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História Baile - Jikook ABO - Preparos e surpresas, por Park Jimin


Escrita por: Vidra45

Notas do Autor


Iruuuuu... O cap q dá inicio ao rebuliço, povo
Tá meio morninho, mas é que, né
Boaa leitura, desculpa os erros

Capítulo 13 - Preparos e surpresas, por Park Jimin


Fanfic / Fanfiction Baile - Jikook ABO - Preparos e surpresas, por Park Jimin

#Antes da tempestade, a calmaria

......

O dia havia amanhecido com o cantar dos passarinhos. Aquela cidade que era sempre fria, que congela as pessoas quase que o ano todo, resolveu que era um bom dia para um sol quentinho e aconchegante.

Não era.

Ainda era cedo, alguns carros começavam a rodar, barraquinhas de vendas a serem montadas, ouvia o falatório das senhoras na calçada enquanto esperavam o padeiro.

Longe daquele burburinho, uma casa ainda coberta pela frieza, um quarto escuro, onde nem uma pequena flecha de luz do sol quentinho conseguia passar.

Na cama, encolhido em um cantinho, com os joelhos agarrados pelos braços, a cabeça encostada na cabeceira da cama, os olhos fitando o teto branco, Jimin. Algumas lagrimas sorrateiras escorriam pelos olhinhos sem brilho.

Chegou dia

Jungkook não chegou

Ainda era cedo para o ômega estar acordado, mas ele nem ao menos dormiu. Passou a noite em claro pensando em formas loucas de fugir daquilo.

Bolou planos, pensou besteiras, pensou em coisas serias. Sentiu medo, sofreu.

Mas no fim, já era dia, e permanecia no mesmo lugar, sem mexer nem uma mecha de cabelo.

As palavras de Jungkook proferidas há tantos dias, que chegaram quase a serem esquecidas, voltaram para a mente de Jimin com toda força que tinham. Faziam a circulação do corpo dele acelerar.

Não faltava muito para o casamento, que seria no final da tarde.

Jimin já não sabia mais do que acontecia naquela cidade, quem havia sido convidado para seu casamento..

Se Jungkook havia voltado.

Só sabia que algumas horas estaria no altar de uma igreja, pronto para ser levado com um homem asqueroso.

Suspirou.

Levantou-se da cama, andou até a janela ainda fechada, afastou as cortinas e abriu minimamente a vidraça.

Fitou a rua movimentada, as pessoas indo e vindo, virou o olhar e deslumbrou alguns passadinhos dando pulinhos em seu jardim.

Sorriu.

Por mais que aquele dia estivesse bonito, ele estava cinza, incolor, sem um pingo de brilho para Jimin. Não havia motivo para agradecer aquele novo amanhecer.

Fechou os olhos, sentiu novamente as lagrimas quentinhas banhar seu rosto. Abriu os olhos em uma última fitada para a rua viu uma cena estranha.

Yoongi.

O jovem estava do outro lado da rua, mas claramente estava olhando para Jimin.

Segurava uma grande garrafa e algumas sacolas. Levantou a mão com a garrafa e balançou em direção a Jimin, tinha sorriso no rosto e deu uns pulinhos.

Jimin não pode deixar de achar aquilo gracioso.

Em outro momento, talvez, pudesse se tornar amigos.

Yoongi parou o que fazia assim que olhou para o lado e viu Taehyung vindo, olhou novamente para Jimin e deu um acenar com a cabeça. Que foi respondido pelo outro com um sorriso pequeno.

Taehyung também olhou para Jimin e deixou um sorriso escapar e assim voltou a andar ao lado de Yoongi.

Jimin sentiu-se ainda mais triste.

Mesmo que quisesse, nem ao menos poderia ter Taehyung consigo. Queria o amigo de volta, sentia saudades dos momentos dos dois, com Jin.

Ah, Seokjin, que Jimin já não via a tanto tempo. Não fazia ideia de onde o irmão estava.

Sozinho.

Andou até o banheiro e fez sua higiene matinal. Tinha que se prepara para o seu casamento.

Se olhando no espelho, Jimin levou uma das mãos a cariciar o próprio rosto, a outra mão foi em direção ao espelho.

Talvez tenha sido um ato de pura explosão de sentimentos, uma súbita força correu o corpo frágil lhe fazendo socar com força o espelho. Os estilhaços espalhados pela pia, chão e alguns grudado no punho do ômega.

Virou-se e voltou para o quarto, nem ao menos limpou a mão. Apenas andou até o guarda-roupas e pegou uma veste.

