolescente ficando com medo de sexo, ainda mais o outro que sempre pensava em tudo nos mínimos detalhes antes de conseguir prosseguir com algo. Era simplesmente a personalidade dele.

— Não é vergonhoso, você só não estava pronto.

— É um pouco vergonhoso sim. — Mark riu. — Então… Eu não tentei mais, por anos, até perceber… hm… Aí pensei em tentar de novo, mas não deu certo. Tive um ataque de pânico com a mulher nua na minha frente, cara.

— Mark… talvez você seja assexual — comentou o loiro. — Isso não é uma coisa ruim, você sabe, não é?

— É… Mas eu não acho que seja assexual. — O ruivo colocou a caneca na mesinha de centro e estalou a língua, tentando fazer graça. — Eu meio que encontrei uma pessoa que eu não tenho ataques de pânico. Ele é… legal comigo, mas só sexo. Acho que sou demissexual.

— Oh, então esse cara é seu amigo?

— Sim…

— Quem é? Eu conheço?

— N-não… interessa. — Mark cruzou os braços e projetou o lábio inferior para frente. Tinha um pouco de vergonha de falar sobre aquele assunto. — Não era isso que estávamos falando… Eu só achei que tinha que me declarar, é isso. Desculpa de novo.

— É Bambam?

— Bambam?! — Mark quase gritou. — Olha a idade dele! Eu não vou transar com Bambam!

— Ora, ele é maior de idade e tem uma queda por você.

— Ele tem o que?!

— Vai me dizer que você não sabia?!

— Não!

— Não acredito. — Youngjae estreitou os olhos. — É com ele que você transa, consigo sentir! Vocês vivem grudados, de risinhos…

— Você está fugindo do assunto em questão.

Youngjae suspirou pesadamente e concordou com a cabeça. Sim, ele estava fugindo do assunto porque não sabia exatamente o que falar para Mark. O outro era o seu melhor amigo e o que mais queria era vê-lo feliz, porém não parecia ser a pessoa ideal para tal coisa.

— Eu te amo, Mark. Mas não dessa maneira — disse o cantor. — Eu queria poder retribuir os seus sentimentos… Acho que é uma boa coisa no final das contas, você merece alguém bom, Mark. Eu sou um lixo.

— Não fala assim de você.

— Mas eu sou!

Mark estalou a língua alto e se aproximou do outro, buscando-o para os seus braços. Ele amava abraçar o loiro, às vezes parecia o mais íntimo dos gestos entre eles, o que era bem bobo de pensar.

— Se você é lixo, é o meu lixinho — disse o ruivo, escutando o outro rir. — Meu lixinho cheiroso, lindo, talentoso e que eu amo de montão!

— Não… Para, não é para me fazer rir!

— Meu lixinho favorito!

Youngjae não segurou a gargalhada e ficou ainda mais feliz ao escutar o ruivo também rir da própria brincadeira; as coisas davam certo daquela maneira, mas ainda assim, queria poder dar todo o amor que tinha ao outro, de alguma maneira, queria.

— Me perdoa por falar aquelas coisas? — pediu o mais velho, sorrindo singelamente. — Eu… só não queria parecer um bobo apaixonado, mas eu piorei tudo. Eu não penso nada daquilo, eu juro!

— Você é a única pessoa que me conhece por inteiro, Mark. — O loiro sorriu. — E mesmo assim, com todos os meus defeitos e merdas, você ainda consegue ser apaixonado por mim. Eu me sinto tão lisonjeado, não estou brincadeira.

— Lisonjeado? Jae, você sabe que tem umas cinco milhões de pessoas que são apaixonadas por você, certo?

— Mas elas não são você.

Mark notou seu coração pular no peito e se sentiu tão idiota por querer beijar o loiro naquele instante. Não iria acontecer, claro que não, mas sua mente não deixava de formar todo um cenário onde se beijariam a noite inteira e no outro dia continuariam a se beijar e depois no outro, para nunca pararem.

— Eu acho que você quer me beijar agora — o loiro comentou, vendo o amigo ficar com o rosto da cor do cabelo antes de desviar o olhar. — Ah, é fofinho!

— Não… Para de me zoar!

— Mas foi tão bonitinho, dava para ver seus olhos brilhando!

