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História Bad Boy - O que o intervalo de uma ligação faz


Escrita por: CrzyRainbowStar

Notas do Autor


Hey babies! Aqui é a Tia Carol falando. Demoramos não é mesmo? Estou auqi em uma profunda vergonha, porque sim demorou bastante. Mas essas semanas foram um pouco complicadas, e eu assumo que a culpa foi minha. Mas depois de muita luta e quase levar uns puxões de orelha da Agatha aqui estamos nós com uma capítulo novo para vocês, que sequer pode esperar que o dia amanhecesse para ser postado.

Antes de deixar vocês lerem nós gostaríamos de agradecer aos comentários do capítulo anterior. AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH não acredito que os leitores de Bad Boy inventaram o amor porque o feedback de vocês foi incrível. Muito obrigada mesmo!! Nos deixou muito mais animadas e já estamos cheias de surpresinhas, principalmente porque os 1000 favoritos se aproximam! Yey!!!

Agora vou deixar vocês lerem.

Boa leitura meus amores. Beijooos

Capítulo 19 - O que o intervalo de uma ligação faz


Fanfic / Fanfiction Bad Boy - O que o intervalo de uma ligação faz

A sensação de acordar com Jung Hoseok do lado eu já conhecia. Quer dizer, tinha provado da única vez em que isso havia acontecido em um motel de beira de estrada chamado Bota Bota - que vocês já conhecem muito bem, porém eu nunca vou cansar de estar sempre mencionado. Essas coisas acontecem quando o trauma é forte. Mas, acordar com ele agarradinho a mim, e eu agarrado a ele, com um mínimo de roupas e a certeza de que nada vai interromper aquela nossa paz, é ainda melhor.

Era mais que bom. Era incrível.

Bem, era isso que eu gostaria de dizer, caso tivesse me achado muito bem confortável e encaixado na cena descrita. Porém, nem tudo é como nós sonhamos, principalmente na vidinha de Kim Kim Taehyung e quando abri meus olhos Hoseok não estava lá.

Mas não pensem que eu fiquei desesperado com isso, porque não fiquei. A porta do banheiro aberta, a sua carteira sobre o criado mudo, algumas peças de roupa jogadas sobre uma cadeira e sua voz meio ao longe - provavelmente conversando ao telefone com alguém - me deram todas as provas que precisava para ter certeza que não havia sido abandonado pelado e dormindo em um quarto de motel longe de casa.

Claro que Hoseok mozão não ia fazer isso comigo. Afinal, ele me amava.

Ah que só de pensar nisso me vinham novamente todas as memórias desde quando chegamos ali, quando começamos pra valer nossa viagem de casal. “We got married TaeSeok”, só que tirando a parte que nós tínhamos casado, poderia quem sabe substituir por “date” já que ainda só namorávamos. Porém, quando eu fosse maior de idade, nós iríamos casar sim, em qualquer lugar que aceitasse uniões de casais homo afetivos. Até lá, aguentaríamos alguns anos assim.

E não vou pedir desculpas pela minha mente sonhadora e apressada, quer dizer, romântica.

Bem, e não posso mentir que os momentos mais marcantes em minha memória era sim a nossa inesquecível primeira noite. Ah Deus, era incrível a forma como eu ainda conseguia sentir os beijos e mordidas de Hoseok por minha pele como se estivessem acontecendo naquele exato momento. A sensação de suas mãos percorrendo meu corpo com firmeza e experiência ainda era presente demais e foi impossível para mim não corar ao lembrar mesmo de tudo.

Principalmente com o surgimento de uma específica dorzinha no quadril.

Ah meu Deus, eu não era mais virgem. Kim Taehyung finalmente havia se despedido das pregas da flor, está ouvindo isso Park Jimin? O seu sonho se realizou, agora pode voltar a transar com Jeon Jungkook e não me contar nada sobre isso, como você vem fazendo esse tempo todo, porque eu sei que sim.

