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História Baekhyun Next Door - Long Imagine - Byun Baekhyun - EXO - Amnésia


Escrita por: TiaTae_

Notas do Autor


Esse gif me mata! 💞
Louvado seja Lee Jong Suk!!! (Haiajaoaoa)

Enfim, queria dizer que nesse capítulo vai ter uma GRANDE reviravolta e que eu me esforcei muito para que ficasse bom (pra ser sincera, eu achei que podia melhorar a escrita desse capítulo, mas sempre que tentava editar ficava cada vez pior, então deixei assim mesmo) e espero que entendam o que a minha mente maluca planejou nesse capítulo! 👀

Boa leitura! 💙

Capítulo 120 - Amnésia


Fanfic / Fanfiction Baekhyun Next Door - Long Imagine - Byun Baekhyun - EXO - Amnésia


Eunji— Hiroshi! — adentrou a residência chamando o amigo.

O japonês estava sentado em frente a uma escrivaninha no seu quarto, estudava coreano. Ele sempre teve interesse no idioma mas só tomou a decisão de aprende-lo depois de conhecer Hana e S/N. 

Hiroshi, ao escutar a voz de Eunji, saiu do quarto rapidamente e desceu as escadas preocupado, pensava que algo de grave tinha acontecido.

Hiroshi— O que foi? Aconteceu alguma coisa? — questiona com a mão no peito, mas logo fez uma expressão confusa pois o seu amigo esbanjava um grande sorriso.

Eunji— Sim! Acabo de descobrir que a empresa marcou minha presença na convenção de vídeo games em Washington! — falou animado, parecia uma criança que acaba de ganhar o que pediu de natal.

Hiroshi sorriu e deu um abraço em Eunji o parabenizando. Ambos trabalhavam como designers de games em uma das melhores empresas de jogos do Japão e o chefe estava escolhendo os melhores serviçais para ir nessa convenção.

Hiroshi não foi indicado mas estava feliz por Eunji, até porque o mesmo ficou semanas desanimado e cabisbaixo pelo falecimento de Dong-sun. Tinha certeza de que esse evento iria melhorar o seu humor.

[...]

Luhan— Então, Eunji foi até Washington por causa da convenção de jogos. — repetiu o que o trio acabara de lhe explicar.

Hiroshi— Exatamente. — responde com sotaque. — Ele também soube que a Sun Hee estava morando lá mas não contou à ela​ sobre sua ida, ele queria fazer uma surpresa.

Sun Hee— Mas ele não me visitou, nem sequer deixou um recado. — fala cabisbaixa.

Luhan— E depois? — questionou Hiroshi mas ele não sabia as palavras certas para continuar a explicação.

Chen— Ele não fala coreano muito bem. — explicou e o loiro o olhou. — Bem, Eunji não compareceu na convenção e nem voltou ao Japão. Ficou sumido por dias. Hiroshi ficou preocupado e decidiu ir para Washington.

Hiroshi— De início pensei que ele estava com a Sun Hee mas sentia que algo de errado estava acontecendo, então fui até o hospital e acabei esbarrando com o Chen. 

Luhan— Então os três se encontraram e começaram a investigar o desaparecimento do Eunji, sozinhos? — deu ênfase na última palavra.

Sun Hee— Sim. Nós não queríamos a polícia no meio disso. 

Luhan— Espertos. — sorriu fraco. — E o que descobriram?

Chen— Que Yumi e Ethan sequestraram o Eunji e o fizeram perder a memória.

Luhan— Ethan? — repetiu o nome que lhe era familiar.

Sun Hee— Sim, nós estamos falando do mesmo Ethan que falsificou a autópsia da Yumi. — Watari arregalou os olhos, mas Luhan não esboçou nenhuma expressão. Dizer que ele não tinha se surpreendido com a notícia seria uma mentira, ele estava chocado mas nem tanto. Depois de tudo o que viu e descobriu, era difícil para ele se surpreender.

Luhan— Como vocês sabem que ele falsificou a autópsia?

Chen— Sook nos contou tudo.

Luhan— Tinha de ser ela! — revirou os olhos. — Que parte de "assunto confidencial" a sua irmã não entendeu?

Sun Hee— Ei! S/N e Eunji também são os meus irmãos, e eu merecia saber sobre isso.

Luhan— Foi mal ter te deixado de fora, mas agora que sabe sobre tudo, bem-vinda ao clube onde todos estamos correndo risco de vida! — fala assustadoramente de um jeito animado. — Voltando ao que interessa, o que levou vocês à essa conclusão? 

