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História Batidas de Molière! (Michaeng) - O segredo de Hyun-Woo e a decisão de Chaeyoung


Escrita por: Damnw

Capítulo 19 - O segredo de Hyun-Woo e a decisão de Chaeyoung


Fanfic / Fanfiction Batidas de Molière! (Michaeng) - O segredo de Hyun-Woo e a decisão de Chaeyoung

19

 

- Mina você precisa fazer alguma coisa em relação a isso. Você não pode marcar a data desse casamento. Aliás você nem pode se casar. Estamos juntas.

- Era este o meu medo ao aceitar ficar com você. O casamento é algo que eu não posso evitar. – Mina me olhou com pesar. 

- quer dizer que você vai prosseguir com esse casamento mesmo assim? – Me afastei de Mina indignada. 

- O que eu poderia fazer? Chae, não existe nada que eu possa fazer, mas pelos deuses, como eu queria ficar só com você. 

- Então você sabe que quando se casar não poderemos ficar mais juntas, não é? 

Mina não respondeu. Ela agora encarava o chão. 

- Eu não vou deixar você fazer essa burrada. O Makoto não presta. 

- Espere Chaeyoung, não diga uma coisa dessas para com Makoto. Eu posso não gostar dele mas isso não te dar o direito de dizer que ele não presta. Makoto é um senhor incrível e eu me sinto honrada em me casar com ele. 

- Então você tá dispostas a se casar com ele? Aposto que é tudo o que você quer. – Eu estava nervosa. Ouvir Mina dizer coisas boas de Makoto me tirava do sério. 

- O que estais dizendo? Makoto não é tudo o que eu quero, você é... – Mina parou de falar. 

- Certamente eu não sou tudo o que você quer. Eu tento te entender Mina, mas você me dá esperanças e depois diz que vai casar com o Makoto. Eu realmente pensei que você iria desistir dessa ideia de casamento.

- Eu não vou entrar em discussão com a senhorita. 

- Senhorita? Qual é Mina, vai me tratar como uma colega? 

- Estais exaltada demais. Eu exijo que pare imediatamente. – Mina bateu o pé com raiva.

- Sim, como a senhora quiser. Eu vou parar. 

- Não me trate assim Chaeyoung. Nossa situação já é um problema, não vamos complicar as coisas ainda mais. – Mina se aproximou de mim e segurou em meus ombros. 

Eu olhei bem para os olhos da Mina e ela parecia confusa. Eu imagino que deveria estar confusa mesmo. Do nada ela estava “de boa” com a vida dela e com o noivo, e agora ela estava comigo; eu, a pessoa que lhe atraia problemas e até coisas piores. O que eu estava fazendo exigindo algo da Mina? Eu sou muito burra. 

- Tem razão Mina. Me desculpa. – tentei soar tranquila.

Mina me encarou surpresa, mas também não disse nada e então voltamos para a casa.

No dia seguinte estava tudo pronto para a festa, que seria uma festa para muitos convidados pois seria a oficialização do casamento de Makoto, filho do Coronel japonês com Mina Myoi, filha de guerrilheiro samurai e político corrupto. 

Passei o dia no meu quarto, já que outras criadas cuidavam de Mina, que hoje não teve tempo para mim. 

Quando chegou a noite na hora da festa eu fui designada para servir as visitas. Eram muitas pessoas e todos estavam com trajes elegantes, mas eu tenho certeza que nenhum deles me superavam. Eu também posso ser muito elegante quando vou para festas importantes no meu tempo. De repente fiquei triste. Lembrei da minha família. Era inevitável não pensar neles. Eu estava com muita saudades do Kai, mas essa saudade estava sendo suprida graças a Park. Estar com ela me fazia esquecer um pouco a dor da falta do meu irmão. Meus olhos ficaram marejados, limpei rápido. Eu não poderia chorar. Me recompus e voltei a ficar séria e circulei pela casa servindo bebidas. 

