História Bad Blood (Camren) - Bad feeling

05 de Maio de 2016

Michelle:

- Onde você esteve à noite toda?

- O que esta fazendo aqui, Lauren? - revirei os olhos e sentei do lado dela no sofá.

- Não tinha nada pra fazer - deu de ombros. - Que cheiro de cachorro molhado é esse impregnado em você? - não respondi, apenas levantei e fui pegar um pouco de whisky. - Karla! Não acredito nisso, Michelle - ela começou a rir.

- Vai se foder, Lauren!

- Nem depois de foder você fica de bom humor, que horror - ela jogou as mãos para o alto e continuou rindo.

- Sério, o que você quer aqui?

- Tive um pressentimento ruim, então vim ver se estava tudo bem, mas parece que com você esta tudo maravilhoso.

- Onde esta o Chris? - ignorei o que ela disse.

- Sei lá, quem mora com ele é você - Lauren levantou e pegou meu copo bebendo em seguida o liquido que eu havia acabado de colocar ali.

Olhei para a minha irmã gêmea e percebi uma coisa em seu pescoço, veias negras iguais as que eu tinha espalhadas pelo meu corpo.

- Tem visto a Camila em outro lugar além da escola? - ela negou com a cabeça e encheu o copo até a metade, bebendo tudo em um gole só.

“Michelle, eu fiz algo horrível - Karla sussurrou me abraçando com força e eu apoiei o queixo no topo da sua cabeça, retribuindo seu abraço.

- O que foi?

- Afastei minha irmã da pessoa que ela gosta...”

- Por que será que eu sinto que você esta mentindo? - cruzei os braços e ela revirou os olhos dando as costas para mim. - Lauren!

- Eu vi ela domingo.

- Viu é? - sorri aliviada e ela assentiu abaixando a cabeça. - E quando vai ver ela de novo?

- Talvez sábado.

- Entendo.

- Michelle - chamou quando eu já estava voltando pra sala.

- Diga.

- Você se sente fraca quando esta com a Karla? Se sente como eu me senti quando comecei a ficar com a Camila? Sente dor? - perguntou se aproximando.

- Sim - segurei seus ombros. - Mas te garanto que tudo isso passa quando ela te beijar - ela sorriu boba concordando comigo. Meu celular começou a tocar e eu o peguei, olhando rapidamente e sorrindo ao ver a foto da Karla. - Olha, você deveria ir ver a Camila já que esta com esse pressentimento ruim.

- Eu vou.

- Tome cuidado na floresta - empurrei-a pelos ombros.

- Você também - assenti. - Tchau! - ela saiu correndo e atendi o celular.

- Oi, Kah.

- Demorou pra me atender - resmungou.

- Desculpe, eu estava falando com a Lauren.

- Contou algo para ela sobre vocês?

- Não, você disse que não era para mim dizer nada.

- Certo, eu vou tentar conversar com ela e eu mesma dizer.

- Você tem certeza?

- Não - riu.

- Ela e a Camila têm se encontrando, sua irmã não fez completamente o que você disse - ri também.

- Que bom! Sinto-me menos mal ouvindo isso - suspirou aliviada e eu me joguei no sofá. - Eu esqueci de dizer para você tomar cuidado ao sair da floresta, tem uma família de caçadores na cidade e pode ser bem perigoso.

- Acho que uma família de caçadores não é tão perigosa quanto uma floresta cheia de sobrenaturais.

- Sãos os Calavera, Michelle - resmungou. - Ainda acha que não é tão perigosa?

- Acho que mudei de opnião.

- Me promete uma coisa?

- Claro, só não me pede pra prometer ficar na Floresta Fantasma enquanto esses caçadores não vão embora, porque eu preciso sair daqui para te ver!

- Eu não ia pedir isso - ouvi ela rir e acabei sorrindo. - Só me prometa que vai tomar muito cuidado quando for à cidade.

­- Não precisa se preocupar, eu prometo.

- Você acha que o Alejandro chamou os Calavera? A Mani me disse que ocorreu um grande problema na ultima reunião de caçadores e ele estava obcecado em matar a Lauren.

- Não duvido nada.

[...]

Lauren:

- Você precisa ser mais rápida, Camila! Desvie e contra-ataque - tombei a cabeça olhando confusa o homem atacar a Camila de forma séria. - Se você vacilar o vampiro pode te matar! - ele a segurou e a jogou no chão.

- Que droga! - ela resmungou gemendo baixo de dor e eu senti uma pequena raiva.

 Isso é mesmo necessário?

- Ande logo, levante-se! O que estou fazendo é o necessário para que você sobreviva nesse mundo! - ela levantou pegando outra estaca e avançou com velocidade pra cima de Alejandro, mas ele desviou, segurando-a novamente e a levando ao chão, com muito mais força dessa vez. - Me ataque para matar!

- Eu não sou boa em ataques corpo a corpo! - gritou e pareceu cuspir um pouco de sangue no chão, me deixando preocupada, mas quando eu ia descer da árvore que estava ela se levantou e foi pra cima dele com rapidamente. Camila avançou contra ele e a estaca foi em direção a cabeça de Alejandro, mas ele segurou o pulso dela e tentou contra-atacar com a sua estaca, mas ela também segurou o pulso dele.

- Bom trabalho - Camila riu orgulhosa. - Mas ainda não abaixe a guarda - sorriu e ela foi novamente ao chão.

- Argh! - grunhiu parecendo irritada e eu ri.

- Você realmente é melhor com arco e flecha - Alejandro jogou uma garrafa de água para Camila que estava sentada no chão. - Mas é bom aprender um pouco de ataque corpo a corpo.

- Eu sei - assentiu bebendo a água direto da garrafa. - Podemos treinar mais minha agilidade com as luvas e o aparador?

- Você não quer treinar com as luvas e o aparador, você quer é brincar.

- Talvez - riu. - Por favor, papa.

- Tudo bem, vou buscá-los - ela comemorou baixo me fazendo rir mais uma vez. - Pronto - Alejandro jogou as luvas azuis para ela que logo as vestiu, se posicionando na frente de seu pai.

- Não se esforce tanto, Camz - sussurrei e ela pareceu ouvir, já que olhou ao seu redor com uma cara confusa.

- O que foi, Kaki? - Alejandro perguntou batendo um aparador no outro.

- Nada, posso começar? - ele assentiu e ela começou a sessão de socos, joelhadas e às vezes alguns desvios.

[...]

- Você melhorou bastante, esta bem mais rápida - Alejandro acariciou os cabelos dela enquanto ela sorria largo. - Bom trabalho.

- Obrigada!

- Eu tenho uma reunião importante na delegacia agora e ainda preciso me arrumar, você pode guardar essas coisas para mim?

- Posso sim.

- Obrigado, querida - ele beijou a bochecha dela e entrou na casa.

- Eu estou sentindo seu cheiro e ouvindo seu coração, Lolo - Camila sussurrou pegando a bolsa com as estacas e a colocando no ombro.

- Chata! - resmunguei. - Há quanto tempo sabe que estou aqui?

- Poucos minutos - ouvi ela rir. - Continue ai, meu pai pode ver você.

- Vou para o seu quarto, te espero la.

- Vou terminar aqui e tomar um banho, depois eu te encontro la.

- Não demora!