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História Bad girl gone good - I love you


Escrita por: FindingLauren

Notas do Autor


Heeey gnt!! Tudo bom com vcs?? ... Muito obrigada pelos 140 favoritos \o/ <3
Boa leitura!!

Capítulo 21 - I love you


Fanfic / Fanfiction Bad girl gone good - I love you

Lauren’s Pov

-Achei, Demi... Achei.

-An... Pode ficar com o meu lugar. – Eu disse gentilmente. Eu não queria estar entre a conversa do casal, portanto parecia uma solução lógica.

-Não querida, fique onde está, não precisa sair. – Selena disse. Ela sorriu para mim e eu retribui nervosamente antes de desviar o olhar para o piso meio encardido.

-Quando vamos fazer, amor? – Ouvi Selena perguntar e suspirei envergonhada por ainda estar ali, em uma fila, entre as duas, ouvindo uma conversa confusa que não era da minha conta.

-Em breve. – Demi respondeu. Pelo canto do olho notei seu nariz empinado e sua expressão fria, o fato de ela estar me encarando de cima a baixo me fez encolher os ombros. –Mal posso esperar para por minhas mãos nela. – Demi continuou, parecia ser apenas uma estranha impressão minha mas o tom de sua voz era ameaçador, eu me perguntei se ela havia deixado o olho esquerdo de Selena roxo daquela maneira.

-Laur vamos! Já peguei. – Ally disse. Ela chacoalhava uma sacola com dois potes de sorvete dentro e eu revirei os olhos, pensando no pobre garoto que teve seu lugar na fila tomado.

Eu pigarreei baixinho para anunciar que estava saindo da fila, era estranho que eu sentisse que deveria avisar o estranho casal sobre eu estar prestes a sair da fila, e dar as duas a devida privacidade

Sentindo os olhares castanhos das duas queimarem minhas costas enquanto eu acompanhei Ally e Troy até a saída. Eu me perguntava de onde vinha a sensação estranha em meu estômago, era como uma espécie de pressagio ruim que me deixava um tanto nauseada.

-Quem eram àquelas duas? – Troy perguntou. Ele andava sobre o meio-fio, abrindo os braços para se equilibrar enquanto Ally tentava derrubá-lo. Eles eram um casal adorável.

-Sei lá. – Eu dei de ombros decidindo não falar sobre a sensação estranha. –Devem ter me confundido.

Troy assentiu e em seguida perdeu o equilíbrio, pois Ally jogou sujo, botando o pé em seu caminho enquanto ele estava distraído com minha resposta. Eu gargalhei com a cara emburrada que o garoto fez e o olhar travesso de Ally. Naquele instante – enquanto parávamos em frente á faixa de pedestres – eu notei que a baixinha havia tomado uma parte dos meus dias que pertenciam a Normani, eu me senti um pouco culpada com a possibilidade de estar substituindo uma amiga por outra, mas assim que me lembrei de meu mais recente encontro com Mani, eu senti toda a mágoa voltando. E enquanto eu observava, com um sorriso no rosto, a interação maluca de Troy e Ally eu agradecia a Deus por todas as pessoas maravilhosas que estavam adentrando minha vida. E Camila estava no topo de minha lista, com um coraçãozinho desenhado bem ao lado de seu nome.

***

Penélope pulou em meus braços antes mesmo que eu cruzasse o pequeno portão, ela estava distraída, ouvindo atentamente alguma coisa que meu irmão dizia, mas assim que ela me viu ela se levantou e correu até mim com seu jeitinho desajeitado. Eu já sorria largamente, e quando a apertei contra meu corpo meu sorriso apenas aumentou.

-Você demorou um montão de tempo, mamãe. – Ela resmungou manhosa, escondendo o rosto em meu pescoço.

