História Bad Woman - One For The Road

Lauren Jauregui POV

Após a ligação de Camila tive um pressentimento estranho, de que a morena estava prestes a aprontar alguma coisa. Apesar da sensação me incomodar, relevei, decidi ir até a agencia, precisava de Ally mais do que nunca. Após implantar o programa no notebook do escritório e implantar uma câmera som/áudio era ainda necessário fazer a conexão com o computador. Depois de pegar milhões de engarrafamentos consegui finalmente chegar a agencia, caminhei rapidamente até a sala de eletrônica e tecnologia, onde a Ally ficava, entrei como um furacão sem aviso na sala, fechei a porta e desci o cortinado da janela.

— Hey Lauren, calma ai! - O tom de Ally era de puro susto.

— O que houve?

—Eu consegui Ally! Coloquei os equipamentos na casa do Maltel – Minha frase saiu rápida e ansiosa e pude ver a expressão de surpresa se formar no rosto da pequena

—Mas não tem nem um dia que você veio pegar as coisas. Como conseguiu? - Ainda podia sentir o tom de medo nas palavras da Ally, poderia jurar que ela estava com medo de que eu tivesse sido irresponsável a ponto de colocar todo o caso a perder.

—Não se preocupa, eu apenas consegui. Apenas sincronize os equipamentos o mais rápido possível.- Rapidamente Ally se virou ao computador e começou a trabalhar no que havia pedido, confesso que minha ansiedade e nervosismo estavam a flor da pele.

Longos minutos se passaram até que escutei um gritinho de comemoração.

— Consegui! - Ela gritou entusiasmada

—Maravilha! Consegue colocar a transmissão da câmera no meu notebook? - Alison assentiu e se dirigiu ao computador mais uma vez.

Eu esperava ansiosa, tinha certeza que conseguiria mais do que nunca evidências para colocar o culpado na cadeia.

Após Ally terminar o trabalho com meu computador, agradeci e a fiz jurar não comentar nada com Normani até termos alguma prova.

Sai as pressas da delegacia até meu apartamento, eu precisava de um banho. Liguei pra Vero durante o percurso até o Hotel e pedi pra que ela fosse até lá. Eu estava animada com o caso e como estava dando tudo certo as investigações, mas por outro lado eu me sentia um pouco mal. Se Camila não fosse a pessoa que roubou a empresa eu ainda sim descobriria quem seria, mas por outro lado eu teria sido a pessoa mais horrível do mundo com ela . Apesar de isso me incomodar um pouco eu me auto convencia que entre eu e Camila não havia sentimentos, mas apenas atração sexual, logo eu não devia a ela nenhum tipo de fidelidade.

Cheguei em meu apartamento e de imediato me dirigi ao banheiro. As marcas de Camila habitavam meu corpo, seus arranhões e chupões destacados na minha pele alva. Eu amava a forma como o meu corpo ficava após estar com a latina, aquilo me transmitia algo que eu ainda não compreendia. Parei minha divagação frente ao espelho e entrei debaixo do chuveiro. Meu corpo foi relaxado pela água morna, poucos minutos depois coloquei um camisão do Nirvana e abri meu computador checando a transmissão da câmera. O som da campainha se fez presente corri até a porta

— Graças a Deus esse recepcionista aprendeu que eu não preciso de permissão pra subir ! - Vero sempre a mesma. Antes que eu a chamasse pra entrar ela já se pôs porta a dentro

— Olá Vero! - A mesma já se encontrava jogada no sofá da minha sala

—Caralho Lauren, você fica gostosona com esse camisão – Ri com seu comentário

—Larga de safadeza Vero!

—Poha me conta logo como que foi.

—Bom, como você já sabe, ontem mesmo consegui todos os documentos para prossegui na investigação. Assim que tudo estava certo fui até a galeria da Camila e a provoquei o máximo que pude. Além de alegar que a culpa da minha saída do caso era do marido dela. E como eu já esperava ela quis uma replica a altura na casa dela.