Quando adentrou a cozinha viu sua mão sentada tomando o café, andou e sentou-se ao lado da mulher, que logo fitou a mão do filho.

─ Espero que o coronel lhe ponha nos eixos.

─ Então ele fara comigo o que papai não fez com você. ─ A mulher olhou incrédula para o filho. ─ Me aprisionará. . Não vou comer, afinal, tenho que permanecer magro. ─ Bebeu um pouco mais de suco e saiu da mesa.

.....

Jimin estava de frente para o espelho enorme, trajado a rigor. Suas vestes já estavam prontas.

Um terno na cor vinho, que possuía uns detalhes pretos na parte do ombro e uma corrente que ia da gola até o bolso. A calça que vestida era da mesma cor e os sapatos sociais lustrados.

Um conjunto perfeito.

Os cabelos loiros possuíam ondinhas nas pontas, as argolas nas orelhas só deixavam Park ainda mais lindo.

O esfumado nos cantinhos dos olhos, um leve toque rosado nas bochechas e um brilho nos lábios de uma tonalidade rosada.

O perfume, os anéis nos dedos e por fim..

                                   Aquele colar.

O presente que ganhou de Jungkook estava jogado em seu pescoço, deixando-o ainda mais deslumbrante.

─ Acha que devemos colocar algo no cabelo dele? ─ Uma mulher falou.

─ Acho que esse grampo com as flores de cerejeiras ficaria bonito, bem, mas ele já está deslumbrante.

─ Vamos colocar.

Estava pronto.

.....

A igreja estava decorada com flores brancas e rosas. As colunas da construção estavam repletas com os arranjos, assim como os bancos onde sentaria os convidados, esses que já chegavam.

O altar possuía uma decoração simples, com tolhas em tonalidades brancas e douradas, as cortinas também brancas com detalhes bordados em rosa claro.

Yoongi foi um dos convidados que chegaram cedo para a grande cerimônia.

Sim, grande.

Afinal, quase toda a cidade havia sido convidada para aquela ocasião.

Aos poucos o local começava a encher, as pessoas bem trajadas, cheirosas, prontas para presenciar um grandioso evento.

Yoongi juntamente de Taehyung foram se sentar na ponta de uma das fileiras, perto de uma coluna bem decorada, do lado oposto ao que o noivo passaria.

─ Isso tá parecendo enterro. Credo, quanta flor. No nosso casamento eu quero que tenha garrafas de cervejas e vinhos penduradas nas colunas. Nossa, o padre está bonito. ─ Yoongi comentava.

─ Yoongi, querido, quanto tempo! ─ Uma mulher se aproximou.

─ Dona Florentina, como vai? ─ Yoongi perguntou com o sorriso falso no rosto.

─ Bem, com a graça de Deus. ─ Yoongi fitou a mulher.

─ Que bom.

─ Menino, e esse casamento? Pouca vergonha. Que mãe faz isso com o filho? Casa ele com um velho desses, nem eu.

─ Cada um com seu cada qual, senhora.

─ Achei que seria com aquele jovem bonitão, Jungkook. Aquilo ali sim é homem. Jesus que homem. Ow, Deus, Maridelta, mulher, me espere. ─ A mulher saiu às pressas atrás da outra.

─ Não era ela que dizia não acreditar em Deus semana passada? ─ Taehyung perguntou.

─ Ela mesma, ainda por cima quase expulso minha mãe do chá quando ela falou da bíblia.

─ Acho que ela acredita até mais que nós.

─ Que horas começa essa porcaria, hein? ─ Yoongi perguntou inquieto.

─ Noivo chegou. ─ Os dois olharam para o altar e viram o coronel, trajando um terno preto.

─ Misericórdia, parece um javali.

─ Não ofenda os javalis, Yoongi.

─ Você trouxe tudo, não é? ─ Yoongi fitou Taehyung.

─ Ainda acho uma péssima ideia.

─ Calado, frouxo. Se você não tem pau suficiente para fazer isso, eu tenho.

Taehyung suspirou.

Duas badaladas do sino.

O noivo chegou.

....

Quando saiu do carro e deu de cara com a igreja, sentiu suas pernas fraquejarem. Por um segundo deu um passo rumo a uma fuga desesperada.

O vento forte e gostoso bateu em sua pele.

Um friozinho abateu seu estomago.

Como seria se fosse com Jungkook?

O vento trazia consigo algumas folhas, as arvores se balançavam como se festejassem algo, mas o que?

Seu olhar direcionou para a grande entrada, decorada de flores.