-Eu sei meu amorzinho, mamãe sente muito. – Respondi fazendo um beicinho exagerado, ela riu quando levantou a cabeça pra olhar pra mim e eu aproveitei para beijar todo o seu rostinho, arrancando mais risos dela. –Lembra que conversamos sobre a creche e você me prometeu com dois dedinhos que ia experimentar? – Perguntei. Seus olhinhos esverdeados começaram a vagar por todos os cantos, ela cravou os dentinhos em seu lábio inferior e juntou suas mãos em frente ao corpo nervosamente. Eu sabia muito bem o que isso significava. Minha garotinha estava, provavelmente, ansiosa com a nova adição a sua rotina e eu também estava. Era uma nova experiência para nós duas.

-Lembro não. – Ela murmurou com um olhar culpado que dizia que ela não estava sendo completamente honesta. Essa era uma coisa nova dessa idade, pequenas mentirinhas, eu estava trabalhando duro para impedir que isso se tornasse um habito.

-Eu sei que você lembra, meu anjo. Semana que vem nós vamos juntas até lá, que tal? – Perguntei soando animada, eu queria mostrar para ela que seria divertido. No entanto Penélope ainda parecia hesitante.

-Semana que vem é um montão de tempo? – Ela perguntou manhosa, me olhando com àqueles enormes olhos esverdeados que pareciam me pedir para mudar de ideia.

-É um montão sim, filha.

-Você vai me buscar todos os dias né? – Ela murmurou.

-É claro que eu vou, bebê. – Respondi pincelando suas bochechas coradas.

-Você ainda vai ser a mamãe né?

Meu coração se agitou com sua pergunta, eu a abracei e beijei seus cabelos varias e varias vezes. Era horrível vê-la tão temerosa, ver o seus olhinhos evitarem os meus por ela estar nervosa e ver seu rostinho choroso.

-Eu sempre vou ser a mamãe, minha princesa, e você sempre vai ser meu bebê... Quer dizer, até você fazer quinze anos e não querer que eu te chame mais de bebê. – Eu respondi. Penélope me encarou confusa enquanto eu ouvia Allyson e Troy rirem atrás de mim, só então eu notei que ainda estávamos em frente ao portão.

-Eu vou querer sim. – Ela rebateu contrariada, eu gargalhei com o quão brava ela parecia, de bracinhos cruzados e carinha emburrada.

-Tudo bem, eu vou te chamar de bebê mesmo que você tenha quinze anos, certo?

É claro que ela não me deixaria sair por aí a chamando de bebê quando chegasse aos quinze anos, talvez até mesmo antes, mas naquele momento seu coraçãozinho precisava apenas que eu a certificasse de que sempre seríamos eu e ela, mesmo que outras pessoas começassem a entrar em nossas vidas.

Camila’s Pov

Eu estava bufando em ódio enquanto subia as escadas até a sala de Nolan de um modo completamente diferente do que usei na ultima vez em que tive de subir essas escadas. Eu pisava firme, meus passos eram barulhentos e meus punhos estavam cerrados.

Eu também não bati na porta antes de entrar, eu apenas invadi e dei cara com o costumeiro. Nolan sentado em sua mesa de ferro, com uma sobrancelha erguida e um olhar irritado e confuso, provavelmente por conta de minha súbita entrada e todo barulho que causou.

-Toma. – Eu disse entre dentes, em seguida desvencilhei a alça da mala para fora de meus ombros e a arremessei sobre a mesa de Blume. Seus olhos pousaram sobre o objeto e voltaram a me analisar segundos depois. Eu continuei em pé em frente a mesa, ainda bufando discretamente.

-Como foi? – Ele perguntou seriamente.

-Quase deu tudo errado! – Eu exclamei correndo minhas mãos por meu rosto, sentindo minhas bochechas queimarem por conta de todo o estresse que eu estava sentindo. –Um carro me seguiu, tava tentando me tirar da pista. – Acrescentei.

Blume ajeitou sua postura na cadeira giratória e me encarou parecendo mais interessado.

-Que carro? Viu a placa? Viu quem dirigia? – Ele perguntou.

-Uma caminhonete branca, a placa tava coberta mas era do Texas, San Antonio e “g” parece ser a ultima letra e não, não vi quem dirigia, mas era loiro. – Eu respondi relembrando o momento em minha mente.

