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História Bad Boy - Se conselho fosse bom se vendia


Escrita por: CrzyRainbowStar

Notas do Autor


Hesloou
Podin aquii

Primeiro peço desculpas pela demora, volta as aulas agora, bloqueios e outros pequenos problemas acabaram atrapalhando a mim e a Carol
Mas o que importa é que estamos aqui com uma nova atualização mto cheirosa

OBRIGADA PELOS 1.080+ FAVS
OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS TBM

Cara, eu to desacreditada com o tanto de comentários que tem tido nos ultimos capítulos
Vocês são tão bolinhos, quero espremer todos como uma espinha
AAAAAAAH COISAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO <3

LOVE U ALL

Agora, chega de enrolar, eu e a Carol mandamos um bjão pra ocês <e

Boa Leitura <3 ><

Capítulo 21 - Se conselho fosse bom se vendia


Fanfic / Fanfiction Bad Boy - Se conselho fosse bom se vendia

As mãos deslizando por meu corpo nu eram as de sempre, mas a intensidade parecia diferente dessa vez. Talvez realmente estivessem mais fortes, ou apenas meus sentidos mais apurados, minha pele mais sensível. O vai e vem em cima da cama era contínuo e a cada onda nova de prazer que percorria meu corpo todo eu apertava um pouco mais o lençol por entre meus dedos.

Ah cara, eu adorava aquela posição. Não foi a coisa mais simples do mundo conseguir me fazer ter a coragem e desinibição o suficiente para aceitar ficar nela na primeira vez que Hoseok me pediu com jeitinho em uma conversa normal vindo com um “Tae, o que você acha de ficar de quatro da próxima vez?”

Mas agora, ah… eu podia dizer que a iniciativa partia de mim, adorava esperar ele me segurar firme pela nuca, chegar perto do meu ouvido e depois de me fazer arrepiar inteiro com sua respiração quente e ofegante, falar com a voz mais rouca e fodidamente sensual “Fica de quatro pra mim Tê.”

Recebi um tapa, daqueles bem estalados e ardidos, fazendo tanto eu como ele gemermos a mesma palavra chula, e ao mesmo tempo. As mãos masculinas e peritas descendo e subindo por minhas coxas, deslizando mais uma vez por minhas costas e chegando finalmente aos meus cabelos, me puxando para trás. Eu adorava quando Hoseok fazia assim, me deixando colado a ele.

Meu namorado diminuiu a velocidade com que investia em mim, passando a rebolar bem devagar, ondulando o quadril de forma gostosa, gostamente torturante, enquanto suas duas mãos desciam por minhas coxas. Ah que assim ele ia me deixar louco, viajando entre o querer que continuasse assim, e desejar que fosse mais rápido. Levei as minhas mãos até seu pescoço e me virei tentando alcançar seus lábios. Eu precisava desesperadamente sentir seus lábios nos meus, mesmo que da forma mais desajeitada possível.

Enquanto me ocupava chupando sua língua, Hoseok se ocupou de me segurar pelo quadril com uma mão e com a outra passar a me masturbar devagar, com toda a calma do mundo, o que não fazia do ato menos gostoso, porque já me arrancava gemidinhos manhosos e extasiados de quem já estava ficando louco e desesperado querendo um pouquinho de atenção para o próprio pau.

— Hoseok…

— Agora você vai gozar para mim? — Ah maldito Hoseok e essas suas falas que me faziam viajar de tesão naquela hora. Ele se mostrou bem além do que aquele cara carinhoso e compreensivo com meu “desabrochar”sexual. O Jung era um tremendo sem vergonha, um verdadeiro safado.

— Vou… — e eu claramente entrava no seu jogo, porque não tem graça jogar sozinho. E nessas horas, um Taehyung mais manhoso que isso não existia.

— Quero ver você gozando bem gostoso e dizendo meu nome. — E então a velocidade dos seus movimentos tanto entrando e saindo de mim, como me punhetando aumentaram e eu juro que não sei como ele conseguia fazer os dois ao mesmo tempo, mesmo que em velocidades distintas.