O ruivo gritou, escondendo o rosto na almofada enquanto batia os pés no chão. Céus, sentia um bobo naquele momento e as brincadeiras de Youngjae somente o deixavam ainda com mais vontade de beijá-lo. Céus, alguém lá em cima precisava ajudá-lo a tirar Choi do seu coração!

— Mark, vamos… Eu vou te dar um beijo. Vem, vem…

— Não, sai! — Mark empurrou as mãos do amigo, rindo de nervoso. — Para com isso!

— Nada disso, vou te beijar!

Os dois começaram a rir outra vez. De alguma maneira, era divertido, por mais que o coração de Mark realmente continuasse a pregar aquelas peças e quando menos esperasse, sentia-o pular com alguma bobagem do loiro ou somente um sorriso. Queria não notar, mas era impossível para o seu olhar apaixonado.

— Você bebeu por causa disso?

Os dois agora estavam abraçados no sofá, com a cabeça de Mark apoiada no ombro do outro enquanto sentia os dedos do loiro em seus fios coloridos; o ruivo tentava ignorar as borboletas enlouquecidas em seu estômago naquele instante.

— Também — disse o ruivo, expirando com força. — Aquela pessoa… minha amizade colorida… estava estranho, sabe? Foi rude e eu fiquei… sei lá, muito triste.

— Por que Bambam foi rude com você?

— Jae, não é Bambam!

— ‘Tá, eu finjo que acredito. — O cantor estalou a língua. — Então, porque essa pessoa foi rude com você?

— Não sei… De verdade.

— Vou precisar socar Bambam?

— Não é Bambam! — gritou Mark, empurrando o outro de leve. — Para de falar isso.

— Ai, seu sem graça… — Youngjae sorriu, puxando o outro de volta para os seus braços e o seu ombro. — Mas me fala: você perdeu a virgindade com essa pessoa que não é Bambam?

— Perdi — afirmou o ruivo. — E não é Bambam, inferno!

— Então, quem é?

— Eu… não posso falar!

— Ah, então é Bambam!

O ruivo praticamente rosnou, o que fez Youngjae rir alto; era muito bom implicar com Mark e também escutar o seu riso. Acreditava que estavam bem, apesar de tudo.

— Mas, Mark… Agora sério — disse o loiro. — Você ficou desse jeito por que ele te tratou mal?

— Não sei bem… Acho que foi tudo, o trabalho também. — Mark deixou seus dedos brincarem com a perna do loiro. — Eu sei que você odeia dançar e não quer ser um idol, então eu sinto que falhei com você.

— Ei… Você não falhou comigo — garantiu o loiro, levando a mão ao rosto do outro e fazendo o ruivo o fitar. — Você nunca falhou comigo, Mark. Eu que fiz merda, você só me salvou, todas as vezes.

— Mas…

— Sem mais ou menos — afirmou o cantor. — Por favor, pode me prometer nunca mais se culpar por qualquer coisa que aconteça comigo?

— Jae, e-

— Por favor? — interrompeu o loiro.

— É, acho que posso fazer isso.

Youngjae sorriu e céus, era um dos sorrisos que deixava Mark sem saber o que fazer em seguida, sem saber como continuar sem beijá-lo, como sorrir de volta sem parecer uma careta. Então, ele não devolveu o gesto, contudo também não se afastou, deixando os dedos de Choi fazerem um carinho na sua bochecha ao mesmo tempo que se aproximavam cada vez mais.

O ruivo não ousou desviar os olhos ou se afastar. Aquilo tudo estava na conta de Youngjae, se o outro quisesse, que o rejeitasse, pois ele estava cansado demais de fugir dos seus sentimentos.

Choi sabia que deveria se afastar, que deveria fazer alguma piada e acabar com aquele estranho clima, mas ele se sentia sozinho. Isso não era de agora, na verdade, por mais que estivesse envolto de uma multidão, nunca parecia bem consigo mesmo, como se precisasse de algo a mais, porém nunca soubera o que era. E, naquele instante, ele percebeu que talvez fosse a falta de ter alguém ao seu lado, alguém que o esperasse com um sorriso, que quando ganhasse algum prêmio, percebesse que seu maior prêmio era aquela companhia. E, no fundo do seu coração, o loiro sabia que Mark nunca iria partir o seu coração. Não o seu melhor amigo, o homem que conhecia cada uma das suas fraquezas, não o seu Mark.