Sun Hee— Nós conseguimos imagens do Ethan roubando medicamentos do hospital em que trabalhamos. Esses remédios eram na verdade pílulas, pílulas específicas.

Luhan— O que quer dizer com "específicas"?

Sun Hee— Que elas são dadas apenas para pacientes com traumas de extrema seriedade. A causa é que eles percam suas memórias para assim esquecer o trauma que lhe impedia de viver normalmente.

Chen— No começo nós não tínhamos entendido o porquê de Ethan ter roubado as pílulas, mas quando descobrimos que ele falsificou a autópsia da Yumi e que ela tinha Eunji ao seu lado, foi como se todas as peças se encaixassem.

Luhan ficou pensativo. Aquela história fazia sentido porém muitas coisas que não se encaixavam. Havia três perguntas martelando em sua cabeça. 1: Como Yumi foi parar em Washington? 2: Como ela soube que o Eunji estava lá? 3: Por que ela queria Eunji como o seu capanga?

Chen— Lembra na Tailândia? — pergunta o tirando doa pensamentos. — Depois que conseguimos incriminar Yumi, ela conseguiu fugir pegando o primeiro avião pra Coréia.

Luhan— Sim, eu lembro, ela conseguiu despistar a polícia no aeroporto.

Hiroshi— Como acha que ela conseguiu fazer isso? Era quase impossível passar despercebida pelos policiais que protegiam todas as saídas.

Não demorou muito para que o Luhan entendesse o que tinha realmente acontecido.

Luhan— Ela comprou uma passagem para o próximo vôo para escapar da polícia, pelo desespero ela não deve ter visto qual era o destino e, por coincidência, era Washington.

Era tanta informação para processar que até Luhan estava um pouco perdido. Recapitulando, Yumi sem querer foi para Washington, contratou o doutor Ethan para sequestrar Eunji e fazê-lo perder a memória, depois ela pediu novamente a ajuda de Ethan para falsificar sua autópsia fazendo a polícia parar com a busca.

Todos olharam para a porta de entrada que tinha sido aberta. Logo avistaram Smith que empurrou o doutor para dentro, o mesmo quase tropeçou com o empurrão e não pôde revidar pois seus pulsos estavam algemados.

Sook— Sun Hee? 

Hana— Hiroshi? — Estava confusa e surpresa em ver o trio mas principalmente o japonês que ao seu ponto de vista não tinha nada haver com aquilo.

Sun Hee apenas olhava para Ethan, seus olhos soltavam faíscas. Ela fechou a mão e a apertou em um punho, o seu sangue fervia de desprezo pelo homem que pensou ser o seu amigo.

Sun Hee— Seu cretino! — ela vai em direção a Ethan e começa a socar seu peito. — Como ousa fazer aquilo com meu irmão?! 

Chen— Chega, Sun! — a segurou pela cintura a afastando do homem. — Ele vai ter o que merece.

Hana— Ele fez alguma coisa com o Eunji? — fuzilou o homem com os olhos, o mesmo estremeceu enquanto Chanyeol já se prevenia segurando o braço da namorada.

Luhan— É uma outra longa história.

Sun Hee— O que importa é que temos provas. Podemos levar a filmagem dele e do Lee para a delegacia, eles serão presos hoje mesmo.

Sehun— Todos queremos isso, ver todos eles presos, mas nós não podemos agir, pelo menos não ainda.

Luhan— Ele está certo. Não se esqueça da Yumi, não sabemos onde ela está e nem onde S/N e Baekbeom estão.

Sun Hee— E o que pretende fazer?

Luhan— Primeiro de tudo, quero que o depoimento do doutor. — olhou para Ethan que engoliu em seco, ele tremia de medo pois pensou que iria cometer um crime e sair ileso com muito dinheiro no bolso.

Smith— Diga logo tudo o que sabe! — deu outro empurrão e desta vez Ethan caiu no chão.

Ethan— Não me bate, por favor! — ele choramingava enquanto Luhan bufava.

Smith— Não vamos te bater...

Luhan— A menos que nos diga tudo o que sabe. — ele tenta amedrontar o doutor. O delegado Smith olhou feio para o chinês, ele deixava para a última das opções agredir um suspeito ou culpado.

Smith— Sabe onde Yumi escondeu S/N e Baekbeom?

Ethan— Não senhor.

Smith— Não está mentindo, não é? — cruza os braços.