Descolei meu tronco do dele e caí com as mãos no colchão, ficando novamente de quatro. Ele não parou e eu gemi desesperado, aumentando gradativamente a intensidade dos meus sons cada vez que sentia a sua mão me segurando com força no quadril, me estocando cada vez mais rápido. Eu já nem pensava mais em nada, só na minha ansiedade para que finalmente gozasse.

E foi só quando isso aconteceu que meus pensamentos clarearam, não se organizaram, para isso levava um pouco mais de tempo. Caí sobre a cama, sentindo logo em seguida o corpo de Hoseok deitando ao meu lado. Ainda ofegante e de olhos fechados, tateei o colchão, encontrando ele em um estado semelhante ao meu, suado e deliciosamente trêmulo, ele sempre ficava assim depois do orgasmo.

Rolei meu corpo pelo colchão e fiquei sobre ele. Afastei seus cabelos molhados do suor, caídos sobre a testa e o beijei devagar e molhado só para poder acalmar os ânimos e sentir o gosto delicioso que aquela boca tinha. Hoseok segurou minha cabeça pelos cabelos, acho que isso era uma forma de me prender um pouco mais a si e não me deixar terminar o beijo antes que ele quisesse que chegasse ao fim.

— Eu te amo sabia?

— Você é tão gostoso!

Falamos ao mesmo tempo e vergonhosamente admito que quem falou o “você é tão gostoso” fui eu. Ah, não me julguem. Acontece que meu namorado fica romântico depois do sexo, enquanto eu ainda só penso em… sexo.

— Você não presta. — Hoseok falou depois de rir de mim e eu só concordei. Era verdade, vou discordar pra quê?

— Aprendi com você. — brinquei e ri da cara de falsa indignação que ele fez. — Eu também te amo mozão. — Lhe dei mais um beijinho rápido. — Agora me deixa que eu vou tomar um banho. — rapidamente saí de cima de si. Ele ainda segurou minha mão, mas rapidamente eu fui me afastando e correndo para o banheiro, porque ficar de amorzinho no colchão era bom, porém eu realmente queria um banho antes que perdesse toda a coragem de tomar um.

 

[...]

 

Às vezes eu me perguntava se me minha mãe sabia bem o que eu fazia quando dizia que ia sair com Hoseok. Eu sempre dizia que ia passear com ele e seria deixado em casa depois do filme que veríamos no cinema, ou do jantar, mas gente não posso mentir, em 80% das vezes essas saídas não aconteciam, porque quando eu chegava na casa dele a gente ficava por lá mesmo.

Eu não tenho culpa, quer dizer, nós não temos culpa de que rolar, e alguns outros sinônimos da ação, pela cama de Hoseok era bem melhor do que ficar como dois chatos sentados de frente um para o outro em uma mesa de um restaurante qualquer, comendo e comentando como o molho está bom e como o suco ficou aguado, porque demorou demais para beber e o gelo derreteu. Que deixasse isso para quando o relacionamento estivesse mais morno e o tesão bem baixo.

O que, pelo andar da carruagem, não ia acontecer tão cedo.

A nossa primeira vez havia sido na nossa viagem juntos e foi aquele amor todo. Nunca vou esquecer o quanto Hoseok cuidou bem de mim e sempre vai ser uma boa história para contar. Mas digamos que depois de umas semanas as coisas mudaram um pouco e Taehyung e Hoseok viraram aquele casal que saem na rua e todo mundo já olha com as carinhas maliciosas pensando aquele famigerado “Hum, estavam transando”.

E pensando certo, porque em 100% das vezes estávamos fazendo isso mesmo.

Mas isso por certa insistência minha. Hoseok era um amante e tanto, nossa como ele era, porém, por incrível que pareça, ele não estava disposto a sexo sempre e também não era ele quem tomava as maiores iniciativas, esse papel era meu.

E era bem assim que nós éramos. Creio que a cada novo dia que passávamos juntos a nossa identidade como casal e toda a nossa atmosfera um com o outro ia sendo construída. Não, não era tudo só sexo, longe disso. Nossos encontros, conversas, saídas ainda eram muito regados de carinho e cumplicidade. Eu e Hoseok conversávamos muito, das coisas mais triviais até as mais sérias, como quando ele me ouvia resmungar sobre as festas do pijama na casa de Jimin, até a minha indecisão sobre qual universidade escolher para cursar e meu medo tremendo de não passar em nenhuma.

