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História Batman - O Começo - A Queda do Poço


Escrita por: MarvelFan25

Notas do Autor


Pois é, pessoal. Mais uma história nova aqui no Spirit, e dessa vez, de um herói que acredito que todos aqui adoram, assim como eu: O Batman. Pois é, essa história é uma promessa de se aprofundar no surgimento do Cavaleiro das Trevas, de um jeito totalmente diferente do que as HQs e filmes mostraram até agora. Essa aqui vai ser uma história bem violenta, por isso, para aqueles que não estão prontos, sugiro que tomem cuidado. Meio curto, mas vocês verão algo que podem dizer que é meio fantasioso ou diferente. Mas ainda assim, espero que gostem muito, pessoal!

Capítulo 1 - A Queda do Poço


Em um poço, quase escuro, havia certos morcegos ao redor dele. Era tão enorme que havia uma diferença imensa dos que tinham no local. Silenciosos. Adormecidos. Ao mesmo tempo, sempre noturnos. Uma certa habilidade deles para sobreviverem, sempre atentos. De repente, pedaços de madeira caem no chão do poço e dele, um garoto com um sueter e uma calça branca começa a cair no poço, olhando para o que estava ao redor, como se estivesse temendo algo, sendo essa a figura de um jovem Bruce Wayne. O tempo parecia estar parando para ele com a queda. Como de tudo estivesse ficando paralisado, com o olhar de Bruce se concentrando na direção do buraco do poço em que tinha caído.

(Bruce) (narrando) - Quando eu era pequeno, meu pai costumava me contar uma história. Ele contava sobre um homem que acreditava em um certo potencial que poderia alcançar, mas que sentia que estava faltando algo em seu coração que o deixava preocupado. Ele pensava em tudo o que tinha. Tudo. Mas sempre pensava também sobre a única coisa que faltava que pudesse completa-lo. Um sentimento que ele nunca tivesse sentido antes.

Em alguns segundos, o garoto Bruce Wayne caiu no poço, olhando para o que estava ao redor, e ainda preocupado com o ocorrido. A queda parecia ter machucado algumas partes de seu corpo, deixando ele com uns cortes e uns ralados nas pernas.

(Bruce) (narrando) - No conto que meu pai me contou, ele dizia que a pessoa precisava de um elemento em comum para ficar atento ao que de fato poderia completar sua própria vida. E foi diante do sentimento de incerteza, que o homem no conto resolveu fazer um experimento, no qual nesse experimento ele finalmente percebeu o que faltava para completa-lo: O medo. Meu pai disse que essa história servia para demonstrar que nem sempre, não havia problema ter medo de alguma coisa, porque isso nos deixava cada vez mais atento aos aspectos que precisavamos entender de nossas próprias vidas. - O garoto começou a olhar ao redor, vendo os morcegos ainda adormecidos, como se não tivessem ouvido a queda de Bruce no poço. - Sempre pensando em cada possibilidade do que poderia ocorrer.

De repente, Bruce começou a ouvir alguns barulhos vindos de dentro do poço, ficando totalmente preocupado com o que estava ouvindo. Era um som meio familiar diante dessa situação em que se encontrava naquele momento. Mas para ele, era um que o deixava nervoso por dentro. Sua alma basicamente chegava a congelar por dentro, assim como cada parte de seu corpo também congelava, ficando levemente trêmula.

(Bruce) (narrando) - Eu pensava em como tudo ao meu redor poderia ser diferente. Mas também pensava na história que meu pai contou quando caí no poço de minha casa. O medo. Escuro. Apenas pensando em uma escuridão profunda que envolvia a mim e aos morcegos. - Nisso, vários morcegos começaram a surgir, indo na direção de Bruce, fazendo o garoto ficar com um medo maior do que o imaginado. Lentamente e furtivamente, mas agora de forma acelerada, os morcegos o cercaram, quase que atacando o garoto, mas nisso, ele olhava para ao redor e via que os morcegos estavam o envolvendo, como se estivesse levitando diante deles, como se fosse um deles. - São nos momentos mais sombrios e densos que a verdadeira face de alguém pode ser revelada. Mas depende do que estanos dispostos a mostrar. - Aos poucos, os morcegos o levantaram cada vez mais, chegando até a saída do poço, deixando Bruce meio surpreso com o porquê deles o ajudaram, quando seus instintos diziam que deveriam ataca-lo. - É só questão de abraçar o que nos envolve…

