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História Baile dos gatos - Entre danças


Escrita por: WTHattori

Notas do Autor


Vamos dançar? Sejam bem vindos

Capítulo 1 - Entre danças


         1-Entre danças
                                                

-Ei, você tem certeza que a gente deveria ter vindo aqui?

-Claro, está nervosa?

-Engraçadinho, mas sim, estou nervosa.

-Não é preciso ficar nervosa, você está comigo.

Era uma noite nublada, com a lua radiando atrás das nuvens. Alunos entravam no campus para uma festa orquestrada pelo terceiro ano, como a escola estava tendo bons resultados com os alunos, foi permitido aos alunos organizarem uma festa fora de época. Era um local agradável, gramas baixas com um verde muito claro e um salão de festa gigante usado provavelmente para festas importantes da escola. Era um prédio branco talhado em mármore com portas gigantes de madeira, o local estava enfeitado com luzes.

-Ok, vamos entrando, está tudo bem? Clarice.

Clarice era uma menina branca feito neve, cabelos pretos, olhos escuros como o véu da noite, busto de tamanho normal, magra e estava usando um vestido negro para a festa todo detalhado parecia que foi feito à mão mas foi apenas um presente barato do natal anterior.

-Sim, vamos – disse a garota com uma voz tensa. - Sabe esse monte de gente aqui é estranho, eu não conheço ninguém do campus e mesmo assim fui chamada para essa festa que tem praticamente a escola inteira. É estranho, entende?

-Claro que eu entendo, Clarice. Mas você está muito preocupada com pouca coisa, e além do mais eles convidaram a escola inteira, não se preocupe com isso.

-Tenho medo de me sentir deslocada, sabe?

-Sei, bom, vamos entrando.

Entrando no grande salão, era um local lindo com chão de madeira, paredes com várias lacunas enormes de mármore, um Dj no fundo do salão, tocando música eletrônica, decoração brilhante nas paredes e lacunas, mesas com bastantes comidas, mesas para se sentar afastada da pista de dança que tinha um espetáculo de luzes.

-Daniel, vamos nos sentar aqui, às luzes não estão me fazendo bem.

-Sim, não sabia que você tinha problemas com luzes, Clarice.

-E não tenho, mas estou enjoada, triste talvez, não sei como explicar.

E de fundo surge uma voz tão alta, gritando "Clarice e Daniel", que conseguiu sobressair a música do Dj. A festa ficou dividida, uma parte olhando para Daniel, já que era mais conhecido que Clarice e a outra parte olhando para a menina morena de 1.67m de altura, com os cabelos pretos escorridos que vão até a cintura, entrando em atrito com o ar, seus olhos negros com uma cicatriz próxima mas sem diminuir sua beleza, ela estava com raiva olhando para a mesa de Daniel. A moça sem muito busto parou ao lado da mesa do par e começou a gritar com eles.

-CLARICE E DANIEL, FINALMENTE ENCONTREI VOCÊS! Eu falei para me esperar na entrada mas vocês mesmo assim entraram! - gritava ela com eles, até que percebeu que Clarice não estava bem. -Eita, Clarice, você está bem? Tá com uma cara péssima.

-Estou bem, obrigado por perguntar, foi um enjoo pelas luzes mas nada de grave. O Daniel me forçou a entrar logo.

-Eu não forcei nada – disse o garoto, todo desajeitado após a acusação.

-tá, tanto faz. Eu trouxe uma amiga minha, pode se apresentar, querida – disse a menina de cabelos escuros, mostrando a amiga.

Uma garota surge do vazio, estranhamente ninguém a viu, mesmo sua beleza sendo notória, era uma dama branca, cabelo preto com azul, olhos claros quase azuis, praticamente era uma tábua mas se fosse para categorizar seria do mais fino tipo, tatuagem em seus braços, vestia uma roupa simples, blusa de manga xadrez dobrada e calça jeans.

-Iaê, meu nome é Jade. Vocês curtem mesmo desse tipo de festa? - disse a garota, sua voz tinha um sotaque meio caipira embora ela não aparentasse ser da roça.

