1. Spirit Fanfics >
  2. Bakugan - Nova Vestroia >
  3. Infiltração

História Bakugan - Nova Vestroia - Infiltração


Escrita por: SpiderOver

Capítulo 9 - Infiltração



   "Você passou por muita coisa em tão pouco tempo estando aqui. É completamente compreensivo sua situação atual."

   "Tudo que passou... Tudo que tomou para si... Todas as responsabilidades, preocupações e dores..."

   "Mas mesmo assim, seu foco foram aqueles que uma vez estiveram e se importaram consigo."

   "Como seus parceiros de batalha, e aqueles em seu mundo denominados de 'amigos' e 'parentes', por exemplo."



   "Quem... São vocês...?"



   "Você já conheceu a nós uma vez, criança. Uma curta e única vez. Sabe nossos nomes... E nossos 'rostos'."

   "E sabemos o seu nome. Conhecemos seu rosto e reconhecemos seu 'poder interior'."

   "Mas a mim... Você recebeu algo em troca. Em troca do sacrifício que seu parceiro e você fizeram pelo bem de todos."

   "Um bem que estão fazendo mais uma vez." 

   "Uma dedicação."

   "Um propósito."

   "Uma promessa."



   "Promessa..."



   "Uma pessoa lhe disse uma vez: 'Você nunca descumpriu uma promessa e sei que essa não será diferente.'"

   "Mas levá-la adiante lhe trouxe o que está sentindo agora. O seu estado atual. E mesmo assim decidiu em prosseguir com tal e com seu caminho."

   "Está ciente das consequências que seus atos trarão? Não somente para você, mas para aqueles ao seu redor?"



   "Elas serão maiores... Se alguém não as fizer. Todos os que não tem nada a ver com isso... Vão se machucar e sofrê-las ainda mais. Eu vou seguir em frente... Por essa promessa."



   "As mesmas palavras que uma vez foram ditas para mim naquele dia, sendo repetidas vez após vez mesmo tendo crescido em aparência e maturidade, seus princípios permanecem."

   "Você é tão admirável quanto aqueles que planejam proteger."

   "Quanto aquele ao seu lado que faz o mesmo."

   "Mas tal ambição... Tal promessa... Não será realizada apenas por vocês."

   "Não terá exito apenas com poucos de vocês."

   "Não mais."



   "Como assim...?"



   "Tudo lhe será explicado... Na hora certa."

   "Mas agora... Você deve retornar, criança. Para aqueles que lhe importam."

   "Para aqueles que lhe preocupam."

   "Para a sua promessa um dia feita."



   "Retorne..."



=============



   Um forte e intenso clarão tomara conta da escuridão completa onde se encontrara. Seu brilho se aliviara lentamente, trazendo de volta a visão do local onde se encontra. 

   Ainda na mesma floresta onde se abrigou.

   Deitado no gramado em posição fetal e com suas mãos nos ombros como se abracasse a si próprio. Seu corpo está levemente pesado, envolto completamente por um confortável, interminável e aconchegante calor. Os responsáveis por isso são os três casacos verdes que trouxera da Cidade Alpha contendo os Bakugan que trouxera dobrados e colocados sob sua cabeça e um enorme amontoado de folhas por todo seu corpo.

   A primeira visão que tem é de seu parceiro de batalhas e melhor amigo Darkus Omega Leonidas quase em sua frente ainda fechado em sua forma esférica de brinquedo. Ao seu lado encontra-se seu outro parceiro Bakugan. Um que conhecera estando em Nova Vestroia. Darkus Deltragon, estando aberto em sua forma triangular. Não tão distante, a visão e o som da água corrente do rio são perceptíveis. Os fones pretos e sem fio não estão mais em seus ouvidos, mas sua música é audível.

   É outra da que ouvira noite passada. Uma mais calma. Mais pacífica, com uma doce e serena voz feminina podendo ser ouvida através desta. Um ritmo dançante calmo e contagiante.



   Suas memórias do dia passado passam-se por sua mente como fotografias.

   Seu treino junto a Leonidas e Deltragon para determinação de força do Bakugan Trap, sua batalha contra Volt Luster e Lync Volan, - Guerreiros Haos e Ventus dos Vexos - onde reivindicaram Tentaclear e Harpus, sua infiltração na Cidade Alpha, todos os Guardas Vestais que tivera que enfrentar e todos Bakugan que resgatara, sua intensa e destrutiva batalha contra Gus Grav - Guerreiro SubTerra dos Vexos - e o que ele dissera para si, além de sua volta para a floresta após tudo.

   O restante de suas memórias são como uma tela em branco total, esquecidas ou inacessíveis como um bloqueio.



   Por perto e olhando para si, estão cinco Bakugan. Distintos de Atributos, mas idênticos de formas esféricas.

   Um destes aproximara-se lentamente ao perceber seus olhos sendo abertos, olhando para si constantemente. Um Bakugan Ventus de forma familiar.

   Harpus.

--- Pra ter acordado, acho que ele tá melhor sim... Tomara. Bom dia, bonitinho. --- Sussurra ela com um leve tom de alívio e felicidade em sua voz.

--- Bom dia... --- Sussurra Kuro bem baixo em resposta, em um tom sonolento e atordoado de voz.

   De repente, uma enorme pressão antes pequena caíra sob seu corpo, começando pela região de sua cabeça. Era como se a martelassem forte, junto a sua visão que parecera arder insuportavelmente. Isso o forçara a fechar seus olhos rapidamente, além de grunhir baixo.

--- Ah-! Não, não, não!! Por quê eu sempre falo cedo demais?!! --- Sussurra Harpus em um leve tom gritante, com imensa preocupação em sua voz.

--- Não se preocupe, Harpus. Ainda devem ser os efeitos do que ele teve ontem. Tenho certeza que o descanso e o que fizemos o aliviou. --- Sussurra uma voz em resposta a Bakugan Ventus, tendo um doce, calmo e sereno tom feminino que esboçara também um tom de preocupação e cuidado em si em meio a formalidade que possuíra.

--- Eu sei, mas... Do jeito que ele tava ontem, parecia que... Que ele tava...!

--- Devemos ser muito gratos por ele pelo menos estar consciente e falando conosco do que naquele estado.

--- Cê tá certa... Desculpa, Sirenoid.

--- O que aconteceu... Comigo...? --- Sussurra o rapaz, tossindo fraco algumas vezes em seguida. 

--- Cê não teve uma noite nem um pouco boa, garoto. Começou a tremer feito vara verde depois de ter trago a gente e os outros Bakugan pra cá e ficou frio pra caramba. --- Diz outra voz distinta em resposta, tendo uma grossa, firme e quase desengonçada voz masculina também em um tom de preocupação.

--- Sem contar sua imensa e repentina falta de ar, das suas tosses, do seu corpo ficando arrepiado e trocando constantemente de temperatura. --- Diz em seguida uma terceira voz distinta, também possuindo uma grossa e firme voz masculina, porém com um certo tom de formalidade também de preocupação consigo.

   Uma enorme surpresa tomara conta do rapaz, com a dor espalhando-se lentamente por seu corpo de cima para baixo.

--- Por quanto tempo... Eu fiquei assim...? --- Pergunta ele.

