História Bata Antes de Entrar-DarkDramione - Conectados

Sentia seus pés afundando sob a lama, o cabelo grudado em seu rosto, a chuva gelada molhando seu corpo e lhe deixando com frio, mesmo assim, não sentia nenhum pingo de medo enquanto era conduzida através de uma trilha escura, com as árvores altas bloqueando qualquer visão, sentindo os galhos e as pedras, vendo o céu escuro, cinza, sem nenhum sinal que o temporal iria dar uma trégua.

Não sentia medo enquanto o corpo alto atrás de si lhe fazia seguir o caminho que queria, era diferente, não foi como daquela vez, não foi como ter dezesseis anos e um homem gordo, feio, nojento, fedorento e totalmente repulsante estivesse lhe mantendo quieta enquanto produzia lágrimas em seu rosto.

Ela nem conseguia chorar.

Por que não sentia medo.

Daquela vez não tinha uma arma, nem uma faca, não tinha um homem gordo, nem feio, o fato de não ser fedorento também mudava o contexto, porém, o que modificava era o fato que não tinha dezesseis anos. Tinha vinte e oito, estava caminhando para o que achava ser sua morte.

Mas, o que poderia fazer?

Ela não ia deixar que aquele homem fizesse o que quisesse consigo. Quando abriu os olhos após ter o melhor orgasmo de sua vida, observou aqueles olhos claros, totalmente diferentes de quando abriu a porta para si, parecia tão inocente, porém, naquele momento conseguiu ver um brilho de maldade. O sorriso felino, como se estivesse achado uma presa tão esperada.

Ele não fez nada, não lhe feriu, nem ao menos ficou com a faca por muito tempo, apenas lhe olhou e disse: Vamos dar uma volta.

Agora, estava ali, parando no meio de um lugar vazio, se perguntou se ali seria o lugar onde morreria, onde seria assassinada. Quem diria que morreria pelas mãos da sua vítima?

Era para ele estar morto agora ou quase isso. 

— Aqui estamos. — Draco disse lhe soltando. Deu alguns passos, antes de encarar o espaço vazio, virou-se de costas para encarar Draco. — Meu lugar favorito.

Ambos usavam uma roupa quente, porém, nada impedia que sentisse frio, a chuva estava tão forte, tão intensa que dava a sensação que poderia se afogar.

— Ótima escolha de lugar favorito. — disse Hermione cruzando os braços. Encarava Draco que parecia diferente naquele lugar, ele estava sorrindo demais, não era um sorriso inofensivo, era um sorriso doentio.

— Pois é, quando você encontra a verdadeira arte, fica em paz. — disse ele dando de ombros. — Esse é meu lugar de inspiração.

Hermione arqueou a sobrancelha, porém, nada disse.

— Sabe… — murmurou ele, ficando próximo. Hermione conseguia sentir a pele contra a sua, gelada. Conseguia encarar aqueles olhos, mesmo com a escuridão a sua volta. — Quando entrou na minha casa, te achei linda, eu iria dar um fim a você hoje mesmo, te trazer para cá, te fazer minha, fazer coisas dolorosas, depois de enterrar aqui, sob esse lugar, com suas coleguinhas de terra, porém, você me surpreendeu. Tirando a roupa, ficando nua, ficando linda, totalmente gostosa…

Hermione conseguia sentir o mal sendo proferido naquelas palavras, se arrepiava completamente.

— Então, tive que foder essa buceta gostosa, ah, como ela é gostosa. — murmurou ele de forma sensual. Sua mão estava ao lado de ambos quadris dela, puxou contra o seu corpo, virando-a de costas, suspirou ao seu ouvido. — Agora, você é minha inspiração, encontrei a minha modelo, bem-vinda ao meu mundo Hermione, ele é recheado de sangue.

Hermione tremeu, não iria fugir, nem se quisesse.

— Então, vai fazer o quê?

Draco sorriu.

— Embaixo de nossos pés tem diversos corpos. — disse ele, puxando a camisa dela para cima, sentindo a pele se arrepiar por causa da chuva. — Fiz muitas coisas ruins, ouvi-as gritar, pedindo por socorro. — murmurou, levantando a saia de colegial que ela usava. — Vi as lágrimas delas, não sentir nenhuma pena… — disse, abrindo o zíper da sua calça, sussurrava ao pé do ouvido, sentindo o corpo dela se contrair. Hermione estava gostando, ele também. — Só tinha vontade de fodê-las até rasgá-las ao meio, sabe, literalmente falando.