Daniel respondeu com um sim, sendo cortado por Clarice dizendo não, antes que ele conseguisse completar a frase.

-Bom vem mais alguém? - disse Daniel, com um pouco de raiva na voz, por ter sido cortado por Clarice.

-Não que eu saiba – disse Jade, com um sorriso de lado.

-Bárbara, vem mais alguém? - perguntou Clarice.

-Não, minha cara Clarice! - disse a menina morena.

-Vamos dançar? - perguntou Daniel.

Então o grupo de amigos foi em direção a pista, quando Jade esbarrou em um cara alto e forte, eles ficaram se olhando por alguns segundos, então jade pediu desculpas em um tom baixo. Ela foi andando para o grupo de seus amigos. A música subitamente foi alterada para uma música lenta com uma melodia de amor. O DJ exclamou que começaria um revezamento de pares. Clarice e Daniel se juntaram. Bárbara com seu sorriso seduziu o primeiro idiota que passou e Jade fez par com alguém que se encontrava tão deslocado quanto ela.

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-Ei Clarice, vocês está linda com esse vestido, você sabia?

-Obrigado, você também está lindo com essa roupa – disse Clarice, encarando em seus olhos.

Daniel Trajava uma roupa social branca com detalhes cinza com jeans e um tênis de marca provavelmente estrangeira, já que Daniel era de família rica. Embora seja muito humilde.

-Que nada, apenas peguei a primeira roupa que eu vi.

De fato ele havia pego a primeira roupa que viu.

Os dois se colaram firmemente, até que aconteceu a primeira troca de pares. Daniel não se sente feliz em efetuar à troca, praguejando em sua mente o Dj, mas era a regra trocar os pares. Jade durante a troca acaba indo para o cara alto e fica totalmente sem graça.

-Oi – disse Jade.

-Oi – disse o galã misterioso.

Os dois ficaram claramente sem graça ao dançar.

Daniel fez par com uma menina que ele não conhecia mas era linda, entretanto em sua cabeça queria que fosse Clarice, que agora faz par a um garoto pálido com expressão de medo no rosto. Bárbara saiu da pista para beijar o seu par.

Mais uma troca acontece. Jade se recusa a trocar de par e convida o galã para fora. Lá fora Jade olha para o céu com o galã, eles ficam contemplando aquelas lindas nuvens, aquela estátua de bronze do fundador da escola, o galã seguia quieto olhando as estrelas, até que jade começou a chorar ao seu lado. O galã sem muito saber o que fazer pegou Jade e a levou para próximo de seu ombro e ela agarrou firme nele, os dois se encararam e ele perguntou a ela o motivo do choro. Ela sem saber o que fazer, resolveu engolir o choro e desabafar com o rapaz.

-Eu não deveria estar aqui, sabe? Mais uma vez quebrei às regras vindo aqui, estou enjoada de sempre fazer essas coisas, eu não pertenço a esse lugar, não deveria ter vindo aqui, só isso. E quando vejo as estrelas ela me dizem coisas, mas eu nunca as escuto e sempre me arrependo, mas sei lá, eu sempre tento ser durona e tenho que ser, acabei adotando esse estilo para mim e não sei se deveria continuar seguindo ele. - disse ela, soluçando por conta do leve choro.

-E por que você não muda? Você não está presa a seu estilo, você controla o seu estilo, você simplesmente deveria jogar tudo para cima e continuar... – ele foi cortado por ela.

-Você acha que eu deveria fazer isso?

-É claro que sim.

-Mas eu já fui tão longe, não posso voltar agora – dizia a garota, sufocando com a vontade voltar a chorar.

-Claro que pode, nunca é tarde para voltar ou recomeçar – disse o garoto com confiança na voz.

-Mas e os julgamentos que farão se eu mudar tão der repente, e se eu não gostar das mudanças? O que eu farei? Acho que coloquei minha vida em xeque a algum tempo – ela disse com um tom de desespero em sua voz.

