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História Bad Logic - Mitw - The Girl Who Did Not Exist - Cáp 5.


Escrita por: PanDiiCorNia

Capítulo 5 - The Girl Who Did Not Exist - Cáp 5.


D   

Mikhael Linnyker

Novamente acordado.

Odeio essa visão embaçada ao acordar.

Ainda era tarde, ou seja, muito tempo para fazer vários nadas.

Ninguém dorme de noite por aqui, ao menos que esse certo alguém queira acordar sem um braço, ou uma perna ou até mesmo sem nada, morto.

Olho para Pac, o mesmo encontrava-se desacordado. Seu cabelo ocultava um de seus olhos, estava lindo. 

Volto a olhar o teto.

Sim, acho que estou gostando dele, só preciso criar vontade e coragem para falar para ele, por que, tipo.. as vezes dá um medo de quando eu falar "Eu te amo" a nossa relação mude completamente.

Onde está o botão para desativar essa merda de ansiosidade/nervosismo?

Ficar apaixonado é tão..

- Mike. 

Olhei para o lado, novamente. Lá estava Tarik Pacagnhan.

- Oi? - Falei, quase sem voz.

- Eu tô sem sono. - Ele disse.

- Senta aqui, moço. - Afastei para a ponta, dando espaço o suficiente para ele se sentar sem ter que encostar em mim. - Quer que eu te conte uma história? - Perguntei, rindo fraco.

- Quero. - Ele se aproximou. - Quero que me conte alguma história sobre você.

- Ok. Há três anos atrás, quando eu ainda tinha uns 15 anos..
 

Três anos antes do pesadelo de tornar real

Mikhael Linnyker passava pelo pior momento da sua vida: se render totalmente a insanidade. Ou nem tanto.

Certo, até parecia fácil, mais para ele seriam muitas coisas boas sendo abandonadas e coisas ruins também.

- Mike? - Elizabett, ou a "mãe do menino depressivo", abriu devagar a porta do quarto de seu filho. - Pensava que estava dormindo.

Mike olhava para a mãe com certo desgosto, sem falar nada, como sempre.

- Nós.. Precisamos conversar. - A mulher vulgar que Mike odiava chamar de mãe sentou-se ao lado dele. - Esses últimos dias você anda saindo muito.

Mikhael não movia um dedo.

- Você sai com aquela menina que nunca me apresentou, né? - Ela sorriu. - A famosa e desconhecida, Ketty. Por que nunca me falou dela? Achou que eu não ia aprovar a amizade e vocês dois? Ela parece uma menina legal. - O sorriso no rosto de Elizabett sumiu. - Mas você não gosta dela, não é?

A voz de Eliza era a única coisa que se ouvia naquele quarto.

-  Porra, Mikhael. Por que você não fala comigo?

Ela o olhou com mais calma.

- Desculpa, bebê. - Elizabett deitou-se sobre o corpo do filho, que continuava quieto. - Eu sei que você não gosta dela. Só a mamãe sabe te satisfazer, não é? - Ela rebolava no colo do garoto.

- Não. - Mikhael disse, pegando a faca que o mesmo se cortava. - Não, não.. - Duas facadas violentas no peito de Elizabett. - Não. - Mikhael jogou Eliza no chão. - Não, não, não.. NÃO. - No último "não" Mikhael fez um acerto bem no coração de sua mãe, fazendo com que o que ainda estava vivo nela, morresse.

- Parabéns. - A ruiva surgiu na janela do quarto de Mike. - Parabéns, Mikhael. Foi seu primeiro assasinato.

- Obrigado. - Mikhael sorriu, largando a faca e olhando para a mãe, recém falecida.

- O que vai ter pro jantar hoje? Você não sabe cozinhar. - A garota pulou a janela.

- Vai ter.. - Ele pegou a mãe nos braços. - Carne de vaca.

[. . .]