Hoseok era o pacote completo para mim, sem sombra de dúvidas. Bonito, inteligente, responsável, cuidadoso, carinhoso, um bom conselheiro e ouvinte, confidente, sexy, um amante quente e um companheiro incrível. E cara, eu sabia que ainda não era para ele metade de tudo que ele era para mim. Eu tentava sempre ser melhor, mas tudo que o meu namorado fazia por mim me constrangia.

Como por exemplo durante nossa viagem, chega a ser engraçado lembrar como ele me encheu de mimos e passou um dia todo desse jeito, quase me colocando num pedestal pela forma fria e indiferente como me tratou lá.

Só tinha algo que me incomodava e sempre que eu ficava sozinho esperando por ele, voltava a pensar nisso. Eu ainda não sabia o motivo que levou Hoseok a agir daquela forma comigo. E não foi por falta de perguntas, porque eu tentei muito sondá-lo direta e indiretamente, mas ele nunca falava. Por algumas outras vezes o peguei parecendo irritado ao telefone e até mesmo levantando da cama no meio da noite e saindo do quarto.

Mas o que ele fazia, com quem falava, eu não fazia a menor ideia, porque ele simplesmente não se abria. E de tanto tentar, uma hora acabei ficando cansado. Mas não era como se eu tivesse desistido, eu só precisava pensar em maneiras diferentes, ou só dar a ele um descanso e deixando-o achar que eu havia desistido da ideia.

E lá estava eu, jogado no sofá, após meu banho, vestido em roupas de Hoseok e comendo do seu sorvete de morango enquanto esperava que ele saísse do banheiro. Há momentos em que silêncio é tudo que queremos, em outros ele é tudo que não queremos, e eu precisava de barulho, música, TV ligada, qualquer coisa do tipo. Me estiquei para pegar o controle do televisor e foi só aí que notei um objeto novo na mesa de centro da sala.

Era um porta-retrato com uma foto nossa durante nossa viagem. Pelo estado dos meus cabelos até achei que fosse uma das mais digamos que íntimas que tiramos. Mas não era e foi impossível não lembrar do exato momento em que ele nos fotografou na varanda do nosso quarto do hotel, o sol se pondo logo atrás de nós. A foto saiu por muita insistência minha, pois ele se dizia cansado e queimado demais do dia todo que passamos na praia, mas cedeu mesmo assim.  

Não consegui conter o sorriso ao ver o quanto ele havia gostado da foto que nem era tão bonita assim. Nós realmente estávamos dois acabados nela, caras de sono e bochechas coradas, mas dois sorrisos idiotas nos rostos que estavam bem próximos um ao outro. Com certeza a verdadeira beleza do retrato fosse o quanto parecemos naturais, felizes e espontâneos.

E como um rio correndo, sem muitas explicações eu acabei indo parar na velha reflexão de sempre, do quanto o que eu conhecia de Hoseok era aquilo, o que estava “dentro da sua casa” e que por mais que eu o observasse sempre iriam existir coisas que não poderiam ser descobertas, ele precisaria me contar.

E eu ainda estava remoendo esse assunto, não podia simplesmente deixar para lá, porque já havia acontecido isso várias vezes. Hoseok sempre desviava em qualquer tentativa minha, por menor e mais discreta que fosse. Minha provável e única opção era tentar descobrir por mim mesmo. E sem desistir.

— Tae, você quer pedir algo para comer ou vamos sair e comer fora? — Hoseok veio surgindo na sala, em seu esplendor de um banho recém-tomado me arrastando para fora do mundo dos meus pensamentos, sobre ele para variar.

— Você nunca vai cansar de gastar dinheiro comigo não é? — perguntei com um sorriso no rosto e ele me respondeu com outro maior ainda. Não, ele nunca iria cansar de fazer nada desde que fosse para mim, essa era a resposta que ele sempre me dava.

— Nunca! — se inclinou para perto de mim e quando ia me dar um beijo recuou no mesmo instante me deixando carente. Eu queria um beijinho. Eu sempre quero um beijinho. — Vou ligar fazendo nosso pedido.