—Só imaginando a foda louca que vocês tiveram naquela casa. - Vero não perdia uma, como sempre.

—Vero! - Repreendi.

—Pô, vai negar Lauren?Se você não fez isso, acaba de me decepcionar

—Não estou negando, mas não vou dar enfase nisso – Disse seca.

—Porque não?Eu sei que você pira naquela latina – Vero tinha total razão nisso, ela sabia muito bem como eu fiquei quando eu e Camila paramos de nos pegar.

—Chega Vero. O que interessa é que eu coloquei um programa de monitoramento no computador do escritório e uma câmera

—Você tem licença pra isso né? - Ela disse já esperando obviamente um “não”

—Não exatamente.

—Lauren sua louca! - Era a brecha perfeita pra Vero me amolar, sendo que por toda a vida eu era a mãe e ela a criança inconsequente.

—Ninguém vai ficar sabendo até que eu e Ally consigamos informações relevantes do caso. - Expliquei

—Você tá se arriscando demais. Qual sua próxima jogada?

—Eu quero a confiança de Karla. Assim terei livre acesso a partes cruciais da vida dela

—E se o Richard ver vocês?

—Se ela confiar em mim Vero. Ele descobrir que eu e Camila matemos contato é o menor dos meus problemas

—Eu não sei como você pretende proceder mais espero que dê tudo certo.

Por um longo tempo eu e Vero conversamos, sobre tudo. Nunca soube como eu e ela tínhamos tanto assunto acumulado sendo que nos víamos frequentemente.

Após a saída de Vero liguei meu notebook e abri o aplicativo que se liga a câmera da mansão dos Maltel e pra minha surpresa Camila estava lá conversando com alguém no celular de forma apreensiva.

CÂMERA ON

—Então temos tudo arrumado? - A voz de Camila era de total apreensão. Ela mantinha uma das unhas na boca, provavelmente roendo.

—Mas é claro! Então vai acontecer hoje até o fim da tarde, certo? - Uma empolgação a tomou, ela continuava andando de uma lado para o outro.

—Perfeito! – Ainda andava de um lado para o outro escutando tudo atentamente do outro lado da linha

—Ok!Ligo mais no horário – Ela de repente parou o movimento de vai e vem na sala e sua expressão foi de total tensão.

—Há!Só uma coisa, te pago pra isso não sair daqui ok?Ninguém, absolutamente ninguém pode saber disso

— Beleza!Até.

CÂMERA OFF

Aquela cena havia me preocupado, Camila planejava algo e eu temia se aquilo significava outro crime. Eu precisava saber o que era e conseguir incriminá-la. Prontamente peguei meu celular e disquei o numero de Ally

—Alô, Ally?

—Sim!
—Você estava acompanhando a ultima transmissão da câmera do escritório dos Maltel?- Meu desespero era nítido.

—Sim, parte da transmissão, estou entrando dentro da sala de reunião com Normani – Ally sussurrava no telefone e aquilo me angustiava.

—Ally a gente precisa saber o que Camila está aprontando.

—Lauren eu simplesmente não posso dar bandeira. Deixo essa pra você. Tchau – Ela havia desligado o telefone na minha cara!Que “MERDA!”.

Eu precisava desesperadamente saber o que Camila planejava fazer e de uma forma rápida pensei em Vero. Após um dialogo totalmente exaustivo consegui fazê-la ficar na espreita de Camila. Fazer minha amiga desmarcar um encontro com uma gostosa não era tarefa fácil. Obviamente fiquei devendo um favor a ela. Vero se dirigiu até a casa dos Maltel e ficou no telefone comigo, estacionada na porta da mansão. Durante duas longas horas ela esperou e nada aconteceu

—Lauren que merda,não acredito que desmarquei minha foda pra isso!Nada está acontecendo nessa merda – Vero já estava brava e carrancuda essa altura do campeonato e eu não tirava a razão dela.

