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História Bad Reputation - Restart


Escrita por: JuliaMendes98

Notas do Autor


Oii, minhas lindas <3
Gostaram da capa?

Boa leitura*

Capítulo 5 - Restart


Fanfic / Fanfiction Bad Reputation - Restart

Eu posso fingir um sorriso

Eu posso forçar uma risada

Eu posso dançar e atuar


Mas eu sou apenas humana

E eu sangro quando caio

Eu sou apenas humana

E eu me despedaço e eu me quebro

Suas palavras na minha cabeça

Christina Perri


• Shawn Mendes •

Nossos movimentos com a boca foram lentos, degustadores e apreciativos. 

O mundo pareceu parar por aqueles longos e exatos dois minutos. Uma conexão de almas eu poderia dizer. A chuva parecia não estar mais ali, as outras bilhões de pessoas pareciam não existir mais. Havia somente Maddie e eu. 

Pude sentir o gosto de vodka, mas, mesmo assim eu senti o efeito do seu beijo por toda a extensão do meu corpo. 

Quando abro os olhos, ela está olhando para mim. Para dentro de mim.

Não esperava por seu beijo repentino, mas foi a melhor coisa já pude experimentar desde que cheguei nessa cidade. Neste país. 


Maddie me toca como se eu fosse frágil, precioso, e isso me deixa com vontade de beija-la de forma árdua e feroz. Não sei como chamar isso. Desejo. Necessidade.

Quero protegê-la também. De tudo e todos que estão a fazer mal. 

— Você é lindo — Ela sussurra, me fitando com um olhar diferente. 

Eu acho que terei uma ereção. 

Eu me afasto alguns centímetros, tentando não ser muito evidente.

Minhas mãos estão tremendo.

— Você está chapada — observo.

— Eu sei. — Ela dera de ombros.


• Maddie Mallory •

— Shawn, eu... — O olhar no seu rosto silencia meus lábios.

Ele sabe o que eu estou prestes a dizer e nega com a cabeça. 

— Eu sinto muito. — Eu baixo a cabeça, fitando nossos pés encharcados. — Eu não queria mais pensar. Isso era demais e minha mente não abrandava. Mas está tudo bem agora. Eu posso pensar claramente de novo.

Ele pega minhas bochechas e ergue meu olhar de volta. Sinto seu polegar  quente quando ele traça levemente em toda minha bochecha. — Eu sei que as coisas são difíceis agora, mas vai ficar melhor. Só basta ser forte e seguir em frente — Gotas de água pingavam em seus cílios, ao longo de sua face, sobre seus lábios. — Não pense em fazer isso de nov...

Eu esmago os meus lábios contra os dele, silenciando-o e deixando nossos corpos juntos. Eu permito que sua língua acaricie a minha, deixando-o sugar a chuva do meu lábio inferior e saborear o meu gosto outra vez.

Nos inclinamos um para o outro, como se não conseguíssemos o suficiente e calor flui através das nossas roupas encharcadas, aquecendo minha pele. Eu poderia deixar isso continuar, mas seria errado.

As vozes dos homens da minha cabeça começam a me insultar outra vez. 

Sua vadia suja! Ele nunca vai querer ficar com você. 

Você é espelho da sua má reputação.

Com isso, minha consciência pesa, por isso eu me afasto, olhando-o uma última vez. Então eu ando, deixando-o na ponte, na chuva. 


— Espera, Maddie — É a vez dele de me segurar pelo braço. — Eu te levo até em casa. 

 — Não! — Me desvencilho, e volto a andar. Traço meus braços ao redor do meu corpo. 

— O que aconteceu? — Ele insiste, me acompanhando. — Por que está agindo assim? Foi pela forma que te tratei? Eu só fiquei daquele jeito por um motivo besta. É que a Maggie me contou que você estava mantendo distância de mim. 

Paro de andar no mesmo instante. 

— O que?!

— É, ela quem me disse que você estava me evitando. 

Por breves segundos cogito a Maggie  estar afim de Shawn e talvez tenha inventado isso para nos mantermos afastados. 

— Estava — Menti. — Estava tendo coragem para tentar te perguntar sobre a briga. Mas isso não era motivo para ser estúpido. 

— Desculpa — Ele respira fundo. — Agora, por favor, deixa eu te levar pra sua casa. 

Assenti e fomos em direção ao veículo, onde adentramos ensopados. 

[…] 


— Vou te deixar e voltar para a minha casa. Mais tarde quando eu tomar banho, trocar de roupa, eu volto. — Ele regula mais uma vez o ar condicionado do carro. — Não posso ficar todo ensopado por lá. 