-Você vive pelos outros ou por você? Se não gostar da mudança, apenas mude de novo, até encontrar algo que combine com você – disse o garoto, abracando-a

Os dois ficaram abraçados em silêncio, até que ele a convidou para entrar.
Enquanto isso na pista de dança, Clarice se pergunta se nunca acabará essa música clássica romântica que parece nunca chegar ao fim. Ela ficava pensando em Daniel que se foi tanto naquela multidão, será que vai voltar a dançar com ele ainda naquela noite? E o pior aquele par de mais cedo a deixava preocupada, já que o rosto dele estava desesperado e corpo inquieto com muita adrenalina, ele saiu tão rápido após a troca que nem deu tempo de perguntar quem era.

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-E aí, como se chama?

-Kasprick e o seu?

-Jade. Você estuda nessa escola?

-Sim, acho que todos estudam aqui.

-Eu não, entrei de penetra, sabe? A verdade que eu nem estudo mais, considero tudo isso aqui um desperdício de tempo.

-Isso é errado, sabia? - disse em tom de brincadeira com a menina.

-Sei, mas mesmo assim pretendo continuar. Mas que saber o que é errado mesmo? - a garota disse, olhando para o anel de compromisso do rapaz e virou um olhar sedutor para ele. Os dois se aproximaram um pouco.

-Não, diga a mim,- disse o garoto com uma voz suave.

Ela havia se aproximado mais.

-Errado é você, você ter esse corpo e estar solteiro - disse de maneira inocente, fingindo não ter reparado o anel.

Rapidamente ele recua.

-Bem sobre isso, eu tenho que te contar uma...

O rapaz foi interrompido por uma voz estridente

-QUEM É ESSA TÁBUA DO SEU – a garota com a voz violenta, respirou fundo e continuou. - SEU LADO, KASPRI?

-É uma amiga, conheci ela agora, durante a troca de pares.

-Ah claro, a gente troca de pares por meio segundo e você já está em outra.

A menina nem reparou que já se tinha passado quase vinte minutos que tinham trocado os pares.

-Não me lembro do seu rosto menina – disse furiosamente, olhando para Jade.

-Eu não sou daqui – disse com tom de deboche na voz, - loirinha.

-Não é daqui? Bom saber, madeira pintada de branco.

-Vamos embora Priscila, você não precisa arranjar uma briga com ela – disse o garoto, um pouco nervoso.

-Ok, vamos embora, adeus plebeia – disse a garota, com um tom arrogante na voz.

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Clarice pensava de onde vinha aquelas vozes em um tom mais alto parecendo uma briga mas ignorou e continuou com seu par. Até que ouve outra troca de pares e para surpresa dela, depois de longos vinte minutos, Daniel voltou como par. Para o alívio de Clarice, já que os dois estavam tentando ficar juntos desde o começo. Daniel começou a olhar fixamente para ela e sorrir até que começou a falar.

-Ei Clarice, é tão legal ficar com você... digo, fico feliz que tenha vindo, já que não é o tipo de festa que você costuma frequentar – Daniel estava com seu coração muito acelerado.

-Sabe Daniel, eu me sinto confortável ao seu lado, só vim porquê você disse que viria, não posso largar você aqui, né!?

Daniel deu uma risada.

-Clari, nós somos amigos a muito tempo e você sabe. Não é?

-Sim, eu sei.

-Lembra quando nos conhecemos? Nós não se dávamos tão bem. Até que a professora resolveu nos colocar em um trabalho em dupla, lá no segundo ano, e então eu fui para casa e vi que você usava o videogame do seu irmão, e então começamos a jogar depois do trabalho, desde então somos amigos.

Clarice começou a gargalhar mantendo um olhar congelante em Daniel.

-Eu lembro também que eu te venci todas as vezes no jogo de luta, você é muito ruim naquele jogo mas é verdade, desde aquele dia eu nunca te abandonei, mesmo que a gente brigasse por coisas inúteis, nós sempre voltamos, sempre fomos muito juntos, desde sempre.