Do nada, Bruce foi cegado por um clarão e nisso, os morcegos vão embora, mostrando que o garoto estava desacordado, e que ele tinha sido atacado, ao invés de levitado por eles. Lentamente, ele começou a acordar, ficando surpreso em ver o que tinha acontecido. Vendo as marcas dos ataques dos morcegos, ele ficava mais surpreso do que o imaginado. Nisso, ele viu uma corda descendo até o poço, ainda mais estando quase que nocauteado, e desse jeito, Bruce viu a figura de seu pai, Thomas Wayne, descendo até o poço, com uma preocupação profunda por seu filho.

(Thomas) – Você está bem, Bruce? – Estende a mão para seu filho, tentando ajuda-lo a se levantar, enquanto se mantém preso na corda de escalada.

(Bruce) – Pai.

(Thomas) – Foi uma queda feia, filho. O que houve?

(Bruce) – Simplesmente não sei. Eu estava brincando com a Vicki no jardim, e quando ela começou a correr atrás de mim, acabei caindo aqui no poço. – Ele sente que bateu com a cabeça, sentindo uma certa dor em sua nuca, fazendo com que Thomas pegue Bruce em seus braços, olhando para ele com uma profunda preocupação em seu corpo.

(Thomas) – Ela veio até mim, preocupada com o que tinha acontecido. Essa parte aqui é meio perigosa, tanto é que no momento que ela me falou que tinha caído aqui, pensei o pior. Mas você vai ficar bem, filho. – Olha para o alto, vendo o clarão vindo do alto do poço, fazendo Thomas dar um sorriso em seu rosto naquele momento. – Pode puxar a gente, Alfred.

Os dois então, começaram a ser puxados pela corda, com Bruce dando um sorriso para seu pai, ainda preocupado com a queda de seu filho no local e as marcas dos ataques dos morcegos em seu corpo, praticamente surpreso com o que tinha acontecido. Nisso, o mordomo, Alfred Pennyworth, tirou os dois do poço, olhando para seu patrão, meio nervoso com o ocorrido. Trabalhando para os Wayne há anos, Alfred já tinha visto muitas coisas, mas isso foi algo que o deixou devidamente temeroso com Bruce, pelo fato do acidente que sofreu agora há pouco.

(Alfred) – Devo pegar os equipamentos de primeiros socorros?

(Thomas) – Pegue umas agulhas e umas ataduras. – Lentamente, Thomas começou a levar seu filho para a mansão, com Vicki se aproximando de Bruce, ficando com uma expressão cheia de medo com o ocorrido. Aos poucos, ficava claro que a sua preocupação era deveras maior, considerando a altura que ele caiu do poço.

(Vicki) – Bruce, você está bem?

(Bruce) – Eu vou ficar.

Aos poucos, Alfred começou a acompanhar Vicki, Bruce e o patrão Thomas até a entrada da mansão, mantendo uma expressão calma e controlada, olhando para o garoto, vendo como ele de fato estava tentando mostrar que era forte naquele momento depois de ter caído do poço.