Fui até um grupo de jovens japoneses onde Makoto estava para lhe servir bebidas. Antes deles verem eu cuspi dentro de todos os copos. Na moral, isso era o de menos. Esses japoneses mereciam coisa pior.

Sorri e fui até eles. 

- Senhores? -Mostrei a bandeja para eles. Eu estava gargalhando por dentro. 

Todos eles pegaram as taças com bebida, o que me deu uma grande satisfação. 

Makoto foi o primeiro a beber.

Sinta minha baba, seu japonês idiota. Disse em pensamentos. 

Quando eu estava saindo Makoto me chamou.

- Vejam meus amigos, essa daqui é a criada coreana da minha noiva. Ela é muito nova. – Makoto passou o braço em volta do meu ombro. Ele parecia bêbado. – Algum de vocês querem casar com ela? 

Os japoneses sorriam, parecia que casar comigo era um absurdo. Olhei para Makoto, que estava gargalhando e a raiva me subiu a cabeça. Pode rir idiota, isso não vai ficar  assim mesmo!

- Quando eu me casar com a senhorita Myoi essa jovem deixará de ser a criada da minha adorável dama. Amigos, não a queiram como criada, ela somente dar trabalho. O meu sogro só tem problemas com a Mina por causa dela. És uma jovem inexperiente e problemática. – Makoto me dava tapinhas no ombro. Seu sorriso me dava raiva. Me afastei de Makoto e sai. Pensei no que ele disse sobre eu dar trabalho para Mina, mas disso eu já sabia, só que Makoto dizer isso me dava raiva.

Fui para fora tomar um pouco de ar. Fui até a escada e fiquei contemplando as estrelas. Eram as mesmas estrelas que eu via da janela do quarto da minha casa, o mesmo brilho e a mesma distância, o que mudava era apenas o ano e as pessoas. Eu sempre fui uma pessoa muito fechada para novas amizades, mas talvez se eu tivesse sido mais amigável eu certamente não irá estar me sentindo tão solitária assim.

Olhei para o portão de entrada e encontrei Hyun-Woo. Ele queria se esconder mas eu já o tinha visto, então fui até a ele. 

- O que pensa que tá fazendo aqui? – Perguntei brava – Se te pegarem aqui vão acabar com você. 

- Eu sou cuidadoso, diferente de você. – Hyun-Woo me encarou. 

- Tão cuidadoso que eu te descobri. Francamente Hyun-Woo. O que quer aqui? Vá embora. 

- Eu vim falar com você algo. 

Olhei para Hyun-Woo desconfiada. Ele me parecia tenso. Será que era algo sobre Kwan? 

- Fala logo. – Disse apreensiva.

- Você é a única amiga da senhorita Mina, não é? Então diga-me como ela está se sentindo sobre esse noivado? 

- Por que o interesse? – Fiquei curiosa e surpresa, o que não era pra menos. O que ele queria perguntando de Mina. 

- Eu... Eu a amo. – Hyun-Woo falou todo corado. 

- O quê? Que tipo de truque é esse? Está jogando essa pra cima de mim? Sério? Eu sei que você é o maldito traidor e que está tentando jogar essa pra cima de mim e eu não consigo imaginar o motivo. – Eu queria socar a cara do Hyun-Woo. 

- Do que está falando? Eu não sou o traidor como você pensa. – Hyun-Woo fechou as mãos e encarou o chão. – Meus pais sempre foram separatistas e eu também, dês de criança. Eu jamais poderia ser um traidor. 

- Beleza, se você não é então que história maluca é essa de você amar a Mina sendo que vocês jamais tiveram algum contato?