-Ei, Clarice, eu não era tão ruim assim, conseguia até te ganhar algumas vezes

-A cada vinte derrotas uma vitória, acho que está proporcional, não acha? -disse a menina, rindo.

-Fala baixo, eu sou o melhor jogador da escola, não quero que saibam que minha namo... É melhor do que eu.

O clima fica em silêncio entre os dois e Daniel começa a pensar no vacilo que acabava de dar ao pensar alto de mais, até que o silêncio foi rompido pela menina.

-Namo, o que?

-Nada, eu quero dizer nada, sabe? Nada mesmo – disse o garoto, falando desesperadamente.

A música das trocas finalmente acabaram, era uma sequência de músicas clássicas longas, que foi substituída por outra música clássica romântica mas dessa vez o DJ exclamou "Fim da troca de pares, espero que vocês tenham descoberto alguém especial, então vou deixar vocês curtindo um pouco".

-Finalmente, acabou essa troca de pares – disse Daniel, tentando mudar de assunto para sumir com a tensão que ele deixará no ar.

-Você não sabe mentir, Daniel – disse a menina rindo da cara de Daniel.

Ocorre uma aproximação dos dois.

-Talvez eu não saiba mentir mesmo, e por isso posso fazer elogios totalmente verdadeiros – disse o garoto, cheio de graça na voz.

-Então diga – disse a menina, se aproximando ainda mais do rapaz.

-O seu vestido, o seu vestido negro, ele destaca muito a sua beleza, Clarice a sua voz calma me tranquiliza, seu rosto com a junção perfeita, uma boca bela bem avermelhada, o nariz tão bem alinhado, os olhos que guardam um universo tão singular, é lindo, tão experta me encanta, Clarice a verdade que eu quero falar para você – disse ele, suavemente.

Clarice interrompeu ele antes que falasse a próxima frase e o abraçou pedindo que não fosse tão rápido, os dois se abraçam como se nem o mundo conseguisse separar a junção única do casal.

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Jade começa a andar pela festa, na esperança de encontrar alguém para conversar sobre o que tinha acontecido, e quando foi a mesa de comida, se depara com Kasprick e resolve conversar com ele.

-Oi, Kasprick, eu queria pedir desculpas se eu te prejudiquei de alguma maneira falando com você.

-Não prejudicou é que Priscila é meio ciumenta, ela acha que sou um ser perfeito, entende?

-Entendo plenamente – disse Jade, avistando um raio dourado chegando rápido perto dos dois. - falando no Diabo olha quem apareceu.

-Kaspri, você está falando de novo com essa garota? O que eu te falei sobre falar com essa vadia?

-Ela só está se desculpando, não fique irritada.

-É, só se desculpando, escuta aqui sua puta, pare de tentar dar em cima do meu namorado, se não vou chamar o segurança e dizer que você não é estudante dessa escola, entendeu?

-Você me chamou de que? Patricinha – disse Jade, debochando de Priscila.

-Você além de tudo é surda? Puta, P-U-T-A, PUTA! - disse a garota loira, com ódio em sua voz

-Menina, eu vou quebrar sua cara no chão - disse Jade parecendo um sussurro mas muito imponente.

Clarice e Daniel estavam abraçados tão profundamente em silêncio, até que Daniel resolve quebrá-lo, tomando a iniciativa. Mas quando o jovem foi abrir a boca Clarice olhou para ele e começou a falar.

-Eu nem agradeci sobre o vestido, entretanto é um vestido qualquer, mas e agora o que você queria me dizer?

-Clarice Bianchi de Rosa, eu gostaria de sabe se você – disse o garoto, envergonhado.

-Sim, diga, Daniel Heckamann Müller – dizia Clarice, encarando os olhos de Daniel.

O garoto branco, loiro de olhos azuis de busto estufado, ficou avermelhado.

-Eu quero saber se você.

Surge o som da briga de Priscila com Jade ao fundo.

-Mais que maldição – pensou Daniel

-vamos lá – disse Clarice, correndo.

-Não, espera – disse Daniel, correndo logo atrás.

