1. Spirit Fanfics >
  2. Batidas de Molière! (Michaeng) >
  3. O fim e o começo!

História Batidas de Molière! (Michaeng) - O fim e o começo!


Escrita por: Damnw

Capítulo 29 - O fim e o começo!


Fanfic / Fanfiction Batidas de Molière! (Michaeng) - O fim e o começo!

29

Eu fechei os olhos e fiquei pensando nas possibilidades. Eu já havia dito que não poderia levar Mina, pois era muito arriscado. Todos estavam atrás de mim, a polícia, Makoto e até o pai dela. Com certeza eu seria morta e o pior que poderei acontecer com Mina alem da morte era ela se casar com Makoto. Eu odiaria isso, mas antes ela casada com um embuste e viva do que morta ao meu lado. Eu não sei como sobreviveria caso Mina morresse. Meu maior objetivo é salvar Mina do seu destino cruel.

- Você não pode me abandonar depois de tudo Chaeyoung. Eu me entreguei para você, devemos ficar juntas para sempre! – Mina me balançava desesperada.

- Solte ela, garota! Se você entrar agora seus pais terão alguma compaixão por você, diferente de Chaeyoung, que irá morrer. – Falava a velha.

- Eu não vou deixar nada de ruim acontecer a Chaeyoung. Eu a amo e vou protege-la!

- Ó céus, então vocês realmente estão juntas?! Ainda da tempo de desfazer os laços entre vocês. Senhorita Mina entre agora e esqueça Chaeyoung. Se salve!

- Estais maluca! Eu jamais abandonarei o meu amor. Estais ouvindo Chaeyoung? Abra os olhos e me encare. Diga que me levará com você, vamos diga para essa criada tola. – Mina voltou a me balançar.

- Ora, solte ela! Chaeyoung corra logo antes que encontrem você. – parecia que a criada velha puxava Mina, eu ainda estava com os olhos fechados. Eu não tinha muito tempo.

- Me solte! Eu ordeno que me solte! – Mina estava desesperada.

- Eu não vou deixar que cometa uma loucura.

- Mas eu quero ficar com Chaeyoung. – Mina começou a chorar – Minha vida não é nada sem ela! Eu não vou sobreviver sem ela.

- Não diga tolices, você ainda é muito imatura e não sabe o que diz.

- NÃO É VERDADE! – Mina gritou.

- SIM, É VERDADE. EU SOU A VELHA AQUI E EU TENHO MAIS EXPERIÊNCIA DE VIDA DO QUE UMA GAROTA MIMADA QUE SEQUER TEVE QUALQUER CONTATO COM O MUNDO AFORA!

- CALEM A BOCA! EU NÃO CONSIGO PENSAR DESSE JEITO, QUE INFERNO! – Foi a minha vez de gritar.

- Chae, pois só diga para ela que vamos fugir juntas. Não me deixe aqui, por favor. – Mina estava quase se ajoelhando. Ela me encarava ainda chorando.

- Mina, a velha tem razão. Se você for comigo pode morrer e eu não suportaria isso, mas velha, eu também não quero deixa-la. Eu simples faria qualquer coisa para proteger Mina. - Eu estava em um impasse.

- E o que pretende fazer? – A Velha perguntou me encarando com cautela.

Eu me virei para Mina e falei:

- Me desculpa Mina...

- Não ouse fazer isso comigo! – Mina já começou a se desesperar.

- Espera, deixa eu terminar de falar. Me desculpe por dizer que você não poderia vim comigo. Eu vou fazer de tudo para te proteger. Vamos embora.

- Duas tolas! Depois não chorem e arquem com as consequências. – A velha falou conformada. – Eu sei de um lugar para onde podem se esco...

- EI, VOCÊS! PARADAS! – Gritou um policial japonês armado com uma espingarda.

Eu fiquei desesperada pois ele apontava a arma em nossa direção e se aproximava de nós.

- Então você é a Chaeyoung!? O chefe nos deu sua descrição perfeitamente. Saiba que eu estou lhe prendendo e você vai ser condenada pelo crime de sequestro. Sua punição será com a morte. – Disse o policial, que então pegou um apito do seu bolso e assoprou nele, fazendo barulho. Ele estava chamando os outros guardas.

- Nós podemos explicar todo o ocorrido, senhor. – A velha se aproximou dele, quase encostando na arma. Ela estava rendida, com as mãos erguidas.

