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História Bad Boys Club - Evite a surpresa, vá na certeza.


Escrita por: MiMoon

Notas do Autor


Hoje em dia, os livros dizem que as "sereias" que os marinheiros viam na época das Grandes Navegações eram, provavelmente, "dugongos".
Caro cientista que afirmou isso. Sim, você aí. Senta aqui um instante pra gente conversar.
Vamos tomar como exemplo um antigo marinheiro. Vamos chama-lo de "senhor Astolfinho". Ele disse que viu uma sereia. Bom, é exatamente assim que a lenda foi criada, né? Aí, vem você e diz "será que não era só um dugongo"? Pronto! O mundo inteiro deu mais crédito a você. Imagine a decepção do senhor Astolfinho. Lá no céu, ele não se conforma e até hoje afirma ter visto uma sereia. Não desanime, senhor Astolfinho. Os dugongos também são bonitinhos.

Capítulo 13 - Evite a surpresa, vá na certeza.


Já era dia e o sol invadia a casa de Kyungsoo. Não mais chovia, e apenas um clima frio reinava junto do brilho do sol naquela manhã. No chão da sala ainda se encontrava o colchonete que haviam colocado na noite anterior, os lençóis e edredons ainda entre o chão e colchonete, numa duvida entre ficar ou não ficar sobre os corpos que ali dormiam. Haru a muito havia saído dos apertos desconfortáveis e se mudado para a cama do dono, que agora, sem o mesmo, se tornara ainda maior e mais confortável para abriga-lo. Kyungsoo estava confortável e provavelmente dormiria o domingo todo se não fosse por um pequeno detalhe que não era tão pequeno assim.

Convenhamos que dormir sozinho durante praticamente toda a sua vida o havia feito se acostumar com certas coisas, como: o espaço extenso sobre a cama, o friozinho típico causado pela falta de calor humano, que era reduzido pelas várias camadas de lençóis, e a falta de ter algo para se aninhar como um filhotinho, fato que também era substituído por várias almofadas e por Haru que na maioria das vezes era o principal alvo dos abraços noturnos de Kyungsoo.

No entanto, naquele momento algo parecia diferente do habitual, pois nenhum dos pontos citados acima, estava presente naquele momento.

Kyungsoo estava incomodado e ao mesmo tempo se sentindo confortável, e esse tipo confusão mental o fez despertar de seu sono que facilmente duraria o dia todo.

Ao despertar, sentiu-se confuso com o fato de se sentir acolhido em um abraço, demorou certo tempo para conseguir abrir os olhos, porém, quando o fez levou um susto momentâneo ao dar-se conta de Jongin o abraçando pela cintura e suas pernas enroscadas umas nas outras.

Antes de entrar em pânico, prendeu a respiração e tratou de se acalmar, amaldiçoando seu coração problemático que batia desesperado, temendo que as pulsações acordassem o maior colado em seu peito. Seus olhos grandes, ainda mais arregalados, já acostumados à luz que entrava pelo vitrô da sala, levantaram o olhar curioso e receoso até o rosto alheio, com medo de encontra-lo lhe encarando com um sorriso, mas sua sorte foi o encontra ressonando tranquilo com a face relaxada pelo sono. Soltou o ar finalmente, agradecendo aos céus por Jongin estar dormindo.

Agora, mais calmo, pensou se deveria se levantar, mas ainda sentia sono e sabia que se saísse, o friozinho da manhã o faria se arrepender. Talvez voltar a dormir esperando que Jongin acordasse primeiro fosse uma ideia viável, dessa forma Jongin seria o primeiro a levantar e não precisaria passar pela vergonha de ter que encara-lo naquele abraço constrangedor.