(Bruce) (narrando) – Vicki Vale. Minha melhor amiga. Ela basicamente já esteve do meu lado em várias situações que eu mesmo não conseguiria descrever. Na verdade, me lembro de uma vez em uma festa de Dia das Bruxas. Disse a meu pai que precisava de uma fantasia um tanto surpreendente para esse ano. Pedir doces as vezes era uma tradição dos Wayne. Mas as vezes, o melhor era dar os doces. Meu pai me conseguiu uma fantasia de mágico, que vamos dizer que era um pouco grande, mas ainda assim, servia como uma luva. Já a fantasia da Vicki foi algo um tanto diferente, ainda mais para a minha surpresa. Ela estava praticamente fantasiada de detetive, o que me surpreendeu um pouco. Mas eu lembro desse Dia das Bruxas um pouco diferente. Na minha casa, enquanto nós dois estávamos andando pela mansão, por acidente, descobri aonde meus pais estavam guardando os doces, e nisso, aproveitamos para nos esconder e pegar eles na encolha. – Ao mesmo tempo, Bruce continuava a olhar para os lados, vendo a beleza de sua casa, ainda assim, mantendo outro sorriso em seu rosto, com a expressão temerosa de Vicki sumindo, criando coragem para colocar um sorriso tímido em sua cara. – Meus amigos, naquele dia, passamos mal de um jeito que não podem nem imaginar. Antes disso, Alfred nos avisou que não deveríamos ter feito isso. Acho que era melhor ter ouvido ele naquele momento. Mesmo assim, meu pai não ficou com raiva. Ele olhou pra mim e viu o coração de uma criança. Uma criança que gostava de ver o mundo de outros olhos. Um olhar otimista.

Adentrando a Mansão, haviam vários quadros ao redor, junto com alguns vasos antigos, inclusive escadas e quartos completamente enormes. Ao mesmo tempo, a esposa de Thomas e mãe de Bruce, Martha, começou a olhar para Thomas carregando seu filho nos braços, ficando extremamente preocupada ao ver essa cena.

(Martha) – O que houve? – Dando uma corrida de leve, ela desceu as escadas para ver como Bruce estava naquele momento. – Como ele está?

(Thomas) – Ele sofreu um acidente. O Bruce caiu no poço que tem no jardim. Só tem alguns arranhões, mas vai ficar bem. – Nisso, Thomas, Martha, Vicki e Alfred adentraram o quarto de Bruce, com o pai do garoto colocando ele na cama para descansar um pouco. – Foi uma queda e tanto.

(Bruce) – Eu sei. Quando estava lá, senti os morcegos me atacando. Me cercando, como se quisessem tomar alguma coisa de mim. – A incerteza no corpo de Bruce era algo um tanto diferente. O medo estava lá. Mas também havia a dificuldade de entender o que os morcegos que o atacaram de fato queriam.

(Thomas) – Eles o atacaram, mas isso é por causa de seus mecanismos de defesa. Só fizeram isso porque estavam com medo de você.

(Bruce) – Com medo de mim?

(Thomas) – Eles temem o que não entendem. Se sentiram ameaçados quando começaram a perceber uma presença incomum perto deles. – Aos poucos, Bruce começou a dar um sorriso meio tímido, olhando para seus pais, Alfred e Vicki, mantendo uma certa calma em seu corpo, enquanto sentia uma certa dor por causa dos ataques dos morcegos no poço. – Precisam se proteger não por causa de intrusos, mas do medo que possuem do desconhecido.

(Bruce) – Parece que não faz muito sentido do jeito que você fala, pai. Como eles poderiam ter medo de alguém como eu?

(Thomas) – É uma questão de perspectiva. É questão de entender se dominamos o medo ou se deixamos ele nos dominar completamente, no final de tudo o que vivemos.

(Bruce) – Eu caí no poço. Tive sorte até aonde sei.

O pai de Bruce deu um sorriso meio tímido, junto com Martha e Alfred, enquanto Vicki deixava o sorriso de lado, deixando uma expressão meio preocupante tomar conta de seu corpo. O patriarca da família Wayne olhava para seu filho, passando uma de suas mãos na testa, ainda assim, se mantendo um pouco preocupado, com um sorriso em seu rosto.

(Thomas) – Por que caímos, filho? – Essa pergunta pegou Bruce de surpresa, ainda tentando entender o que seu pai queria dizer para ele. – Para ficarmos de pé.