-Droga. – Ele murmurou desviando o olhar. –Alguém sabe sobre nossos planos e está tentando nos ferrar, alguém aqui dentro tá vendendo informações.

-Não me diga. – Eu resmunguei baixo e irônica mas soube que Blume pôde me escutar quando ele voltou a me olhar friamente.

-Mande todos para o gramado da frente agora. – Ele ordenou. –Agora, Cabello! – Nolan reforçou quando não movi um músculo em direção á porta.

Eu assenti á contra gosto e saí batendo a porta com força, sabendo que eu teria de ficar ali por mais tempo do que o planejado.

***

Camila: Hey, posso ir até ir, branquela?

Lauren – A deusa: Mas é claro que pode, Troy e Ally acabaram de sair e Pê tá dormindo... to esperando <3

Duas mensagens foram o suficiente para que eu me sentisse relaxada. Após ter espalhado a noticia de que Nolan queria todos no gramado, ele anunciou que àquele que encontrasse o traidor que andava entre nós teria direito a pedir o que quisesse.

Depois ele saiu deixando um silêncio tenso no ar, estavam todos se olhando como se cada um fosse uma possível ameaça e na verdade era exatamente isso o que estava acontecendo. Eu estava aliviada por não estar recebendo olhares de ninguém, afinal todos já sabia que eu havia sido perseguida, portanto eu era uma cartinha descartada.

Duas horas depois e eu estava mais do que feliz em poder sair dali e finalmente encontrar-me com a morena. Eu ultrapassei o limite de velocidade para poder chegar em trinta minutos e provavelmente receberia algumas multas por ultrapassar o sinal vermelho.Várias vezes. Mas eu não estava muito focada nisso, assim que cheguei á casa da branquela e tirei o capacete a ausência da luz solar foi a primeira coisa que notei.

De alguma forma eu não havia notado que durante o caminho o céu havia escurecido, haviam nuvens grossas e fortemente cinzas se amontoando e algumas vezes clarões de luz surgiam do nada.

-Camzi! – Fui cumprimentada pela voz suavemente rouca que pertencia apenas á uma pessoa no mundo. E essa pessoa estava me abraçando forte, sua respiração cerrando contra o meu pescoço me dava arrepios, seu nariz estava quentinho e eu podia ouvi-la ronronar discretamente.

Lauren mencionou sobre o quanto estava carente sem minha presença na escola e vendo-a tão manhosa em meus braços eu soube que ela estava falando sério e não apenas para me fazer me sentir especial. Outra coisa pra amar sobre ela. A honestidade.

-Como sabia que era eu? Nem bati na porta, babe. – Perguntei. Lauren se afastou um pouco e eu aproveitei para beijá-la. Seus lábios tinham gosto de açúcar e chocolate, e a quantidade extra de doce em nosso beijo me fez suspirar.

-Sua moto não é a coisa mais discreta do mundo, aquilo faz muito barulho amor. – Ela respondeu risonha e um pouco ofegante. –Entra, vou pegar sorvete pra você. – Ela disse animada.

A próxima coisa que vi foi Lauren saltitando para a cozinha, eu notei que ela vestia apenas um moletom grande o suficiente para alcançar suas coxas e uma meia que subia até seus joelhos. Ver sua pele branquinha exposta me fez lembrar da primeira e – até então – única vez em que nos tomamos uma para a outra, me lembrei de minha mão apertando suas coxas com força e das marcas que meus dedos deixaram sobre a pele. Não tinha nada melhor do que poder marcar alguém como seu.

Eu fui até a cozinha na ponta dos pés, não queria anunciar minha presença para a morena. Ela estava de costas para a porta – onde eu estava – e se esticava para poder alcançar algo no armário que era alto demais para ela. Mesmo que o moletom fosse grande demais eu via perfeitamente o contorno de sua bunda empinada por ela estar se esticando tanto.