Enquanto eu encarava o teto me contorcendo gostosamente na cama enquanto me espreguiçava, sentia o lençol roçando pelo meu corpo semi nu, e tenho que confessar é uma sensação ótima. Queria poder ficar para sempre deitado ali e completamente despreocupado com a vida, porém eu tinha um namorado bonitão na varanda, um estômago roncando implorando por comida e uma agenda de turista para cumprir.

Bem, talvez fosse mais uma obra de Hosana - que agora parecia ter feito as pazes comigo - ou pode ser que não fosse nada, mas vou considerar que a sorte estava do meu lado e eu não ia passar pela vergonha de falar com Hoseok com aquele mau hálito matinal, cara amassada e cabelo bagunçado - porque infelizmente meu cabelo não era o dele, que não bagunçava por nada. Então, como tinha essa ajudinha do destino, acaso, seja lá o que for, eu tratei logo de me levantar e dar aquele trato no visual. Mas coisa discreta, eu só tinha que ficar com uma aparência sexy natural, ele não ia nem perceber nada.

Levantei da cama, arrastando o lençol enrolado ao meu corpo para cobrir a minha não completa nudez, mas era conceitual andar enrolado no lençol, e estava um pouco frio também. Quando entrei no banheiro e dei de cara com meu próprio rosto do espelho, misericórdia. Que bom que não dei logo de cara com Hoseok, porque se eu que carrego o rosto que Deus me deu não estava gostando de olhar para aquilo, imagina o mozão que não é obrigado.

Principalmente porque ele parecia não ficar feio nunca. Ele era maravilhoso até com os olhinhos inchados de sono.

Lavei o rosto rapidamente, escovei os dentes, e não, eu não passei maquiagem se é o que estão pensando. Porém, ainda dei meio que uma bagunçada arrumada no cabelo para dar aquele ar natural, e uns tapinhas para ficar coradinho, porque parecia uma alma penada de tão pálido. E isso, Hoseok também não era obrigado a encarar.

Quando saí do banheiro fui em direção à varanda. Como imaginei, era exatamente lá que ele estava, de costas, debruçado, observando a avenida beira-mar, de costas para mim. Usava somente uma calça jeans, o que só me dava um prazer ainda maior de vê-lo sem camisa, e sim, a sua tatuagem também.

E foi aí que eu notei algo, nunca perguntei a ele qual o significado daquele desenhos. Ou a quanto tempo ele a tinha feito, porque escolheu um dragão, por qual motivo quis fazer uma tatuagem. Eram coisas que me interessavam mesmo sendo aparentemente bem bobas. Mas na verdade não eram, pois eu tinha muitas outras dúvidas sobre ele, das quais me segurava para não perguntar por não saber se nosso relacionamento estava no nível de intimidade para esse tipo de informação.

Até porque eram coisas relacionadas a sua família, seus pais, irmãos, porque ele morava sozinho, desde quando, porque escolheu ser mecânico ao invés de fazer faculdades. Hoseok era um mistério para mim, porém estaríamos no mesmo pé se não fosse pelo fato de minha mãe ter insistido em conhecê-lo desde antes de algo entre nós se tornar oficial.

Me aproximei dele, ainda arrastando o lençol enrolado ao meu corpo, e antes que eu pudesse lhe fazer alguma surpresa ele se voltou me encarando e sorrindo de canto após tirar o cigarro dos lábios. Franzi o cenho curioso e surpreso. Aquela era uma cena que fazia muito, mas muito tempo que não via, Hoseok fumando. Lembro perfeitamente que ele estava fazendo isso na primeira vez que o vi, e talvez tenha repetido o ato em alguns outros momentos isolado.

Era tão esporádico que eu até havia esquecido que ele fumava.