Em uma outra parte de Gotham, uma jovem garota de cabelos loiros e curtos começava a andar pelas ruas, vendo algumas pessoas passando por elas. Lentamente, um homem se aproximou dela em sua frente e sem que percebesse, a garota aproveitou para levar uma de suas mãos até o bolso de trás na calça que o homem usava, e escondeu a carteira em sua jaqueta, sem que ninguém estivesse olhando. Em um beco, ela pegou a carteira, olhando para o dinheiro que tinha, quase uns 250 dólares e uns cartões, o que seria algo meio interessante para ela.

-Isso aqui vai valer pro resto da semana. – Devagar e com calma, a garota se aproximou de uma mulher que estava usando uma jaqueta de couro e uma calça de couro larga, desse jeito, aproveitando a situação, ela pegou o que parecia ser uma outra carteira, mas contendo apenas 10 dólares. Aos poucos, se aproximando de uma outra mulher que continha um colar de diamante em seu pescoço, ela aproveitou para chegar perto de uma cafeteria, aonde a mulher estava entrando.

-Você vem sempre aqui? – A garota de cabelos curtos perguntou para a mulher, que mantinha um sorriso em seu rosto.

-Não. E você?

-É a primeira vez que venho nesse lugar. Quer que eu peça alguma coisa pra você?

-Um descafeinado tá de bom tamanho. – Nisso, a garota tocou o sino, com um sorriso meio tímido em seu rosto.

-Traga um café com leite pra mim e um descafeinado para minha amiga aqui. – O garçom do local se aproximou do balcão, e nisso, começou a preparar o pedido das duas, e nisso, ela olhou para suas mãos, se perguntando se conseguiria fazer algo desse nível. – Geralmente não sou de ficar muito em um único lugar. Fico transitando de um lugar para o outro, mas sempre me movimentando. Gosto de pensar que sou um espírito livre.

-Gotham sempre foi o meu lar. Mas nunca me senti como se estivesse em casa. – O café das duas foi entregue no balcão e desse jeito, as duas começaram a tomar suas canecas. Alguns minutos depois, a garota e a mulher começaram a sair da cafeteria, enquanto andavam pelas ruas da cidade. – E então? O que pretende fazer agora? Uma garota como você provavelmente não sobreviveria por muito tempo assim. – A garota de cabelos curtos via Gotham, suja, poluída, um reflexo cheio de contraste oposto, do que parecia ser uma cidade pura e cristalina no final de tudo o que existia. Era algo um tanto diferente.

-Curiosidade. Gosto de pensar na vida como um desafio. Nem sempre penso apenas em uma única coisa. Eles olham para mim e fingem que eu não existo, mas ser ignorada é algo totalmente diferente. Fingir que uma pessoa não existe é a mesma coisa que dizer que as pessoas esperam que se comporte de um jeito, sendo que é totalmente diferente dos outros. – Ficando meio temerosa, chegando perto de um beco, vendo um latão de lixo, a garota fica cada vez mais nervosa, andando ao lado da mulher. – E é por isso que tem vezes que me odeio quando faço isso. – Colocando um dos pés na frente, a garota faz a mulher cair e bater com a cabeça no latão de lixo, a nocauteando e dando a brecha para roubar o colar que estava em seu pescoço, conseguindo o maior furto até agora. Nisso, a garota começou a dar uns saltos, pulando de escadas e varandas, até chegar perto de uma casa, adentrando uma janela, entrando em um quarto com uma cama e uns pôsteres nele. Pegando a carteira e os colares, a garota deu um sorrisinho em seu rosto, totalmente convencida.

-É, Selina, você realmente sabe mesmo como dar um show as vezes.

Alguns dias depois...

Dentro de um trem, Bruce começa a olhar para Gotham, vendo a beleza da cidade em seu mais belo esplendor. Ao lado de Thomas e Martha, eles estavam andando pelas ruas da cidade, uma metrópole e tanto, mas com alguns aspectos meio diferentes em algumas partes da cidade, era nítida a sua mais pura beleza diante dos olhos de Bruce, como se estivesse vendo uma utopia na cidade aonde morava.