Então, ao invés de se afastar, Youngjae deixou os seus lábios encostarem nos do ruivo, que suspirou com o mínimo toque possível, mas não se mexeu; ele não ousaria fazer tal coisa. Assim, o loiro fez tudo. Choi levou a mão até a nuca de Tuan enquanto a outra o puxava para mais perto para aprofundavam o beijo de maneira calma e compassada.

Quando o ar faltou em seus pulmões e se separaram, Mark tinha os olhos arregalados, o rosto avermelhado e seu corpo não sabia o que fazer, pois tinham partes que estavam aceleradas enquanto outras pareciam moles e sem ação. O beijo tinha sido tudo o que ele tinha sonhado e mais, muito mais, porém agora a realidade tinha lhe batido lhe dando a percepção que o loiro fizera aquilo por pena.

— Mark? Você está chorando?

Youngjae levou a mão ao do ruivo, preocupado e por mais que Tuan quisesse gritar para o outro se afastar, não conseguiu e somente deixou as lágrimas correrem com mais força pelo o seu rosto.

— Mark, e-eu…

— N-não quero que v-você t-tenha p-pena de mim. — Mark fungou com força. — S-sei que s-sou p-patético, m-mas… n-não q-quero p-pena.

— Mark, não! E-eu não beijei por pena, eu nunca faria isso! — O loiro buscou a mão do outro e entrelaçou os dedos, chamando atenção do mais velho. — Eu prometo que não foi isso. Eu te respeito demais para fazer algo assim, Mark.

— E-então… o que foi?

— Eu… quis te beijar. Não tem bem um motivo, e-eu gosto de você e… quis te beijar.

— M-mas você não está apaixonado por mim?

— N-não… E-eu nunca pensei em você dessa forma… N-nunca achei que seria possível! — Youngjae sacudiu o cabelo ouvindo Mark ainda fungar baixinho controlando o choro. — Sério, você sabe que eu sou um bosta! Então… E-eu nunca quis que você se envolvesse com uma pessoa ruim.

— M-mas você sempre tentou me levar para cama…

— N-não de verdade! Vo-você sempre foi mais importante que isso para mim! E-eu nunca ia te tratar dessa maneira, sempre foi uma brincadeira…

— Você não me vê dessa maneira?

— Não é isso! — Youngjae esfregou o cabelo com força outra vez. — Você é lindo e sexy, claro que te vejo dessa maneira, mas… eu sempre quis alguém bom para você, Mark. E-eu não sei se possa ser essa pessoa.

— E o beijo? O que foi isso?!

Youngjae suspirou pesadamente, fitando o amigo e pensando na maneira de ser o mais sincero possível naquele momento.

— Eu… acho que quero ser essa pessoa para você — disse o loiro, rindo das próprias palavras. — Eu quero ser melhor… Quero ser alguém em que seus sentimentos não sejam desperdiçados, quero que eles valham a pena.

— Você está me pedindo em namoro, Jae?

— Não… namoro. — Youngjae mordeu o lábio inferior. — Talvez uns beijos? Um carinho?

— Eu… não sei Jae. Eu vou ficar magoado se te ver com outra pessoa. — Mark riu sem graça. — Acho… que é melhor não acontecer…

— Podemos ser exclusivos!

— Você?! Exclusivo?! — O ruivo arregalou os olhos. — Você consegue?!

— Por você, sim. A última coisa que quero é te magoar, Mark.

— E-eu não posso te prometer sexo, Jae… N-não dá e e-eu sei que você g-gosta… — Mark esfregou as mãos nervosamente. — Quer dizer, talvez dê, mas… não ainda? Sei lá… Eu não cons-

— Ei, não vamos falar disso agora, okay? — interrompeu o loiro, sorrindo. — Se um dia você quiser, okay, se não, também okay. Não sou esse louco por sexo, ‘tá?

— Você tem mesmo certeza? Eu… entendo que você não quer me magoar, mas se for algo que te deixe desconfortável, não vai dar certo.

Youngjae sorriu e buscou a mão do outro, apertando com carinho e dando um dos seus sorrisos que sempre deixavam os olhos de Mark brilhantes. Na verdade, era idiota não ter percebido antes que o amigo tinha sentimentos por ele.