Ethan— Eu já disse que não sei! — ele volta a choramingar. — Yumi me contratou para forjar sua morte, também para apagar a memória do Eunji e de uma outra garota... — olhou pada cima tentando lembrar seu nome.

Luhan— S/N? — falou a contragosto, ele não queria nem pensar nela esquecendo seus amigos de verdade.

Ethan— Sim! Esse é o nome da garota. Park S/N. — sorriu fraco por ter lembrado mas o mesmo se desmanchou com os olhares feios sobre o mesmo.

Hana— Ela não se lembra da gente? — perguntou triste.

Ethan— Ela sabe quem são vocês todos, só tem uma imagem distorcida de suas personalidades.

Eles se entreolharam preocupados.

Luhan— O que você fez com ela?!


[...]

Dias depois...

A garota observava aquele o dia pela janela do seu "quarto", queria sair do prédio e sentir o sol batendo na sua pele e a fresca brisa gelada no seu rosto, mas ela não podia fazer isso. Se sentia uma prisioneira mas não reclamava porque pelas informações que lhe deram, aquilo era para a sua proteção.

Ela sai dos pensamentos com o barulho da porta do quarto sendo aberta.

Eunji— Irmãzinha? Já está acordada? — ela sorriu e sentiu na beirada da cama.

S/N— Pode entrar, oppa. 

O homem adentrou e se sentou ao lado dela. Levou sua mão até a testa quente dela. Soltou um suspiro preocupado.

Eunji— Está se sentindo melhor?

S/N— Não muito. Estou com. Pouco de dor de cabeça e continuo sem dormir direito à noite. — fez beicinho o que fez o mais velho sorrir levemente.

Eunji— Fique aqui. Eu já volto. — ele se levanta e sai do quarto da irmã. No corredor pouco iluminado, ele tira seu celular novo do bolso e liga para sua chefe. Ela atendeu logo no primeiro toque. — A S/N ainda está muito mal.

Yumi— É frescura, logo passa. — fala simplesmente.

Eunji— Estou falando sério. Eu preciso de dinheiro pra comprar remédios pra ela.

Yumi— Aish! Aquela garota só me dá trabalho! Tinha de ficar doente.

Eunji— Ela está tomando medicamentos fortes. Lógico que ficaria assim. — encostou-se na parede e nem se importou de ter sido grosseiro com Yumi.

Yumi— Não me trate dessa forma, e sim, eu vou dar o dinheiro para os remédios, mas é só para garantir que ela esqueça de uma vez por todas o meu marido!

Eunji— Fique tranquila quanto a isso, ela pensa que Byun Baekhyun é só mais um idol qualquer.

Yumi— Não fique tão confiante. Os remédios começaram a fazer efeito agora, ela está muito vulnerável. Qualquer ligação com uma lembrança importante que foi esquecida pode fazê-la se lembrar de tudo.

Eunji— Eu sei disso. Quando vai me dar o dinheiro?

Yumi— Amanhã, quando o Baekhyun for na empresa. — de repente ela ficou quieta e continuou assim por mais alguns segundos. — Eu tenho que ir, o Baekkie chegou em casa. Tchau!

A ligação foi encerrada e Eunji adentrou novamente o quarto da irmã que agora estava deitada na cama com um olhar tristonho.

Eunji— Espere mais um pouco. Amanhã vou sair e comprar remédio pra você. — se escorou na batente da porta.

S/N— Oppa... por que eu não posso sair daqui? — pergunta sem olhar para ele.

Eunji— Eu já te contei que não é seguro. Nós dois somos a nossa única família agora. Os outros não são mais nossos amigos. 

S/N— Por que?! — sentou-se na cama. Ela sentia que estava prestes a enlouquecer, precisava de informações. — O que as unnies fizeram? O que o nosso pai fez? E a Hana?

Eunji suspirou profundo e se aproximou da cama encarando os olhos da garota que estavam brilhando por causa das lágrimas.

Eunji— Eles deixaram que uma pessoa entrasse na sua vida.

S/N— Quem?

Eunji— Isso não importa. Ele nunca mais vai te perturbar, eu te garanto. — ele dá um breve beijo em sua testa. 

S/N— Me desculpe, percebo que está incomodado com esse assunto mas eu quero fazer mais uma perguntinha. Aquele homem que está no outro quarto, o que você mantém preso, é a pessoa que me prejudicou? — ela se referiu ao Baekbeom. Ela já tinha escutado a voz dele quando andava nos corredores, ele estava sempre gritando por ajuda. Ela ficava comovida com aquilo, queria ajudar mas se seu irmão estava lhe prendendo era por uma causa maior.