- Não se aproxime! – O guarda dizia nervoso.

- Eu não posso me aproximar mais. Se eu fizer isso levarei um tiro. – A velha falava com cautela. Ela era louca?

- Isso mesmo, fique para... – De repente a velha fez algo surpreendente. Com a mão esquerda a velha tomou o cano da arma e a tirou da linha de tiro dela, apontando a arma para o outro lado, então colocou a mão direta fazendo um x, onde a mão do policial ficou no meio, com isso ela jogou a arma para a lateral do corpo dele, para fora, tomando-a de suas mãos. Assim que tomou a arma a velha apontou para ele e lhe deu um único tiro certeiro na cabeça. O policial caiu no chão morto.

- O QUE VOCÊ FEZ? – Me desesperei.

- Era ele ou vocês. – Ela estava tranquila, o que me deixou mais desesperada. Ela havia acabado de matar um homem a sangue frio. Como ela poderia ser tão fria?

- Mas... – Eu estava chorando.

- Ela tem razão, Chae. Não havia outra forma. – Mina tentava me consolar, mas eu a olhei incrédula. Até ela?

Ouvimos os outros policias se aproximando.

- Rápido, vocês precisam sair daqui! – A velha nos alertou. – Sabe atirar Chaeyoung?

Limpei minhas lágrimas e fiz que sim com a cabeça, então a velha jogou a arma para mim.

- VÃO RÁPIDO! VOCÊS NÃO TEM TEMPO.

Mina me puxou e juntas corremos. Acho que a velha estava segurando os policiais, pois não havia sinal deles atrás de nós. Eu estava com uma confusão de sentimentos dentro de mim. Quem era aquela velha, afinal? Ela sempre me tratou muito mal e agora estava me ajudando, mas ela não hesitou em matar um homem, justamente para nos salvar. Eu estava confusa de verdade.

Seguimos correndo e qualquer caminho que a gente pegasse nos levaria para rua e a rua estava tomada por coreanos e japoneses lutando. Os japoneses eram os mais covardes, pois eles estavam atirando contra os meus, enquanto os coreanos estavam com pedras e pau. A maioria sabia que era uma luta em vão, então começaram a desisti aos poucos.

- Isso tudo é por minha causa. Talvez se eu me entregar...

- Não Chaeyoung, não faça isso! – Mina parou de correr, foi para a minha frente e me segurou pelos ombros. Incrível como ela era maior do que eu – Eles só estão cansados de ser escória de japoneses e eu cansei de fazer parte desses privilegiados. Quando a gente se organizar eu quero fazer parte dos separatistas também.

- Mas Mina, você... – Olhei para ela surpresa.

Ouvimos tiros atrás de nós, o que nos assustou bastante.

- Não temos tempo de discutir sobre isso. Temos que fugir. – Mina me puxou pela mão e voltamos a correr.

Eu definitivamente não estava conseguindo pensar em nada e eu deveria proteger Mina, mas era ela que estava nos protegendo, nos escondendo em lojas abandonadas, me fazendo me abaixar para não tomar tiro e nos escondendo como podia dos policias.

A arma ainda estava em minhas mãos, mas eu não queria usa-la, por mais que eu soubesse atirar. Eu estava me tremendo toda.

- Me dê essa arma. – Mina pediu.

- Não Mina, você não pode...

- Você que não pode. Você está sem condições. – Mina estava sendo categórica.

- Mas eu tenho que te proteger. – Protestei – Além disso você não sabe atirar.

- Eu também posso nos proteger, sabia? – Estávamos em um beco sem saída e Mina olhava para fora procura do uma brecha para sairmos. – Então deixe de bancar a durona e passe essa arma para cá.

Eu passei a arma para ela. Eu não tinha mais forças para protestar, fora que eu não ia contrariar Mina, não mais. Ela estava sendo forte por nós.

Na rua havia passado um grupo grande de coreanos correndo desesperados tentando escapar dos tiros, Mina então me puxou, nos fazendo ficar no meio dessa multidão. Corremos como nunca havíamos corrido antes, mas eu tropecei. Eu tinha que tropeçar logo agora? Ao tropeçar fui ao chão, com isso alguém correu desesperadamente por mim e chutou minha cabeça. Eu senti a pancada o que estava fazendo minha consciência quase ir embora. Eu só via o vulto de Mina perto de mim e a voz dela ao longe, mas ela estava perto, me chamando desesperadamente.