--- Por um dia inteiro. O momento em que estamos agora é o meio da tarde. --- Responde a segunda voz feminina em tom sereno.

--- E o Leonidas... E o Deltragon...? Eles estão bem...? Aconteceu alguma coisa com eles...?

--- Estão. Não aconteceu nada a eles. A propósito, foi o Deltragon quem chamou a gente aqui para cuidar de você de alguma forma. --- Responde a segunda voz masculina de um dos Bakugan.

--- O Leonidas nem se abriu ou falou com a gente ainda. Acho que mais nada aconteceu com ele além do que a Harpus já contou. --- Diz em seguida a primeira voz masculina.

   Kuro ouvira seu Bakugan Trap rugindo perto de si em seguida.

--- Entendo... Isso é muito bom mesmo... --- Diz o rapaz com um tom que levara tranquilidade, alívio e certa tristeza consigo. --- Obrigado, Deltragon... Mas não precisava ter feito isso...

--- É claro que precisava disso!! Depois de ter se jogado num rio gelado e do que aconteceu ontem com vocês três, é claro que cê ia ficar mal assim, seu teimoso!! --- Repreende Harpus incomodada, tensa e preocupada. --- Sabe o quanto que cê preocupou a gente?!

--- Sua situação poderia ter piorado mais caso não tivéssemos agido logo. --- Diz a segunda voz feminina em seguida.

   A preocupação expressada por tais vozes que acredita saírem de quatro dos cinco Bakugan que aqui consigo estão geram-lhe tanto um certo desconforto quanto uma sensação estranha. Uma que já sentira algumas vezes quando perto de seus amigos quanto muito em seu passado. Isso lhe traz paz, tranquilidade, comodidade e conforto, mas também o engatilha a sentir-se incomodado o suficiente a ponto de intensificar mais sua dor inteira, principalmente em suas articulações.

--- Eu peço... Mil desculpas para todos vocês. Pelo trabalho, pela preocupação... E todo o resto com vocês. --- Sussurra Kuro em desculpa a todos, encolhendo-se mais.

--- Cê não precisa fazer isso. É o mínimo que todo mundo aqui tá fazendo pra agradecer vocês pelo que fizeram pela gente. --- Diz em resposta a primeira voz masculina, ouvindo-a bem perto de si.

--- O Cycloid tem razão. O esforço tanto que seus parceiros quanto você fizeram merece ser recompensado, mesmo que seja de uma forma que não esperávamos ser assim. --- Diz a segunda voz masculina em seguida, expressando gratidão  e receio.

--- Ceeeeeeerto!!! Já sei o que pode melhorar você ainda mais, bonitinho! Comida sempre ajuda!! --- Diz Harpus começando a se animar. --- A gente vai pegar algumas coisas pra você e pros teus parceiros também!!

--- Vocês podem ir se quiserem. Eu ficarei com eles e ter certeza da situação do rapaz. --- Nega a segunda voz feminina a Harpus.

--- Ok. A gente já volta!

   As vozes não são mais audíveis por parte de Kuro ao redor, deixando somente o leve silêncio e o som da água corrente. 

   Ouvir que passou um dia inteiro de repouso por conta de uma doença o deixa mal mental e internamente, não aumentando as dores que já sentira, mas sim a sensação de incômodo que acha estar dando. A sensação de impotência o atingira, sabendo que todo o tempo que passou em repouso poderia ter sido gasto em libertar Nova Vestroia. Fortes e doloridas pontadas iniciam-se em seu peito, como se uma enorme quantidade de agulhas o perfurassem constantemente nos mesmos lugares.

   Porém uma sensação é distinta. Repentina.

   Familiar.

   Um singelo, leve e longo toque no meio de sua testa. Uma leve pressão concentrada e duradoura neste lugar. Era como se um beijo fosse dado.



   Lembranças afloram-se em sua mente de ato que geraram essa sensação. Momentos idênticos, acontecidos em maior parte no seu passado em si e algumas vezes feito por si há dias atrás, principalmente antes de vir junto de Leonidas para Nova Vestroia.

   Isso aliviara aos poucos suas dores e pensamentos incômodos, trazendo leveza ao seu corpo e mente.



   "Sua febre abaixou muito. Isso é bom. Mas é melhor que descanse mais um pouco e recupere direito suas forças conosco se quer continuar com o que veio fazer."



   A segunda voz feminina que ouvira antes retorna, sussurrando mais baixo que anteriormente enquanto mantém seu tom sereno, doce e calmo. Sentindo o alívio da dor, Kuro tentara abrir novamente seus olhos. Lentamente desta vez. A forte claridade e o ardor permanecem, diminuindo-se aos poucos enquanto os deixa entreabertos. Ele revê Leonidas fechado, Deltragon e um outro Bakugan aberto, todos em sua frente.

   O distinto junto aos seus parceiro é um Bakugan Aquos. Um que já tivera conhecimento, experiência e parceria em batalha. Aquos Sirenoid, uma das Bakugan que resgatou da Cidade Alpha e antiga companheira dos Guerreiros da Batalha.

--- Acho que seria justo saber que a Harpus e seu outro parceiro nos contaram o que aconteceu. Com vocês três, conosco na posse dos Vexos, com todos os Bakugan e com os amigos que temos em comum. --- Diz Sirenoid aproximando-se do rapaz. --- O que o Leonidas, o Deltragon e você fizeram por todos nós, Bakugan, e por Nova Vestroia é uma causa muito nobre. Isso honra o verdadeiro significado do nome "Guerreiro" que possuem.

   Dizendo isso, sua atenção é voltada para seu parceiro Leonidas ainda fechado em sua frente, tirando sua mão direita do amontoado enorme de folhas que cobrem seu corpo quase todo até ele.

--- Ainda preocupado com seu parceiro depois de tudo que aconteceu consigo, não é?

--- Com certeza. --- Responde Kuro em um tom sério em meio ao sussurro. 

--- Harpus também disse que... O Leonidas viu "aquilo" acontecer com todos. Que foi a prova "daquilo". --- Diz a Bakugan Aquos com certa hesitação com o que pretende falar, olhando para o Bakugan Darkus por perto. --- Acredito que essa experiência deve ter sido horrível.

   A lembrança da fala de Gus Grav direcionada a ele e a seus parceiros passara por sua mente, o que o faz suspirar uma longa e silenciosa vez com a boca.

--- Mesmo tendo todo o poder, a vontade e a força que o mundo deu... Há momentos em que até mesmo isso não parece ser suficiente. --- Diz ele com sua mão direita levada ao Leonidas, porém não tocando-o. --- Momentos em que - me desculpe a boca-suja em sua frente - vamos nos sentir uns merdas por não conseguirmos fazer o que queremos... Ou o que é esperado de nós. Por sermos impotentes...

--- Você parece exatamente saber como Leonidas está se sentindo nesse instante...

--- O Leo... É parte da minha família, e o que ele pensa e sente são importantes. Nunca vou abandoná-lo quando mais precisa de mim, nem mesmo aqueles com quem importamos.

   A seriedade junto a leve tristeza e melancolia expressadas  no olhar entreaberto de Kuro surpreende Sirenoid ao voltar a olhá-lo.

--- A GENTE VOLTOOO-OOOUU~!!! --- Grita uma voz familiar de perto.