-Seus pais estão no trabalho certo? – Perguntei a abraçando por trás, ela saltou de susto um pouco mas relaxou ao me sentir atrás dela.

-Estão. – Lauren respondeu voltando a antiga tarefa de tentar alcançar algo no armário, o que se tornava mais difícil quando eu mantinha meus braços em sua cintura.

-E seus irmãos? – Perguntei encostando minha cabeça em suas costas.

-Saíram, vão demorar pra chegar. – Ela respondeu. –Camz me solta rapidinho, eu preciso pegar seu sorvete. – Ela pediu se virando para mim e dando de cara com meu sorriso sugestivo.

-Nah, eu quero chupar outra coisa.

-O-oque? – Ela gaguejou baixinho, me encarando surpresa.

-Você tá usando alguma coisa por baixo dessa blusa? – Sussurrei contra seu pescoço quente, depositando um beijo sobre a veia saltada em sua pele. Lauren se contorceu e suspirou, suas mãos apertavam meus braços enquanto ela jogava a cabeça para trás, deixando seu pescoço a minha mercê.

-N-não. – Ela gemeu em resposta quando meus dentes beliscaram sua pele.

-Perfeito. – Ronronei descendo meus lábios para seus ombros.

-Ca-Camz... Pê pode acordar, amor. – Ela resmungou, suas mãos estavam inquietas, ora em minha nuca, ora em minhas costas.

-Eu vou ser rápida, babe. – Respondi abaixando minha mão até que estivesse dentro de seu enorme moletom, a pele da morena parecia estar em chamas, eu subi minhas mãos até alcançar seus seios e me surpreendi quando não havia nenhum sutiã, nada que me impedisse de tocar seus mamilos e seus seios fartos.

Lauren ronronou quando envolvi seu seio esquerdo em minha mão, ela mordia o lábio com força e tinha os olhos fechados. Eu circulei seu mamilo provocadoramente com meu dedo, e ela me puxou para um beijo sensual, nossos lábios se devoravam e gemíamos na boca uma da outra. Lauren me prendia com força pela nuca, como se eu quisesse sair dali, e eu continuava a provocá-la, circulando seu mamilo mas nunca o tocando.

-Camila... – Ela gemeu contra os meus lábios, parecia sedenta e ansiosa, não que eu estivesse muito diferente, me sentia mais e mais quente entre as pernas, era incrível o que Lauren Jauregui fazia comigo.

Eu voltei a beijá-la no mesmo momento em que finalmente provoquei seu mamilo excitado, Lauren me provocava com sua língua doce, me deixando sem ar em questão de segundos. Senti suas mãos apertarem minha bunda por cima da calça e gemi em seu ouvido. Apertei seus seios com mais força e ela chupava meu pescoço me deixando completamente arrepiada.

-Camila... Droga... – Ela gemeu cheia de tesão quando minha mão desceu até a bainha de sua calcinha fina.

-Shh, quieta babe. – Provoquei. Lauren me olhou com as pupilas dilatadas, os lábios inchados e ofegante, ela estava incrivelmente sexy com um olhar feroz em um semblante que mesclava irritação e excitação. Apenas olhar para ela me fazia salivar.

Sem mais enrolar eu me ajoelhei sobre o piso frio, Lauren se apoiava contra o mármore da pia e só então me ocorreu que estávamos na cozinha. Essa ideia me deixa ainda mais excitada por isso não consegui mais me controlar. Ergui o moletom da morena até sua calcinha estar á mostra, o tecido que envolvia seu sexo estava incrivelmente molhado, olhei para cima com um sorriso de canto e Lauren mordeu o lábio tímida, com as bochechas coradas.

-Pra que a vergonha, cariño? – Perguntei sugestiva e Lauren corou com mais intensidade.

-Por favor Camila. – Ela implorou.

Eu soltei um riso rouco e sacana, Lauren estava prestes a me mandar andar logo quando minha língua correu sobre sua calcinha, o calor que vinha dela era convidativo, o gosto era indescritível e o gemido que ouvi vindo da morena foi tão longo e forte que senti meu próprio sexo se excitar mais.