Pensando nisso, acabou por perder-se encarando os fios bagunçados do maior, caídos sobre a testa e espalhados parcialmente pelo travesseiro. Sequer percebeu que sua atenção havia sido roubada pelos cabelos sedosos a sua frente, o fazendo perder completamente sua linha de pensamento. Passou então a passear com seus olhos pelas feições alheias sem dar-se conta. Observou os olhos fechados tranquilamente que pareciam inofensivos, mas quando abertos, as íris castanhas e olhar felino, retiravam o fôlego de quem quer que fosse. O nariz que enfeitava o rosto, não era um formato perfeito e delicado, mas com traços fortes, fazia com que seu rosto fosse unicamente belo e desejado. O formato de seu rosto era algo curioso, era como se fosse possível acha-lo infantil e sexy ao mesmo tempo. Sua pele era a característica mais atraente aos olhos de Kyungsoo, que jamais negaria a beleza de Jongin. Seria ridiculamente estupido se mentisse dizendo não achar Jongin bonito, era praticamente impossível existir alguém que não invejasse a beleza que o moreno possuía. Finalmente seus olhos escorregaram até os lábios carnudos de Jongin, não tanto quanto os seus próprios, porém tão bem desenhados que quando se repuxavam em um sorriso arrancava suspiros com facilidade.

Não percebeu por quanto tempo já estava a analisar a face alheia. Poderiam ser minutos ou algumas horas? Porém, só despertou de seu transe ao ver um sorriso contido surgir nos lábios que observava. Levantou o olhar e descobriu estar sendo observado por Jongin.

Abriu a boca para dizer algo, porém desistiu assim que se lembrou de que ainda estava sendo enlaçado pela cintura e a vontade de cavar um buraco para se esconder tomou conta de si. Nunca se sentiu tão desarmado em toda sua vida ao notar que o maior o analisava com o olhar atento em seu rosto e tudo só piorou quando sentiu a distância dos rostos diminuir lentamente conforme o outro se aproximava.

Ao mesmo tempo em que se encontrava paralisado no lugar, estranhamente nervoso demais para conseguir se mover com a rapidez necessária, sua mente trabalhava na velocidade da luz em uma forma de fugir daquilo e quando Jongin já comemorava interiormente por sua vitória, Kyungsoo o empurrou e rolou pelo colchonete de forma atrapalhada caindo em uma mini queda do colchonete ao chão.

-Ahhh... - Falou como se lembrasse de algo de repente, fingindo que nada aconteceu. -Está frio hoje! - Se colocou de pé rapidamente, odiando a sensação de sair do calor e cair direto no chão frio. -Onde será que está o Haru?

-Bom dia pra você também. - Sentou-se no colchonete fazendo uma cara emburrada, frustrado por não conseguir fazer o que queria.

-Ah, bom dia. - Coçou a nuca, rindo nervoso. -Dormiu bem?

-Apesar de ter dormido em um colchonete, sim, dormi muito bem. - Sorriu. -Mas estou com fome.

-Que horas são? - Procurou pelo celular o encontrando em cima do sofá. -É uma da tarde. Poxa até que não dormimos muito.

-Não dormimos? - Riu achando graça da forma natural com que Kyungsoo falava. -Pelo jeito, café da manhã não é muito normal pra você, não é? - Colocou-se de pé e foi até o outro o abraçando por trás causando um sobressalto no menor. Jongin fazia de propósito, adorando a forma assustada que Kyungsoo estava reagindo.

Era estranho, afinal, Kyungsoo não costumava se comportar dessa forma, porém, divertido.

-Não... - Murmurou. -Mas eu acho que não tenho nada na geladeira pra fazer um almoço.

-Não? - Espantou-se.

-Mas a gente pode sair pra comprar alguma coisa. -Sugeriu tentando ignorar o abraço.

-E o que você faria se eu não estivesse aqui?

-Às vezes eu costumo nem almoçar. -Revelou dando de ombros.

-Como assim? - Jongin o virou de frente para seu corpo e o fitou serio. -Você não pode pular refeições por preguiça, Soo. Não faz bem. Você pode ficar doente. - O repreendeu com as mãos pousadas em seus ombros.