   Ele voltara seu olhar para onde a tal voz viera, vendo quatro Bakugan vindo em sua direção carregando algo consigo. Os Bakugan são reconhecidos por si. Além de Harpus, são vistos também os outros Bakugan com vozes que apenas ouvira e levemente reconhecera. Pyrus Fourtress, SubTerra Cycloid e Haos Tentaclear. Junto a eles, outros Bakugan que na floresta moram os seguem voando ou andando, também carregando algo consigo.

--- Aqui! A gente te trouxe muita coisa pra comer! É muito mesmo porque você precisa ficar melhor e lutar de barriga vazia nunca é a melhor opção, ouviu?! --- Diz Harpus aproximando-se de Kuro. --- Ah! Não precisa levantar pra comer, tá bom? Eu mesma dou o que eu tenho aqui pra você. Abre bem a boca. Aaaaaah~!

   Harpus aproximara-se mais do rapaz com o que tem carregado, oferecendo tal coisa a ele e conseguindo distingui-la. É quase redonda, bem brilhante e tendo uma forte cor vermelha.

   Kuro abrira sua boca, mordendo o que a Bakugan Ventus lhe dera.

   É doce, levemente dura e molhada, tendo seu sabor espalhado por sua boca quando o ato é feito. É quase a mesma sensação de comer uma maçã. A dor em seu corpo começara a se esvair aos poucos enquanto outra começara, sendo essa na região de sua barriga como se fosse sugada por dentro. Isso o trouxera enorme desconforto.

--- Tá tudo bem?! --- Pergunta ela, com surpresa e preocupação imediatas.

--- S-Sim... Mas acho que me sinto assim porque... Ainda não comi nada desde que cheguei em Nova Vestroia. --- Responde Kuro com certa hesitação.

--- Você é mesmo teimoso, viu?! Não ter se cuidado direito quando teve por aqui...!! --- Diz a Bakugan Ventus levemente  incomodada.

--- Melhor dar um desconto pra ele, Harpus. Depois de tudo que fizeram, com certeza não devem ter arranjado tempo pra isso. --- Diz a primeira voz masculina de antes, revelando ser de Cycloid que surge ficando ao lado de sua companheira Bakugan.

--- Mas isso não impede ninguém nem de comer nem de se cuidar pelo menos um pouco! --- Contesta Harpus.

--- Você fala igual a alguém que conheço. A reação dessa pessoa seria exatamente assim... --- Diz o rapaz com um pequeno sorriso aparecendo em seu rosto.

--- E essa pessoa teria razão e a minha ajuda nisso! Nossa... Me dá um bom motivo pra não te dar um cascudo agora mesmo!!!

   Ouvindo isso por parte da Bakugan Ventus que esboçara enorme preocupação e incômodo, algo na mente de Kuro ligara como um estalo. 

   Um sentimento.

   Uma lembrança.

   Isso o motivara a colocar-se sentado no chão. Todas as folhas que uma vez cobriram seu corpo se espalham por parte do chão gramado onde deitara, mas não sob os Bakugan que estão consigo, nem sob Leonidas e Deltragon que pegara com a mão direita e os mantém nela. Os cinco Bakugan principais e tantos outros vêem a tal cena acontecer, ficando mais preocupados devido a situação em que o rapaz se encontrava antes.

   Ele, assim como na noite anterior, se encontra apenas usando sua calça preta, descalço de suas meias e sapatos, tendo seu torso levemente definido exposto e ainda com seu bracelete preto preso em seu pulso esquerdo. Sua cabeça está baixa. Sua franja cobrem seus olhos enquanto parece olhar para seus parceiros Bakugan em sua mão.

   Sua voz não saíra mais em sussurro.



   "Vocês, Bakugan... Precisavam de ajuda. De toda possível. Não fiz nada por mim porque vocês foram minha prioridade... Desde que cheguei em Nova Vestroia. O Leo... O Deltragon... Vocês, nossos amigos... E todos os outros. E tudo isso por um motivo. Porque eu prometi para uma pessoa... Que traria seu parceiro de volta, libertaria Nova Vestroia e todos os Bakugan. E é isso que vou fazer..."



   A resposta de Kuro vem junto de algo que escorrera por seu rosto, caindo no chão. São como gotas d'água. Ambas as coisas surpreendem, preocupam mais os Bakugan, incluindo Deltragon que voara para perto do rosto de seu parceiro Guerreiro, parecendo abraçá-lo na bochecha direita.

--- Escuta. Você pode sim cumprir essa promessa que fez... Mas as vezes, pensa um pouco em você mesmo antes, tá bom...? --- Sugere Harpus com certa hesitação em sua voz, voando em direção a ele. --- O que teria acontecido contigo se a gente não tivesse aqui pra te ajudar, hein?! Com certeza teria piorado e sabe-se-lá o que mais! Devia tomar mais cuidado!

--- Eu conheço muito bem os riscos de não se cuidar, Harpus... E é por esse motivo que não quero ficar parado sem fazer nada. --- Diz ele em resposta, erguendo sua cabeça e voltando seu olhar para a Bakugan Ventus.

   Ao fazê-lo, ela vera e sentira a seriedade do rapaz olhando em seus olhos. Irritados, vermelhos e levemente lacrimejantes. Suas íris amarelas se destacam mais em meio a vermelhidão. Uma sensação de pontada é sentida em um deles - no esquerdo em específico. Isso o faz levar sua mão livre do mesmo lado até ele, sentindo a pontada agora nos dois. Sua mão oposta onde Leonidas se encontra é forçada, porém não fechada pelo fato de seu parceiro estar sob ela.

--- Não quero mais ver gente ao meu redor sofrer... Nunca mais. --- Continua o rapaz usando seu antebraço do mesmo lado para secar seu rosto molhado e irritado por seu choro.

   Um leve silêncio perdurara entre o rapaz humano e os Bakugan que aqui estão, com a Bakugan Aquos lentamente aproximando-se dele como Harpus e Deltragon fizeram uma vez.

--- Poderia nos contar tudo que já viu e como conseguiu chegar em Nova Vestroia, por favor...? Quem sabe assim podemos ajudar em alguma coisa enquanto ainda cuidamos da sua recuperação. --- Diz Sirenoid tentando desconversar o assunto imposto. --- Afinal... Devemos muito a vocês.

--- A Sirenoid tá certa. Acho que agora pode ser a nossa vez de retribuir o favor. --- Diz Cycloid em seguida.

   Após uma leve e duradoura hesitação por sua parte, Kuro concordara com a fala dos Bakugan consigo. Um longo e silencioso suspiro saíra de sua boca.



   "Eu cheguei aqui por conta do Leonidas. Depois de ter sido capturado pelos Vexos, ele chegou na Terra usando seus poderes e pessoalmente pediu minha ajuda e de mais uma pessoa que estava comigo para resgatar os Bakugan e libertar seu lar. Ela não conseguiu vir comigo por conta de um poder que meu parceiro e eu compartilhamos, e isso gerou um Portal Dimensional diferente que nos trouxe até aqui.