— Por que não me beija? Eu quero um beijo amor! — falei manhoso enquanto ele se afastava para buscar o celular em cima do balcão.

— Você quer me matar? — e só quando encarei seus olhos arregalados foi que lembrei-me, sua intolerância.

— Hoseok! Desculpa! — dei um pulo do sofá e tentei o alcançar, mas ele fingiu fugir de mim com raiva e eu comecei a rir. Pirracento igual criança.

— Sai! Eu não quero você! Tô aqui pensando em te dar do bom e do melhor, comida e você querendo me matar com o sorvete. — Hoseok fez um bico enorme e eu queria muito rir, muito mesmo, mas era bem mais gostoso entrar no personagem.

— E por que você tinha sorvete aqui mesmo, hein? O senhor não é intolerante? — acreditem, somente quando falei isso foi que me dei conta.

— Jungkook trouxe um dia e não comeu todo. — ele pegou o celular e começou a discar para o restaurante.

Eu permaneci encarando o nada, tudo, a foto, e novamente me veio na mente Hoseok e seus mistérios. Eu me conhecia, as coisas não eram tão simples de fixarem assim nos meus pensamento a ponto de serem obcessivamente recorrentes. E se as tais coisas que eu queria saber sobre Hoseok ainda me martelavam na cabeça assim, era porque se tratava de algo importante.

E se era importante, eu iria descobrir, nem que tivesse que ir ao limbo para isso.

— Pronto amor, pedi comida italiana para nós dois. — Ele se voltou para mim deixando o celular sobre a mesa longe de nós. — Agora me deu vontade de assistir desenho. — o abusando pulou sobre mim dando um beijo na minha bochecha, já que a boca com os vestígios do sorvete ele ainda se recusava a beijar e roubou das minhas mãos o controle remoto. Se aproveitava do meu fraco por aquele sorriso lindo e os lábios gostosos.

— Hobi… posso te fazer uma pergunta? — não sei se ele esperava que eu fizesse algo, também não faço ideia do que poderia estar passado na sua mente, talvez nada, mas com um dar de ombros leve e sem se voltar para mim ele me autorizou a continuar. — É importante. — eu não falei aquilo para que sua atenção se voltasse toda para mim, ou ele ficasse preocupado, receoso do que viesse, mas assim que eu falei, seu corpo já estava virado e seus olhos sobre mim.

— Você quer saber se eu aceito te levar num motel, dessa vez para transar? — juro que foi essa a pergunta que ele me fez com a mais séria das expressões. Inacreditável. Isso lhe rendeu um tapa no braço e uma leveza diferente no momento. Mas eu ainda tinha certo trauma com o local por causa do famigerado “Bota-Bota”.

— Hoseok!

— Desculpa. — se retratou, mas eu tinha certeza que alguma ele ainda ia aprontar. — Fazer amor gostoso em um estabelecimento de hospedagens propício ao ato e que cobra por hora. — Idiota. — E o que foi amor?

— Me conta sobre a sua família? — mandei na lata. Hoseok petrificou a expressão por uns segundos, os olhos duros e arregalados olhando para mim enquanto eu, esperançoso, aguardava uma resposta sua. A boca se abriu algumas vezes tentando fazer sair alguma palavra talvez, mas o que brotou foram só uns grunhidos totalmente incompreensíveis que pareciam mais um ataque de nervos do que a tentativa e falar.

— É.. T-tae… — de repente a campainha toca. E tão rapidamente eu desviei meu rosto na direção da porta, Hoseok já estava se jogando nela em um desespero de quem está vendo água depois de dias sem nada. Não gostei nem um pouco e a minha cara de bunda já deixava isso bem claro.

— O que veio fazer aqui? — Hoseok perguntava para Jungkook, que estava aprendendo com o namoradinho secreto dele Park Jimin a como ser um perfeito empata foda, só que empata apuração de informações. E isso eu acreditava que não podia ser obra de Hosana, ela queria que eu soubesse. Talvez as dificuldades fossem só um teste da minha determinação. Sendo assim podia ser obra dela.

— Eu esqueci meus fones aqui.

— E precisa ficar assistindo os pornô no trabalho não é, seu sem vergonha? — Hoseok brincou e Jungkook sorriu concordando com a cabeça.