Lambi a mancha em sua calcinha delicada até que Lauren estivesse ofegante. Sem muita paciência eu puxei o tecido até estar em suas canelas. Lauren colocou uma perna sobre o meu ombro e eu segurei em suas coxas fartas. Não esperei nem um segundo a mais para prová-la, minha língua passeava sensualmente por todo o seu sexo – evitando de propósito seu clitóris inchado – o calor que a envolvia parecia cobrir toda a minha pele também.

Lauren gemia tentando se conter enquanto eu corria minha língua entre seus lábios repetidas vezes. Circulei sua entrada e a morena moveu o quadril contra o meu rosto. Eu queria provocá-la mais por isso segurei sua cintura no lugar firmemente a impedindo de rebolar contra mim.

Lauren choramingava e gemia, suas mãos apertavam forte a pedra de mármore e seu peito subia e descia rapidamente. Me afastei um pouco e soprei devagar contra seu sexo quente e molhado, a morena se contorceu e gemeu frustrada quando minha mãos apertaram mais sua cintura a mantendo no lugar.

-Porra Camila! Por favor.

-O que babe? – Eu perguntei sinicamente, bem perto de seu sexo, as vibrações de minha voz a excitavam mais.

-Eu quero que você me de um orgasmo agora, Cabello. – Ordenou cerrando os punhos e não tinha nada mais sexy do que Lauren me exigindo um orgasmo.

Voltei a chupá-la, com mais força dessa vez, soltei sua cintura e ela rebolava contra mim com vontade, lambi seu clitóris inchado e Lauren agarrou meus cabelos em resposta, sua respiração estava mais acelerada. Quando envolvi o pequeno conjunto de nervos Lauren jogou a cabeça para trás e deu o gemido mais tentador que eu já ouvia ouvido, era meloso e rouco e me fez levar uma mão até dentro de minhas próprias calças para aliviar a tensão que eu estava sentindo.

Eu me masturbava rápido, sentindo meu corpo ferver. Lambi toda a extensão do sexo da morena novamente, a penetrei com minha língua devagar apenas para começar com movimentos rápidos em seguida. Lauren parecia tão afobada para alcançar logo o prazer, era incrível vê-la com tanta sede. No mesmo momento em que senti meu interior se contrair inteiro, se preparando para me levar ao céu eu senti Lauren relaxar completamente a acompanhei um segundo depois.

Meus lábios estavam inchados e molhados com a lubrificação da morena. Eu ofegava sem forças para me levantar, por isso apenas me arrastei preguiçosamente e me sentei no chão, me apoiando em suas pernas trêmulas.

-Acabamos mesmo de fazer isso na cozinha dos meus pais? – Ela ofegante e eu ri me sentindo cansada, mas o bom tipo de cansada,aquele tipo que me daria um ótima noite de sono.

-Com certeza. – Respondi.

Lauren escorregou para se sentar ao meu lado e deitou a cabeça em meu ombro, eu a envolvi e beijei sua cabeça carinhosamente.

Ficamos em silêncio por não sei quanto tempo, nossas respirações mais controladas eram tudo o que eu ouvia. Lauren acariciava minha mão que a envolvia e eu beijava seus cabelos cheirosos a todo instante.

-Camila. – Ela me chamou baixinho e eu soltei um resmungo para dizer que estava ouvindo. –Eu te amo.

Eu senti meu mundo parar ali, naquele instante. Meu coração mal havia se acalmado e já estava batendo forte novamente, talvez até mesmo Lauren pudesse ouvir. Minhas mãos estavam trêmulas e eu me sentia nas nuvens mas ao mesmo tempo eu temia onde aquilo nos levaria.

-Lauren...

-Não precisa dizer de volta agora, eu só precisava dizer pra você. Eu te amo, eu amo o que você tem me mostrado que é até agora e sei que eu vou amar o resto também. – Ela disse cheia de ternura, se virando para mim e brincando com meus dedos. Eu engoli em seco, sem ter certeza sobre a parte em que ela dizia que iria amar outras partes de mim.