— Vocês tem um trabalho juntos — Eu me recordo. 

— Sim — Shawn me olha de relance. — Eu e a Maggie ficamos bem próximos, mas ela não fala de você. Na verdade, parece que ela fica agindo  como se não tivesse acontecendo nada com você. 

— Eu tento transparecer que estou bem e ela não precisa se preocupar. Fico cortando-a  de tentar me ajudar. 


•  Shawn Mendes • 

— Se cuida, Maddie. E se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, ou ajuda, pode me chamar. — Digo. 

Ela assente, murmura um obrigado e sai do carro. Observo-a se afastar enquanto contenho a vontade de beijar ela mais uma vez. 


Deixo a Maddie em casa e regresso pelo mesmo caminho que viemos. Meu coração se aperta quando atravesso a ponte Greenvil mais uma vez. 

Não acredito que ela iria tirar sua própria vida por causa daquelas pessoas babacas da escola. 


Meu celular vibra no bolso e eu checo a mensagem. "Me encontre na colmeia. O Colfax desconfia de um homem e mandou a gente checar.


Desde que tive minha briga com Cameron, contei tudo sobre mim ao Grier. Ele sabe quem sou, de onde vim e as coisas que escondo. Então ele me fez um convite de me juntar ao grupo de criminosos autointitulados como “Pássaros Azuis”. O nome pode ser besta, mas tem muitos homens de poder envolvidos nisso. Inclusive políticos dessa cidade. 


Cancelei com Maggie, troquei minhas roupas, coloquei um revólver na cintura e sai de casa. 


Nash e eu marcamos um horário certo no meio da noite e decidimos ir separadamente ao local que supostamente o cara estaria, a título de prevenção. 


É impossível prever tudo, mas não consigo deixar de ficar um pouco desconfiado de... bem, de todo mundo, na verdade. Estou tentando ser realista sobre a probabilidade de estar prestes a me encontrar com um criminoso. E criminosos são imprevisíveis. E se este decidir aprontar alguma coisa, contar com um segundo meio de fuga é uma atitude inteligente.


Horas depois chegamos ao local. 

Olho o portão fechado e a cerca alta em toda a volta do terreno, me perguntando como é possível entrar naquele lugar. Porém, antes que eu possa estudar a área em como invadir, o portão faz um ruído metálico e desliza, lentamente, para a esquerda.

Abaixo a janela do carro. Em estado de alerta total, os sentidos tentando captar todos os sons e movimentos, avanço lentamente com o carro. 

Os faróis penetram a escuridão, mas só me dá a visibilidade de alguns metros à frente.

Piso no freio quando os faróis iluminam uma pessoa de pé, no meio do caminho. O homem está usando uma roupa preta, e um boné também preto, desbotado.

Paro e espero para ver o que ele vai fazer. Ele acena com a mão e faz um gesto para que eu vá adiante. Eu o sigo. 

Atrás de mim, vejo o farol do carro de Nash está me seguindo de perto. 

O vulto encapuzado nos leva a uma pequena estrutura, parecido com uma cabana. Talvez fosse um lugar usado para estabelecer drogas. 

O homem se vira para mim e faz um gesto para que eu entre. 

Desligo o carro e saio de trás do volante com os músculos tensos e prontos para darem umas porradas, se necessário.

Nash surge à minha esquerda. Eu olho para ele. Sua expressão é séria e mortal. Se não o conhecesse, eu o acharia intimidador pela postura que ele tem em trabalhos como esse. 


Nós nos aproximamos da porta da cabana. O cara entra e para atrás de uma mesa carregada de todos os tipos de drogas. Em seguida, tira o capuz  e olha diretamente para Nash.

Eu o reconheço imediatamente. Eu o tinha visto hoje, mais cedo. Perto do bairro onde Maddie e Maggie moram.

Como o ataque de uma cobra, Nash cola uma arma no rosto do cara e eu não o questiono. Mas preciso saber o que está acontecendo antes de permitir que Nash ponha uma bala na cabeça dele. 

Ouço o suave clique da trava e percebo que Nash está prestes a perder o controle.

— Então ... trabalhando para o Fred? Esperávamos mais de um novato — A voz de Nash sai estranhamente calma. 

— O que? Não! Eu estou do lado de vocês, cara! Tem que acreditar em mim. — A voz do homem saiu alterada, mas não por medo, por raiva. 

— Então o que queria perto da casa do Fred? — Um sorriso sínico surge nos lábios de Nash. — Saiu do seu posto de fornecedor para um vigia? Se autopromoveu? — Debochou. 