— Se me pegam eu to ferrado. Ah! Você está aqui Taehyung? — revirei os olhos e respirei fundo quando depois de um século, o bonitão me percebeu ali parado no meio da sala. — E usando roupas do Hoseok. Quer dizer, roupa, porque você tá só de blusa. Ou a cueca é dele também? — e foi só aí que eu lembrei que estava só cueca e camisa. Me joguei o mais rápido que pude no sofá, em meio às almofadas. O que não foi lá uma boa ideia, porque, não sei se lembram, mas o tal sofá era de couro e com o roçar da minha pele nele, fez um barulho muito semelhante ao que vocês estão pensando muito bem aí. Ai que humilhação. — Vocês estavam transando, não era? — Jungkook, o discreto. Estão vendo como ele e Jimin são perfeitos? Dois descarados.

— Não é da sua conta, idiota! — resmunguei. Pelo menos estávamos só eu e ele, então o constrangimento de ouvir isso na frente de Hoseok era menor.

Meu namorado estava no quarto para buscar o tal fone de Jungkook, e para algo estar lá era porque a pessoa só podia ser muito íntima dele. Aqueles dois só podiam ser amigos a muito tempo não é mesmo? Jungkook tinha que saber algo sobre a vida do Hoseok. Ah mas eu ia perguntar mesmo! Aquele descaramento dele ia ter que me servir para algo além de passar vergonha.

— Ei Jungkook… — como quem não quer nada, mas já querendo tudo, eu decidi vestir uma cara de pau tremenda tanto quanto a do ser que estava na minha frente. Jeon Jungkook não ia escapar.

— Que foi? Eu não sei do Jimin, não falei com ele hoje

— E por que eu perguntaria a você sobre o Jimin? Porque você saberia mais sobre ele do que eu? — apertei meus olhos intrigado, aquilo estava cheirando a oportunidade para arrancar um fofoca. Mas não! Não era a informação que eu queria,então ia ficar para depois. Foco Taehyung! Foco! — enfim, não estou interessado em nada sobre você e Jimin.

— E o que você quer saber então? — ele cruzou os braços sobre o peito e passou a me encarar tal qual eu fazia com ele. Só que ele estava desconfiado, e eu com minha carinha de puro anjo.

— Você sabe algo sobre a família do Hoseok? — mandei na lata de novo! Eita que Kim Taehyung estava só para atirar. Jungkook me olhava sério, como se pensasse. Ah que Hoseok eu não pressionava, mas aquele garoto eu ia empurrar contra a parede nem que fosse na ponta da faca! — Hein Jungkook? Os pais dele são vivos? Ele tem irmãos? Por que ele mora sozinho desde tão cedo? Me diz algo. Você sabe de algo? — e a única coisa que tive como resposta foi um Jeon completamente nervoso, com os olhos focando em qualquer lugar exceto em mim, negando com a cabeça nervoso. Tá certo que eu iria acreditar que ele não sabia de nada. — Com o que eles trabalham? Ele é rico? — continuava bombardeando Jungkook de perguntas e ele só me encarava calado. Eu tinha que saber essas coisas, como por exemplo como ele podia bancar sofá de couro, moto de marca e viagem para dois com um namorado caro como eu e ainda um apartamento daqueles com o salário de mecânico.

— Olha Jungkook, achei uma camisa sua aqui também. — lá vinha Hoseok. Mas que droga! Por que todo mundo de repente resolveu ser meu empata alguma coisa? Duas vezes no mesmo dia, e em tão curto espaço de tempo, já era demais até para mim. — Aconteceu algo? Do que estavam falando.

— Nada demais. Era sobre o Jimin. — me afastei de Jungkook e voltei para o sofá. — Perguntei se ele sabia dizer se ele ainda estava com raiva de mim. Jimin tem reclamado de falta de atenção.

— Ah. — Hoseok entregou a camisa para Jungkook. — Acho que ele tá precisando namorar também. — Tá pegando o recado Jeon Jungkook? Mas se não quer me dar informação também não ia deixar comer a bundinha do meu melhor amigo. Ou ele comer o Jungkook, não sei como funciona aquela dinâmica desses dois.