   Encontramos os Vexos no mesmo dia. Uns minutos depois, na verdade. A pessoa que capturou o Leo e o Hydranoid, descobrindo depois que seu nome era Shadow Prove e em uma batalha que seu Atributo correspondia ao meu. Queríamos e conseguimos vingança, resgatando o Deltragon que agora virou nosso parceiro. Descobrimos como se batalha em Nova Vestroia usando um Gauntlet, lutamos contra mais Vexos, tiramos mais Bakugan deles - e isso inclui a Harpus e o Tentaclear, que foram os primeiros de você que resgatamos - descobrimos suas Cidades e um meio de libertar seu lar dos Vexos.

   As três cidades deles - Alpha, Beta e Gama - possuem máquinas chamadas de 'Controladores da Dimensão', que são responsáveis por manterem vocês em suas formas de brinquedo como na Terra. E o único meio de fazer isso é destruindo-os, mas é preciso estar dentro das Cidades para isso.

   Há dois dias atrás, quando resgatamos você e os outros Bakugan... Nos infiltramos na Cidade Alpha que é a mais perto daqui. E também descobrimos quando lutávamos que a Tigrerra tinha sido capturada pelos Vexos. O jeito, o tom e a maneira que quem enfrentamos revela ser verdade... E isso deixou Leonidas possesso de ódio... E eu também.

   Meu parceiro estava... Não. Meu amigo está preocupado com os nossos amigos porque teve uma chance de resgatá-los das mãos dos Vexos... Mas não teve poder e força o suficientes para isso. Isso parecia o incomodar mesmo conosco conseguindo aos poucos chegar bem longe. Mas depois de lutarmos uma última vez... O Leonidas ficou assim, e isso me preocupa muito. 

   Quero ajudá-lo enquanto estamos juntos de novo porque ele é uma pessoa importante para mim... Parte da minha família assim como todos os outros que entraram na minha vida. Como vocês, os outros Bakugan e as pessoas que um dia conhecemos.

   No idioma que aprendi e no país que nasci, família se pronuncia 'Kazoku'... E essa palavra rima com proteger, pronunciado 'Mamoru'. Eu guardo isso comigo desde que me dei conta de uma coisa."



--- E o que é essa coisa? --- Pergunta Harpus após curtos segundos de silêncio, em um tom ansioso e curioso.

   O rapaz não a respondera, mantendo fixado seu olhar dourado e levemente vermelho para Leonidas na palma de sua mão direita, com diversas lembranças de seu passado como fotografias passando por sua mente nesse instante. Isso abrira um genuíno porém pequeno sorriso em seu rosto.

--- Hein? Fala. O quê que é, hein? --- Insiste ela constantemente.

--- Acho que vou deixá-la descobrir o que é. --- Responde Kuro voltando-se para ela.

--- Aaaaaaaaahh~!!! Não seja tão ruim assim logo agora, bonitinho! Conta, por favor, por favor, por favoooooor~!! --- Diz a Bakugan Ventus ainda persistente, indo em direção ao rapaz, pegando e puxando diversas vezes uma grande mecha de seus cabelos negros.

--- Não. Descubra por conta própria. Quem sabe dou dicas se acertar ou não... --- Retruca Kuro sorrindo de canto de forma provocativa.

--- Nossa... EU NÃO ESPERAVA QUE VOCÊ FOSSE TÃO CHATO ASSIM!!! TAMBÉM NÃO QUERO MAIS SABER, HUNF!! --- Berra ela virando-se de costas para o rapaz após soltar seu cabelo.

--- Mentirooosaaa~... Pff-ff-!! --- Murmura Cycloid cantarolando e rindo de forma sarcástica.

--- CALA A BOCA!!! --- Grita Harpus perdendo sua paciência, voltada para o seu companheiro SubTerra.

   Espontanea, descontraida, e alegremente, Kuro começara a rir da situação. Em uma leve passada de olhar em sua mão, ele vera Leonidas lentamente balançando-se para os lados, parando após um segundo. Isso o deixara surpreso e aliviado por um instante, mas seu parceiro não se abre de sua forma esférica.

--- É maravilhoso ver essa expressão em seu rosto depois de tudo. --- Diz Sirenoid mostrando-se alegre em seu tom de voz.

--- Acho que precisava um pouco disso... Distrair a cabeça e rir. Obrigado. --- Diz ele em resposta ainda sorrindo, agora de forma alegre e aliviada pelo que viu anteriormente. --- Mas foi isso que aconteceu conosco durante nossa vinda à Nova Vestroia. Tudo que aconteceu conosco.

--- É uma história e tanto pra só dois dias. O tanto de coisa que cês já fizeram incluindo resgatar a gente é... Caramba, incrível. Sem contar o trabalho que deve ter dado e tudo mais. --- Diz o Bakugan SubTerra impressionado. 

--- E para o Leonidas ter usado somente suas forças para ir até você... Ele deve ter ficado mais forte que antes. Com certeza mais forte que qualquer um de nós. --- Retoma o Bakugan Pyrus.

--- Ele ficou sim... E o Deltragon também. Graças a esses dois conseguimos ir bem longe e resgatar todos vocês. --- Diz o rapaz em resposta.

--- Aproveitando a conversa que estamos tendo e desculpa a troca rápida de assunto... Como estão nossos parceiros na Terra? --- Pergunta Fourtress. --- Como se passaram alguns anos em seu mundo, nunca mais os vimos e a Harpus nos disse que você viu o parceiro dela uma vez, gostaríamos de saber como os nossos estão também.

--- Eles estão bem, pelo menos é o que mostraram da última vez que conversamos e vimos um ao outro. Muita coisa acontece em três anos. --- Responde Kuro. --- A Chan Lee - sua parceira, Fourtress - se tornou uma profissional em artes marciais da Terra como Wu Shu, Kung Fu... E estava tentando Jiu-Jitsu quando foi por Japão, que é onde moro.

--- Lembro dela ter me dito que tentaria isso uma vez quando ainda batalhávamos. É ótimo saber que ela arranjou sucesso e conquistou seu outro sonho. De certa forma isso me deixa orgulhoso. --- Diz o Bakugan Pyrus com leve nostalgia e alegria em sua voz.

--- Sobre seu parceiro, Cycloid, o Billy está viajando pelo mundo aprendendo com atletas famosos e ajudando as pessoas que precisam por onde passa. --- Continua Kuro fazendo uma expressão pensativa. --- Dá última vez, ele pensava em ir para a Espanha... Mas não sei se já foi para lá ou não.

--- O Chefe sempre foi de fazer coisa louca, mas ajudar os outros também era uma vontade dele. --- Diz Cycloid surpreso, impressionado e também nostálgico. --- Ele era muito bom no baseball, então aprender com atletas outras coisas é bem a cara dele...

--- Você teria alguma notícia sobre o Mestre Klaus? --- Pergunta Sirenoid bem curiosa.

--- O Klaus esteve junto com o Billy uma vez em um projeto beneficente. Depois que vocês, Bakugan, foram embora da Terra, muitos queriam saber sobre sua existência e sua aparição. Ele foi um dos pioneiros a fazerem os Guerreiros "se pronunciarem", por assim dizer. Dando entrevistas, explicando sobre vocês e como Bakugan não era mais apenas um jogo, todo o mal que tinha vindo na época e tudo mais. Depois disso ele assumiu negócios grandes, ajuda pessoas que necessitam... E criou memoriais para vocês, Bakugan, nas cidades onde cada um dos Guerreiros moram contando sua "história".