 

— Ei sexy. — foi a forma como ele me recebeu. Nem bom dia, nem olá meu amor, mas ei sexy. E não pensem que estou reclamando, porque não estou. Sinal de que minha produção no banheiro surtiu efeito, afinal o objetivo era ficar “natural sexy”.

— O-oi… — respondi bem muxoxo mesmo e bem tímido, porque eu sou uma pessoa descarada que fica desejando estar sensual para o namorado, mas quando é chamado assim fica com vergonha. — É... como eu deveria responder a isso? — perguntei como minha única reação naquele momento, claramente envergonhado enquanto Hoseok me puxava pela mão para mais perto de si.

— Ah, você poderia responder me chamando de gostoso. — Me abraçou forte contra seu corpo e eu aproveitei para esconder minha vergonha e meu rosto em seu pescoço tão cheiroso. — Como você está bebê?

— Eu estou bem. — Me soltei dele e procurei agora o olhar e dar um beijo, porque não sou de ferro e não ia aguentar ficar longe daquela boca linda, aquele sorriso maravilhoso.

— Acordou agora? — concordei com a cabeça dando um beijinho rápido nele e só pelo seu risinho eu sei que ele percebeu a minha pequena produção antes de ir encontrá-lo ali. — Vem, eu estava só te esperando para tomar café da manhã.

 

Eu nem me demorei com qualquer outra coisa. Com a fome que eu estava só se fosse louco para recusar comida, ficar me alimentando da saliva de Hoseok, eu podia fazer isso depois. Procurei um lugarzinho e puxei um dos bancos para mais perto da mesinha que havia ali. O lençol caiu ficando pouco abaixo das minhas pernas e me deixando basicamente só de cueca de novo. Hoseok não fez nem questão de disfarçar o seu olhar sobre mim e o sorriso claramente malicioso, transbordando safadeza.

 

— Belas pernas. — Mais um sorriso safado acompanhando o comentário nada discreto. Encarei Hoseok com os olhos basicamente paralisados em seu rosto sorridente. Sério, ele literalmente se divertia com minhas reações. Maldito. — Amo as suas pernas, sabia? — imediatamente como única ação que eu, ser humano incrivelmente tímido, teve foi puxar o lençol e me cobrir novamente, arrancando de meu namorado uma risada alta e divertida. — E amo mais ainda quando você fica coradinho assim.

— Aish. — cortei um pequeno pedaço de uma das frutas, que na pressa nem parei para ver qual era, e levei até a boca mastigando rapidamente. Só uma tentativa completamente falha de disfarçar minha falta e jeito com toda aquela ousadia de Hoseok. — Você gosta de ficar me deixando constrangido, não é mesmo?

— Você fica lindo assim. — bufei e ele riu mais uma vez. Onde estava o meu namorado fofo, tranquilo, discreto. Onde havia ido parar o meu Jung Hoseok romântico, que só falava coisas lindas e fofas sem conteúdo sexual e malicioso? — Tê...— levantei minha cabeça um pouco impressionado com a proximidade, o tom diferente que sua voz tinha, dando de cara com ele inclinado sobre a mesa e o rosto bem próximo ao meu, me olhando fixamente, mas de forma leve e até mesmo sedutora. Porque, convenhamos, o que não era sedutor naquele homem? — você é a coisa mais linda da minha vida sabia? — Juro que meu coração esqueceu como se batia por uns dois segundinhos e eu respirei fundo sorrindo de volta e finalmente dando a ele o beijo que estava mais do que óbvio era o que queria.

 

E ali estava o meu namorado fofo e romântico, ele não havia ido a lugar algum.

Continuei comendo o café da manhã, pois como já disse estava faminto, e naquele momento os beijos de Hoseok por mais deliciosos que fossem não iam me alimentar. Era engraçada a forma como ele estava me olhando, parecia tão concentrado em fazer isso, como se eu fosse a coisa mais maravilhosa do mundo. E cara, não era. Eu definitivamente não era.