- Chae, por favor fica comigo. Se levante, rápido!

Eu olhei ao redor e as pessoas continuavam correndo, enquanto o barulho de tiro ficava mais distante, porém eu sabia que os policiais estavam se aproximando, pois Mina se abaixava e abria fogo com a minha espingarda. Mina estava usando uma arma e ela tinha mais coragem do que eu. Ela estava me protegendo.

Minha consciência estava voltando aos poucos. Com a pancada um corte havia sido aberto na minha testa. O sangue percorria pelo meu rosto. Olhei para o lado e vi Mina atirando contra os policiais, que não hesitaram em disparar contra nós.

- Mina, você... – Eu ainda estava desorientada e com os barulhos de tiros ficava ainda pior.

- Chae, você consegue se levantar? Consegue correr? – Mina parou de atirar e me encarou.

- Não. – Fui sincera. – Mina, nós vamos morrer.

Eu já não sabia mais o que estava falando. Minha cabeça doía além de não parar de sangrar.

- Não vamos! Eu não vou te deixar morrer aqui! Vamos, levante. – Mina deixou de atirar para me levantar.

Ficamos em pé. Eu olhei para trás e vi que vários guardas se aproximavam e junto deles estava Makoto. Olhei bem para ele, que estava com o rosto todo inchado, quase irreconhecível. Agora eu entendia por quê Makoto havia colocado todos atrás de mim, ele havia sido humilhado com a surra de ontem e agora estava se vingando em mim e nos coreanos.

- Vamos correr! – Eu falei preocupada.

Me apoiei em Mina e saímos o mais rápido que podíamos. Eu não estava em condições de correr.

- NÃO ADIANTA AVANÇAR, CRIADA ESTÚPIDA! NÓS VAMOS MATA-LA! – Gritava Makoto. - MINA, QUERIDA, VOLTE PARA A CASA. PROMETO CONTER O SEU PAI.

- EU NÃO VOU VOLTAR COM VOCÊ! – Mina deu um tiro para trás, na direção de Makoto, mas ela errava todos os tiros. O bom era que com os tiros os guardas recuavam, nos davam tempo de correr.

Estávamos saindo da cidade e chegando perto da praia, que não ficava tão longe. A rua estava vazia, mas uma bagunça, além de sangue por todos os lados.

- Chae, precisamos correr. Vem por aqui. – Mina me puxava.

- Eu estou tentando, droga! – Tentei correr mas quase fui ao chão. Tudo girava e me deixava tonta. Droga, a pancada fora muito forte e eu só queria morrer.

- Tudo bem, calma. Não faça força, estamos chegando. – Ela tentava me tranquilizar.

- Chegando aonde?

Mina não respondeu. Comecei a sentir o vento forte contra nós, era uma brisa refrescante. Estávamos chegando perto do mar. Tivemos que pegar uma subida que nós não sabíamos para onde ia dar. Eu estava deixando rastros de sangue pelo caminho. Estava perdendo muito sangue. Eu iria morrer dessa forma? Olhei para Mina, ela estava suada e preocupada. Eu era um incômodo mesmo. O que deu na minha cabeça por mete-la nessa confusão? Eu me odiava.

- Mina, me desculpa. – Falei chorando. – Volte para a sua casa e me deixe aqui para morrer. Você não merece passar por tudo isso por minha causa. Se salve, Mina.

- Cale a boca! Por favor, cale a boca. Não faça assim. Eu jamais a abandonaria. Se for para eu morrer então eu aceito o meu destino, mas morrerei lutando. – Mina continuava me puxando, até chegarmos no Alto de uma falésia. Fomos até a ponta dela e olhamos para baixo, só havia mar. Estávamos perdidas.

- Mina, não temos para onde fugir. Me desculpa Mina. – Eu chorei desesperadamente.

- Vai ficar tudo bem Chae, se for para morrer então eu quero morrer ao seu lado. – Mina se aproximou de mim e me deu um selinho, logo ela sorriu.

- O que você quer dizer com isso? – Olhei para ela confusa.

Os guardas e Makoto haviam nos alcançados.

- Não há mais para onde correr. Entregue Mina e a esmeralda e talvez poupamos sua vida, Chaeyoung. – Falou Makoto tentando se aproximar.