- Eu e Mina vivemos juntos até os nossos 13 anos. – Hyun-Woo me encarava determinado – Meus pais foram como você Chaeyoung, eles eram informantes. Eles trabalhavam para os Myoi, mas eram separatistas. Minha mãe era criada e meu pai basicamente a mesma coisa, só que ele fazia tudo para o senhor Myoi, com isso eu vivi nessa mansão minha infância toda e minha única amiga fora Mina, durante muito tempo nós ficamos nessa amizade, até que com meus 12 anos eu falei para ela que amava mais do que um amigo e para minha surpresa Mina também tinha sentimentos por mim, mas durante um ano escondemos isso pois os pais dela jamais permitiria que ficássemos juntos, então quando completei 13 anos meus pai ficou doente e tivemos que ir embora. Eu me afastei de Mina e meus pais dos separatistas. Anos depois eu voltei e eu estava disposto a reconquistar Mina, mas descobri que ela já estava noiva e a vida dela parecia boa. O que eu poderia fazer? Meus objetivos era entrar para os separatistas de verdade e ter Mina de volta, ter seus sentimentos, que eram as coisas que mais almejei.  Eu só tive necessidade de lhe contar pois eu sei que não é a traidora, mesmo todos pensando que você seja. Eu confio em você Chaeyoung, por favor cuide de Mina por mim. Logo, logo eu vou me mostrar para ela. 

- Espera... Eu... Eu... você e a Mina juntos? – Isso parecia loucura, mas de repente me veio a cabeça a história que Kwan me contou sobre um outro alguém que Mina amou e agora tudo fazia sentido para mim. Ninguém viu Hyun-Woo perto de Mina. Hyun-Woo era o cara que eu teria que encontrar. – Hyun-Woo, tudo isso que você me contou é verdade? 

- Eu jamais mentira sobre isso. Chaeyoung, vou ser sincero, eu odeio o seu jeito imaturo e acho que você vai afundar com os separatistas, mesmo Kwan confiando em você, mas você é a única pessoa que está junto de Mina e a única que pode protege-la, então eu não teria por quê mentir para você. 

É claro que ele não teria por quê mentir para mim. Mesmo a gente não se dando bem eu sentia verdade vindo dele. Eu estava irritada e triste. Eu teria que privar Mina de um casamento de merda com um homem merda para junta-la com Hyun-Woo. Logo o cara que achava que eu ia afundar com os separatistas. Eu realmente não sabia o que pensar. 

- Chaeyoung, os separatistas estão em crise e você tem mais tempo para cuidar da Mina, então por favor faça isso por mim. Eu jamais te pedirei algo se não fosse tão importante para mim. 

Olhei para Hyun-Woo e seus olhos estavam marejados. Eu fiquei me sentindo mal com isso.

- Eu vou cuidar dela. Agora vá embora antes que alguém o veja e acabe com o nosso plano. – Eu disse a contra gosto. 

Hyun-Woo fez que sim com a cabeça e foi embora e eu voltei para a festa. Mina e Makoto já haviam marcado a data do casamento e eu nem estava lá para ver. Ainda bem. Makoto e o senhor Myoi estavam reunidos na sala conversando com os outros homens. Olhei para os lados e vi Mina, que estava entrando no escritório do pai dela. Segui ela furtivamente. Entramos no escritório e ao ver Mina parada na minha frente não pude deixar de pensar em Hyun-Woo. Por que ela nunca me contou sobre ele, mesmo essa história sendo tão antiga? Será que doía nela lembrar dele? Será que ela ainda gostava dele? 

- No que estais pensando, meu amor? – Disse Mina me tirando dos pensamentos. 

- Nada, não é nada. – falei. 

- Chae, eu gostaria de lhe pedi desculpas por fazer você passar por tudo isso. Eu sei que não é justo eu estar com você e marcar casamento com outra pessoa. Isso é muito grave, mas quando eu estou com você eu sinto vontade de lutar por nós duas e acredito juntas podemos encontrar uma solução para reverter esse casamento, por quê definitivamente eu não quero me casar com Makoto, eu quero ficar com você. – Mina estendeu sua mão e eu a segurei. 