--- O Mestre Klaus... Nunca para de me surpreender com suas ações. Antes sendo um excelente Guerreiro e agora voltando a ser mais o cavalheiro atencioso e altruísta que conheci. --- Diz a Bakugan Aquos com certo orgulho, felicidade e nostalgia.

--- Cê não disse tanto do Komba da primeira vez que perguntei. Agora não faz mais suspense, conta! Comé que tá ele, hein?! --- Pergunta Harpus ansiosamente.

--- O Komba voltou a sua cidade para estudar. Ele ainda esteve com aquela ideia de ser discípulo do Shun, mas agora para melhorar como pessoa. Ter como exemplo alguém disciplinado e aprender com isso... Além de saber novas manobras e movimentos ninja para auto-defesa. Ele está pensando no futuro em ser profissional em skate. Andamos algumas vezes juntos quando veio visitar aonde moro e meu Deus, ele é bom. MUITO BOM.

--- Ehehe~!! Como esperado do MEU parceiro!! --- Diz a Bakugan Ventus toda orgulhosa.

   Ao ouvir todos esses relatos do rapaz sobre seus parceiros Guerreiros, o Bakugan olho Haos rugira baixo para ele.

--- O Tentaclear está querendo saber sobre seu parceiro também. --- Traduz Sirenoid.

--- Eu não conversei tanto com o Julio, Tentaclear... Até porque ele está ocupado cursando educação física e química, lutando profissionalmente e provavelmente ajudando o Billy com o que está fazendo na Espanha. A princípio era estranho ver o quão inteligente ele consegue ser, mas depois de passarmos um tempo conversando, acho que já me acostumei. Mas da última vez que fizemos isso, ele mostrou estar muito bem e bem alegre.

   Tentaclear rugira novamente, girando constantemente e balançando-se para os lados.

--- Ele disse que é muito bom seu parceiro ter continuado sua vida mesmo após todos nós termos do embora. --- Diz Fourtress traduzindo-o.

--- É meio estranho você dizer tudo isso pra gente e pensar que já se passaram três anos no seu mundo e também no nosso... Parece que a gente ficou longe por muito mais tempo... --- Diz Harpus levemente surpresa.

--- Não foi fácil para nenhum de nós ver vocês partindo para cá... Mesmo que seja seu lar. --- Diz Kuro voltando um olhar e expressão nostálgicas em seu rosto para os céus. --- Todos nós lidamos com essa despedida do mesmo jeito, sendo bem difícil de superá-la. A maior parte das conversas que tivemos era sobre vocês. Sobre como estavam, se estavam sentindo nossa falta e como Nova Vestroia poderia ser.  Cada um de vocês... Fazem falta para cada um de nós.

   Kuro falara isso emotivo por dentro e com um alegre sorriso por fora, balançando sua mão direita onde seu parceiro Leonidas ainda fechado se encontra, parecendo acariciá-lo.

--- Por mais que nossos mundos não pudessem mais se encontrar, todos nós também sentimos enorme falta de cada um de vocês, Guerreiros. Nossos parceiros e amigos. --- Diz Sirenoid levemente emotiva e ainda nostálgica.

--- Verdade. Mesmo tendo lutado de lados opostos uma vez, nos unimos para fazer o que é certo para nosso mundo e o de vocês. Cada um dos humanos foram também os responsáveis pela paz e harmonia que sentimos atualmente. --- Diz Fourtress em seguida.

--- Vocês trouxeram e deram pra gente muita lembrança boa e algo que nunca esqueceremos... Que foi uma forte e resistente amizade. Uma que abriu os nossos corações e resultou na união e na companhia de muitos outros Bakugan. --- Diz Cycloid em finalização. --- Acho que era isso que a gente precisava saber e ter agora... Tanto a gente quanto a nossa casa.

--- Escutem... Quando terminarmos de libertar Nova Vestroia e os outros dos Vexos, pode ser que vocês tenham uma chance de rever seus parceiros uma outra vez, nem que seja por um instante. --- Diz o rapaz de forma esperançosa. --- O que acham disso?

--- Isso seria maravilhoso, mas... Como a gente pode ir pra lá e voltar pra cá? --- Pergunta Harpus estando curiosa. --- Era pra gente nunca mais se ver de novo, mas com você tando aqui... E como é que cê vai conseguir voltar pro seu mundo também?! Você não vai ficar preso aqui e não vai ver mais seus amigos, né?!

--- Não, não vou. Eu vim de onde o Doutor Michael mora. Ou seja, onde se encontra o Transportador Dimensional - que uma vez levaram vocês até a Terra. O pedi para tentar consertá-lo e trazer os outros Guerreiros da Batalha para nos ajudar com mais rapidez. Tenho confiança em seu trabalho e no da pessoa consigo. Pode ser que ao consertá-lo, vocês podem fazer isso e eu posso voltar para casa.

--- Nossa, isso ia ser do caramba!! Tomara que esse Doutor Michael aí conserte logo e traga os outros pra cá pra te ajudar e pra rever a gente também! --- Diz o Bakugan SubTerra com ânimo e espontaneidade imediatas.

--- Eu me pergunto se o meu parceiro nanico cresceu pelo menos um pouco!! --- Diz a Bakugan Ventus da mesma forma.

--- Acho que todos nós mal podem esperar para rever nossos parceiros! Será um reencontro e tanto! --- Diz a Bakugan Aquos ansiosa e alegre. --- Mas teremos que esperar todo esse caos acabar e assim termos certeza de que podemos ir ao mundo dos humanos de novo.

--- Tem razão, Sirenoid! A gente vai ter que acabar com a raça daqueles caras que fizeram isso com Nova Vestroia! E eu tô doidinha pra fazer isso!! --- Diz Harpus animada, confiante e séria.

--- É, dá pra ver que cê tá assim desde ontem. Espero mesmo que essa sua força seja descontada neles e não na gente. --- Diz Cycloid em seguida.

--- Por quê que cê tá dizendo isso, ahn? --- Questiona ela aproximando-se lentamente de seu companheiro Bakugan.

--- Por nada, pô. Que isso, pfff... --- Desconversa ele rapidamente, rindo bem baixo.

--- Não tenta dar uma de espertinho comigo como o bonitinho fez agora há pouco! Explica melhor!

--- Vou nada! Descobre aí!

   Kuro presenciara todos os cinco Bakugan consigo conversando. Isso abrira mais o sorriso em seu rosto enquanto volta a ter seu olhar direcionado aos céus. A tal esperança tida e passada para os outros passa por sua mente assim como um pensamento subsequente.


   "Espero mesmo que isso possa ser possível. Que todos vocês se reencontrem assim como reencontrei Leonidas depois de todo esse caos. Mais ainda... Que possam vir aqui e batalhar ao lado de vocês. Tudo o que nos resta é esperar... E acabar com tudo o mais rápido possível."



==========



   Kuro ficara sob o cuidado e a recuperação de Deltragon, dos cinco Bakugan e de tantos outros que na floresta se encontram, garantindo que tanto sua segurança quanto sua saúde fossem prioridade. As dores passaram, assim como o peso que uma vez sentira fortemente, mas sua preocupação com Leonidas ainda é perfeitamente nítida, ainda aguardando um sinal diferente de que está bem como anteriormente ou que ele se abrisse. Nenhuma destas aconteceram. O tempo passara, trazendo um grande pôr-do-Sol para Nova Vestroia, aquarelando o tom leve de azul-claro dos céus e suas nuvens brancas consigo em fortes tons de laranja e vermelho, com o enorme astro lentamente desaparecendo pelo horizonte.