- Como você sabe da esmeralda? – Fui mais para frente.

- Isso não é da sua conta. Eu sei que és uma viajante do tempo. Eu quero esse poder também e agora estou bem perto. Você não tem para onde fugir.

- Você não vai se aproximar da Chae. – Mina apontou a arma para Makoto e apertou o gatilho, mas a arma não disparou. As balas haviam acabado.

- Mina, meu amor, como és tolinha. Vamos venha, deixe de brincadeira e volte a ser a cadela adestrada que sempre foi. Me casar com você só vai me dar status, mas ter a esmeralda vai me dá poder sobre tudo e todos. – Agora Makoto sorria.

Agarrei as esmeraldas com bastante força. Elas jamais poderiam cair nas mãos de Makoto. Agora eu entendia o quão perigoso era Makoto. Olhei para trás e vi o mar. Se eu me jogasse dali eu com certeza morreria, mas pelo menos as esmeraldas ficariam perdidas para sempre.

- Mina, eu vou me jogar. – informei baixinho para ela.

- O quê? – Ela me olhou surpresa.

- Se Makoto pegar as esmeraldas sabe-se lá o que vai acontecer com o seu tempo e com o meu tempo. Me desculpa Mina, eu te amo e sempre vou te amar. – Me afastei de Mina e recuei mais para a ponta da falésia.

- Chaeyoung! – Mina falou.

- O que está fazendo, sua tola? – Makoto berrou.

- Você nunca vai por suas patas imundas nas esmeraldas. – Disse com convicção.

- Se você pular vai morrer! – Makoto estava tenso.

- Eu não me importo. Se eu pular então as esmeraldas ficarão perdidas e longe de suas mãos. – Consegui sorrir.

- Você não vai morrer – Mina correu até a mim e me abraçou. – Você não vai morrer sozinha, eu vou com você.

- Mina...

- Não me peça para fazer o contrário, pois eu não vou. – Agora era a vez de Mina chorar.

Eu a segurei pela cintura com uma das minhas mãos e sorri.

- Então é isso, juntas até o fim?

Mina escondeu seu rosto no meu ombro e respondeu:

- Sim, juntas até o fim!

- O QUÊ? ATIREM! – Gritou Makoto.

Ao ouvir o grito do Makoto me agarrei em Mina e a puxei comigo para trás. Estávamos caindo da falésia em direção ao mar. Era uma altura absurda e eu sabia que iríamos morrer, mas eu estava sendo privilegiada ao morrer ao lado de Mina. Eu estava com medo? É claro que eu estava, mas eu me sentia mais feliz pois estava ao lado da Pessoa que mais amava.

Abracei Mina forte, fechei os olhos e agarrei as esmeraldas. Parecia que cada minuto no ar levava uma eternidade. O vento batendo contra meu corpo, parecendo que o mar estava há  muitos quilômetros de distância de nossas cabeças. Era o preço que se pagava pelo suicídio, a tortura de nunca acabar logo. Eu não ousei abrir meus olhos, mas uma luz forte disparava contra os meus olhos e aquilo me incomodava, então quando tentei abrir, nos chocamos contra o mar e afundamos. Meu corpo parecia um chumbo e só afundava. Olhei para cima e vi o corpo de Mina bem mais acima do meu. Ela parecia estar inconsciente. Nadei até ela e toquei em seu rosto, foi então que ela acordou e me olhou desesperada.

Segurei em sua mão e nadamos até a superfície. A areia não estava tão longe.

- Mina... Se nadarmos... mais um pouco... chegaremos na praia. – Eu falei engolindo água.

Mina fez que sim com a cabeça e juntas nadamos até chegar na praia, onde nos deitamos aliviadas, pois estávamos cansadas.

- Será que despistamos Makoto e os policiais? – Mina indagou ainda cansada.

- Eu vou dar uma olhada, espera aqui. – Me levantei e fui até mais na frente ver se havia sinal de Makoto, mas ao olhar ao redor me espantei. Havia prédios para todos os lados, carros e avenidas. Eu não estava acreditando, não poderia ser verdade. – Não pode ser!

Mina se aproximou de mim.

- O que foi, Chae? – Mina então olhou ao redor e ficou assustada com tudo o que via – Chae, o que é tudo isso? Onde estamos?

- Seul. Mina, estamos em casa. – Eu disse tão assustada quanto ela.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...