Ali, com o rosto limpo, praticamente recém-acordado, os cabelos escuros e extremamente lisos sendo levados pelo vento leve, olhinhos pequenos e o sorriso mais iluminado possível, Hoseok sim era a coisa mais maravilhosa do mundo.

 

— O que foi? — perguntei sem jeito. Meio desestimulante a pergunta? Com certeza. Talvez um pouco ofensiva? Talvez. Mas pelo sorrisinho e piscar de olhos lento que ele deu em seguida, senti que ele não havia se afetado de forma alguma.

— Nada. — Ah que voz leve. Ah que sorriso. Ah que homem.

— Por que me olha tanto?

— Você me acalma. Estar perto de você me faz bem, eu esqueço dos meus problemas, eu esqueço de tudo. — Hoseok sorriu sem jeito e passou a mão pelos cabelos, tentando os bagunçar, e encarando o céu. — Eu até esqueço os meus defeitos, o que existe de mau sobre mim. — certo, definitivamente não havia como aquele Jung desgraçado me deixar mais sem jeito, completamente constrangido com seu amor e declarações. Eu ia morrer de felicidade.

 

Hoseok rapidamente se levantou e logo estava se sentando ao meu lado, próximo, bem próximo a mim. Deslizou a mão por meus ombros, mas dessa vez não foi da forma gentil de antes, parecia algo mais necessitado e, talvez, preocupado.

 

— Eu nunca vou deixar nada de ruim acontecer com você Taehyung. — segurou meu rosto levemente e me deu um beijo na testa. Senti que ele queria me dizer algo mais além daquilo, que já era o suficiente para me deixar sem entender nada, porém seu celular tocou. Sem dizer mais, depois de olhar no visor do celular, ele rapidamente se afastou para atender a ligação.

 

E com se afastar, eu estou querendo dizer ir para dentro do quarto, me deixando sozinho na varanda. Certo, aparentemente parecia algo ruim,  eu podia ter ficado com ciúmes. Mas acredite, foi até bom, porque eu comecei a comer feito um louco e também parei para lembrar da enorme novidade que eu tinha que contar a Jimin.

Vocês acham mesmo que eu tenho a língua tão presa assim e iria esperar voltar para a minha cidade e contar para ele que finalmente as pregas da flor haviam dado tchau? Mas não mesmo.

 

Tae: Jimin.

Rosinha

Bochechudo cara de pau

 

Jimin: oi amor da minha vida

 

Tae: se xinga ele aparece

E veja bem

Eu não sou o Jungkook para você estar me chamando de amor

 

Jimin: aish, isso não significa que você não seja o amor da minha vida

 

Tae: a tá.

 

Jimin: amigos antes de namorados

 

Tae: ah, agora você admite que namoram

 

Jimin: não foi isso que eu disse

Foi só uma citação

 

Tae: uhum

 

Jimin: como estão suas pregas?

Quer dizer

A viagem?

 

Tae: é…

Não estão

 

Jimin: o que não estão?

Espera

Suas pregas?

SUAS PREGAS NÃO ESTÃO?

 

Tae: não…

 

Jimin: ah que Hosana me ouviu e você finalmente transou

Hum… que o clima de casalzinho deve estar reinando por aí

 

Tae: ah sim, com certeza

Isso acontece quando duas pessoas se amam

 

Jimin: ah sim

Fico muito feliz por vocês

Mas…

Onde está o Jung Hoseok?

Por que você está aqui perdendo seu tempo trocando mensagens comigo quando deveria estar rebolando no colo do seu namorado

 

Tae: Aish Jimin!

Cadê sua sensibilidade?

 

Jimin: ah, você ainda está com dor né?

Típico da primeira vez

 

Tae: definitivamente você acabou com o romantismo do meu relato

Obrigado, idiota

Hobi mozão está no telefone

 

Jimin: está perto de você?

 

Tae: não. Estou na varanda e ele no quarto

 

Jimin: hum, será que é algum amante?