 

[...]

 

As aulas voltaram. E não, não tinha nada de bom nisso, porque como se não bastasse ter que abrir mão de tarde inteiras com Hoseok, manhãs dormindo até tarde, e dias e mais dias sem ter que atravessar a cidade de ônibus lotado só para ficar ouvindo aqueles professores chatos falando, meu melhor amigo estava com raiva de mim.

Sim, Parkinho Jimin, o maior ânus glicosado que alguém pode conhecer, resolveu que ia levar a sério isso de que eu não lhe dou mais atenção e que passei o tempo todo das férias somente com Hoseok e não quis saber dele.

Ah mas em reclamar que ele me esconde até o talo a relação que tem com Jungkook eu não tenho a menor razão.

— Jimin. Jimin. —  continuava literalmente correndo atrás dele pelo corredor da escola, tentando fazer ele olhar para mim. Mas estava bem difícil, talvez aquele bico enorme que ele tinha nos lábios estivesse tapando a visão dele. — Park Jimin! — segurei seu braço com força depois de uma quase maratona e corrida com obstáculos - vulgo outros alunos inconvenientes enchendo o corredor - eu o puxei virando na minha direção. — Até quando você vai ficar com essa palhaçada de raivinha e vai voltar a falar comigo direito?

— Eu estou de mal de você, Taehyung! — ai meu Deus. “De mal” era pior do que eu pensava.

— De mal, Jimin? Vê se cresce. Assim não tem como nem Hosana te defender! — e não foi que a cara dele piorou?

— Aish! Lá vem você com essa história de Hosana! O que é isso, é uma versão feminina do nome do Hoseok? Até em divindade religiosa fictícia você quer transformar ele? — apertei meus olhos para aquele ataque de pelanca e fique só esperando o momento em que ele ia começar a bater o pé no chão. Eu ia dar um tapa no Jimin.

— O quê? Do que você está falando Jimin?

— De que você só quer saber do Hoseok! — sim, ele gritou. — Só porque ele é seu namorado isso não te dá o direito de me trocar por ele. Eu ainda sou seu melhor amigo! Eu cheguei antes dele! Eu te beijei antes dele te beijar! Você só beija bem por minha causa! — Ai meu Deus, exposed party Kim Taehyung version. Eu tinha que controlar aquele ser humano escandaloso.

— Jimin pelo amor de Deus, eu não te troquei por ninguém. O seu lugar na minha vida é único. — ele cruzou os braços e ficou me encarando de canto de olho. — Eu te amo meu rosadinho. Onde mais que eu vou achar um chaveirinho de bolinho de arroz rosa assim como você? — me aproximei e levei um soco fraco nas costelas por ter chamado ele de chaveirinho, com certeza.

— Olha você para.

— Desculpa. — Ri fraquinho e voltei a tentar abraçar ele. — Você me perdoa por ter estado distante?

— Você promete que não tá falando isso só porque precisa ter um amigo aqui dentro? — segurei muito a minha vontade de revirar os olhos. Meu amigo era muito bobinho mesmo.

— Prometo. Eu estou fazendo isso porque eu quero meu Jiminie idiota de volta. — Abri os

braços para um abraço e só pelo sorriso que ele me deu sabia que ia receber um da forma mais escandalosa possível.

Depois da pazes e a volta dos melhores amigos do mundo todo, nós fomos para a familiar mesinha onde comíamos o lanche - o banquete dos deuses que Jimin trazia de casa e era obrigado a dividir comigo por todos os salgados e sorvetes que me devia, assim como todos os micões que eu pagava por causa dele - e fofocar. Digo, conversar sobre a vida.

— E aí, como tá sua relação com o Hoseok? — encarei aquele rosado por longos segundos me perguntando se ele queria um peteleco na orelha antes ou depois da resposta. Onde estava o sentido daquela criatura?

— Você não estava até pouco tempo atrás reclamando do meu namorado, por que agora quer saber sobre ele?

— Eu estava magoado, tá? — o dramático - aprendeu comigo, muito bem ensinado - colocou a mão sobre o peito. Era de comover, se claro, não fosse comigo que ele estivesse falando. — Agora conta.

