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História Bad Blood - Alone...Again.


Escrita por: LuhCresta e PsychoKid

Notas do Autor


Hey, Hey, Hey! Aqui é a Ana, ou Anne Langdon ou mais conhecida como Pônei. Agora é a minha vez de postar e lhes apresento o nosso querido: Seth Clark. Isso aí, capítulo do nosso Seth Delícia. É um capítulo grande e eu desejo do fundo do coração de pônei que não esteja entediante e que vocês não durmam e babem seus braços enquanto leem. Boa leitura e espero que gostem xD.

Capítulo 3 - Alone...Again.


Fanfic / Fanfiction Bad Blood - Alone...Again.

P.O.V Seth

-Flashback On-

Estou sozinho novamente. Ouço o som da chuva bater entre as telhas e cair no chão como pluma. Só consigo pensar em como fui na prova da faculdade. Sempre fui quieto e nunca causei problemas a não ser com aqueles garotos que zombavam de mim quando eu era menor, mas como vingança, batia neles até ver aqueles rostinhos cheios de uma mistura de lágrima e sangue. Mas isso não é problema, sou um bom aluno, apesar do meu sério problema com o pessimismo. Levanto da cama e sento na cadeira ao lado, pego meu celular e coloco 'Creep' do 'Radiohead'. Essa música sempre me acalmou. Balanço a cabeça conforme à melodia se desenvolve e meus pés não se cansam de seguir o ritmo da guitarra mágica do Jonny Greenwood, meus dedos tamborilam em minha perna no momento em que Thom Yorke chega ao refrão e quase tenho um orgasmo. Nada melhor do que ouvir o som, quase formando uma canção, que a chuva me proporciona combinando com a música que eu estava escutando. Maldita prova, maldita faculdade, odeio ficar nervoso, começo à suar igual à um porco e fico estático. Preciso me distrair, é isso aí, parabéns Seth, como não pensou nisso antes? Desço as escadas e ligo a TV, passo de canal em canal até achar um noticiário que me interessa. Nele, uma repórter pálida e com a boca cheia de botox que mais parece a Lana Del Rey, transmite a notícia de que uma aluna foi expulsa da faculdade. A jornalista diz que a garota foi expulsa pois previu que algo aconteceria no colégio. E aconteceu. Depois da notícia surge uma foto dela, e me chama atenção. Aqueles olhos cor de mel encantadores escondem algo... E agora eu estou louco para descobrir.

Abro a janela e observo que a chuva cessou, agora o sol sai detrás das nuvens brancas e me faz companhia. Coloco uma camiseta e calço meus tênis velhos, levo meu maço de cigarros no bolso da bermuda. Faz um bom tempo que não ando pela redondeza do bairro. Só saio para ir à casa dos meus avós ou para comprar alguns cigarros. Vejo crianças andando de bicicleta e garotos jogando bola e inevitavelmente lembro da minha infância conturbada. Meu avô sempre brincava comigo quando tinha folga do trabalho. Ele me trazia pilhas e pilhas de brinquedos e eu ficava soterrado de tantos carros e bonecos. Minha fazia e ainda faz de tudo para me agradar. Pode parecer estranho mas... Nunca senti falta dos meus pais, do apoio que eles poderiam me oferecer se não tivessem fugido, ou dos beijos de boa noite. O vazio que meus pais deveriam ocupar foi preenchido por meus avós, e foi muito bem ocupado. Acordo do meu devaneio e percebo que estou sorrindo, sem notar, algumas lágrimas escorrem em meu rosto preocupado e eu as limpo. Continuo o meu caminho olhando para o céu, estou totalmente distraído e ouço um ruído que se aproxima à cada passo que dou. O som chega em seu ápice e vejo uma garotinha caída no chão com uma bicicleta ao lado. Paro imediatamente de andar e me abaixo para a ajudar. Ela está com um ralado no joelho e com o rosto coberto de lágrimas. Enquanto levanto a bicicleta dela, observo seu joelho com pequenas gotas de sangue e no momento em que pego sua mão para ajudar à levantar, minha vista escurece e não ouço mais nada.