NB era uma parte de mim e sei que ela não amaria essa parte, nem eu mesma amava.

Eu senti meus olhos arderem e parecia havia uma bola imensa em minha garganta.

-Camz...

-Eu também te amo, Lauren. – Eu disse rápido, sem deixar tempo para hesitar, eu tinha a certeza sobre o que falava eu só não tinha certeza se queria falar. Mas eu havia usado daqueles famosos cinco segundos de pura coragem e havia dito. Eu sabia que as coisas estavam indo muito rápido, nos conhecíamos á um mês e passamos duas semanas nos beijando e adorando uma a outra.

E bem, tecnicamente eu a conhecia desde a Elementary School, portanto a ideia de que era muito cedo logo se dissipou e eu me concentrei nas bochechas coradas, nos lábios rosados e menos inchados, nos cabelos negros e bagunçados que caiam em ondas perfeitas e esculpiam seu rosto de um modo que caia bem só em Lauren Jauregui.

Saber que àquela garota ali era capaz de me amar era uma benção, era como um dia feito para tirar fotos em uma Polaroid, era como um píer secreto, era como um show particular, era como um terraço que lhe deixava mais perto das estrelas, era como pizzas no intervalo e fliperamas.

Era perfeito e eu sabia que o tipo de sentimento que estávamos construindo só poderia ser descrito como Lauren e Camila.

***

Estava chovendo muito forte. Já eram sete da noite mas de vez em quando parecia ser começo de tarde, pois clarões apareciam sem aviso e o estrondo que vinha em seguida  faziam as estruturas da casa vibrarem.

Eu estava na janela observando a chuva cair com força e um sentimento de preocupação ficava mais forte a todo minuto.

Que diabos eu estava pensando quando deixei Lauren ir sozinha até alguma padaria para nós comprar algumas besteiras? Certo, ela havia me convencido quando disse que alguém tinha que ficar com Penélope e que eu não saberia o que comprar mas ainda assim. Eu quase mastigava meu lábio em nervosismo.

-MAMÃE! – O grito ecoou pela casa e eu saltei de susto.

Eu corri e subi as escadas o mais rápido possível, quando entrei no quarto de Lauren fui tomada pelo cheiro de loção infantil e perfume feminino. Era realmente um espaço dela e de Penélope.

A garotinha estava encostada sobre a grade do berço, seus olhos estava avermelhados e ela chorava copiosamente.

-Camz cadê a mamãe? – Ela perguntou completamente amedrontada. Penélope estendia os braços para mim e diferente da primeira vez eu não hesitei em pegá-la no colo. Ela se agarrou á mim com força quando um raio caiu e seu estrondo soou medonho.

-Ela já vem pequena. – Eu disse nervosa. Eu também adoraria saber onde Lauren estava. Penélope voltou a chorar, ela soluçava enquanto eu tentava niná-la acariciando suas costas.

-Camz, chuva é mau. – A garotinha murmurou e eu finalmente entendi que parte do medo era por conta da tempestade lá fora. Eu me sentei sobre a cama bagunçada – Lauren era uma pessoa desorganizada – e a pequena se encolheu contra o meu colo.

-Eu vou te contar um segredo, posso? – Perguntei baixinho. Penélope me olhava atenta e curiosa, ela assentiu com fervor para que eu continuasse. –A chuva, na verdade, são lágrimas de uma deusa.

Os olhinhos verdes se arregalaram surpresos e eu sorri ao notar que ela já estava completamente distraída da chuva lá fora.

-De uma deusa? Como assim? – Ela perguntou ansiosa para saber mais.

Eu tentava me lembrar de todos os detalhes do mito maluco que meu pai me contava quando eu era como a Penélope. Ele se deitava na cama comigo e me falava sobre como eu não precisava temer a chuva.