Eunji— Não, mas ele o conhece, e muito bem. 

S/N— Hm. — assentiu. Só tinha atiçado mais sua curiosidade.

Eunji— Me escute, não quero que fique perto daquele homem e se ouvi-los gritando então tampe os ouvidos. Ele fala coisas sem sentido que podem confundir a sua cabeça. 

S/N— Yah! Eu não sou tão ingênua para acreditar em tudo o que me falam! — cruza os braços fazendo um bico.

Eunji— Confie apenas em mim, okay? — ela assentiu com a cabeça. — Logo nós dois vamos nos mudar ao Japão e você nem vai sentir falta desse lugar.


[...]


Baekhyun estava na sua escrivaninha lendo e decorando as novas músicas, mas a dor de cabeça desviava sua atenção. 

Ele começou a mexer no seu colar que estava dentro da camisa, ficou assim por um tempo até que a puxou deixando exposta a aliança de noivado presa na corrente de ouro. Se Yumi o visse com aquela aliança no dedo, era capaz dela dar um fim naquele objeto que parecia ser tão simples mas simbolizava os mais sinceros sentimentos de Baekhyun​. Então ele a escondeu de uma maneira que sempre ficasse com ele.

Yumi— Baekkie! — ela entrou no quarto dele sem permissão assustando Baekhyun que em um gesto rápido escondeu o colar por dentro da camisa. 

Baekhyun— Eu disse que estaria trabalhando e que não queria interrupções. 

Yumi— Me desculpe mas a minha ansiedade falou mais alto. Olha o vestido que vou usar no desfile de moda! — ela coloca a peça de roupa em frente ao corpo, era um vestido justo e da cor vermelha.

Foi uma guerra para Yumi convencer Lee a deixá-la ir no evento. Ela é ciumenta e um pouco possessiva, não ia deixar Baekhyun sozinho em volta de muitas modelos. Era arriscado para ela mas tomaria cuidado, faria um penteado diferente, maquiagem pesada e lentes de contato. Ninguém a reconheceria.

Baekhyun— É bonito. — se refere ao vestido mas ele nem deu bola, só queria que Yumi o deixasse sozinho.

Yumi— No que tanto trabalha? — tentou dar uma espiada nos papéis. — Essas são as novas músicas do EXO? 

Baekhyun— Você não pode ler. — ele recolheu tudo e guardou em uma pasta.

Yumi— Por que não? — cruza os braços parecendo uma criança emburrada.

Baekhyun— O seu pai ordenou para que isso ficasse em sigilo.

Do nada, Yumi passou de uma criança emburrada para um alguém muito animado, tinha se lembrado de algo importante.

Yumi— Falando no papai, ele me disse que as papeladas para o nosso casamento estão prontas! Ele vai me entregar no desfile.

Baekhyun— Então você vai soltar S/N e Baekbeom no dia do natal?

Yumi— Sim, como o combinado.

Baekhyun olhou friamente para ela. Como podia ser tão falsa? Dizia olhando nos olhos dele que estava sendo fiel ao acordo, mas por trás daquele sorriso existia segredos e mentiras. Ele foi enganado, soube por Chanyeol há alguns dias sobre a amnésia de S/N e, naquele momento, ele teve vontade de abraça-la e lhe contar todas as suas melhores lembranças ao lado dela.

Aquilo era uma tortura e ele não estava aguentando mais. Saber que ela vai esquecer que ele fez parte da sua vida foi uma dor sem igual, insuportável. 


[...]


Kai— Power! Power! — cantava alto enquanto adentrava o dormitório com suas malas em mãos.

Xiumin— Não cante tão alto, a música ainda nem foi lançada. — advertiu do sofá, ele jogava vídeo game com Sehun.

Kai— Não tenho culpa se ela é viciante!

Kyungsoo— Dá pra me ajudar aqui?! — indaga visivelmente irritado usar tropeçando por segurar várias caixas, tantas que não era possível ver o rosto do baixinho.

Kai ajudou D.O com as caixas e os dois seguem para seus quartos. Ambos tinham se mudado para um apartamento mas como a S.M está de volta, eles voltaram a morar no dormitório mas ainda tinham o apartamento em seus nomes.

Suho— O Luhan endoidou?! — gritou deixando de lado a comida que preparava.

Chen— Eu pensei isso quando escutei o plano pela primeira vez, mas pensando por outro lado até que poderia dar certo. — ele olhou para Chanyeol que concordou. Os três estavam reunidos na cozinha.