Então, Hermione abafou o grito de susto, após, sentir seu corpo ser colocado curvado, sua saia molhada grudada em suas costas, não usava calcinha, Draco não deixou, então, totalmente exposta, ele entrou, duro, pulsando, molhado, fodendo de uma vez só  sua vagina que estava seca, causando certa dor.

Contudo, Draco parecia mais intenso do que momento antes enquanto estava trepando com ele, ele metia fundo, segurava seu quadril, batia em sua bunda, lhe causava tanta dor que gritava, porém, o que lhe surpreendeu era o fato que havia ficado molhada, então, a dor ia desaparecendo e o prazer estava presente.

Os gritos já eram substituídos por gemidos, os tapas eram moderados, os rosnados que ele soltava lhe deixava tão excitada que causava certa dor, a chuva cobria ambos corpos, mesmo ainda vestido pela metade, mesmo no meio de uma mata escura, mesmo com o céu escuro sobre suas cabeças, mesmo que o solo seja um cemitério, eles gritavam.

Hermione gritava.

Draco rosnava.

Pareciam animais, feitos um para o outro.

Enquanto Draco gozava dentro dela, soube que sua inspiração havia se intensificado.

Hermione soube que queria apenas ser dele.

Eram loucos. Eram insanos. Eram totalmente selvagens.

Dois dias depois

Espirrou.

Não achou estranho estar gripada, era de se esperar depois de ter sido fodida a noite toda no meio de árvores. Não se arrependia disso, foi bom. Muito bom. Seus olhos estavam pregados na televisão a sua frente, passava um filme qualquer de terror.

Nunca pensou que estaria um dia daquela forma, nunca foi rica, sempre viveu de acordo com as pessoas que roubava enquanto pulava de casa em casa, fazendo homens de vítimas. Era uma vida tão boa, porém, aquilo era melhor.

Draco lhe deixou viver em um apartamento dele, um que ninguém sabe que existe, onde ele sabe que vai ficar. Ele não lhe causou nenhum mal, porém, descobriu de uma maneira sádica e perigosa que ele já fez mais vítimas do que ela. 

“Você é minha inspiração Hermione, você não vai embora. ”

Ainda não entendeu o que ele quis dizer com isso, contudo, não se preocupava. Estava tão entediada, por isso, iria para o lugar onde ele estaria. Então, apenas se vestiu de maneira discreta e saiu daquele apartamento. Seus pensamentos eram abstratos, não sabia o que poderia acontecer, contudo, não tinha medo, pois sabia que se algo acontecesse apenas um deles dois poderia sobreviver.

Eram caçadores.

Eram a presa um do outro.

Cruzou os braços, enquanto parada ao lado de um arbusto observava o homem que lhe fodeu a poucas horas usando um terno escuro, sorrindo como fosse um bobo, completo ator, segurando a mão daquela que seria sua esposa dali poucos segundos.

Hermione não se importava se ele tivesse outra. Ela não conhecia ele de verdade.

Ela não entendia que estava ao lado de um assassino em série. Não percebia que ninguém podia lidar com ele.

Mas, Hermione podia.

Hermione viu o sorriso de felicidade na face da noiva, nunca quis tanto rir, estava estampado o quanto ela pertencia a outro mundo.

“Ela é minha noiva Hermione. Ela é o vínculo para o mundo, para as pessoas em volta.”

“ Eu sei, e eu?"

“ Você é o vínculo para os meus desejos insanos, para os meus pensamentos perturbadores, você é meu outro mundo, o verdadeiro." 

Hermione compreendeu o que ele quis dizer.

Ouviu o “sim” dele, ouviu as batidas de palmas, as pessoas inocentes gritando e parabenizando uma vítima e seu predador. Então, os olhos deles conseguiram captar o seu, mesmo de longe conseguiu ver o brilho insano que estava escondido entre as orbes claras.

Sorriu.

Entendeu que era a inspiração de Draco, era a melhor companheira para tirar a vida de alguém, era alguém que saberia viver no mundo real e aquele que sua mente desejava.

Realmente havia escolhido a casa certa.