-Bem, o Sol, rei dos deuses, era apaixonado pela Água, deusa da criação. Mas tinha um grande problema. – Eu disse teatralmente, fazendo uma pausa para deixá-la mais curiosa. –O Sol era mau. – Eu disse a pequenina arquejou como se fosse um fato realmente terrível. Ela me olhava com a mesma atenção que Lauren tinha quando estava assistindo á uma aula que gostava, era incrível como as duas eram idênticas. –E a deusa Água não gostava dele, ela gosta do deus Terra.

-Porque ela não gosta de pessoas maus, igual a mamãe e eu não gostamos. – Ela acrescentou astuta, e eu engoli em seco. –Você também não gosta não é, Camz? – Ela perguntou.

-Não, eu não gosto Pê. – Eu respondi firmemente e outro raio caiu bem perto. O som era quase ensurdecedor e Penélope se encolheu novamente contra mim.

Eu voltei a contar á ela sobre o mito da chuva e ela estava completamente presa em minhas palavras, era adorável a maneira como ela já gostava tanto de mim. Eu definitivamente tinha um carinho enorme por ela.

-Laur! Cheguei! – Ouvi a voz de Chris do andar debaixo e Penélope deixou os ombros caírem em decepção ao notar que não era Lauren e eu fiz o mesmo. –Lau... Oh, hey Camila! Não sabia que estava aqui. – Chris disse enfiando a cabeça para dentro do quarto. Ele estava ensopado, a camisa azul grudada em tronco juvenil e os cabelos pingando. –Hey baixinha, que carinha triste é essa?

-Mamãe não chega logo, Camz também tá triste. – Ela disse tristonha e eu estava surpresa. Como ela havia notado que eu estava tão ansiosa quanto ela para que Lauren chegasse logo?

-Oh senhoritas tristonhas, logo seu grude chega. – Chris respondeu divertido e eu ri sem vontade. Já deveriam ser quase oito da noite e Lauren ainda não havia voltado, eu precisava voltar para a NB e trabalhar em alguma boate, não poderia dar mais motivos para Nolan me botar contra a parede mas eu me recusava a ir embora até que Lauren aparecesse segura.

Senti meu celular vibrar em meu bolso e fui até o canto afastado para atender. Quando vi o nome de Lauren piscando na minha tela com uma foto dela eu senti ansiosa e aliviada ao mesmo tempo.

-Alô? Lo, onde você tá, baby girl? Tá chovendo muito, eu vou te buscar. – Eu disse afobada. Era óbvio que Lauren estava na rua, o som da chuva cortava a ligação o tempo inteiro, eu estava quase arremessando meu celular contra uma parede.

O riso seco que soou do outro lado da linha me fez parar de respirar. Minhas mãos começaram a tremer e meu coração parecia ter parado de bater.

Aquele não era o riso da Lauren, seu riso era infantil e bonito. Aquele era assombroso e duro como uma pedra.

-Camila, Camila. – A voz também não era a dela. Demetria estava do outro lado da linha e isso me apavorou no mesmo instante. Ela soava tão malditamente irônica que cerrei meus punhos trêmulos com ódio. Olhei rapidamente para Chris e Penélope, os dois pareciam muito distraídos para me notar tão enfurecida e temerosa. –Ficou muda é?

-O que você...? Demi por favor, deixa ela paz. – Eu implorei sentindo meus olhos arderem, a angustia em meu peito era sufocante. Era difícil respirar.

-Ops, tarde demais. – Ela disse soltando outro riso no final. –Se eu fosse você eu viria logo... Tem muito sangue aqui.


Notas Finais


Gostaram gnt!!
Então, eu sei que eu demorei, mas foi por um motivo justo, eu demoro de 4 á 5 horas pra escrever cada capítulo (e as vezes eles nem ficam decentes lol) e agora que as aulas voltaram eu não tenho mais td esse tempo livre :< então eu vou continuar tentando postar durante a semana, mas é mais provável que eu poste nas sextas, sábados e talvez domingos!!!
Eeee eu não pude revisar esse capítulo então me desculpem!!!!
Espero que tenham gostado <3


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