Estou em uma sala sombria e a primeira coisa que avisto é uma televisão velha. Ela se liga sozinha e vejo a garotinha que eu ajudava antes de parar aqui. Presencio seu nascimento e depois seu aniversário de 4 anos e então o momento em que ela ganha um cachorrinho pequeno. O que estou fazendo aqui? Eu apenas queria ajudá-la e agora vim parar em um quarto mal iluminado e destruído. Um som estranho adentra meus ouvidos e fico curioso para saber de onde ele vem. Fecho os olhos e procuro o barulho como um garotinho que procura o seu boné dos Yankees para poder jogar beisebol como um jogador autêntico. Conforme presto atenção, o ruído se aproxima e descubro que na verdade o som misterioso é uma música e eu conheço essa canção. Vasculho minha memória até lembrar o nome. A música é 'You Only Live Once' dos 'The Strokes'. Não me controlo e começo à fazer um dueto maravilhoso com Julian Casablancas. Cada palavra que canto faz com que uma imagem da garotinha aparece na TV e então, no refrão surge a cena que aconteceu antes de eu vir para cá. Tudo acontece exatamente como o ocorrido, ela caí perto de mim e então eu a ajudo. Mas a gravação acaba quando eu seguro a mão dela. Sem eu perceber, um controle misterioso aparece ao meu lado, em cima de uma mesa. Nele, vejo vários botões, mas um em especial me chama à atenção... Está escrito em letras garrafais: 'APAGAR'. E então eu o aperto. De imediato volto à caminhar e avisto a garotinha de longe, ela pedala em minha direção e então desvia de mim, sem cair. Então percebo o que fiz... Eu apaguei a memória da queda e reverti a situação... Por isso pessoas normais me assustam... Eu não sou normal.

3 Dias depois

Sinto o cheiro do bolo de cenoura da vovó ao chegar na porta. Ela só faz esse bolo quando vamos comemorar algo. O que será que iremos festejar hoje? Abro-a e vejo meu avô sentado no sofá assistindo à um jogo de basquete. Sempre gostei de basquete e herdei esse gosto dele, como também ganhei o gosto pela música. Beijo-o na testa e sento ao seu lado.

- Los Angeles Lakers versus Miami Heat? - Pergunto sorridente, mesmo já sabendo a resposta.

- Isso mesmo, meu neto. Quando você era pequeno adorava assistir esses jogos comigo, mas o que gostava mesmo era de ver os shows do Sex Pistols. Parecia um mendigo que acabou de ver um prato de comida. - Ele responde e sorri arduamente.

- Olha, parabéns, conseguiu se lembrar. Parece que o remédio para a memória está funcionando. Só espero que o senhor não tome seu queridinho Viagra , se não ele vai suprimir o efeito do remédio igual aquela fez que você não se lembrava onde tinha deixado a chave de casa e ela estava dentro da calça que você estava usando.- Digo e dou risada e ele logo me acompanha.

- Ei, isso aí é golpe baixo. Sua vó anda muito gostosa ultimamente... E eu preciso fazer algo antes que apareça outro punk sexy e faça por mim. - Ele diz e me dá um soco fraco no braço.

- O.K, O.K... Senhor Punk Sedutor. Só cuidado para o Viagra não funcionar e você a deixar na mão hein. Tem um fila de punks atrás da vovó.- Falo e o abraço.- Agora eu vou ver o que ela está aprontando.

Saio da sala e passo no corredor até chegar à cozinha. A janta já está posta à mesa e ao lado do meu prato vejo uma carta. Será que é o que estou pensando? Minha vó está fazendo um suco de Maracujá, outro prato que só prepara quando vamos celebrar algo.

- Vovó? - Indago enquanto tiro meus tênis e os troco por chinelos bem mais confortáveis.

- Ei, meu netinho! Me assustou, já estou velha para essas coisas, tome mais cuidado senão vai acabar matando sua coroa de ataque cardíaco. - Ela diz e sorri como nunca vi antes.

- O que é isso ao lado do meu prato? Falo curioso.

- É uma surpresa para você que chegou hoje cedo... Abra e cuidado para não sair quebrando tudo. Não estou a fim de limpar essa casa de novo. - Ela adverte e me observa quase dizendo: Abre isso logo.

Abro com cuidado e a primeira coisa que consigo enxergar são as letras douradas formando a palavra: 'Stanford'. Imediatamente um sorriso cobre meu rosto por inteiro, meus punhos cerram e solto um grito anormal e que com certeza foi capaz de deixar toda vizinhança curiosa para saber o que tinha ocorrido. Abraço minha vó fazendo-a sair do chão e a cubro de beijos. Corro até à sala e meu vô está me esperando de braços abertos, o coloco no colo e pulo como se estivesse em um trampolim.

- Ei garoto... Você... Vai... Me... Matar.- Ele tenta se pronunciar em meio aos meus pulos.