Chanyeol— Nós temos provas e duas testemunhas que confirmam toda a história. Com isso nós conseguimos prende-los e resgatar nossos amigos.

Suho— E vocês querem fazer isso no desfile na empresa?!

Chen— E tem lugar melhor? Lee e Yumi estarão lá, a mídia e os policiais. É perfeito.

Suho— Esqueceram que Yumi tem mais capangas? Eles vão saber que ela foi presa e matarão S/N e Baekbeom.

Chanyeol— Acho que até a véspera de natal nós conseguimos descobrir onde eles estão.

Chen— Eu também acho. Luhan com certeza terá agredido a testemunha até que confesse. — os três começaram a rir.

Suho— Eu concordo com Kris e Tao, sou contra a violência, mas parece que essa é a única saída para conseguirmos a verdade.

A conversa foi interrompida pelo celular de Chanyeol que começou a apitar.

Chanyeol— Eu tenho que ir.

Suho— Não vai almoçar com a gente?

Chanyeol— Não vai dá. Vou com a Hana na ultrassom. — sorriu acenando para os dois que repetiram o gesto, mas no momento em que se virou para sair, esbarrou no ombro de Kyungsoo. 

Kyungsoo— Cadê? — olhou para todos os lados e começou a abrir os armários, os outros se entreolharam confusos.

Chen— Cadê o quê?

Kyungsoo— O meu Death Note!

Suho— Não levou aquele caderno do demônio pro apartamento?

Kyungsoo— Eu não sei, nem cheguei a desfazer minha mala quando me mudei.

Chanyeol rolou os olhos desinteressado naquele assunto e foi em direção a saída, e lofo em seguida D.O saiu da cozinha indo procurar o caderno nos outros cômodos.

Suho— É tão difícil ter que lidar com boas e más notícias ao mesmo tempo. — ele suspira voltando a cozinhar. — Sendo sincero, estou com um mau pressentimento sobre o desfile.

Chen— O seu sexto sentido está te advertindo? — arqueia a sobrancelha em um tom brincalhão.

Suho— Você sabe que o meu sexto sentindo nunca está errado! — ele massageia suas têmporas.

Chen— Sinceramente, eu também estou achando isso mas ao mesmo tempo sinto que toda essa confusão vai acabar. Só não sei dizer se vai terminar bem.


[...]


Aquela manhã estava ensolarada o que era raro de acontecer naquela época do ano em Seul. Normalmente tem chuvas fortes, neve caindo ou o céu coberto por nuvens escuras, mas naquela manhã o céu estava bonito, as ruas estavam cobertas de neve e não havia sinal de chuva.

As pessoas estavam felizes, Seul estava calma e alegre. Era véspera de Natal, todos se abraçavam, os atrasados tentavam comprar os presentes de última hora mas era difícil ter lojas abertas, luzes coloridas embelezavam as casas e lojas, a neve caía lentamente e as crianças faziam bonecos de neve no parque com a família, era um dia maravilhoso mas S/N estava meio triste por motivos óbvios. Estava sozinha e presa naquele prédio abandonado.

Eunji— Aqui está o seu café da manhã. — deixou uma bandeja com pouca comida em cima da cabeceira. — Coma tudo. Vou sair para comprar os seus remédios.

S/N— Tudo bem. 

Eunji— Quer que eu compre um presente de natal? — ela não conteve um sorriso.

S/N— Isso é sério?

Eunji— Claro, você pode pedir o que quiser.

Ela olhou para cima pensativa por um tempo mas já sabia o que queria, só não sabia se era certo pedir aquilo.

S/N— E-eu.... Posso ir com você? — ela se encolhe um pouco ao ver seu olhar de reprovação.

Eunji— S/N...

S/N— Por favor! O dia está tão lindo e já é quase natal, você sabe que eu gosto dessa época porque as ruas ficam iluminadas, quero ver como a cidade está e prometo que não vou sair do carro, vou só olhar pelo vidro.

Ela uniu as mãos implorando e inflou as bochechas enquanto ele tentava decidir se a levava ou não. 

Eunji— É isso mesmo o que quer? — ela balança a cabeça em afirmação. — Okay, mas fique dentro do carro e não...

S/N— Obrigada, oppa​! — o interrompe e o abraça. Ele sorriu em ver a empolgação da menor.


[...]


Luhan— Você está ridículo.

Tao— Entre no espírito natalino! — disse tirando da grande sacola um presente e o seu para um garoto que andava de muletas.