Chegando lá, Clarice e Daniel começam a brigar com Priscila e Kasprick tentando amenizar toda a situação, nada conseguia resolver e as pessoas em volta começaram a olhar a briga e então começaram a filmar a briga das duas. As pessoas começaram a perguntar se alguém já tinha visto Jade em algum lugar da escola, então logo perceberam que ela havia entrado de penetra na festa. O pessoal do terceiro ano começa a ficar preocupado, pois é um evento organizado por eles, que a escola confiou o salão a eles e tendo essa briga com uma penetra, talvez a escola não deixasse eles organizarem outra festa, sem contar que levariam uma bronca da direção.

Então os alunos do terceiro começaram a se meter na briga para amenizar e pedindo que não filmassem ou tirassem fotos. Jade muito agressiva, quase socando novamente a cara de Priscila. A briga começou a se tornar muito grave e Priscila não parava de provocar Jade, falando coisas como, "vem pra cima", "vem, sua puta", "quero ver se consegue", Embora a mesma já tivesse tomado 3 socos no rosto e por muita força de vontade não foi a nocaute, já que Jade era artista marcial de pelo menos 6 artes diferentes. Kasprick segurava Priscila com muita força para que não tentasse avançar novamente em Jade, mas a menina era forte. Então em meio a toda essa briga, conseguiram ouvir Clarice perguntando aonde estava Nataniel. O pessoal do terceiro ano começou a perceber que Nataniel não foi a festa, e começaram a se perguntar o que Nataniel faria nessa situação. Daniel frustrado ao ouvir o pessoal falando de Nataniel, até então era uma espécie de rival para Daniel. Então foi em direção a Jade para segurá-la, o pessoal do terceiro ano entendeu o que era pra fazer e foram em cima de Priscila que acabava de se soltar de Kasprick, que tentou avançar em Jade, mas uma barreira se formou na frente dela, e enquanto ela praguejava Jade com todos olhando. As pessoas estavam focadas na briga. Então se ouve um som alto vindo do fundo do salão próximo a uma lacuna, e todos foram olhar em direção a tal, que parecia ter um garoto jogador ao chão, um garoto do terceiro ano que não estava na briga, disse ao representante que um garoto tomou um tiro.

-Puta merda, Não tem como isso ficar pior!? - gritou o representante do terceiro ano.

Jade se soltou e dessa vez colocou Priscila a nocaute.

Todos a seguraram no mesmo instante.

-AH, CLARO QUE TINHA COMO FICAR PIOR.

Todas as pessoas ignoravam a briga e foram em direção ao garoto que estava no chão.

-Ei me soltem, e o que aconteceu? -pergunta Jade, se debatendo.

-Não sabemos, parece que alguém caiu e está sangrando muito.

-Vamos lá vê? - perguntou Clarice.

Daniel negou com a cabeça, todavia Jade concordou com ela, enquanto andavam em direção ao local do ocorrido. Chegando próximo do local os seguranças da escola invadiram a festa para averiguar, e falaram que a ambulância e a polícia estavam a caminho. Eles afastaram todos do local, mas, mesmo assim, Clarice chegou próxima o bastante para vê o corpo, e quando olhou o corpo ensanguentado, reconheceu de imediato o cadáver, era o garoto pálido que tinha feito par com ela, ela cambaleia para trás e desmaia.

-Levem-na para fora – gritou Daniel. - Ela precisa de ar.

Ela foi levada até o lado de fora, rapidamente a ambulância chegou ao local e deu um comprimido de açúcar para Clarice, que logo levantou gritando. Ela dizia que reconhecia o garoto e que ele tinha feito par com ela. Ela foi cortada por Daniel que pedia para que ela ficasse calma e respirasse antes de falar.

Um policial que passava ali perto ouviu os gritos de Clarice e chegou perto dela para perguntar sobre o menino, Clarice achou estranho, pois tudo que ela sabia que o garoto tinha feito par com ela.

-Jovem, o que você viu sobre o garoto hoje?