— Eu tenho total certeza, Mark Tuan.

Mark sorriu e jogou o corpo para frente, até ter seus lábios nos do loiro. Nunca imaginou que aquilo fosse acontecer! Céus, estava em êxtase, ainda mais quando Youngjae riu por entre o beijo antes de o puxar mais para perto, deixando em seguida tudo mais calmo e de certo modo, seguro para os dois.

—  Oh, eu nem acredito! Estamos nos beijando! — Tuan falou, dando um selinho no outro. — Uau, eu estou mesmo te beijando!

— É o que parece — brincou Choi.

— Espera! Eu não posso! — Tuan quase gritou, afastando-se do outro. — Eu sou o seu manager! É totalmente antiético!

— Ninguém vai precisar saber e você é profissional, vai saber separar uma coisa da outra.         

— Eu vou saber?

— É, eu sou idiota, vou querer te beijar o tempo todo.

Mark riu bobamente e o mais novo não pode deixar de achar a cena adorável, principalmente com as maçãs do rosto do manager que sempre eram tão branquinhas coradas com o resquício da bebedeira e talvez um pouco de vergonha.

— Para… 

— Okay, eu paro. Agora você precisa beber água e ir dormir, Mark. Você vai ter uma ressaca filha da puta amanhã.

— Não quero… — o mais velho disse, projetando o lábio inferior para frente. — Se eu dormir, vou acordar e ver que isso foi um sonho!

— Ora, ora, ora… Você já sonhou com isso?

— Algumas vezes. — Mark sorriu.

— Eu posso ficar, mas você tem que prometer nunca mais fazer isso, principalmente dirigir depois de beber!

— Foi idiota, né?

— Não, imagina.

— V-você vai dormir aqui? E me lembrar que isso aconteceu se eu dormir e esquecer?

— Você é fofo demais para o seu próprio bem — O loiro brincou, beijando a ponta do nariz do outro. — Vou ficar e te lembrar tanto que você vai me expulsar daqui a chinelada.

— Ei, eu não sou agressivo!

— Se bem que eu gosto de uns tapas.

O ruivo riu e deu um tapa forte na coxa do loiro que gritou com o impacto, antes de cair na gargalhada também. Céus, ele estava mesmo pensando em arriscar a amizade que tinha com Tuan se envolvendo com ele daquela maneira? E por que diabos parecia que mesmo que não desse certo Mark e ele nunca iriam se distanciar?

— Vem… Vou te colocar na cama e terminar de cuidar de você — disse o loiro, segurando na mão do mais velho. — Você já cuidou demais de mim esse tempo todo.

— Ai, assim eu me apaixono.

Novamente, eles riram e Mark se sentiu bem, como se mesmo que toda aquela loucura desse super errado, não seria exatamente o fim do mundo, pois se entenderiam de alguma maneira. Era um bom sentimento.

Minutos depois, Youngjae já tinha cuidado do ruivo, tomado um banho, ido buscar o Honda prata no meio da estrada, o que deixou Mark nas alturas — e mais apaixonado, mas ele não falaria em voz alta —, para agora estarem deitados juntos, na imensa cama do ruivo, que se agarrou ao cantor com medo de soltá-lo e Choi sumir do seu lado.

— Eu não sabia que você era tão fofinho assim — implicou o loiro, beijando a testa do ruivo. — Parece um coala apaixonado.

— Eu gosto de carinho, algum problema? — Mark retrucou sonolento, fazendo o mais novo rir outra vez e então se aconchegar para abraçar o ruivo e assim também adormecer. — Boa noite, Jae.

— Boa noite, Mark.

E, daquela maneira, eles dormiram, ainda processando toda aquela nova fase da vida deles em que estavam entrando juntos, porém de alguma maneira com o pressentimento de que daria certo.

Tinha que dar certo.

 

 

 


Notas Finais


Entendendo a demissexualidade:
- http://www.revistacapitolina.com.br/visibilizar-demissexualidade/
- https://www.huffpostbrasil.com/lidia-amendola/oi-tudo-bem-sou-demissexual_a_21885048/

Gostaram do capítulo? Divulguem a fic!

E, por favor, deixem comentários com as suas opiniões; amamos lê-los.

Até amanhã ;*


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