— Ah, está tudo bem, mas tem algo me incomodando. — Parkinho largou sobre a mesa a colher e potinho de iogurte tão rosa quanto seu cabelo e me encarou desconfiado.

— O que foi? Tá achando que ele tá te traindo? — puxou o celular do bolso em uma pressa fora do comum. Ele o podia estar mais louco que o normal.

— O que você está fazendo?

— Eu vou descobrir isso agora! Ai do Jungkook se não me vazar essa informação. — puxei o aparelho da mão dele, porque do jeito que aquele maluco é exagerado era bem capaz de acabar sobrando para mim.

— Para com isso. Não é nada disso.

— E é o que então? — cocei a cabeça. Contar ou não contar? Eis a questão. Mas Jimin, mesmo sendo um tremendo sem noção, ainda era meu melhor amigo e alguém em quem eu confiava muito, não ia continuar escondendo isso e guardando só para mim.

— As coisas que ele não me conta. — ele sinalizou com a mão para que eu continuasse. — Sobre a família, o passado. Já perguntei várias vezes e ele sempre desvia, muda de assunto, se aproveita de algo e nunca mais toca nesse assunto. Estou tentando desde a nossa viagem e ainda não consegui nada.

— Sabe o que é isso? — lá vinha bomba. Jimin, o entendido das artes dos relacionamentos ia falar. — Você tem que conquistar seu homem, Taehyung! Tem que saber como agradá-lo e deixar bem claro que nenhum outro vai ser como você.

— Jimin, ele me ama. Eu não tenho que conquistar Hoseok.

— E quem disse isso? — meu Deus. Por que ele só ficava colocando caraminholas na minha cabeça? — Ele te ama, disso eu não duvido. Mas ainda tem áreas dele que você não conquistou, não chegou lá, por isso não tem acesso.

— E como que eu posso fazer isso? Não estou entendo você.

— Faça Jung Hoseok cada vez mais seu e de ninguém mais, aos poucos o acesso a esses lugares vão ser dados para você. Simples. — Jimin pegou novamente seu iogurte e voltou a comer como se tivesse me explicado de onde vinham os bebês, pois eu me sentia com 8 anos de idade tentando entender algo complexo demais para minha cabecinha infantil. — Inclusive, você tá livre sexta para uma festa do pijama? Ah está? Que ótima notícia.

— Jimin... hã? O quê? Ai deixa pra lá! — resolvi esquecer, porque as coisas que Parkinho dizia nunca faziam sentido na mesma hora. Quem sabe daquii a pouco eu entendesse o que ele quis dizer. — E como estão as coisas com o Jungkook? — o semblante tranquilo de Jimin mudou drasticamente ao tocar no nome do Jeon e eu arregalei meus olhos com medo. O que aquele outro idiota tinha aprontado?

— Aquele infeliz, desgraçado do Jungkook só pode ser assexuado. — a raiva e frustração de Jimin eram visíveis. Mas cara, eu ainda acho que ele estava errando nessas táticas de sedução para cima do Jeon. Ou o outro só não gostava da fruta rola mesmo. — Onde já se viu, recusar tudo isso aqui? Eu sou lindo!

— Eu ainda acho que você está fazendo errado todo esse seu plano. — disse mesmo, porque temos que ser sinceros com os amiguinhos.

— E o que você quer que eu faça? Suba no colo dele enquanto jogamos video game?

— Se for para fazer ele finalmente perceber que você quer que outras coisas subam e entrem, sim, suba no colo dele. E já vá tirando as roupas de preferência. — Ótimo conselho, porém não tinha sido dado por mim.

— O que? — eu e Jimin nos viramos na direção da terceira voz que surgiu na nossa conversa dizendo isso, que eu achei um baita conselho digno, porém bem inapropriado para se dar a alguém com quem não se tem intimidade.

— Quem é você? — Jimin estava tão intrigado com a aparição do tal cara que era possível nem ter reparado no conselho.

— Garoto, de longe eu te reconheci! — ele falou comigo, com um sorriso enorme nos lábios.

— Quem é ele, Taehyung?

— Seokjin? O que você está fazendo aqui? Na minha escola?

— Eu trabalho aqui agora. Mundo pequeno, não é?

 


Notas Finais




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