-Eu não o conheço, senhor, tudo que eu sei é que ele fez par comigo essa noite quando trocamos os pares ele saiu rápido e preocupado e depois não o vi mais.

-Mas ele disse algo a você, durante o período que estiveram em par?

-Não senhor, ele apenas disse para tomar cuidado com as pessoas.

-Interessante garota, qual seu nome? Precisarei dele para mais tarde caso necessário nas investigações

-Clarice De Rosa, respondeu a menina.

-Obrigado, garota!

Todos eles foram até a estátua de bronze conversar, todos eles não pareciam entender o que estava ocorrendo, e Daniel perguntou o que será que o Nataniel vai achar sobre tudo isso. Jade pergunta quem é Nataniel. Clari começou a responder.

-Ele é o mais inteligente, bonito, talentoso, responsável de toda a escola – disse a menina.

-Acho que você não deveria dar tanto detalhe, Clarice – disse Daniel, um pouco com raiva na voz, - ele só é um idiota que se acha melhor que todos nós, mas, mesmo assim, todas as pessoas insistem em respeitá-lo de forma enorme, não está perdendo nada.

-Mas até você falou sobre ele, sobre o que ele vai achar disso – disse Jade.

-Lógico, querendo ou não aquele idiota ainda é o representante de todos os alunos da escola.

-Entendo, mas porque vocês o respeitam tanto?

-Quando tem algum problema na escola, é ele que resolve, sem falar que ele sempre cuidou bem da escola, sempre soube o que fazer – disse Clarice

-Claro, claro, ele faz tudo sozinho nessa escola – disse Daniel, com raiva.

Os policiais começam a gritar para que os alunos fossem aos dormitórios. Os estudantes se despediram e foram para os quartos.
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Era de manhã, os alunos foram para o refeitório, as aulas desse dia foram canceladas por conta do ocorrido do outro dia. O grupo de amigos se sentou junto em um clima tenso e começaram a comer o café da manhã em silêncio. Até que Daniel quebrou o silêncio mencionando que os policiais tinha dito que foi um assassinato planejado, sem rastros, sem pistas, sem nada.

-E por que alguém assassinaria um nerd daquele? - perguntou Jade

-Não sei – disse Clari.

-Por que ainda está aqui jade? - perguntou Daniel, interrompendo a conversa.

-Bem, como os seguranças não estavam permitindo saídas, eu fui para o dormitório da Bárbara.

-E você Bárbara, aonde estava que ninguém te viu depois da troca de pares? -Perguntou Clari.

-Bom, estava todo mundo na festa, meu parceiro era um gato, e então eu levei ele para o dormitório.

-Foco! - gritou jade, o suficiente para chamar a atenção do seu grupo. -Por que aquele nerd foi morto? Algum tipo de bullying, não existe justificativa matar algo tão insignificante.

-Talvez ele não seja tão insignificante – disse Daniel.

-Ei jade, por que você não entra na escola? - disse Bárbara.

-O que isso tem a ver com o que estamos falando? E você sabe minha opinião sobre escolas e mesmo assim como eu entraria na escola?

-Ah sim, desculpa estou um pouco chapada – disse Bárbara, mesmo não estando aparentando estar chapada, apenas parecendo alguém que queira sair dessa conversa. - você poderia tentar entrar por meio de prova sei lá?

-Bom, seja o que for isso não é problema nosso – disse Clarice.

Então aquela presença bela e forte de um moreno de 1.80m de altura, cabelo raspado no pente um. Sorriso branco, olhos azuis e com sua voz angelical disse – Desculpa por ontem Jade, minha namorada perdeu toda a linha, desculpe mesmo.

-Não se preocupe ela é uma idiota – disse Jade.

-As vezes ela é mesmo, mas não é culpa dela, você também não a culparia se a conhecesse – disse o rapaz, indo em direção a mesa que Priscila pediu para ele pegar.

-Uiiiiiiiiiii, quem é o bonitão, Jade? Disse Bárbara muito agitada.

-Ninguém, Senhora Bárbara.