(Bruce) (narrando) – Gotham era o esplendor. O que muitos chamavam de “Cidade do Futuro”. Meus pais sempre me falavam de suas histórias com ela, e de nossos ancestrais, tentando demonstrar o bem que eles faziam para a cidade. Meu pai, dono das Indústrias Wayne, sempre me dizia como sua empresa criava projetos que mudavam vidas. Tentando ajudar cada uma delas. Minha mãe, por outro lado, ajudava em obras que demonstrassem toda a bondade que tinha dentro de seu coração. Nobres e altruístas, eram o que definiam os pilares da família Wayne. Tudo que eles faziam eram pelas pessoas. Pela vontade de ajudar cada uma dos que aparecessem.

(Thomas) – Bruce. – Olha para seu pai, que estava com ele pela janela. – Olhe ao seu redor. Está vendo?

(Bruce) – Vendo o quê?

(Thomas) – Alguns desses prédios e lugares que está vendo, boa parte delas foi feita com sacrifício por essas pessoas e pelos seus ancestrais, incluindo os nossos. Haviam muitas coisas que ainda não davam para se fazer no período que Gotham foi fundada. – O trem continuava a passar pela cidade, olhando para cada um dos prédios e edifícios, fazendo Bruce ficar maravilhado com o que via. – E no meio de tudo, está a nossa empresa. As Indústrias Wayne.

(Bruce) – É lá aonde você trabalha, pai?

(Thomas) – Não. O hospital é onde eu trabalho. Deixo minha empresa nas mãos de pessoas em quem eu mais confio para tomarem as decisões dos projetos desenvolvidos, mas eu supervisiono uma parte deles. E o que eu achar que não está de acordo, consigo proibir que os meus funcionários levem a frente. – Lentamente, parecia que o tempo parava. E Bruce via as coisas através do ponto de vista de seu pai, percebendo como ele dava tudo de si por Gotham. – É algo que eu faço a cada dia. As pessoas vão ao hospital para que possam receber o tratamento necessário.

(Martha) – Nós podemos simplesmente ter todo o dinheiro do mundo, mas isso não muda o fato de que podemos fazer mais pelas pessoas que vivem nessa cidade. – Olha para seu filho, o abraçando, demonstrando todo o amor que tinha por Bruce, enquanto ao mesmo tempo, ficava claro que eles estavam mais animados do que nunca. – Gotham já viveu tempos difíceis, mas sempre que havia algum problema, nossa família esteve no meio de todos os eventos, para mostrar que eles poderiam prosperar. Poderiam ser a luz no fim de tudo. Não como líderes, mas sim, como pessoas que se importavam com as outras. – O trem continuava a andar, com Bruce pegando os ingressos em seu bolso da peça A Máscara do Zorro. Bruce sentia que as vezes, as peças que via com seus pais era algo que o emocionava em todos os sentidos possíveis, independente do que acontecesse.

(Thomas) – Bruce, nós ainda temos um pouco de tempo antes da peça. Quer dar uma olhada e ver o que eu realmente faço pelas pessoas?

(Bruce) – Tem certeza disso, pai? – Passa a mão na cabeça de seu filho, com um sorriso em seu rosto, mostrando a decisão firme dele.

(Thomas) – Você vê certas coisas, mas acho que pode ver mais do que quero admitir. E meu trabalho é... Um tanto diferente.

Hospital Geral de Gotham...

Thomas começou a andar pelo hospital, mostrando a Bruce alguns equipamentos para seu filho e o dia a dia dele pelo local. Aos poucos, Bruce começava a olhar tudo que seu pai fazia, vendo alguns pacientes, mesmo não trabalhando naquele dia, fazendo suturas e examinando alguns pacientes.