Ambos estavam​ no jardim da clínica. Enquanto Tao estava vestido de Papai Noel e distribuindo presentes para todas as crianças, Luhan estava se encolhendo de frio e havia apenas um presente em seu colo que daria para uma certa pirralha em especial.

Ele a procurou com os olhos por um tempo. Quando finalmente avistou a garota, levantou as sobrancelhas surpreso.

Rin— Oi Luhan! — sorriu parando em sua frente.

Luhan— Vejo que está se recuperando. — fala olhando a menina se apoiando nas muletas.

Rin— Eu fiz o que você disse, comecei a me esforçar e agora não dependo mais da minha diretora para ir onde quero.

Luhan— Só não abuse ou faça muito esforço. — ela não respondeu pois olhava curiosa para o presente que ele segurava. Ele sorriu ao notar isso e estendeu o pacote. — Pegue, Rin.

Rin— I-isso é pra mim? 

Luhan— Sim. Espero que goste, eu não costumo comprar presentes. 

Rin— Então por que comprou para mim?

Luhan— Só olhei isso na vitrine e pensei em dar para a minha única amiga pirralha. — deu de ombros e ela pegou o pacote um pouco corada.

Rin— Eu nunca ganhei um presente antes. Muito obrigada! — sorriu abertamente.

Luhan queria ver a reação dela quando abrisse o presente, mas não foi possível pois ela teve de ir para sua consulta. Como ele já tinha visitado seu fisioterapeuta naquele dia, saiufa clínica sendo empurrado pelo "Papai Noel" que não parava de cantar músicas natalinas animadamente. Ele ajudou Luhan a sentar no banco do passageiro, depois ele sentou no banco do motorista e começou a dirigir.

Tao— Você é um pé no saco! Como não consegue ficar feliz nesse dia maravilhoso? — indagou atento ao trânsito.

Luhan— Não sou muito fã do Natal.

Tao— O que?! — ficou boquiaberto. — Kris tem razão, você é um capetinha.

Luhan— Nunca suspeitou que Lu vem de cifer? — ironizou fazendo Tao sentir um calafrio por todo o corpo.

Tao— Ai, credo! Tá repreendido em nome de Jesus! — Luhan começou a rir.

Eles ficaram conversando durante todo o percurso até a farmácia, Tao compraria alguns remédios que o fisioterapeuta indicou.

Tao— Fique aqui, eu já volto. — ele saiu do carro e fechou a porta.

Luhan observou Tao caminhando até a farmácia, as pessoas olhavam para ele por ser famoso e por estar fantasiado.

O loiro olhou ao seu redor entediado e pousou seu olhar no carro estacionado ao seu lado. Ele ficou longos segundos olhando para aquela direção com o coração batendo forte, chegou a pensar que estava alucinando, por isso ele abaixou o vidro do carro o mais rápido que conseguia, o raciocínio lhe faltava, só queria chamar a atenção da garota solitária no carro ao lado.

Luhan— S/N!

Ela virou o rosto e olhou para ele. Com seus olhos fitando um ao outro, ela sentiu um desconforto mas não conseguia parar de olha-lo, parecia que estava hipnotizada e que ocorria uma forte conexão entre ambos.

Eleanor— Vou te apresentar ao filho do meu noivo!

Antes que eu pudesse retrucar, uma voz me interrompeu.

— Boa noite.

A voz doce do rapaz me fez arrepiar dos pés a cabeça porque eu já tinha escutado aquela voz muitas vezes.

Olho para o rapaz a minha frente e arregalo os olhos. Uma coisa que nenhuma garota iria negar é que ele está realmente muito bonito agora, usando um blazer preto, um tênis e calça jeans da mesma cor e uma camisa social azul escura.

Ele se aproximou de mim com um sorriso de canto sedutor,  pegou a minha mão e nela depositou um beijo demorado. Depois me olhou lançando novamente aquele sorriso sedutor.

Socorro.

— Você deve ser a S/N... — assenti com a cabeça encarando os seus olhos que me fitavam de forma intensa.

S/N— S-sim. — gaguejei nervosa encarando os seus olhos.

— Prazer, sou Luhan.

A cabeça de S/N começou a doer muito interrompendo aquela lembrança. Ela colocou as mãos na cabeça e começou a gritar, parecia que alguém estava esmagando o seu cérebro.

As poucas pessoas ao redor olharam para S/N preocupados mas Luhan era o mais tenso alí. Desesperado, ele abriu a porta do carro mas não podja sair quanto ao menos se mexer.