-Jongin você está falando como a minha mãe. Eu sei me cuidar, tá bom? - Tirou as mãos do outro de si, afastando-se. - Vá trocar de roupas, vamos sair.

Saiu de perto de Jongin, caminhando apressado até o banheiro e se fechando lá dentro. Bufou irritado consigo mesmo, ligou a torneira e jogou água em seu rosto na esperança de fazer aquelas coisas sem sentido passarem. Tinha certeza de que Jongin o estava manipulando, não era possível. Sempre foi ótimo em controlar suas emoções, não fazia sentido estar corado com um abraço. Parou para repensar em tudo, era uma pessoa racional afinal. Nunca fazia nada sem pensar dezenas de vezes antes. E não seria essa, a sua primeira vez.

Ficou por longos minutos analisando cada mínimo detalhe, desde suas emoções até suas ações, todas as coisas que pensava e as coisas que o moreno dizia.

Não gostou da conclusão que chegou após sua reflexão. Escolheu acreditar que estava confuso devido à súbita mudança de comportamento que Jongin vinha sofrendo com o passar dos dias. Não parecia mais aquele mesmo garoto tarado que ficava falando besteiras para si. Mesmo que ainda sorrisse safado de vez enquando, ainda sim, isso era mínimo, se comparado ao sorriso sincero que estava esboçando cada vez com mais frequência. Sem falar no cuidado e carinho que estava demonstrando para Kyungsoo.

Contudo, além de fofo era estranho e isso deixava Kyungsoo receoso ao perceber uma pontinha de sentimento desperto dentro de si, descoberto após muitas analises e reflexões.

-Já estou pronto, Soo. - Jongin anunciou do lado de fora do banheiro.

-Estou indo! - Respondeu de forma apressada.

Mandou tudo para a casa do caralho, seus pensamentos, suas emoções e tudo que tinha direito. Tacou o foda-se e resolveu não pensar mais nesse assunto.

 

 

*•♫•*¨`*•.¸♥✰♥¸.•*¨`*•♫•*

 

 

Chanyeol despertou de seu sono quando sentiu uma luz fraca adentrar em seu quarto pela sacada. Era um costume seu, deixar porta da sacada sempre aberta, seja de noite ou de dia. Somente a porta de vidro ficava fechada para proteger do frio e de possíveis insetos durante a noite, fazendo assim, a luz noturna da lua e o céu enfeitado de estrelas, embalar o seu sono.

A luz da manhã ainda estava aceitável, e devido à neblina no céu, o cenário fora da sacada era um branco total. Chanyeol havia dormindo de conchinha junto de Baekhyun após um banho na noite anterior. Havia emprestado outra blusa que ficara imensa no outro, porém dessa vez era um moletom quentinho e não uma regata de basquete como no outro dia. Também cedeu uma boxer limpa para que o menor usasse, já que da outra vez o fizera dormir quase nu em sua cama, mas como o dia estava frio, resolveu agasalhar melhor o outro, mesmo que ainda o privasse do uso de calças.

Baekhyun havia passado o sábado todo na casa de Chanyeol, pois não queria voltar para a casa. A senhora Park ficou tão feliz com a presença do pequeno, que o levou até seu quarto e passou a tarde toda contando sobre a sua viagem em Paris e mostrando as compras que havia feito por lá. Por outro lado, Chanyeol passou a tarde toda, emburrado na frente da TV esperando que sua mãe liberasse Baekhyun para si. Quando o menor finalmente apareceu ao seu lado, não pensou duas vezes antes de arrasta-lo até o banheiro para tomarem um banho juntos e aproveitar para agarra-lo um pouco. Mas Baekhyun estava sonolento e logo foram dormir.

Ainda estavam na mesma posição de quando adormeceram. Chanyeol ainda abraçava a cintura de Baekhyun que se encontrava quase em posição fetal.

