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História Baile - Jikook ABO - Pintinho corado, Coelhinho sorridente


Escrita por: Vidra45

Notas do Autor


BUUUUU, att, anjos.. Espero que gostem
Boa leitura
Desculpe qualquer erro

Capítulo 5 - Pintinho corado, Coelhinho sorridente


Fanfic / Fanfiction Baile - Jikook ABO - Pintinho corado, Coelhinho sorridente

Aquele momento parecia perfeito demais para ser real. Jimi nunca ouviu tantas palavras bonitas sendo direcionadas a si, com tanto afeto, carinho, verdade. Era simplesmente bom demais para ser real, ainda mais quando acontecia com o baixinho.

Jeon só podia ter saído de um conto de fadas, um universo paralelo onde as pessoas têm empatia e reconhecem o amor ao outro sem rebaixar ninguém, sem diminuir, sem machucar; onde os parceiros se respeitam, se constroem juntos.

Vivendo em uma época como aquela, mesmo que muito tenha sido conquistado por ômegas, ainda era notório o descaso. Mesmo os parceiros as vezes eram cruéis, rudes, se acham os donos das relações.

Isso que o fez querer casa com Taehyung

O medo de acabar com alguém violento, doentio e psicopata era grande.

Não queria acabar como sua mãe

A mulher que um dia foi brilhante, aos poucos teve seu brilho apagado por um marido autoritário, que a xingava por colocar ômegas no mundo. O homem sempre deixou claro a raiva e desprezo que sentia pelos filhos, desde que eram bebês, foram tratados com repulsa.

O pai de Jin e Jimin há tempos não parava em casa por mais de duas semanas, sempre com viagens e mais viagens, com a desculpa que tinha que trabalhar para sustentar o “martírio” que ele arranjou para a via.

Sabia bem que não era aquilo, o buraco era mais em baixo.

Bem, os filhos no fundo não ligavam mais, as dores e as marcas no corpo substituiram o amor por medo, o carinho por receio, a admiração por nojo. O que podiam fazer se suas almas foram consumidas pelas lembranças e palavras dolorosas?

Não era ódio, simplesmente, não tinha mais importância.

Pelo menos o pai não.

Jimin ainda alimentava esperanças que sua mãe voltasse aos doces e breves momentos em que lhe demostrava amor, mas era uma ilusão.

Ela já era vazia, a tristeza a consumiu junto a amargura. Só tinha Jin. Esse, que lutou contra tudo, formou-se e seria um excelente enfermeiro.

Jin era como sua alma gêmea, sua luz e seu porto seguro. Seu irmão, mas velho que si 3 anos era sua fonte confiável de “sempre juntos”. Jin era o único que elogiava, que lhe dizia palavras bonitas, que o ajudava a continuar.

Claro, Taehyung também fazia isso, mas nos últimos dias Jimin passou a pensar se aquilo tudo não era mentira. Como Taehyung era um mentiroso, não seria surpresa.

No fim, sua vida se resumia a um pai cruel, uma mãe indiferente, um melhor amigo mentiroso, vizinhos maldosos, um irmão que tentava preencher todos os espaços vazios e que sofria em silencio.

Tinha seus momentos de felicidade, mas se perguntava se nascer tinha sido certo.

Mas ali, com Jungkook, sentia que tudo tinha um proposito. Sentia que viver tinha sentido, tinha motivos e emoções. Sentia que tinha que ser o forte dos irmãos, ser menos medroso, encarar seus pais e anunciar que queria estudar, queria fazer sua amada faculdade, mesmo que já tivesse 22 anos e nem lembrasse de nada dos seus estudos.

Jeon lhe fazia tão bem, de um jeito único. Nem ao menos entendia, mal conhecia o outro, mas talvez ouvir aquelas palavras fosse suficiente para perceber que o mundo ainda tem muito para mostrar, coisas além de dores e tristezas.

Talvez Jeon ensinasse a Jimin que desistir de si mesmo fosse algo ruim.

...