- Eu passei, vô! Eu passei! - Grito e sorrio ao mesmo tempo. Começo à imitar a batida de ‘Bad Blood’ do ‘Bastille’ e canto um trecho por um motivo que desconheço.- All this bad blood here, won’t you let it dry?

~Flashback Off~

 

- Meu amor, já sabe em que quarto está? - O timbre da voz de Florence me faz acordar do encantamento dos lábios de Morgana.

- Ainda não sei. Preciso ir à secretaria perguntar. Mas não sei onde fica.- Respondo e sorrio calorosamente.

- Eu vou com você. Aproveito e conheço o seu colega de quarto.- Ela diz e me abraça.

- Tudo bem então. Tchau Morg...- Tento terminar de falar mas a única coisa que consigo, é ouvir o barulho da porta batendo. Florence a fechou antes que eu pudesse terminar.

Abraço-a pela cintura e consigo sentir ela se arrepiando. Florence me acompanha até a secretaria e então pego o número do meu quarto. Subimos as escadas e meu aposento é o último do corredor. Abro a porta e me deparo com um garoto de costas, moreno, de estatura mediana. E ele não me é estranho...

- Hey, eu sou o Se...- Empenho-me em tentar completar a frase, mas não consigo novamente. Hoje as pessoas tiraram o dia para me interromper.

- Seth. Você é o Seth. Já te conheço, estava flertando com minha irmã hoje cedo. - Ele diz e então se vira para que eu possa ver seu rosto. É Jasper, o irmão de Morgana.

- O que? HA HA HA HA. – Florence pronuncia as sílabas pausadamente. – Além de eu entrar na faculdade e dividir o quarto com uma garota insuportável, ela tenta roubar o meu namorado?

- Eu não flertei sua irmã. Eu apenas estava dando as boas vindas à faculdade. – Explico.

- Aham... E as boas vindas seria ela nua na tua cama. Fala sério, otário. - Ele diz sorrindo sarcasticamente.

- E seu eu quisesse comer ela? Eu comeria, otário. Não percebeu a maneira que ela me olhou? Aqueles lábios estavam ansiando pelo meu beijo. Eu a jogaria na minha cama e...- Tento completar minha frase mas novamente sou interrompido. Mas que merda, as pessoas devem ter um clube aqui na faculdade que se reúne para combinar a data e o horário para não me deixar falar. Florence me empurra porta à fora e me olha com ódio.

- Você é um idiota! Como pode falar essas coisas? Ainda mais na minha frente. Por acaso tem algum problema? Não olha mais na minha cara... Puto! – Florence diz e percebo seus olhos encherem de lágrimas. E então ela sai correndo pelo corredor. Não a impeço, fiz merda e como bem a conheço se eu for atrás dela agora, no mínimo levarei um chute nas partes baixas.

Sem saber como agir, vou ao jardim do campus. Desço as escadas pensando em como Florence está e então saio da recepção. O vento úmido bate em meus cabelos e sorrio. Apesar de tudo, estou em Stanford, meu sonho. Ando preocupado pelo jardim até que vejo um banco vazio. Me sento e respiro aliviado. Percebo alguns movimentos inusitados e me viro. Meus olhos se encontram diretamente com os de Morgana. Ela se senta ao meu lado e consigo sentir o belo perfume dela e tenho vontade de grudar meu rosto em seu pescoço.

- É... Você agiu como se quisesse me comer mas já tem namorada. Pensei que você fosse diferente, Seth. - Ela diz me olhando nos olhos e pronuncia meu nome em um tom de ironia.

- Não achei que pensaria isso de mim, acreditei que iria me ver como um amigo, Morgana - Digo, me explicando, e falo o nome dela pausadamente.

- Todos nós, às vezes, achamos as coisas de forma errada. - Diz ela, olhando para os seus pés.

- Mas não pense que não te quero... - Digo, e toco seu rosto fazendo a olhar para mim, sorrio e vejo um sorriso se abrir em seu rosto também, mas logo ele desaparece e abre espaço para uma expressão sarcástica.

- Idiota. Acha que vai me conquistar assim? Ai...Ai... Vai ter que melhorar muito esse charme barato. - Ela fala e me dá um tapa na cara.

E cá estou ... Sozinho... Como no início.


Notas Finais


E nos encontramos aqui, de novo u_u. Espero que tenham realmente gostado e se não dormiram no meio do capítulo, comentem e digam o que acharam. Obrigada, até a próxima :D


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