Mina me puxou enquanto recuava até encostar na mesa. Eu me aproximei dela e a segurei pela cintura e ela pôs seus braços no meu ombro e segurou meu pescoço. Eu olhei para os lábios delas, eu sabia que ela queria me beijar então me aproximei dela e a beijei. Mina já estava experiente então nosso beijo foi de língua. Segurei firme a cintura da Mina enquanto descia os beijos para o seu pescoço. Ela acariciava minha cabeça passando levemente as unhas no meu couro cabeludo, aquilo me deixava arrepiada. Mina tinha uma espécie de magnetismo que me fazia grudar nela e não querer mais solta-la. 

Puxei Mina para mais perto de mim e desci minhas mãos da cintura e comecei a colocar por de baixo do vestido dela enquanto beijava seu pescoço. 

- Chae... Eu... – Ela falou no meu ouvido quase sem fôlego. 

Eu não queria ouvir nada, eu só queria ouvir aos meus instintos. Era maravilhoso tocar Mina, eu estava passando minhas mãos pelas coxas dela e fui subindo mais, ergui a cabeça e olhei para Mina, que estava vermelha e de olhos fechados. Eu a amava, eu a amava tanto que teria que fazer alguma coisa para mudar a história dela. Eu jamais me perdoaria se deixasse Mina morrer. Tirei minhas mãos dela e me afastei. Arrumei minha roupa e encarei o chão triste.

- Chae... o que houve? – Mina me olhava incrédula. 

- Não podemos, desculpa. 

- Mas todos estão ocupados. Podemos aproveitar um pouco. – Ela se aproximou de mim e tocou no meu rosto. 

- Não é isso Mina, não podemos ficar juntas. Se você ficar comigo só vai ter mais problemas e eu não quero isso. 

- Mas eu te disse que podemos enfrentar. Juntas podemos encontrar uma solução. – Mina tirou sua mão do meu rosto, se afastando de mim. 

- Como iríamos enfrentar tudo isso juntas Mina? As coisas não são tão fáceis como você pensa. Eu não tenho nada para te oferecer. Me desculpa Mina, não dá. – Deixei de encara-la. 

- Ao menos me encare quando estiver me deixando. Faça esse favor para mim. 

Olhei para ela e a vi chorando. Aquilo partiu meu coração. Eu jamais queria deixa-la. Eu a amava, mas se fosse para salva-la de Makoto e entrega-la para outra pessoa então eu faria isso. Eu havia encontrado o antigo amor de Mina e ele era Hyun-Woo. A contra gosto eu teria que junta-los.

- Eu sabia que você era uma imatura, mas a culpa foi minha por seguir em frente e querer me envolver com você, por quê ficar em sua companhia era bom, por quê receber os seus beijos era bom, principalmente ter você perto de mim me apoiando e me tocando era bom. Você é mau Chaeyoung, você me faz me apaixonar e depois me rejeita. – Mina limpava as lágrimas, mas quanto mais ela limpava mais caia – Eu realmente estava dispostas a acabar com esse casamento e ir embora com você. Eu estava cansada de me sentir presa e com você eu pensei que poderia finalmente ser livre, mas você me decepcionou. 

Eu a encarei com o coração partido. Fugir com Mina estava além dos meus sonhos e era tudo o que eu mais queria, mas...

- Me desculpe Mina, não dá. 

- É claro. Você é complicada demais, Chaeyoung. Como eu fui tola em acreditar em você. Espero que você encontre alguém que ame de verdade e não a faça sofrer. Cresça criança. 

Mina saiu do escritório limpando as lágrimas e escondendo o rosto. Eu não poderia impedi-la de me odiar, na verdade era a melhor coisa que poderia acontecer no momento. Se fosse para Mina ficar junto de Hyun-Woo e não morrer então valia a pena o sacrifício. Como sempre eu me dando mal no amor, mas isso já não era novidade, só que diferente das outras vezes esse doía muito mais.



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