- Deixe-me adivinhar, vocês tiveram um jantar romântico a luz de velas comendo a carne dura da sua mãe? - Tarik sorriu pra mim. - E.. A sua mãe.. fazia sexo com você? Desde de quando?

- Não, eu não sentia esse tipo de coisa por ela, e.. Sim, nos transavamos. Óbvio que eu não gostava, só aceitava tudo até o dia que eu não aguentasse mais. Ela fazia isso desde que eu tinha treze, quando o papai morreu num acidente de carro.

Ele me olhou bem nos olhos.

- Sério? - Ele perguntou.

- Sério.

- Por que nunca falou isso pra alguém?

- Eu não tinha amigos.

- E a Ketty?

- Sabe, eu não podia simplesmente mandar uma mensagem para ela, marcar de ir num lugar e contar. - Respiro fundo, lembrando do rosto branco da ruiva. - Era ela que aparecia, era ela que começava a conversa. Nós nunca falávamos sobre coisas ruins. Ela era quase perfeita.

- Ela não tinha amigos também?

- Ela nunca me disse nada sobre ela. Eu nunca via ela em nem um lugar, ela só aparecia quando eu precisava conversar com alguém. 

- Que estranho.. - Ela disse, sem tirar os olhos de mim.

- Eu não acho estranho.

- Eu.. vou sair.. pra pensar. - Tarik disse, saindo do quarto.

Rafael Lange

- QUE MERDA. - Minha cabeça estava vazia, nada, nada, exatamente nada. Meu Deus, como eu odeio esse merda!

Onde estão as idéias quando eu preciso disso? Elas foram dar uma voltinha por acaso? 

Saio do laboratório.

Olhando pro chão começo a andar rapidamente pelos corredores até chegar ao refeitório.

Tarik acabava de sair do quarto. 

- Eu sei que ele pode até ter medo de mim, mais eu vou conseguir a confiança dele! Claro que vou! Eu só tenho que tirar ele do Mike, fácil? Fácil. - Disse, pra mim mesmo enquanto me aproximava do lindo rapaz.

- De novo.. - Ouvi ele sussurrar.

O olhei de cima a baixo.

- Vamos ali no meu laboratório? - Perguntei. - Lá não tem nem uma faca, eu juro. 

- Eu.. eu tenho que ir. - Ele disse virando-se novamente para a porta do quarto.

- O Mike. - Ele olhou pra mim de canto de olho. - O Mike vai te matar a noite. Você não viu a faca que ele guarda? Se quiser eu te mostro depois.

- Ele guarda mesmo uma faca? -Ele perguntou.

- Sim, sim. Ele guarda e sabe que ele só está esperando dar a noite e POW, ele te mata.

- Você parece estar meio.. apressado. Tá falando meio rápido.

- Não, não tô, deve ser impressão sua. Vamos lá no laboratório? - Peguei na mão dele.

- Você tá tremendo. - Ele disse olhando para minha mão extremamente branca.

Respirei fundo.

- Vamos.. no.. laboratório? 

- Eu acho melhor na..

- Tem suco de maçã lá. Você gosta, não é? Eu sei que sim. Vamos?

- Por que eu tenho que ir?

- Rafael, o que faz aqui? - Lúcia, a mulher responsável por me vigiar apareceu atrás de mim. - Volte para o quarto 23, não quero você incomodando esse rapaz. 

- Certo, Lúcia. - Falei, virando-me para o caminho do meu quarto. - Certíssimo, sua vadiazinha infeliz. - Sussurrei para o vento.

Tarik Pacagnan

- Ele te fez.. alguma coisa? - A senhora perguntou, observando meu rosto.

- Não.. - Vi ela dar um sorrisinho. - Ele só me assustou um pouco.

- Isso é normal. - Ela disse. - Rafael é bem nervoso, e o que tem de nervoso tem de inteligente. Mais se você ser gentil ele não vai fazer nada de tão ruim.

Vou ter que ser gentil com uma pessoa que me dá medo?

Fácil.


Notas Finais


O quarto 23 é importante. ♡


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