Ou pior

Uma amante?

 

Tae: mas que palhaçada é essa Jimin?

Que tipo de paranoia você está querendo plantar na minha cabeça?

 

Jimin: aish, eu estou no tédio. Estou criando histórias utilizando vocês de personagens para passar o tempo e exercitar a criatividade

 

Tae: mas começar logo por uma traição?

Não acha um pouco demais?

 

Jimin: Tá.

Pode ser alguém da família dele.

Ele tem pai?

 

Tae: não sei

 

Jimin: Mãe? Irmaos?

 

Tae: não sei e não sei.

 

Jimin: Misericórdia

Você não sabe nada sobre seu namorado não?

 

Tae: sobre isso nós nunca conversamos.

 

Jimin: deveriam.

Até eu sei que Jungkook é o mais velho de dos garotos, e tem um cachorro que era abandonado e eles adotaram.

 

Tae: já está admitindo de novo que namoram

 

Jimin: não foi isso que eu disse.

Enfim, como ele parece?

O humor?

 

Tae: eu não sei

Estou comendo frutas e olhando o mar

 

Jimin: vai lá ver

 

Tae: não

 

Jimin: pela minha história, ou vou continuar fazendo a traição

 

Tae: eu vou olhar

 

Jimin: bom garoto

Quer dizer, amigo

 

Tae: ele parece…

Irritado

 

Jimin: ótimo

É discussão

Alguém está dizendo algo que não agradou o sempre sorridente Jung Hoseok

Taehyung!

Será que é algo com o tráfico?

Com a gangue?

Será alguém que está devendo dinheiro a ele e está pedindo por mais prazo só para ter a cabeça poupada?

 

Tae: Jimin…

Você é criativo demais

Suas histórias poderiam ser boas

 

Jimin: eu estou falando sério.

Você sabe que sim

 

Tae: Tá. tá.

Minha mãe tá ligando

 

 

— Oi mãe.

— Oi filhinho. Neném lindo da mamãe. — Já fazia tanto tempo assim que eu estava longe? Tinha dado tempo da minha mãe ser abduzida e substituída por outra? Porque aquela definitivamente não soava como ela. — Como está sendo a viagem? — De repente seu tom ficou sério, mais fechado. — Ele está sendo gentil com você?

— Está tudo ótimo. — Peguei mais um morango e rapidamente comi. Eu tinha que aproveitar e comer tudo, porque minha mãe me ensinou a ser um rapaz educado e não desperdiçar comida. — A propósito, eu quero uma varanda no meu quarto. A senhora não tem noção do luxo que é tomar café da manhã com a cara no vento.

— Ah você tá luxando assim é? — Ai que eu já podia me preparar para ter todo meu ânimo absorvido, todas as minhas peninhas das asas arrancadas. — Pois aproveite que quando você voltar, será o seu quarto com cortina de bolinha e ventilador que vai estar lhe esperando. — Não disse? Agora entendem o porquê de eu querer aproveitar tudo? Em casa não tinha cama de casal, lençóis de casal, ar condicionado, Hoseok semi nu e adormecido do lado e café da manhã na varanda com direito a declarações de amor. Eu estava me sentindo Julia Roberts em “Uma linda mulher”. — Mas me conta, doeu muito, ou ele foi gentil?

— Do que você tá falando mulher?

— Do oba-oba, nheco nheco, furunfa, sexo, foda, transa, amor, sei lá como vocês chamam. — Imaginem um Kim Taehyung muito do chocado nesse momento, porque sim, eu estava. Como assim minha mãe ligava para ficar perguntando uma coisa daquelas? Eu até engasguei. No “meu tempo”, os pais proibiam os filhos de fazer sexo e brigavam se descobriam que mesmo assim eles faziam. Mas a minha mãe não, ela quem colocava os preservativos nas minhas coisas. Senhora Kim, a maior stan da ativação da minha vida sexual. — Como foi?