Olhou para frente vendo a cabeleira de Baekhyun, levantou um pouco a cabeça do travesseiro, tentando olhar o rosto do menor dormindo, mas se surpreendeu ao vê-lo de olhos abertos, porém sem notar sua movimentação. Estava distraído olhando a vista que a sacada proporcionava e parecia pensativo, talvez até um pouco entristecido.

Quem sabe não estivesse lembrando-se da briga que tivera com sua mãe pelo telefone, ou de sua crise de choro e desabafo após isso. Talvez estivesse arrependido de ter contado tudo para Chanyeol e esses pensamentos fizeram com que o maior se sentisse preocupado novamente.

Baekhyun suspirou baixinho ainda encarando a sacada, pensativo, mas arrepiou-se ao sentir o aperto dos braços de Chanyeol aumentar e um beijo ser depositado na área visível de seu pescoço.

Chanyeol relaxou ao ver Baekhyun sorrir e virar em sua direção lhe roubando um beijo.

Chanyeol não se importou, é claro. Não é como se fossem um casal apaixonado. Isso tudo era apenas atração sexual e um pouco de compaixão pelos problemas familiares de Baekhyun. Então não havia com o que se preocupar, não é mesmo? Que mal faria um beijo, um abraço, um carinho? Não precisava se preocupar, afinal, seria impossível se apaixonar. Ainda mais, por Baekhyun. Que piada, até parece.

Baekhyun deitou-se por baixo de Chanyeol e o puxou pelos cabelos, logo sentido as mãos do maior acariciando suas pernas descobertas. Sentiu sua língua ser sugada para dentro da boca alheia e não se conteve em fazer o mesmo tombando a cabeça para o lado oposto a de Chanyeol que explorava sua boca com lentidão, porém, não menos desejoso que o normal. Viu o maior se afastar após uma mordida em seu lábio inferior.

-Bom dia, Chan! - Falou todo sorrisos.

-Bom dia. Você está melhor? - Perguntou curioso.

-Está preocupado comigo ou é impressão?

-Tsc! -Estalou a língua no céu da boca. -Estou preocupado se o seu humor vai afetar o meu estudo.

-Uhum... – Riu debochado.

Chanyeol tentou se levantar da cama, mas antes de conseguir sair de cima do menor, Baekhyun rodeou sua cintura com as pernas.

-Aonde você vai? Fica! - Falou manhoso fazendo um bico.

-Temos que ir tomar café da manhã! - Voltou para perto do outro.

-Não pode ser mais tarde? - Começou a distribuir selos pelo maxilar de Chanyeol. Estava começando a sentir vontade de senti-lo novamente.

-Não, você tem que me dar aulas hoje! Então não podemos nos atrasar. - Disse, controlando-se para não agarrar o menor.

-O que é isso? - Riu divertido. -Você quer estudar num domingo? Será que isso não é uma desculpa pra eu ficar aqui o dia inteiro de novo?

-Não viaja! Eu preciso compensar o dia de ontem. - Roubou um selo de Baekhyun o fazendo parar com os beijos em seu pescoço. -Minha mãe passou o dia todo fofocando com você e nem deu tempo de estudar.

-Tá bom. –Concordou finalmente em descerem para tomar café. -Mas antes eu posso te chupar?

 

 

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-Que bolo nós vamos fazer? - Jongin indagou, andando ao lado de Kyungsoo.

Haviam acabado de comer um lanche, pois Jongin insistiu para que almoçassem alguma coisa e agora se encontravam em um mercado para comprar os ingredientes para fazer o bolo.

-Você já fez bolo alguma vez na sua vida? - Kyungsoo perguntou enquanto analisava as prateleiras.

-Na minha casa mora só eu e o meu pai, e a única coisa que nós dois conseguimos fazer é Ramen e ovo frito. - Disse e arrancou um riso soprado de Kyungsoo.