   Recuperado completamente, o rapaz encontra-se agora sentado em sua moto calçando suas meias e sapatos pretos, e vestindo sua camisa preta.

--- Tem certeza de que tem que ir mesmo pra Cidade Alpha, bonitinho? Sabe... Cê podia ficar aqui mais um pouquinho com a gente pra garantir que teja melhor mesmo. --- Diz Harpus com leve preocupação e carência em sua voz.

--- Tenho certeza, Harpus... Sinto muito. --- Responde Kuro abotoando sua camisa, deixando apenas dois botões superiores soltos e sua gola levantada. --- Sei que pode ser idiotice ou imprudência depois do que aconteceu comigo, mas quanto mais cedo tudo acabar... A dor e todo o resto vai junto.

--- Nisso você tem razão, mas todo esse trabalho não se pode fazer sozinho. --- Diz Fourtress de forma razoável.

--- A gente já esperava uma resposta dessas de você, garoto. Por isso andamos conversando muito enquanto cê tava mal ontem e mais um pouco antes... E queremos ir com vocês três pra essa tal Cidade aí. --- Propõe Cycloid dando continuação a fala de seu companheiro Pyrus, sendo a voz dos cinco em conjunto.

   Uma enorme surpresa seguida de receio e preocupação afloram-se no rapaz com tal proposta, gerando-lhe desconforto e negação contínuas sobre eles e sua situação.

--- Vocês querem MESMO ajudar? --- Pergunta ele persistente, querendo uma resposta plausível enquanto colocara os fones pretos antes em sua posse em seus ouvidos.

--- É claro que a gente quer!! --- Responde a Bakugan Ventus com seriedade e ansiedade. --- Essa é a nossa casa, e depois de tudo que já aconteceu com a gente e com todos os outros Bakugan, ficarmos parados sem fazer nada também não é a nossa melhor escolha!! A gente também quer dar o troco nos Vexos!!

--- Queremos lutar por aqueles que não podem e os que estão desprotegidos. O que vocês também precisam agora é de apoio e podemos fazer isso agora que vocês nos salvaram. --- Continua Sirenoid.

--- Cê mesmo disse pro seu parceiro que ele tinha direito de escolher, e a gente também tem! Todo mundo já concordou em ir junto, só falta você! --- Diz novamente Harpus, com mais insistência enquanto aproxima-se do rapaz.

   As memórias das ações e palavras anteriores e atuais presenciadas dos cinco reverberam pela mente de Kuro, relembrando o que fizeram por ele e por Leonidas enquanto esteve doente por um dia inteiro.

--- Tem razão, eu disse... E depois do que fizeram, levá-los para que lutassem conosco seria o mínimo que poderia fazer para agradecer. --- Diz o rapaz sem contestação, abrindo seus olhos e esboçando um leve sorriso de canto. --- Ok... Podem vir. Espero contar com a força de vocês.

--- E nós com a sua... Guerreiro da Batalha Bakugan. --- Diz Fourtress em seguida.

--- Vamo ver se você é mesmo um Guerreiro tão bom quanto o Leonidas contava pra gente! --- Diz a Bakugan Ventus ansiosa, desafiadora e confiante.

--- Não pretendo decepcioná-los. Nenhum de vocês. --- Diz ele em resposta, pendurando seu Gauntlet na barra da calça com seu cinto pela alça em tridente no lado direito. --- Vamos, subam.

   Todos os cinco voam até a moto do rapaz, ficando sob seu guidão assim como Deltragon estando aberto e Leonidas fechado. Ao fazerem isso, ele liga, acelera e pilotara a moto pelo caminho da floresta onde uma vez o tomara para sair dela, fazendo isso.

   Ele voltara ao deserto montanhoso, e isso trouxera-lhe lembranças do ocorrido da noite há um dia atrás. A lembrança da sua batalha contra Gus Grav e seus Bakugan Premo Vulcan e Hexados, além da conversa que tiveram nessa vez. Isso o faz acelerar sua moto em alta velocidade em uma distinta direção, forçar suas mãos e intensificar seu olhar sério fixo ao caminho a frente.


   "Não se preocupe com nada, Leonidas. Nós salvaremos os cinco em breve... E os vingaremos. Eu te prometi isso e pretendo cumprir minha palavra."


   Mais algumas horas se passam, com a noite prevalecendo em Nova Vestroia pelo caminho tomado por Kuro. Chegando em uma distinta parte, ele reconhecera a área ao seu redor que lhe trouxera desconforto e raiva. A área onde ocorrera a batalha. As profundas cicatrizes no chão são vistas por todos que aqui estão - as áreas de terra e areia queimadas, afundadas, fissuradas, os pilares de pedra esfarelados, desabados e destruídos, incluindo a gigantesca cratera circular negra por conta das chamas da mesma cor liberadas por Leonidas, a fissura subsequente em cone e as duas bifurcações que seguem consigo por conta do devastador ataque executado pelo Bakugan Darkus.

--- Mas o que aconteceu por aqui...?! Parece até que teve uma Batalha. --- Se pergunta Cycloid bem surpreso assim como os outros quatro Bakugan consigo, olhando para o lugar destruído.

--- É porque teve. --- Responde Kuro com um tom sério de voz, sem olhar para os Bakugan consigo.

--- Sério? E quem foi que conseguiu fazer esse estrago todo aqui? --- Pergunta o Bakugan SubTerra novamente.

   Nenhuma resposta é dada pelo rapaz que forçara maisforte suas mãos, mas sim pelo Bakugan Trap pterossauro que rugira baixo e batera suas asas em tal forma de brinquedo.

--- Sério isso...? --- Pergunta Harpus também surpresa e perplexa com o que Dentragon lhes dissera. --- Então foi bem aqui que... Tudo aquilo aconteceu.

   Os Bakugan aqui olham para o rapaz consigo, percebendo seu olhar e expressão. Mais alguns minutos que se assemelham as horas passadas correm, trazendo no horizonte para todos os sete que aqui vêem a Cidade Alpha - uma das três Cidades Vestais instaladas no mundo dos Bakugan. Tanto seu domo central quanto os seis auxiliares ao seu redor trazem luzes que iluminam certa parte dos locais, incluindo a enorme floresta que a cercara.

   O rapaz observara o lugar parado em um lugar alto por curtos segundos, retomando a pilotagem de sua moto para um lugar onde uma vez fora. Para o duto escondido na floresta,sendo um caminho tanto para essa quanto para as outras duas Cidades Vestais. Ele para perto desse duto, vendo ainda a escada bamba de madeira pendurada no lado de fora, desligando sua moto e levando sua mão direita até esta, com todos os Bakugan saindo do guidão e pegando Leonidas, mantendo-o em sua mão oposta.

--- Por que paramos nesse lugar? --- Pergunta Sirenoid.

--- Porque aqui é por onde vamos entrar na Cidade Alpha. --- Responde Kuro subindo a manga de sua camisa, revelando seu bracelete preto e digitando em suas seis teclas em um padrão específico. --- Esse duto pode nos levar para dentro... E foi por onde entramos e saímos pela primeira vez para resgatar os Bakugan.