Luhan— S/N, presta atenção, você tem que sair daí e vir comi... — ele mesmo se interrompe quando viu alguém parar em sua frente mostrando a arma que tinha escondida na calça.

Eunji— Não grita se não eu te mato. — falou de maneira aterrorizante. 

— O que está acontecendo? — as pessoas começaram a perguntar cada vez mais próximas.

Eunji carregou Luhan e o colocou no banco de trás do seu carro. Ele queria gritar por socorro mas podia acabar com uma bala na cabeça, também estava mais preocupado com o que estava acontecendo com a S/N do que no fato de que está sendo sequestrado.

— A garota está bem? — uma mulher pergunta.

Eunji— Sim, é só uma dor de cabeça. — sorriu torto e entrou no carro.

Tao— Ei! — saiu da farmácia e correu até o carro de Eunji mas o mesmo rapidamente acelerou o veículo se afastando dalí. — Droga! — ele entrou no carro, pisou no acelerador e seguiu o mesmo percurso de Eunji.

 Mas não adiantou muita coisa. Ele tinha os perdido de vista.

Eunji— Eu sabia que Matt não serviria para fazer​ um serviço tão simples como matar esse idiota! — fala irritado assim que ultrapassou a placa de limite da cidade. Agora estavam sozinhos na estrada que parecia não ter fim.

Luhan nem se incomodou com o insulto, ele colocou a mão sobre o ombro de S/N que continuava com as mãos na cabeça, sofria calada. 

Eunji— Tire as mãos dela! — afastou a mão do loiro que se controlava para não perder o controle, não serviria de nada porque ele estava em desvantagem. — Eu disse pra você não abrir a droga desses vidros!

S/N— M-me desculpa... — fala chorosa.

Eunji— Tome os remédios. — entregou a sacola para ela que rejeitou.

S/N— Eu não quero.

Eunji— Tome isso agora! — fala em um tom mais alto e rígido.

S/N— Já disse que não quero! — gritou no mesmo tom e voltou a chorar baixinho olhando para a janela.

Eunji decidiu não forçar no momento, depois ele tentaria de novo e se ela recusasse ele não teria outra saída a não​ ser força-la a tomar as pílulas.

De vez em quando ele olhava para sua irmã, ela já tinha parado de chorar mas estava muito quieta. Ele não deu muita bola e voltou a prestar atenção na estrada. Mal se passou pela sua cabeça que S/N havia recuperado algumas memórias com seu reencontro com Luhan. Ela lembrou que Luhan era o filho do novo marido de Eleanor; que alguns membros do seu grupo favorito moravam na casa ao lado; que o noivo da Yumi é o famoso Byun Baekhyun e que o mesmo não lhe trata muito bem porque ela só lhe trazia problemas.

S/N não tinha certeza se era o certo confiar em Eunji, nem mesmo em Luhan. Ela só tinha certeza de que não ia mais tomar aqueles remédios que pareciam lhe deixar ainda mais confusa e perdida.

Em minutos eles chegaram no prédio. Eunji carregou Luhan para dentro e S/N os seguia de cabeça baixa. Por algum motivo ela pensou em fugir dali mas estava anoitecendo e não sabia o caminho para a cidade.

Os três entraram no elevador, segundos depois as porta abriram revelando o grande corredor.

Eunji— Vá para o quarto, S/N, e tome os seus remédios.

S/N musmurrou um sim parando em frente a porta do seu quarto, ao invés de entrar ela ficou do lado de fora vendo Eunji levar Luhan para um dos cômodos.

Ela não acreditava em Luhan mas com apenas um olhar conseguiu se lembrar de muita coisa do seu passado. Ela queria falar com ele de novo mas Eunji com certeza faria uma vigia de 24 horas, estava na cara que ele não confiava no loiro.

Se não podia falar com Luhan, então falaria com o outro prisioneiro. Baekbeom!

S/N andou de fininho até o cômodo onde ele estava, colocou a mão na maçaneta e demorou para enfim abri-la. Ela não fazia ideia de quem estava por trás daquele porta, por isso tinha hesitado no começo.

Ela adentrou e viu um homem sentado em uma cadeira com as mãos e pernas amarradas. Ele levantou seu olhar e pareceu muito contente e aliviado em vê-la alí, S/N por outro lado franziu o cenho com o presentinho de que já vira aquele homem.

Baekbeom— Graças a Deus que é você, S/N! — suspirou como se um peso saísse de suas costas. — Como conseguiu escapar? Não, espera, isso não vem ao caso agora. Me solte rápido e vamos fugir desse inferno!