-Então... Eu só faço bolo quando minha mãe vem me visitar. Não sei se vou conseguir fazer sozinho. - Alertou.

-Tanto faz, a gente aprende junto. Não deve ser tão difícil. - Falou vendo Kyungsoo concordar com um aceno.

-Que tipo de bolo você prefere? Chocolate, de cenoura, de fubá..?

-De cenoura parece bom. - Falou animado. A vontade de comer o bolo, crescendo em seu interior.

-Certo, então acho que precisamos de... Cenoura, não? - Questionou, procurando em volta.

-Ahh... Acho que sim... - O olhou de volta, ambos não fazendo ideia de por onde começar. -Melhor procurar na internet.

-Acho melhor - Concordou vendo Jongin tirar o celular do bolso.

Jongin desbloqueou o aparelho na intenção de procurar pelos ingredientes, porém teve sua atenção roubada por uma mensagem de Lay. Kyungsoo que o encarava a espera de uma resposta viu quando Jongin fez um olhar surpreso.

-O que foi? - indagou curioso.

-Kyungsoo, você sabia que o seu amigo Suho perdeu o BV com o Lay? - Falou tentando segurar o riso ao ver a cara chocada do outro.

-Impossível! - Exclamou com surpresa. -Como você sabe disso?

-Lay me contou. - Virou o celular em direção a Kyungsoo. -E disse que o seu amigo fez uma aposta com ele.

-Se ele terminar de assistir uma lista de doramas, ele vai dar uma chance pro Lay?! – Kyungsoo leu ainda indignado.

-Não faz sentido. Essa aposta é muito estranha. - Jongin franziu o cenho e voltou a olhar o celular para reler a mensagem.

-É do Suho que estamos falando. Na cabeça dele faz todo o sentido.

-Agora só falta nós dois... – Foi prontamente interrompido.

-E o bolo? Já viu a receita do bolo? - Mudou de assunto, fingindo voltar a procurar algo nas prateleiras.

-Ahh... Tinha me esquecido. - Voltou a mexer no celular a procura de alguma receita, fazendo Kyungsoo respirar aliviado. -Achei.

-Diga.

-Primeiro precisamos de três cenouras. - Leu em voz alta, seguindo os passos de Kyungsoo que foi até onde se encontravam as cenouras e escolheu as mais bonitas.

-Você acha que essas estão boas? -mostrou as cenouras dentro do saquinho plástico.

-Acho que sim. - Concordou e Kyungsoo guardou-as no cestinho que carregava. -Agora... Óleo!

-Já tenho em casa.

-Açúcar você também já tem? -Voltou-se para o menor.

-Também!

-Ovos? - Kyungsoo parou por alguns instantes para tentar lembrar-se do estado de sua geladeira.

-Acho melhor comprar. Por precaução. - Recolheu uma caixa de ovos que se encontrava por perto. -O que mais?

-Farinha e fermento.

-Só? -Perguntou com espanto. Jongin fez que sim. -Nossa, parece que vai ser fácil.

 

 

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-Eu estava errado, completamente errado!

Kyungsoo se encontrava no meio da cozinha que mais parecia um campo de batalha. Até mesmo Haru estava branco de farinha. Jongin mexia a massa com uma colher de pau, porém esta se encontrava mais liquida do que deveria.

-Acho que está faltando farinha. - Jongin buscou o saco de farinha em cima da bancada.

-Não! - Kyungsoo exasperou-se. -Temos que seguir a receita, direitinho. Passo-a-passo. - Segurou um dos braços do moreno tentando impedi-lo de pegar a farinha.

-Mas nós seguimos! - Falou irritado. -Estamos seguindo a receita até agora e olha no que deu! -Indicou a massa molenga com a colher de pau.

-Estamos nada! Você colocou mais açúcar do que pedia na receita! -Acusou.

-Mas essa massa molenga não vai virar bolo! - Alcançou a farinha. -Está faltando farinha.