—Calma, Vero, ela deve estar atrasada, sei lá! - Tentei confiar na minha intuição e convencê-la de permanecer lá

—Não Lauren você já está louca com esse caso, vai ver ela só tava encomendando pizza, pode ser qualquer coisa!

—Claro Vero, e ela pediu pro entregador guardar segredo? - Disse em deboche.

—Vai ver ela tá saindo da dieta, poha eu sei lá, pode ser qualquer coisa. Eu estou indo embora – Ouvi o carro de Vero ligar no outro lado da linha mas por algum motivo ela voltou a desligar o carro.

—O que foi?Não ia dar o fora? - Meu tom saiu sarcástico e raivoso.

—Parece que finalmente Karla decidiu aparecer. - Seu tom era serio e por alguns longos segundos Vero se calou.

—O que?

—Caralho Lauren, ela tem uma arma na bolsa – Se anteriormente eu tava nervosa agora eu estava em estado de nervos.

—Como assim? - Vero se mantinha calada

—Vou seguir ela Lauren, depois eu te explico, apenas fica na linha.

Vero permaneceu seguindo Camila por muito tempo e eu me encontrava angustiada, passaram se angustiantes 40 minutos sem saber informação alguma do destino da morena. Pra piorar Vero não me respondia, parecia concentrada demais em manter os olhos sobre o carro. A voz de Vero soou pelo telefone

—Lauren?Lauren tá ai?

—Tô! Onde ela está?

—Subindo pro seu apartamento

—O que?

—O recepcionista simplesmente deixou-a subir

—Lauren ela tem uma arma na bolsa. Ela provavelmente descobriu. - Vero estava tão nervosa quanto eu.

—Não, não, é impossível. Se ela desconfiasse teria varrido a casa em busca de alguma coisa implantada. Não daria na cara assim! - Desliguei o telefone sem ao menos me despedir

Ouvi um barulho na porta e de imediato corri até minha escrivaninha retirando minha arma. Assim que a porta se abriu apontei a arma para Camila que me olhou com medo e confusão

—Acabei de ter um dejavu!É impressão minha ou você sempre tá afim de matar alguém?Em especial eu.

—O que quer Camila? - Minha arma permanecia apontada pra ela que se encontrava com as mãos pra cima

—Poxa, a alguns segundos atrás queria te fazer uma surpresa, agora eu só quero que você não atire em mim e abaixe essa porcaria. - As palavras de Camila saíram um pouco rude e eu decidi abaixar a arma

—Me Desculpa, não acho normal alguém invadir a minha casa

—Eu meio que fui liberada a subir e a porta estava aberta

—Tudo bem!Quer se sentar

—Não, o que eu vim fazer eu posso fazer em pé mesmo – Senti meu coração disparar com a adrenalina. Lentamente Camila abriu a bolsa e eu voltei a apontar a arma pra ela

—De novo?Que merda Jauregui!Relaxa, eu queria te entregar isso! - Camila estendeu uma passagem e eu deixei a arma de lado para me concentrar no que estava escrito.

—O que você acha que eu tenho aqui? uma arma?

—Sim eu acho! - Disse concentrada no papel.

—Bom eu tenho mas é pra caso alguém tente me roubar ou algo do tipo.

—Isso é uma passagem para.. - Fui interrompida em imediato

—Paris!Sim! - Completou

—O que quer com isso?

—Eu e você em uma cidade incrível sem ninguém pra descobrir nossos encontros, por uma semana !

—Paris?Não dava pra ser Los Angeles, algo menos casalzinho? - Retruquei sem entender a escolha do local.

—Não reclama, gosto de Paris essa época do ano, não me amola! Pode ir pegar suas coisas, como pode ver o voo sai daqui a duas horas.

—O que?O que te faz pensar que eu vou ? - Rebati

—Não tenho dúvidas disso. Agora faz o que eu te mandei Lauren

—Não

—Faça logo. E a propósito, você fica ótima com esse blusão!