Depois do breve momento dos dois, com doces selares e lindas palavras, os mesmos protagonizaram uma cena de puro constrangimento. Enquanto tinha suas bochechas coras, um Jeon nos braços da poltrona, um clima suave, mas palpável, Jimin quase morre de vergonha ao olhar para a porta e se deparar com uma senhorinha olhando os dois. Sorrindo. A mulher de cabelos já grisalhos carregava duas bandejas com alimentos.

Talvez a cena fosse bonita demais para atrapalhar

Jimin ao perceber o par de olhos lhe fitando, sentiu todo seu corpo em pane, com o susto, deu uma cotovelada em Jungkook, esse que acabou por se desequilibrar e ir de encontro ao chão. Com as pernas para cima, uma expressão de susto e dor. A mulher que os viam deu uma gargalhada, Jimin pulou da poltrona e tentou ajudar jeton, enquanto proferia várias desculpas.

Jeon sentia que seu bumbum tinha encontrado o nirvana.

─ Mulher, assim você mata o Jimin de susto e ele mata com uma cotovelada. ─ Jeon disse em tom zombeteiro, vendo o ômega corar ainda mais, a senhora ria.

­─ Vim no lugar daquela coisa que você chama de governanta.

─ Hanna, ela é sua irmã.

─ Uma praga, isso é o que ela é.

Jeon sorriu largo, um lindo sorriso. Que deixou Jimin todo bobinho. O alfa logo pegou as bandejas das mãos da mulher e lhe deu um abraço apertado.

Hanna não era única que aparentava querer aquele abraço.

─ Quando voltou velha mocoronga?

─ Respeito é bom e conserva esses dentes de coelho. Certeza que o loirinho ali não vai quere lhe beijar se estiver banguela. ─ Jimin arregalou os olhos e Jeon riu alto.

─ Tá bom, obrigado por nos trazer comida. E por ter voltado. Velhota.

─ Também amo você, projeto malfeito de alfa. Me apresente o loirinho.

Jeon sorriu.

─ Hanna, esse é Jimin. Jimin, essa é Hanna, responsável pelos meus cabelos brancos.

Hanna lhe deu tapa.

─ Moleque atrevido ─ andou até Jimin ─. Prazer em conhece-lo, Jimin. Espero que consiga suportar Jeon. Ele é uma peste em pele de anjo.

─ Fale de bem. ─ Jeon protestou.

─ Nem preciso falar nada de bem, as cenas anteriores já demonstram o que ele acha de você.

Um buraco, era tudo que Jimin queria.

─ Pare de ser fofoqueira. Vá cuidar de seu velho. ─ Jeon disse puxando Hanna para outro abraço. ─ Senti saudades, velha.

Sorrindo, a mulher também lhe direcionou palavras de saudades.

Jimin sentia tanto amor naquele abraço.

Jeon encarou o loiro por cima do ombro da amiga e sorriu. Soltou Hanna, pegou em sua mão e andou até Jimin, esse que estranhou a cena. Mas Jeon tinha em mente algo muito bom. Sorriu.

─ Um abraço em trio ─ puxou Jimin pela cintura ─, para celebrar a matança de saudades ─ disse passando o braço pelos ombros de Hanna ─, e para celebrar as novas amizades e novos sentimento ─ disse sorrindo para Jimin.

Um abraço entre os três surgiu quando o alfa puxou as companhias para perto de si. Era uma cena por certo simples, mas carregava muito significado para todos ali.

Jeon sentia-se em casa

Jimin sentia-se amado

Hanna sentia-se privilegiada

Depois da sessão fofa de apresentações, mais constrangimento para Jeon, Hanna deixou os dois sozinhos e foi para a casinha ao lado.

Jimin e Jeon logo estavam se alimentando, um silencio confortável preenchia todo o lugar, assim com bochechas que nunca mais deixaram de ser rubras, e os dentes de coelhos que não deixavam de se mostrar.