— Mãe! Isso é coisa que se pergunte?

— Ah vai me dizer que não fizeram nada? Taehyung, eu não nasci ontem, é claro que de ontem mesmo as suas pregas não passaram.

— Aish… — mas como não dava para mentir para mamãe, o jeito era se render. Que Hosana segurasse minha mãe, porque ela ia surtar. — Foi como um sonho. Eu até diria que tinha sido um sonho caso não tivesse acordado ainda com dor e todo marcado.

— Ele te marcou todo? — alguém para controlar os berros da minha mãe por favor? — Sabia que meu genro não era dos fracos.

— Ele disse que me ama. — Falei e no mesmo instante ela parou de falar qualquer coisa que estava dizendo. — Quer dizer, nós dissemos um para o outro.

— Garoto, cadê Hoseok? — Fiquei assustado? Claro que fiquei. Eu falo que nos declaramos e ela fica séria assim de repente. — Eu preciso falar com ele.

— Ele está no telefone. O-o que você quer com ele?

— Não posso mais falar com meu genro não? — Mas olha a audácia da minha mãe. — Deixa de ser bobo Taehyung, eu quero falar de vocês. Parabenizar aquele homem maravilhoso por ter desvirginado a sua bunda. E dizer o quanto você é sortudo por namorar com ele. — Minha mãe também era a maior Hoseok stan. Como claramente percebemos. — Vai, passa para ele.

— Tá bem. Tá bem.

 

Me levantei, num misto de falta de vontade de realmente fazer e ao mesmo tempo empolgação, porque todo aquele humor da minha mãe ao telefone havia me afetado e deixado feliz. Eu gostava muito de ver o quanto ela era apegada e apaixonada por meu namorado, mesmo que em alguns momentos fosse um tanto estranho toda essa paixão e admiração que ela parecia nutrir por ele. Mas o que podíamos fazer se Jung Hoseok era o ser humano mais encantador e lindo do planeta?

Voltei para dentro do quarto e me deparei mais uma vez com Hoseok sentado na cama com a cara enfiada no celular. Tudo lá dentro estava em um silêncio extremo e ele digitava em uma velocidade impressionante. Admito que nem quando a fofoca mais bombástica estava rolando, ou a mais exagerada discussão besta entre mim e Jimin, me faziam digitar com tanta intensidade quanto ele naquele momento.

 

— Mozão? — cheguei de mansinho para não deixar aquela impressão de que queria atrapalhar qualquer coisa que ele estivesse fazendo. E realmente não queria.

— Oi. — Era impressão minha ou sua voz estava mais grave e forte que o normal? Algo havia acontecido no meio tempo em que ele ficou ao telefone, e juntando às cenas que vi anteriormente dele discutindo com alguém, só tive mais material para juntar nessa teoria.

— É que… — coloque minha mão sobre o microfone do meu celular para minha mãe não ouvir nada. Digamos que se Hoseok estava de mau humor ela não precisava em nada saber disso. — Minha mãe quer falar com você.

— Agora não. — Mas que frieza havia sido aquela? Como assim rejeitando minha mãe tão duramente? Eu pensei que mesmo aparentando estar com raiva, quando eu falasse que ela queria falar com ele, Hoseok iria pelo menos aceitar e colocar mais um sorriso no rosto. Ser um mínimo gentil. Enganei-me pelo visto.

— T-tudo bem. — abaixei minha cabeça e voltei para a avaranda. Não havia mais o que fazer ali,  nem o que falar com Hoseok, porque ele claramente não queria falar com ninguém. E sim, aquilo me assustou bastante. Não era nada agradável ser tratado assim com tanta seriedade e indiferença por alguém que eu só via sorrindo. E eu sabia bem que não havia feito nada para contribuir com aquele humor. Mas se continuasse insistindo poderia ser que viesse a ter. — Mãe, ele está um pouco ocupado e não pode falar agora. Desculpa.