-Bárbara, você quer por favor parar de desviar do assunto? - perguntou Daniel muito irritado com ela.

-Aiii, mas vocês são chatos mesmo, por que ligam tanto para um nerd que morreu?

-Talvez porquê ele estude aqui? - perguntou Clarice, com deboche na voz.

-E daí, ele já está morto, ninguém nem sabia da existência dele, que falta ele faria? - disse
Bárbara, deixando todos da mesa chocados com a resposta, já que Bárbara sempre sentimentalista dando uma opinião tão sem cor a eles é surpreendente.

-É verdade, o que um nerd que ninguém conhece, merece nossa atenção e pior, por que todo esse alarde? - perguntou Jade.

-Porquê mesmo parecendo alguém estranho e sem amigos, ele ainda tem família, sabe garotas? - perguntou Daniel, furioso.

-Puffffff, eu não vou ficar aqui ouvindo assunto sobre o esquisitão que morreu, até mais tarde – disse Bárbara, furiosa.

-Ela está muito estranha, não é comum dela se irritar – disse Jade, levantando para ir atrás de Bárbara.

Daniel e Clarice ficam sozinhas na mesa, mas não rolou nenhum tipo de clima ou dialogo, Clari quebra o silêncio propondo uma ida ao shopping. Ambos vão para os seus dormitórios.

Enquanto trocava de roupa, Daniel não conseguia parar de pensar no garoto morto, e o sumiço de Bárbara era muito conveniente para a hora do assassinato, sem contar que ninguém a viu depois da troca de pares, ele estava ligando os pontos um por um, ele começou a se lembrar que essa semana quando a festa foi anunciada Bárbara começou a ficar um pouco diferente, mais sombria, parecia que estava tramando algo, talvez seja só loucura mas a mente dele não parava de pensar sobre Bárbara estar muito estranha nessa última semana.

Clarice enquanto trocava de roupa, tentava apenas esquecer a cena do garoto morto, como estava com tempo ela resolveu tomar um banho, foi para o banheiro aonde estava vazio e pensou que finalmente depois de anos frequentando o campus desde o começo dos estudos finalmente teria privacidade no banheiro. Embora fosse um campus, a escola era dividida em três partes. Fundamental, Médio e Universitário. Clarice estava no primeiro do médio mas sempre estudo nesse campus e frequentava a parte do médio já que sua irmã, já formada, era veterana. No banho ela fechou os olhos bem forte e ficava pensando sobre Daniel, que havia tentando se declarar, mas infelizmente foi interrompido, ficava pensando sobre os sentimentos dela sobre Daniel, pois mesmo tendo muito amor por Daniel havia um conflito dentro dela por outra pessoa que causara muitos ciúmes em Daniel, era Nataniel. Clarice se perdia nos pensamentos pois Daniel era um pouco controlador e cabeça quente, e Nataniel era mais liberal e supercalmo que se confundia com arrogância, mas ambos eram muito talentosos em tudo, entretanto Nataniel não gostava de Clarice, na verdade Nataniel não parecia gostar de ninguém embora sempre
fosse rodeado de meninas e parecia flertar com todas mas nunca foi visto com nenhuma. Já Daniel era óbvio para todos da escola que o amor dele era pra ela, mas ele é alguém que era quase um irmão, os sentimentos dela pareciam totalmente confusos. Quando se tocou o celular apitava com a mensagem de Daniel, perguntando sobre o atraso. Clarice rapidamente finalizou o banho e foi correndo para trocar de roupa.

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Chegando na saída da escola os dois começam a caminhar em direção ao shopping em silêncio até que Daniel o quebra.

-Sabe, Clarice, a Bárbara está muito esquisita sem nem ter visto o crime, você acha que ela sabe de algo?

-A Bárbara, sim, de fato ela está estranha, principalmente quando tocamos no assunto do morto, mas ela não faria mal a uma mosca.