— Não — O homem suspira. — Seu amigo aí é testemunha de que não cheguei perto da casa deles. Eu passo pelo bairro para poder ver Maddie Mallory. 


— COMO VOCÊ SABE SOBRE ELA? — Grito, pegando-o pela gola do capuz e o empurrando contra a parede.

— Sou o pai biológico dela. 

Arregalo meus olhos e sinto meu estômago se embrulhar. Sinto-me desnorteado. 

— Eu decidi fazer parte desse grupo para poder obter vingança e ter minha filha de volta. Fred Ellboni Mallory roubou minha filha de mim. 

— O que?! — Solto a gola dele, mas Nash se mantém em posição com a arma apontada. — Que história é essa? 

— Meu nome é Ethan Callaham Carpenter. Muitos anos atrás eu…

{… suspense…}


• Maddie Mallory • 

Rolando na cama e revivendo os meus momentos com Shawn, eu não consigo dormir. 

Tenho certeza que não irei esquecer tão facilmente o que vivemos.

Ouço batidas na porta entreaberta e viro-me. 

Maggie adentra com cautela e se assenta na ponta da minha cama. 

— Precisava falar com você — Consegui decifrar seu olhar de imediato. — É sobre o Shawn. 

Ajeito-me na cama e espero ela começar, mesmo já sabendo do que se tratava.

— Mesmo que eu tenha falado que eu apoiaria vocês — Ela ruboriza e encara o chão. — Estou gostando dele. 

Estamos gostando do mesmo cara, irmãzinha. Mas um cara como o Shawn realmente merece alguém boa e gentil como você. Não sou boa o suficiente para ele. 

— Ah, que bom — É tudo o que consigo dizer. 

— que bom? — Ela repete, sem entender. — Achei que fosse, sei lá, dizer que não era uma boa ideia ficar com o novato brigão. 

— Ele não parece ser uma pessoa ruim — Desconverso. — Vou te apoiar em tudo o que quiser. — Lhe mostro um meio sorriso, mas meu coração estava destroçado. 

— Quero poder voltar a andar com você. Tem estado muito afastada nos últimos meses — Sua mão alcança a minha. — Não me importo com sua reputação. Você é minha irmã e quero que saiba que não me importo se as pessoas falarem mal de mim também porque ando contigo. 

— Eu agradeço muito, mana, mas não quero que as pessoas olhem torto para você, Sofia e Lucy também. 

— Nós não nos importamos, Maddie. Eles são um bando de imbecís — Maggie me abraça e eu só contigo lembrar-me dos braços de Shawn. — Você não vai passar por isso, sozinha. Estou aqui — Suas delicadas mãos deslizam sobre minhas costas, em um abraço fofo. 

Decidi não contar para Maggie sobre minha tentativa de suicídio, nem que estava com Shawn e muito menos que beijei ele. Mas, de uma coisa tenho certeza; meus pensamento mudaram de hoje em diante. 

Preciso encarar tudo isso como mais uma coisa com que lidar. Simples assim.

Um problema a ser resolvido, e eu posso solucionar qualquer problema se me esforçar o bastante.

Os homens podem rir de mim e encher minha cabeça com seu veneno.

Podem olhar para minha imagem nua, se masturbar, fazer piadinhas e  comentários maldosos. Não vou mais ligar. 

Eles já fizeram tudo isso. Fizeram com que eu não consiga andar pelo campus usando um short sem me sentir uma vagabunda, uma idiota culpada por tudo o que está me acontecendo.

Mas eu não vou deixar que vençam.

Um passo de cada vez, uma hora de cada vez, um dia de cada vez, até melhorar.

Se eu continuar seguindo em frente, as coisas vão acabar melhorando.

Eu só tenho que aprender a ser mais pulso firme como Shawn demonstrou ser quando me defendeu. 

{…}


• Shawn Mendes •

Olho para Nash e faço um sinal para darmos o fora dali. Ficou totalmente surpreso e chocado com tudo que ouvi. Não tenho certeza se tudo absolutamente era verdade, só que muitas coisas coincidem. 

Mas uma única certeza eu tenho, nunca mais vou olhar para Maddie do mesmo jeito. 

— Você vai me ajudar? — Ethan se atravessa na porta e barra nossa passagem. 

— Não prometo nada. Maddie e Maggie não vão estar em perigo. — É tudo o que eu digo antes de empurrar ele e tirá-lo do caminho à força. 


Notas Finais


Hipóteses já criadas em mente?


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