 

Não me demorei muito ainda com ela no telefone, e muito menos consegui continuar falando com ela no mesmo humor e ânimo de antes. Minha mãe ficou brincando, soltando piadas e fazendo mais algumas perguntas sobre nossos planos até o fim da viagem. Mas não era ali, naquela ligação, que minha mente estava. Eu só conseguia pensar em Hoseok. Mesmo ele tendo sido tão frio, ríspido e até mesmo grosso comigo - e com mamãe indiretamente - eu estava preocupado.

Certo, eu estava chateado, porém os meus níveis de preocupação com ele e aquela ligação que recebera eram bem mais elevados. Com certeza, não havia uma dúvida sequer que algo naquela ligação era sério e havia o deixado daquele jeito, com raiva, estressado e distante. Eu nunca havia chegado sequer perto de ver Hoseok com raiva, mas já havia dado para perceber que ele é bem do tipo que se fecha, se cala e afasta qualquer pessoa que tente se aproximar para ajudar.

E ele havia dado a sorte de namorar com um tipo justamente o contrário.

Quando encerrei a ligação com minha mãe voltei para dentro do quarto. Fui caminhando em passos mais lentos, leves para não acabar fazendo nenhum alarde. Ainda existia em mim um certo receio de me aproximar, fazer algo errado, cutucar onde não deveria e receber uma reação de Hoseok que poderia ser evitada caso eu tivesse tido mais cuidado. E quando o encontrei ainda sentado na cama, com os cotovelos apoiados na coxas e as duas mãos à cabeça eu tive ainda mais certeza de que não podia simplesmente virar as costas e fingir que não estava vendo que algo acontecia com meu namorado.

 

— Hobi… tudo bem querido? — Em passos lentos, cuidadosos eu fui me aproximando. — Aconteceu algo? — Ele apenas soltou um longo suspiro depois de me olhar de soslaio. Silêncio. Ainda silêncio. — Para mim parece que sim. — Sentei ao seu lado e calmamente passei a acariciar os cabelos escuros lisos de leve só para tentar deixá-lo mais calmo, molinho, porque sabia bem como ele gostava dos meus carinhos, principalmente no pescoço onde eu logo comecei a brincar. — Mas sabe o que eu descobri? — Me aproximei um pouco mais, entenda como subindo em cima dele, distribuindo alguns beijinhos por sua nuca e orelha. Adorava como a orelha pequenina de Hoseok facilmente cabia na minha boca e como ele ficava todo eriçado quando eu fazia isso. — Você é lindo, sexy, e adorável até com raiva. — Me aproximei mais ainda procurando ousar e me aprofundar mais nas carícias que fazia. Eu queria mesmo deixá-lo no clima, fazer com que Hoseok se rendesse, esquecesse um pouco do que quer que estivesse lhe fazendo sentir tão irritado. Meu intuito nem era fazer com que ele se abrisse e me contasse, era mais do que claro que ele não faria isso com tanta facilidade e assim de cara. Eu queria ao menos que ele conseguisse se sentir melhor, menos irritado e mais feliz. Estávamos ali para aproveitar não era mesmo? Aproveitar juntos.

— Tae… — ele me chamou baixinho levando as mãos até minha cintura e apertando com um pouco de força. — Tae… — eu insisti o beijando, esperando pelo momento em que finalmente ele se renderia às minha carícias. Mas ao contrário disso, senti suas mãos indo até meus ombros e me afastando devagar. — Desculpa Tae, mas eu realmente não estou no clima agora.

 

Hoseok se levantou, foi até o banheiro e eu fiquei ali, semi nu e completamente desnorteado, tentando entender o que havia acontecido entre o café da manhã e aquele momento, e o que ele ouviu ao telefone. Eu só queria saber o que havia levado - mesmo que temporariamente - o meu namorado fofo, feliz e tranquilo de mim.

 



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