Não escolheu nada daquilo. Queria se casar em um jardim bonito ou um parque verdinho. Em lugar aberto, onde poderia sentir a brisa cheia de liberdade, mas estava casando ali, no palco onde tantos ‘sim’ carregados de desespero foram proferidos. Onde poucos foram desejados de verdade.

E o ‘sim dele seria mais um querendo gritar não.

Olhou para o chão, como se derretesse, deu o primeiro passo.

Uma lufada forte de vento acertou-lhe o rosto.

Aquele cheiro.

Vinho

Correu os olhos pelos lados, pelas ruas, em um ato de puro desespero, virou o corpo a procura de alguém.

Mas não tinha ninguém.

Tinha

Só não estava lá.

─ Está na hora, Jimin. ─ Sua mãe puxou-lhe o braço com brutalidade.

Seu pai nem ao menos sabia daquilo tudo, mas se soubesse, não faria diferença.

Tudo caminhava para um mesmo lugar, o abismo.

Jungkook um dia foi abismo.

Cada passo era pesado demais para ser dado, mesmo assim, caminhava.

O som dos sapatos lustrados começou a ecoar pela grande igreja, logo seguido pela a melodia do piano, que anunciava a entrada do noivo.

Os olhares se voltaram para a mesma pessoa.

Park Jimin.

Seus cabelos dourados e suas vestes vermelhas

Como um anjo banhado em sangue.

Não era mais possível notar a tristeza nele, estava vestindo sua melhor mascara, seu melhor terno.

Seus passos lentos torturava a ansiedade em seu corpo, o aperto em seu braço vindo de sua mãe não gerava dor, ele não sentia.

Olhando para o grande altar, olhando aquele homem, desejou Jungkook ainda mais que tudo.

Que aquele momento fosse deles, que ansiedade fossem deles, que aqueles passos fossem para ele.

Queria dar o seu melhor sorriso, mas tudo que tinha era uma expressão vazia, queria que aquele dia fosse o mais feliz, mas era o mais triste de todos.

Conseguia ouvir os cochichos vindo das grandes fileiras, sabia sobre o que falavam.

Não era para ser aquele homem ali, não era.

Finalmente, de frente para o homem que aos poucos lhe tirava tudo, Jimin se perdeu.

─ Entrego-te a mão de minha joia mais preciosa, Coronel. ─ A mulher falou com um sorriso.

Jimin sorriu.

─ Joia, não era para ser um caco de vidro velho? ─ Jimin falou baixo, porém alto o suficiente para ser escutado pela mãe e coronel. Olhou para o homem. ─ Sua mercadoria chegou, coronel. Espero que a compra esteja embrulhada de uma forma de que lhe agrade. ─ Finalizou sorrindo. O homem cresceu os olhos.

─ Daremos início a cerimônia. ─ Jimin e homem se ajoelharam diante do padre.

O padre proferia as palavras de forma lenta e cautelosa.

─ É agora, Taehyung, meu Deus, é agora. ─ Yoongi segurou a mão do noivo.

─ Sim. ─ O primeiro sim foi proferido pelo o Coronel.

─ Park Jimin?

Uma sútil lagrima escorreu.

─....

Yoongi agiu rápido, enquanto via Jimin travar uma batalha para responder, levantou-se em um ato, despejando o liquido nas flores da coluna, um tanto desesperado, deixou um pouco do liquido cair em sua calça.

─ É que caiu um besouro na minha água. ─ Acabou falando quando viu uma senhora o olhando.

─ Pelos deuses, Yoongi.

─ Se me acusarem, negarei até a morte. ─ Sem mais delongas, atirou o fósforo para então em direção as flores, e gritou:

─ FOOOOOOOGO, A IGREJA TÁ EPAGNDO FOGOOO, É...MEU DEUS, EU TÔ PEGANDO FOGOOOO. TAEHYUNG, FOGOOOOO

─ NÃO!

Yoongi virou-se revoltado.

─ É FOGO SIM, QUER QUE EU ENFIE SUA CABEÇA AQUI PARA VER COMO É FOGO? ─ Proferiu as palavras sem nem ao menos saber para quem era.

Jungkook.

Suado, com os cabelos bagunçados, roupas amassadas e ofegante.

Encarava Jimin com desespero.

Jungkook voltou. ─ Jimin.


Notas Finais


Minhaaa nossa, nossa, nossa
E agora?
Igreja pegando fogo
Yoongi pegando fogo
Jungkook finalmente voltou
huum
O globo repórter não tá cobrindo essa matéria.. Então, só vão descobrir no próximo cap
bjos de luz


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