Depois do dejejum, Jeon chamou Jimin para irem para parte da biblioteca. Essa ficava perto do “jardim” que tinha na sala. Não havia tantos livros, mesmo assim, não deixava de ser um lugar único, onde viajar entre linhas podia ser possível, assim como a magia de olhares se trocavam.

Jimin sentou em uma cadeira acolchoada, perto de uma mesa. Jeon seguiu para o chão, onde havia várias almofadas e um edredom cobrindo o piso.

─ Jimin? ─ O loiro olhou para o outro. ─ Vem aqui. ─ Jeon deu batinhas leves no espaço ao seu lado.

Jimin havia, naquele dia, chegado à conclusão que não conseguiria ficar perto de Jungkook sem mostrar uma fase corada.

Andou até o outro e logo sentou-se. Jeon mostrou mais uma vez seu sorriso de coelho, nada encantador.

─ Vou ler algo para você, ok?

Quantas experiências fofas Jeon poderia proporcionar? Jimin se questionava sobre isso. Um lugar bonito, palavras acolhedoras, uma comida gostosa, uma nova amiga e um momento cheio de constrangimento, agora, um momento repleto de fofura.

─ Ok. ─ Disse baixinho.

Jeon suspirou.

─   Algumas folhas percorrem caminhos longos, outras encontram cabelos por aí, umas chegam a seu destino, mas a maioria sobrevoa durante muito tempo, sem parar para encontra o chão

As vezes nos perdemos em nos mesmo, nos nossos medos, inseguranças, nos perdemos dentro de nossa própria casa, na nossa alma, em nosso coração

Onde vivemos não nos achamos, onde andamos não nos encontramos, somos folhas secas que nunca param, que nunca ficam no lugar

Que nunca se prende em cabelos, que não acham caminhos, nossos caminhos estão sempre se movendo, indo em direções iguais, opostas

Tantas folhas esbarram em nos, tantas vão como se nunca tivessem vindo, outras voltam para nossas raízes, e aí, é nos que vamos

Algumas pessoas são nossas folhas, e nós somos as folhas de algumas pessoas

Ficamos e vamos

Choramos e rimos

Somos felizes e tristes

Damos adeus, assim como boas-vindas

As vezes somos a noite de alguém

As vezes alguém é nosso dia

Mas nunca seja prisão para alguém, assim como ninguém deve ser para nós

Podemos ser moradas, deixar a “casa” arrumada, com amor e carinho

Mas nunca podemos ser a prisão de um pássaro, ser prisão é ser todos os dias a mesma coisa

É matar voos altos, é cortar arvores antes de crescer

Seja a permanência, que vira aconchego, que vira chuva, sol

Que é folha em todos os verões

Seja a permeância que se move com os pássaros, que cresce com as arvores

Se mova ao de sua folha

Mas nunca impeça ela de se mover...

Jeon parou a leitura quando sentiu a cabeça de Jimin encostar em seu ombro. Olhando para o loiro, não deixou de rever as imagens que considerava as mais belas.

 Jimin estava em todas

Mas um loirinho, com bochechas amassadas, olhinhos fechados e um biquinho fofo nos lábios, tinha o primeiro lugar.

Sabia que Jimin estava com sono, os resmungos do menor quando ia para a estufa eram bem audíveis. Mas não sabia que ele acabaria por dormir daquela forma, em seu ombro, de uma forma fofa e relaxada.

Sorriu.

Pegou uma almofada e colocou no colo, de um jeito cuidado levou a mão para as costas de Park, levemente o virando para deitar a cabeça em seu colo.

Para Jeon, Jimin era sua folha, a folha que lhe faria mover, que lhe faria voar, a folha que se prenderia em seus cabelos, que seria sua morada, sua chuva, seu sol.

Queria ser a folha de Jimin, ser não uma prisão, mas seu lar, seus dias, suas noites, seus bons momentos, sua felicidade

      ..... Queria ser sua liberdade.


Notas Finais


Bjooos de luz
Ah, resolvi colocar um draminha leve na fic, tá.. Mas é de boas, paz mesmo


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