Não adiantava nada discutir com Camila, me dirigi até meu quarto junto a ela e preparei uma mala de roupas, hora ou outra Camila palpitava “Eu amo você com esse vestido“, “sua jaqueta de couro,lá faz frio “, “Essa aqui não,leva essa aqui”. Não estava no humor de rebater, eu havia passado tanto susto e medo do que a morena poderia fazer que depois que tudo se ajeitou meu corpo morreu,minhas reações morreram. Após uma hora arrumando as coisas para a viagem me arrumei, peguei meu passaporte e fomos até o aeroporto. Este aeroporto era exclusivo de executivos, o local estava basicamente vazio e eu pude notar que a empresa de Camila tinha algo relacionado com aquela companhia aérea

—Por que não tem ninguém aqui?

—Porque eu mandei que não tivesse ninguém hoje aqui?

—E você simplesmente mandou o cara fechar as portas do aeroporto apenas seduzindo ele?Me poupe!

—Não, mas poderia ter conseguido desse jeito! Minha empresa é acionista desse aeroporto, principal acionista.

Tudo fazia sentido, provavelmente a pessoa pelo qual Camila conversava no telefone dentro do escritório era o gerente geral da companhia. Por alguns segundos me envergonhei da minha atitude, do que fiz, de ter feito Vero passar por algo tão idiota. Chegamos até a ala de embargue, fizemos o chekin e nos deparamos com um jatinho da companhia. Entrei dentro da aeronave sem nenhuma reação. Eu não tinha um plano naquele momento, ou uma expectativa do que viria, pela primeira vez eu estava naufraga das minhas próprias ações. Mas apesar de todas as incertezas quando o avião decolou eu me permiti apenas deixar os momentos a frente me guiarem a alguma direção.

Eu sempre odiei altura assim que o avião decolou meu corpo pesou e eu fiquei tensa, como sempre ficava quando era obrigada a pegar aviões. Camila mantinha-se serena ao meu lado, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo pra ela.

—Lauren? - A voz da morena veio de forma sutil ao meu lado

—Sim!

—Está tudo bem?Parece incomodada! - Seu tom era suave, e pela primeira vez podia sentir que Camila realmente se importava com eu estar bem naquele momento.

—É-é Sim! - Disse mais pra mim do que pra ela. Camila me encarou pensativa como se tentasse desvendar o que se passava em meus pensamentos.

—Já sei, porque não olha um pouco pra janela do avião,assim você relaxa, vendo o mundo todo de cima! - Ela era definitivamente controladora, não perdia a mania de querer estar por cima de tudo e todos. Notei que ela levantava da poltrona no intuito de me colocar ao lado da janela

—Por favor não! E-eu não gosto de...altura – Finalizei, com mais vergonha que uma criança que come um doce antes do almoço escondido da mãe. Ela se sentou novamente, e me lançou um sorriso amigável.

—Está assim por causa da altura? - O máximo que consegui fazer era balançar a cabeça em aprovação. Eu parecia um bebê ali, literalmente acuada e com medo daquele avião cair.

—Certo!Deixe me te falar, ali na frente está o Brian e o Jeremith, eles são os melhores pilotos de Miami. Não se preocupa não vai ser um aviãozinho que vai matar a senhora Maltel.

Eu ri alto com a forma que ela disse, e novamente ela me soltou um sorriso. Senti sua mão percorrer a minha e em segundos ela estava segurando minha mão. Eu gostei disso, gostei de saber que existia uma minuscula parte de Camila que parecia ser boa.

—Pelo menos conversa comigo pra distrair! - E assim eu fiz, como ela sugeriu, começamos a conversar sobre coisas muito idiotas e triviais como os tipos de animais que tínhamos medo, gostos musicais e coisas do tipo. Foi uma ótima conversa afinal, era como conversar com uma pessoa totalmente nova, diferente da Karla Camila Maltel.