S/N— E-eu... — não sabia o que dizer.

Baekbeom— Rápido! Aquele cara pode voltar. Temos que ir e encontrar os outros. 

S/N— "Os outros"? — ela repetiu sem entender. Era horrível não lembrar das pessoas que conheceu e dos momentos que viveu enquanto as pessoas ao seu redor lhe contam histórias que ela não sabia se eram reais ou não.

Baekbeom— Você não se lembra de mim? — perguntou mas já tinha deduzido a resposta. — Como conseguiu se esquecer do próprio cunhado?

Ela arregalaram os olhos enquanto na sua cabeça passava um momento específico, na Tailândia. S/N estava em uma mesa de um restaurante fino, com ela estava Sook e Kwan e mais outras pessoas que, na sua cabeça, ficaram com os rostos embaçados, ela só escutava suas risadas, mas ao longo do tempo a lembrança ficou mais nítida. Ela viu com clareza o senhor e a senhora Byun e o Baekbeom cutucando as costelas do homem ao seu lado para irrita-lo.

Logo ela viu o homem ao seu lado, que antes era pertubada por Baekbeom, se virar e olhar para ela. Era o Baekhyun. Ele sorriu de maneira doce ao mesmo tempo em que segurou a mão dela por de baixo da mesa e fez um breve carinho.

S/N— Baekhyun... — fala o nome do seu amado com a voz falha.

Baekbeom— S/N, você está bem? — ele começou a se preocupar, ela estava pálida e no mundo da lua.

A garota continuou fitando o chão por alguns minutos, o homem já estava ficando assustado, desejou ler seus pensamentos já que não conseguia deduzir o que ela estava passando, e mesmo que tivesse esse poder ele não a entenderia. Sua cabeça estava uma confusão desde que começou a tomar aquela medicação para apagar parte de seu passado, mas o procedimento ainda estava no começo e a sua mente estava vulnerável, qualquer contato com pessoas ou até mesmo objetos que simbolizem muita importância para o seu eu de antes, as lembranças iriam voltar.

E foi exatamente isso o que aconteceu.

Reencontrou Luhan que com o passar do tempo conseguiu se tornar o seu melhor amigo e Baekbeom que era o irmão mais velho de quem ela mais ama, Baekhyun.

S/N— Baekbeom. — ela finalmente cortou o silêncio e olhou para o homem. — Vamos sair daqui.

Ele sorriu, ainda estava sem entender o seu comportamento de antes mas o que importa é que S/N voltou ao normal.

Ela correu até Baekbeom e começou a desfazer o nó que estavam muito apertados, então teve um pouco de dificuldade.

S/N— Luhan também está aqui. — informou. — Precisamos resgata-lo, dar um jeito de distrair ou prender Eunji e ir embora daqui.

Baekbeom— Quem é Eunji? O cara que nos sequestrou? — arqueou a sobrancelha. S/N tinha esquecido que ele não teve a oportunidade de conhecê-lo antes.

S/N— Ele é meu irmão. 

A revelação o deixou visivelmente chocado, tanto que demorou algum tempo para responder.

Baekbom— Não me entenda mal, mas o seu irmão é um psicopata. — foi sincero. — Como o Luhan veio parar aqui?

S/N— Eunji o sequestrou. — termina de desamarrar as cordas livrando Baekbeom que fez uma cara de dor olhando para o próprios pulsos vermelhos​. 

Baekbeom— Posso bater no seu irmão depois que tudo isso acabar?

S/N— Eu bato junto! — Ela ainda não sabia o que tinha acontecido com seu irmão e só pretendia tirar satisfação quando estivesse sã e salva e ele atrás das grades. — Vamos, não podemos perder tempo!

Os dois correram para fora do cubículo, mas pararam automaticamente os passos logo depois de escutarem o som de um tiro vindo do cômodo onde estavam Luhan e Eunji.




Notas Finais


Tiro??? Como é? Alguém morreu?! 👀
Procura-se o Death Note do Kyungsoo. 👀 (huehwuwuaaiai)
E esse desfile? Omma Suho está com maus pressentimentos. E vocês? 🌚
Lembrando que vai acabar no capítulo 123 ;-;


Outras fanfics :

Let's​ Make it Forever (Baekhyun) : https://spiritfanfics.com/historia/lets-make-it-forever-byun-baekhyun-exo-10062356



Bjsssssss 💋💋

~Tiatae_ 💙🇰🇷


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