--- Mas não pode ter nenhum tipo de problema lá dentro? Como é uma cidade, podem haver pessoas em seu interior que podem tê-lo visto em algum momento, sem contar que podem avisar aos Vexos se aparecer lá novamente... --- Diz a Bakugan Aquos receosa e preocupada.

--- Há problemas lá dentro sim... Mas me certifiquei de que ninguém me visse. --- Responde ele novamente. --- Ninguém viu meu rosto além dos Vexos... E só eles podem me reconhecer. Mas duvido que eles andem pelas ruas da Cidade Alpha normalmente só por isso.

--- Você tem um bom ponto, rapaz. Mas todo cuidado é pouco se tratando desses invasores. --- Diz Fourtress. 

--- Verdade... Mas o mesmo vale para vocês. EVO...

---/Desativação de sistema auxiliar autorizado. Destransformação nanotecnológica autorizada./--- Diz EVO, a Inteligência Artificial robótica pertencente ao rapaz falando através da moto.

   As veias tecnológicas vermelhas ao redor do veículo brilham em um tom fraco desta cor, fazendo com que ela começara a ser desmantelada lentamente em um líquido negro e viscoso que escorrera pelo braço esquerdo de Kuro para cima, parando onde seu bracelete se encontrara, unificando-se a ele em poucos segundos de duração do ato.

--- Destransformação nanotecnológica e desativação do sistema concluídos. Energia do sistema em cem por cento. --- Conclui EVO agora através do bracelete.

--- Obrigado. Agora você pode voltar a interagir conosco mais uma vez. --- Diz o rapaz com seu pulso esquerdo levemente erguido para perto de seu rosto.

--- É bom voltar aos seus serviços e a sua disposição, senhor. --- Diz a Inteligência Artificial em resposta.

--- De onde é que tá vindo essa voz...? E o que acabou de acontecer agora? Pra onde foi o que você tava usando pra levar a gente até aqui?! --- Pergunta Harpus bem surpresa e confusa, olhando para Kuro enquanto flutua perto dele.

--- Posso explicar melhor sobre isso quando tivermos tempo livre. --- Responde o rapaz. --- E dessa vez conto mesmo, Harpus. Prometo.

--- Uhum, sei... Me aguarde que eu vou te fazer mil e uma perguntas sobre TUDO, bonitinho! --- Diz ela desconfiada e levemente séria.

--- Ela vai mesmo, garoto. Tu se prepara. --- Retruca Cycloid.

--- Ok. Vamos entrar? Os trago de volta quando chegarmos. --- Pergunta o rapaz estendendo sua mão direita com Leonidas nela.

--- vamos. --- Respondem quatro dos cinco Bakugan, com Tentaclear e Deltragon rugindo baixo em resposta.

   Eles seguem até tal mão estendida, fechando-se em suas formas esféricas e o Bakugan Trap em sua forma triangular. Colocando-os no bolso de sua calça, o rapaz subira a escada bamba de madeira que leva a entrada do duto, vendo pela segunda vez o fundo e escuro interior desta, as três hélices grandes de ferro lentamente girando em sentido horário e a escadaria de ferro soldada à parede do duto.

   Novamente, Kuro tomara fôlego para saltar adentro. E ele o faz após curtos segundos.



   A primeira hélice de ferro é alcançada no salto.



   Caindo de pé, fazendo um leve eco do metal sobreposto balançando-se que ainda girara, esperando a segunda hélice desalinhar para saltar até ela.



   A segunda é alcançada.



   O mesmo eco metálico é audível, com o rapaz agora encontrando-se em postura quase agachada entre esta e a primeira hélice, vendo a terceira também se desalinhar.



   A terceira é alcançada.



   Chegando perto e com cuidado, a escada de ferro soldada na parede do duto é palpável por ele, sendo usada para descer e chegar ao seu fim, com sua visão clareando aos poucos em meio ao lugar completamente escuro, tornando-o iluminado. O caminho subterrâneo é alcançado, com o rapaz relembrando uma vez o caminho mostrado no mapa de dados que EVO adquirira ao chegar neste mesmo lugar, seguindo-o em total silêncio e cuidado.

   Duas bifurcações foram tomadas para continuar seu caminho. Nada é audível a não ser seus passos lentos feitos pela sola de seus sapatos. A quietude é incômoda até rever uma outra escadaria de ferro levando a uma tampa metálica de bueiro. Antes de subi-la, Kuro olhara para os lados. 

   Não há nada. Não há ninguém. Mas a sensação de estar sendo observado crescera a cada segundo passado.

   Ele sobe.

   Saindo do subterrâneo e colocando a tampa do bueiro de volta no lugar, é retomada a vista do fundo de prédios grandes e becos estreitos que teve quando entrou na Cidade Alpha pela primeira vez, incluindo do prédio com escada  de incêndio que uma vez subira. Dessa vez, ele saíra por um beco estreito entre dois desses prédios.



   Kuro chegara em um lugar.

   Uma enorme rua iluminada por postes e com diversos prédios ao redor, com algumas janelas de andares aleatórios emitindo luz de seu seu interior e outros em sua maioria não. Estes são prédios grandes, passando facilmente dos dez andares cada um. Uma rua residencial de apartamentos vazia de pessoas e de qualquer som, sendo bem parecidas com as ruas que existem em sua cidade. Em seu país.

---"Isso me lembra de casa... De onde vim... Da cidade onde moro."--- Pensa Kuro olhando lenta e atentamente para cada lugar da rua com um olhar reflexivo. ---"Vão se fazer três semanas desde que viajei para a Rússia, e estranhamente estar em uma desconhecida cidade alienígena me traz saudades de casa. Como será que estão meus amigos? Não só os que moram em Wardington, mas todos os outros pelo mundo. Inclusive você... Alice. Tá tudo bem por aí, com você e com seu avô?"



   Apertando um botão em seu bracelete preto, uma música baixa tem seu início em seus fones de ouvido -" Dark Road - Ryini Beats" - enquanto levara sua mão direita para o bolso da calça do mesmo lado, tirando todos os Bakugan consigo dela.

--- Podem se abrir agora. --- Diz ele em tom calmo.

   Os cinco Bakugan e o Bakgan Trap se abrem, com somente Leonidas permanecendo fechado. Os seis, agora estando abertos, começam a voar por perto de onde o rapaz está, observando a parte da Cidade Alpha que está ao alcance de seus olhares.

--- É essa a tal cidade da qual falou pra gente antes...? --- Pergunta Harpus em um tom impressionado.

--- Uma parte dela, mas sim. Essa... É a Cidade Alpha. --- Responde Kuro mantendo Leonidas em sua mão direita enquanto a abaixara.

--- É como uma... Cidade normal. Como a que vocês, humanos, possuem na Terra. --- Diz Fourtress também em um tom impressionado assim como sua companheira Ventus.

--- Só que traga ao nosso mundo... Como se fosse algo comum. Algo que pudesse ser feito normalmente. --- Continua Sirenoid estando da mesma forma.

--- Ainda mais algo desse tamanho... Algo impossível pra qualquer um de fazer, até mesmo pra gente que já viu muita coisa acontecer. --- Finaliza Cycloid da mesma forma.