-É verdade, mas sei lá, ela se desvia muito bem do assunto pra alguém que não sabia de nada

-Ela só está querendo desviar do assunto, é super normal, afinal não é agradável falar de alguém que morreu em uma festa. Mas o jeito que ela tratava o morto, como um lixo me irrita, não é justo só porquê ele é mais estranho que os outros, ele não deve ser tratado como lixo que nem a Bárbara tratou. Mas eu descartaria toda essa suspeita para cima dela, Daniel.

-Por que eu deveria se faz total sentido? Ela ter sumido do nada e, pá, o cara morre, ela se desvia dos assuntos, super coerente não acha? - disse o garoto com um tom um pouco frustrado. - mas é verdade, nós conhecemos a Bárbara há muito tempo, ela é incapaz de matar qualquer pessoa. Eles caminharam juntos até o shopping em silêncio.

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-Ai ai, dá pra acreditar, aqueles dois falando sobre o cara morto?

-Faz total sentido, afinal, é o assunto do dia, todo mundo vai querer falar sobre isso - disse Jade, deitando na cama da companheira de quarto de Bárbara.

-Mas eu não direi um A mais sobre esse assunto.

-Ok então baixinha, mas me diz aí, qual o problema daquela loira comigo?

-A Priscila, não liga não, aquilo é um nojo de pessoa, se acha superior a todos pois o pai dela é rico, embora eu ache que seja rico porcaria nenhuma, alguém rica estudando conosco? Conta outra. Ela ainda é insuportável, metida, ultra ciumenta, não deixa ninguém olhar para o namorado dela, que aliás não tenho ideia de como está com ela há tanto tempo, causa brigas com todo mundo e tem o grupinho dela que você deu sorte de não conhecer, de gente super horrível. Ainda bem que você deu um socão nela pra nunca mais esquecer.

-Entendo, espero nunca mais ver essa figura.

O celular apita, e Bárbara vai ver o que é.

-Jade, nós temos um problema, só um pouco grande – disse a morena, com tom de desespero.

-Diga o que foi?

-Alguém postou, seu vídeo brigando com a Priscila, isso é questão de tempo que caia nas mãos de alguém da diretoria.

-Então eu vou ser caçada pelos funcionários, ebaaaa, mais problemas pro meu pai me xingar até eu esquecer que existo.

-Não esquenta, eu sei quem é. É um garoto do segundo ano eu sei aonde é o dormitório dele.

-Ebaaa, mais coisa ilegal para fazer.

-Bom, o vídeo é seu se não quiser resolver a gente pode continuar aqui – disse, debochando de jade.

-Ok, vamos logo.

As duas vão correndo pelo corredor para o repartimento masculino.

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Daniel estava pensando na bagunça que aconteceu, estava um pouco frustrado por não conseguir se declarar para Clarice a tempo, medo de não ter conseguido resolver os problemas na ausência de Nataniel. Os pais deles tinham acabado de tomar um processo e talvez tenha que voltar para a Alemanha, por conta que os custos dele eram altos, estava tudo uma bagunça para ele e não consegue esquecer as "evidências" sobre Bárbara, não sabia mais o que fazer, mas tentaria esquecer dos problemas saindo com Clarice.

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-Como estão as coisas com nosso infiltrado na escola?

-Já disse para não me chamar assim!

-Assim como? De infiltrado?

-Exatamente, mas vamos ao ponto por que nós estamos sem tempo minha linda.

-O garoto morreu, conseguimos recuperar o que queríamos.

-Ok, certo, descubra o resto e vamos finalizar essa missão, não aguento mais o trabalho que tivemos para concluir essa missão, está se estendendo mais do que deveria.

As duas pessoas que estavam conversando saíram de onde estavam e acabam esbarrando em Clarice e Daniel. Os dois olharam para as entidades, e acharam terem visto um rosto familiar em um deles.

A menina abriu um sorriso para eles.

-O que foi isso que acabamos de ver? -perguntou Daniel.

-Não sei, mas era como olhar para a morte, todavia não faz diferença acabamos de chegar – disse Clarice, aliviada que aquelas coisas já tinham ido embora.


Notas Finais


As músicas nunca morrem mesmo após o fim da dança.


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