Camila Maltel POV

Chegamos em Paris, eu estava preocupada com Lauren dar um ataque de panico dentro do avião, ela parecia um cãozinho acuado de medo, jamais a tinha visto daquela forma e chegou a ser fofo vê-la toda exposta de seus medos pra mim. Descemos do avião e notei o alto suspiro que Lauren deu quando aterrissamos. Eu havia já agendado um táxi em Miami, e assim que chegamos ele estava lá, esperando por nós. O motorista ajeitou as malas no bagageiro do carro e rapidamente estávamos em movimento.

—Onde vamos? - Lauren se pronunciou após alguns minutos dentro do carro.

—Calma, já estamos chegando! - Ela se conformou com minha resposta e ficou quieta apenas olhando pela janela do táxi.

Poucos minutos depois o automóvel finalmente estacionou em um dos melhores Hotéis da cidade, rapidamente o pessoal do Hotel pegou meu nome e retiraram toda a bagagem a levando para o quarto. Quando Lauren e eu subimos tudo já estava lá, todas as malas. O quarto era o mesmo de sempre, todo amadeirado, com uma lareira em cima da televisão de plasma uma sala super sofisticada mas com um ar rustico e acolhedor uma areá de varanda perfeita e um banheiro enorme. Assim como eu Lauren reparou tudo rapidamente.

—Uma cama de casal?Serio? - Ela disse sem entender

—Obviamente, ou você acha que te trouxe aqui como minha melhor amiguinha que terei uma passeio romântico pra te conquistas?Te trouxe pra gente usar essa cama juntas e usar muito bem usada. - Ela sorriu e assentiu com a cabeça, senti suas mãos por trás invadir minha cintura e puxar meu corpo contra o seu. Lauren me beijou o pescoço e subiu até o nódulo da minha orelha, o que me fez arrepiar e meu corpo vibrar com o toque. Eu a queria ali, naquela cama, mas eu já tinha planos pendentes com Lauren e esperava que nosso sexo fosse mais a noite.

—Hey tigresa, vai com calma ai, melhor ir tomar um banho que vamos sair daqui a pouco! - Ela me olhou com um ponto de interrogação na cabeça

—Ta dispensando uma transa pra passear por Paris?Quem é você e o que fez com Karla Camila Maltel? - Ri com a frustração dela, confesso que até eu estava surpresa com minha recusa naquele momento, mas seria idiotice da minha parte estar em uma cidade linda como Paris e não aproveitar nem um pouco do que ela oferecia.

—Ela está aqui ainda e pretende voltar mais a noite. - Respondi divertida e Lauren desvencilhou seus braços da minha cintura se jogando na cama fofa.

Tomei um banho relaxante e comecei a me arrumar, Lauren ainda parecia em inercia na cama. Depois de longos minutos me olhei ao espelho e me dei por satisfeita, eu estava realmente bonita. Usava um vestido preto com algumas partes transparente, minha maquiagem não era muito forte mas realçava muito bem os detalhes do meu rosto.

—Você está maravilhosa! - Escutei uma voz rouca próxima ao meu ouvido, e pude sentir um arrepio bom. Era incrível como meu corpo respondia a simples toques de Lauren.

—Obrigada! - Lancei-a um sorriso pelo espelho. —Porque não deixa eu tirar essa sua roupa e estreamos essa cama? - Ela ronronou no meu pescoço e nunca foi tão difícil me segurar e não ceder. Me levantei deixando Lauren novamente no vácuo. Foi linda a carinha de decepção que ela fez.

—Vou te esperar no bar do Hotel, não se atrase! - Sai do quarto e ainda escutei suas reclamações no fundo. A noite em Paris estava ótima, não muito frio e nem muito quente, extremamente ideal. Naquele mesmo dia eu havia feito uma ótima programação pra mim e Lauren. Tinha certeza que a morena já havia ido em Paris mas certeza que apenas a trabalho e pouco saiu para apreciar a cidade. Se eu conhecia um pouco Lauren sabia que ela vivia para e pelo seu trabalho, isso realmente me incomodava, Vero Iglesias não parava de ligar desde que saímos do apartamento para o aeroporto, tinha certeza que era o trabalho tentando puxar Lauren de mim novamente.