-Jongin, você nunca fez um bolo, como pode sair falando que está faltando farinha? - Segurou o outro lado do pacote.

Ambos os lados puxavam o saco de farinha tentando tomar a posse do mesmo, porém nenhum deles cedia.

Antes que alguém conseguisse dizer mais alguma coisa, o saco de farinha rasgou ao meio fazendo farinha voar por todos os lados daquela cozinha e nos dois garotos que antes brigavam pela farinha.

Kyungsoo arregalou os olhos entrando em desespero ao ver toda aquela bagunça, ele com certeza faria Jongin o ajudar a limpar aquela catástrofe. Jongin olhava de Kyungsoo para a farinha espalhada por todo o chão da cozinha. Tentava não rir da expressão no rosto do menor, porém era muito difícil, só esperava que Kyungsoo não o espancasse assim que voltasse ao seu estado normal. No entanto seus olhos curiosos acharam algo mais divertido, logo acima do fogão.

Nem dera tempo para que Kyungsoo se recuperasse, enfiou o dedo numa panela em que haviam feito uma cobertura de chocolate para o bolo e o levou até a bochecha do outro, rindo em seguida do susto que este levara.

-Jongin! - Rosnou, mas Jongin continuava a rir de si.

Estreitou os olhos para o moreno, enfiou o dedo na panela também e recolheu uma quantidade generosa de chocolate, logo sujando a ponta do nariz do maior e rindo de canto, satisfeito pela vingança. Jongin o olhou chocado, limpando o chocolate de seu nariz com o dedo para logo leva-lo até a boca, provando do sabor do chocolate.

-Você quer brincar, é? - Jongin falou sorrindo de maneira assustadora fazendo o menor entrar em estado de alerta e dar um passo pra trás ao ver o maior lambuzar mais dois dedos na panela.

Foi rápido ao tentar sujar o outro, porém Kyungsoo foi mais rápido correndo para longe. Mesmo assim, isso não parou Jongin que passou a perseguir Kyungsoo que corria em círculos pela cozinha, tentando esquivar-se das investidas do maior.

-Não Jongin! Não! - Kyungsoo gritava, começando a rir junto de Jongin que ria do desespero alheio.

-Quando eu te pegar, Soo. Você está perdido! -Jogava ameaças, rindo e correndo atrás de Kyungsoo.

-Chega, Jongin! Não tem graça. - Desmentia a si mesmo quando ria de seu próprio desespero.

Jongin logo o alcançou, o puxando pela cintura para perto e o virando de frente e sujando a outra bochecha do menor. Ambos riram enquanto ofegavam pela curta corrida na cozinha, Kyungsoo não se sentia mais incomodado com a presença de Jongin, e estava se divertindo com ele.

Jongin encarou a face do outro, aquele sorriso era novo para si, e de repente sentiu-se confiante como há tempos não se sentia. Viu naquele momento, a oportunidade perfeita e não hesitou ao levar seus lábios até bochecha de Kyungsoo, lambuzada de chocolate.

Kyungsoo arregalou os olhos, sentindo a língua do maior em sua bochecha, limpando o local. Tinha certeza que dessa vez seu coração havia parado de vez, seus pés fincaram ao chão como se criassem raízes e seu corpo endureceu como uma estátua. Viu Jongin se afastar por alguns segundo - O suficiente para ver um sorriso estampado em seu rosto - e logo dirigir-se até sua outra bochecha também melada por chocolate.

Jongin lambeu a pele de Kyungsoo com maestria e antes de afastar-se, deixou uma mordidinha ali, somente para provocar. Afastou-se e encarou aqueles olhos negros de um brilho raro. Sorriu.

Sabia que se tentasse fazer o que queria, seria afastado brutalmente, portanto não tinha opção melhor em sua mente.

-Kyungsoo... - Chamou. Os olhos curiosos do menor, eram os únicos que se mexiam, perdidos no rosto alheio, olhando rapidamente para todos os cantos da face à sua frente, porém não parando em ponto algum. -Namora comigo?