   A surpresa dos cinco Bakugan é tamanha, permanecendo por longos segundos de silêncio enquanto voam distinta e desordenadamente pela rua em que estão. Já Kuro olhara fixamente para o final dessa rua pelo lado esquerdo, vendo outra mais além e uma rua reta mais a frente, vendo mais claridade daquela direção porém estando mais distante do alcance do seu olhar enquanto mexera seu parceiro por entre seus dedos dessa mão. Deltragon, seu Bakugan Trap, ficara em seu ombro direito enquanto isso.

--- Aonde você pretende ir num lugar tão grande como esse? --- Pergunta Cycloid voltando para perto do rapaz assim como os outros quatro.

--- Para lá. --- Responde Kuro apontando com sua mão esquerda em direção ao amontoado de luzes fracas transpassando os prédios da rua.

   Todos olham na direção apontada, também vendo o amontoado
de luzes e um grande pilar metálico seguindo até o topo
do domo gigante que cercara a Cidade Alpha.

--- Lá... É onde fica o centro da cidade, e também a Arena de Batalha Bakugan instalada - que foi de onde resgatamos os Bakugan e uma parte de vocês. --- Continua o rapaz abaixando seu braço.

--- E por quê quer ir pra lá? --- Pergunta a Bakugan Ventus em tom insistente e levemente preocupado.

--- Só quero olhar tudo primeiro. Agora que estou para saber um modo de destruir o Controlador por sobrecarga, quero conhecer todo o lugar e ter uma noção do que posso planejar em seguida. Podemos ir embora e nos abrigar na floresta pelos arredores, mas vocês devem tomar cuidado assim como disse antes. E isso por um motivo.

--- Que motivo seria esse? --- Pergunta Sirenoid.

--- As pessoas que vivem na Cidade Alpha... Não sabem que vocês, Bakugan, são seres vivos assim como nós, humanos, sabemos. --- Responde ele. --- Se verem vocês voando ou falando enquanto estamos juntos, eles podem estranhar.

--- Mas queremos ajudar a ver melhor o lugar. Então vai ter que ser de uma forma que a gente não pode ser visto. Tem como? --- Pergunta Harpus.

--- Eu tenho bolsos na camisa. Podem se esconder e olhar por eles, caso queiram.

--- Mas eles essas pessoas não achariam estranho você conversando sozinho? --- Pergunta Fourtress em seguida.

--- Como estou de fones, posso fingir que estou atendendo uma ligação. Assim pode ficam mais fácil. 

--- Cê pensa rápido. Gosto disso num Guerreiro, ainda mais num homem. Até agora cê tá conseguindo me agradar de pouquinho em pouquinho, hein bonitinho~? Tá quase me fazendo esquecer que deu uma de espertinho pra cima de mim. --- Diz Harpus em um leve tom de malícia enquanto aproxima-se bem de Kuro, quase estando colada ao seu rosto.

--- Tá bom... Obrigado por isso, mas temos que continuar. --- Diz o rapaz levemente envergonhado e corado enquanto desvia seu olhar para o lado, além de expressar um pequeno e momentâneo sorriso em seu rosto. --- Cuidado, todos vocês.

--- Você também. --- Dizem quatro dos cinco Bakugan, com Tentaclear e Deltragon rugindo uma única vez.

   Kuro abrira os dois bolsos frontais de sua camisa preta, com os cinco Bakugan entrando nestes. Três no esquerdo - Harpus, Sirenoid e Fourtress - e dois no direito - Tentaclear e Cycloid.

--- Deltragon, você também. Não quero que te descubram também. --- Diz Kuro olhando para seu Bakugan Trap em seu ombro.

   Ele concordara balançando sua cabeça em sua forma de brinquedo em concordância, voando para o bolso direito, com o rapaz deixando-os entreabertos para que todos os que estão consigo possam ver ao seu redor. O rapaz colocara suas mãos nos bolsos da calça, andando pela direção da rua em que uma vez olhara, indo em direção as luzes que estão distantes.


Notas Finais


Oie! o/

Bem-vindos(as) a mais uma sexta de capítulo fresco aqui pra vossas senhorias.

Queria agradecer a todo mundo que ainda dedica um pouco do seu tempo para ler, comentar e compartilhar essa fanfiction. Além de dar as boas vindas para aqueles que encontraram ou foram-lhe recomendados essa fic. Irashaimasen~! Se gostaram ou quiserem comentar algo, sintam-se a vontade. Críticas são construtivas e um caminho para continuar melhorando e mantendo esse trabalho que tento bem feito. O engajamento do público também é importante. Mais uma vez, muito obrigado por lerem e dedicarem seu tempo a apoiar a franquia Bakugan, essa fic e este quem vos fala nesse instante.

Um grande abraço a todos e nos vemos sexta que vem nesse mesmo horário. o7

======

Bom, antes de tudo, primeiro as ressalvas padrão.

------

Esse capítulo se passa durante o episódio 03 da saga do anime "Bakugan Nova Vestroia", chamado de "O Poder da Mente" na versão ocidental. E na versão original é chamada de "Waga Teki wa ware Niari", que traduzido fica "O Meu Inimigo Sou Eu". Mas especificadamente durante os primeiros minutos do anime até a luta do Dan contra o Baron nesse episódio, que acontece nos tempos de 04:56 (tempo ocidental do anime) e 06:00 (tempo original do anime).

O dia perdido pelo O.C. (Original Character) - Kuro - foram o primeiro e o segundo episódios do anime inteiro, sendo o primeiro chamado de "Aratanaru Tabidachi - Uma Nova Jornada" na versão oriental, e na versão ocidental "A Invasão dos Vestais". Já o segundo sendo chamado de "Shinkuronishiti - Sincronicidade" na versão oriental, e na versão ocidental "Enfrentando Ace".

Esse é o segundo dia passado e visto por ele após sua melhora, e Kuro não sabe que seus amigos já chegaram em Nova Vestroia. Nem mesmo que Drago está de volta a uma forma de Bakugan.

=====

Fontes e Dados do Capítulo:

MÚSICA OUVIDA POR KURO DURANTE O CAPÍTULO:

Dark Road - Ryni Beats:
https://www.youtube.com/watch?v=HvZNDo0JIsg

MÚSICA QUE EU OUVIA DURANTE O CAPÍTULO:
Rap dos Homens-Aranha - NEM TODO MUNDO NASCE HERÓI | NERD HITS:
https://youtu.be/FzsvnVOIV3c?t=8

PLAYLIST DE EPISÓDIOS DE BAKUGAN - NOVA VESTROIA (EM JAPONÊS SEM LEGENDA):
https://www.youtube.com/playlist?list=PLwuZZDXoYwkd3QO32ebegUOUrCdfpP1Oz
https://www.youtube.com/playlist?list=PLSEods_VwMdO0N3lyvzLoexSbHAUPybVp

PLAYLIST DE EPISÓDIOS DE BAKUGAN - NOVA VESTROIA (DUBLADO EM PT-BR):
https://www.youtube.com/playlist?list=PLaiQkNS-itp6CJ5tcQB8Vgaal5Px7w8RJ

SOBRE O EPISÓDIO 03 DO ANIME:
https://bakugan.wiki/wiki/Get_Psyched


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...