Desci até o térreo e sentei em uma das cadeiras do bar e pedi uma bebida.

Lauren Jauregui POV

Eu estava frustrada com Camila, achei que ficaríamos uma semana dentro de um ótimo quarto de hotel fazendo sexo sem parar, mas ao invés disso ela resolveu arrumar passeios. Resolvi não debater muito a decisão dela, até que isso poderia ser vantajoso pra mim, conversar com ela pode fazê-la confiar em mim e até deixar algo escapar.

Fui até o banheiro para meu banho, ao terminar coloquei um vestido branco que marcava perfeitamente minhas curvas deixei meus cabelos soltos e comecei a trabalhar na maquiagem, não sabia ao certo onde iriamos, mas decidi fazer uma maquiagem bem elaborada. Demorei certa de 40 minutos para me arrumar completamente. Antes de descer decidi ligar mais uma vez pra Vero, já que tive que ligar rapidamente pra ela no aeroporto e tranquilizá-la.

—Eu espero que você esteja transando muito sua vagabunda, porque por sua culpa eu não estou! - Ela disse frustrada do outro lado da linha

—Infelizmente ainda não, Camila decidiu sair assim que chegamos! - Disse soltando um ar de cansaço.

—Ui casalzinho, cuidado pra não ficar gamadinha

—Obviamente não!Só te liguei pra te dizer que está tudo bem. - Me limitei a dizer

—Que pena que você não morreu, porque eu quem vou te matar por ter perdido minha diversão por sua culpa. Se tivesse morta pelo menos teria sido por um motivo mais ou menos relevante. - Vero ainda estava chateada e preferi não replicar sua afirmação.

—Ok,Vero Boa Noite!

—Boa só se for a sua. Tchau – O celular foi desligado violentamente do outro lado da linha e eu me senti terrivelmente mal.

Desci até o térreo do Hotel e comecei a procurar o bar após alguns segundo consegui achar. Pra minha incrível surpresa lá estava Karla conversando um rapaz, ele era alto moreno, tinha olhos azuis uma barba muito bem feita, era jovem e se trajava como um verdadeiro executivo. Ele estava perto demais e pelo visto tratava de empurrar drinques para ela.

Sem o menor pudor ou aviso me aproximei sem saber se dava na cara dele, pelo atrevimento ou na dela por ser tão cínica.

—Boa noite!Acho que o senhor está perto demais dela. - O rapaz se virou em minha direção com um olhar debochado e aquilo me fez trincar o maxilar de ódio. Aquele inglês com sotaque Francês de merda começou a ressoar pelo ambiente.

—Por mim a senhorita Karla está muito a vontade com nossa pequena distancia, não sabia que nesse Hotel é proibido aproximações entre pessoas. E a propósito quem é você? - Nossos olhares se fuzilavam e ele tratou de se aproximar um pouco mais de Camila somente pra me irritar.

—Quer saber quem eu sou?Eu vou te falar quem eu sou, eu sou Lau- Ouvi voz de Camila me cortar

—Minha namorada!Ela é minha namorada e eu já disse a ela milhões de vezes que eu não curto caras. - Me assustei internamente com a resposta de Camila mas não discuti, ela já estava em pé ao meu lado e eu tratei de agarrá-la pela cintura aproximando-a ainda mais de mim. O homem ficou sem fala e pude sentir um sorriso de vitória se formar em meus lábios

—Mas, ela, ela estava--

—Não estava nada, estava zoando com a sua cara seu idiota! - Puxei Camila porta a fora daquele bar e quando pegamos um carro não dirigi a ela uma única palavra que fosse. Aquilo foi ridículo da parte dela eu estava brava com Camila, o que ela pretendia com isso?Eu estava em fúria por dentro e conversar ali naquele momento seria a pior coisa a se fazer.

CONTINUE