A boca de Kyungsoo antes fechada, abriu-se e fechou repetidas vezes na esperança de dizer algo, no entanto nada saiu. Jongin pôde sentir que Kyungsoo tremia minimamente. Em sua mente, tela azul. Uma situação inesperada para Kyungsoo, que até o momento tinha absoluta certeza de que o maior só queria aproveitar-se de si.

Afastou-se do outro, tentando recobrar a razão. Precisava pensar, precisava entender a situação.

-Ahh... Jongin... - Balbuciou confuso.

-Por favor, Soo. Eu gosto muito de você. -Suplicou.

-E-Eu não... - Suspirou. - Na verdade, eu estou um pouco assustado, eu sinto muito...

-Eu estou apaixonado por você, Soo. Me dá uma chance. - Sussurrou se aproximando do outro, novamente. Cuidando para não assusta-lo. –Eu vou fazer você se apaixonar por mim também.

-Não, Jongin. - Tentou o afastar, empurrando-o. -Não vamos nos apaixonar, nós nem conhecemos um ao outro direito ainda...

-Não fale besteira, Soo. Nós já nos conhecemos o suficiente.

-Mas...

-Eu sei que você não costuma mentir para mim, Soo. - Segurou o queixo do menor o forçando a olha-lo. -E eu sei que você também gosta de mim. Então você não pode negar.

Kyungsoo ameaçou falar algo, mas corou e desviou o olhar. Talvez fosse uma boa ideia manda-lo embora de sua casa. Pensou.

-Não me pergunte nada. Eu não vou te dar nenhuma resposta. - Negou voltando a encarar o moreno. - Estamos bem como estamos agora!

-Você está com medo de me responder!

-Não tente me ter... Vamos apenas ficar assim. - Tentou sair dali, mas Jongin o prendeu contra a parede, as mãos apoiadas ao lado da cabeça de Kyungsoo. - Você está tornando isso mais difícil, por quê?

-É você que está tornando isso difícil. E você não precisa. Eu sei que você quer. -Segurou o rosto do outro, depositando um carinho ali.

-Eu não preciso disso, Jongin... - Falou sério. -Eu sei bem como isso termina. Despedidas, repetições de corações quebrados... Não consigo encontrar um propósito nesses sentimentos tolos. Um grande erro mascarado de acerto.

-Eu prometo que você não vai se arrepender. Eu vou cuidar de você e te amar pra sempre. - Selou com carinho a bochecha do menor.

-Não faça promessas, você nunca sabe quando o amanhã vem...

-Confia em mim. - Pediu afundando-se no olhar de Kyungsoo que soltou um suspiro cansado daquela discussão. Abaixou seu olhar, incerto.

-Eu realmente quero acreditar, porque eu acho que gosto de você. - Falou baixinho, porém Jongin o ouviu e abriu um sorriso. Um daqueles sorrisos que Kyungsoo gostava. -Não sorria para mim... Se eu me apegar a você, eu vou ficar triste... - Virou o rosto ainda tentando fugir do maior.

-Do que você tem medo, hein? - Deixou mais beijinhos no rosto de Kyungsoo.

-Tenho medo de que esse sorriso bonito me faça chorar mais tarde. – Segredou baixinho, sentindo-se mais ridículo do que nunca. Jongin segurou seu rosto mais uma vez, o fazendo voltar a lhe encarar.

-Isso não vai acontecer, é uma promessa! - Falou próximo aos lábios do pequeno. Kyungsoo ponderou por alguns intantes.

Jongin viu quando os grandes olhos que lhe encarava se fecharam e as mãos do menor foram para seus ombros. A boca entreaberta de Kyungsoo era uma confirmação para o seu pedido e uma demonstração de confiança em suas palavras. Essa era a maior chance que receberia e Kyungsoo esperava que não estivesse errado em confiar dessa forma em Jongin.

Jongin não se demorou em colar seus lábios, ciente de que roubaria de Kyungsoo seu primeiro beijo e sua preciosa confiança, não sabia o que faria depois daquilo, mas escolheu não pensar em nada quando puxou o menor pela cintura, não poderia perder a oportunidade mais rara de sua vida. Adentrou com sua língua a boca inexperiente e enroscou-a na língua atrapalhada de Kyungsoo que não sabia o que fazer. No entanto, nem mesmo esses fatos fizeram com que Jongin não se aproveitasse do beijo. Era como beijar um anjo. Como realizar um sonho impossível. Chegava a ser perfeito, somente por estar finalmente acontecendo. O interior de Jongin chegava a soltar fogos de alegria e satisfação.

Mesmo sendo seu primeiro beijo, Kyungsoo tentou não parecer uma estátua e seguiu os movimentos alheios imitando Jongin e sentindo um arrepio percorrer seu corpo. Não tinha ideia de que beijar fosse tão bom. Ou talvez fosse, só por ser Jongin ali.

Estava apostando em Jongin e esperava que o outro percebesse isso. Não sabia se estava fazendo o certo, mas pela primeira vez estava seguindo o concelho de seus amigos, não pensaria muito, somente faria o que sentisse vontade.

Mas não se engane... Até certo ponto.


Notas Finais


Estava eu relendo os capítulos anteriores para começar a escrever este e foi ai que eu percebi: "Porra, já estamos no capitulo 12 e até agora nada de beijo kaisoo? Como assim? O que eu estou fazendo com os meus querido leitores?!" kkkkkkkkk E foi exatamente assim, que isso saiu. Huahuahua
Então queridos, espero que tenham gostado do capitulo! Estou tentando postar sem longas demoras e espero que esteja dando certo.
Queria agradecer imensamente por todos os comentários e favoritos.
Por falar em favoritos, deixem-me contar algo:
Cá estou eu, escrevendo este capitulo desde uns dias atrás. Eu tenho mania de ficar parando pra descansar durante o processo de criação do capítulo. E como eu descanso? Lendo fanfics, claro!
Eu não faço ideia de quantas fanfics estou acompanhando no momento, mas é muita, (muita mesmo) então quase todo dia tem umas três atualizações e quando não tem eu leio as oneshot. Então se você é uma escritora, Chanbaek ou Kaisoo, e está lendo isso, eu provavelmente já li as suas fic! Obrigada! kkkkkkk
Mas não era disso que eu ia falar! (Retomando) Então durante esses periodos de pausa, que devem ser pelo menos umas seis vezes por dia, eu entrei no SS e comecei a receber um monte de notificação de favoritos.
Eu via todos, voltava a escrever e dali vinte minutos entrava aqui de novo e mais um monte de favoritos e eu devo confessar que achei bem estranho. Eu fiquei tipo: "O que está havendo?" kkkkkkkkkk
Então eu só queria agradecer a vocês pelo apoio e carinho! <3 Você são uns amorzinhos e eu estou lendo todos os comentários, todinhos, só estou sem tempo de responder mesmo! Tanto que eu escrevo os capítulos durante as minhas aulas. Então perdoem a Moon por não estar respondendo ninguém, okay?! Eu amo muito todos vocês!
Ah, sim. Também gostaria de dizer que fiquei muito feliz em saber que algumas leitoras perceberam algumas músicas na fic. Eu tenho esse costume de colocar letra de músicas escondidas no meio das fics, então saber que vocês estão atentos e conhecem as músicas, me deixa contente. Toda fic minha tem pelo menos duas músicas então bora procurar kkkkkkkk Mentira gente, não precisa sair caçando as músicas pelas fanfics... É só uma coisa que eu gosto de fazer.
Então é isso! Até o próximo!!!
Chu~*3*

Pra gente se amar um pouquinho mais!
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