(Bruce) (narrando) – Meu pai era um cirurgião de trauma no Hospital Geral. Ele lidava com casos mais graves, mas os pequenos, era algo que ele sempre visava observar, para perceber se a pessoa que estivesse com um ferimento quase imperceptível, poderia ficar um pouco mais grave do que o imaginado. Cada trauma era direcionado a ele, um cirurgião renomado, mas meu pai não trabalhava sozinho. Ele dizia que salvar vidas era mais do que uma especialidade. Era uma missão. O que era feito nas mãos dele era mais do que os olhos podiam ver. – Bruce olhava para seu pai cuidando dos pacientes no local e mesmo sendo seu dia de folga, estava demonstrando como se preocupava com cada um deles, ao mesmo tempo, analisando a cabeça de alguns pacientes que estavam em uma fila de espera no local, enquanto olhava para alguns que estavam deitados na cama, vendo alguns passando por ressonância, raio-x e ao mesmo tempo, por uma tomografia.

(Thomas) – Bruce, quando você se torna um médico, faz um juramento com as pessoas, de salvar cada vida, não importando os pacientes que apareçam. Eu me preocupo a cada dia que passa, dos riscos que corro por aqui.

(Bruce) – O seu trabalho parece mesmo ser importante.

(Thomas) – Não é apenas por eles que faço o que eu faço. Penso em você quando estou trabalhando. – Passa pelos corredores, vendo alguns enfermeiros passando por eles, enquanto ao mesmo tempo, dá uma olhada em alguns pacientes, fazendo sua função como médico. – Todos nós temos algo que nos diferencia das outras pessoas. Você ainda não percebeu isso, mas é especial, Bruce.

(Bruce) – Eu não sei o que eu posso ser. Tento entender as vezes o que pode ser de meu futuro, mas não sei o que dizer.

(Thomas) – Não é apenas questão de saber. É questão de encontrar o que realmente o completa. O que pode ser de você apenas depende do que quer ser. Apenas pense e em troca, encontrará seu verdadeiro potencial.

(Bruce) (narrando) – Meu pai não estava errado nessa história. Quando penso nessa conversa, penso no ensinamento que estava tentando me passar. Ainda me perguntava o que ele realmente queria me dizer, mas no fundo, é como se estivesse tudo em um nevoeiro. Independente do que acontecesse, meus pais não eram apenas os pilares da família. Eles eram minha inspiração. A luz aonde eu menos podia ver.

(Thomas) – Filho, as pessoas veem em alguns de nós uma chance de conseguirem entender o que realmente precisam. Mas o que eles não sabem é o que pode completa-las por dentro. Sempre podemos ter uma falta de compreensão sobre isso, mas no fundo, é através de ações que deixamos nosso ponto bem claro.

(Bruce) (narrando) – E era algo que eu só iria entender muito tempo depois, como as palavras de meu pai faria sentido.

No meio de tudo, Selina continuava a saltar de prédio em prédio, enquanto ao mesmo tempo, olhava para algumas das pessoas, vendo alguns de seus ganhos com os furtos que realizava. Uma cidade suja e praticamente distorcida. Era o seu pensamento. Deixando as pessoas a mercê da vontade de sobrevivência. Selina fazia de tudo para sobreviver, mas ainda assim, estava tentando desenvolver melhor suas próprias habilidades para ter uma chance de conseguir realizar suas ações. Ficava nítida que alguns viam a cidade de Gotham por outros olhos. Um via ela limpa e perfeita, e a outra, suja e poluída por dentro e por fora. Olhando para algumas pessoas, a garota continuava a sentir uma certa incerteza em seu corpo, mas sabendo que precisava realizar certas ações, sabendo como as pessoas no poder não se importavam com as outras pessoas.

Teatro Monarca de Gotham...

Enquanto isso, já de noite, Bruce, Thomas e Martha começaram a ver a peça A Máscara do Zorro, vendo alguns aspectos da peça em uma sensação de emoção. Para Bruce, ver Zorro era algo meio interessante, pelo fato de como ele desafiava expectativas, e ia contra a corrupção, tentando encontrar a sensação de justiça em suas ações.

(Bruce) (narrando) – Era uma peça fora do comum. Zorro era algo de outro mundo. Parece uma história boba quando a pessoa vai contando sobre ela, mas naquele dia, a sensação de que algo estava sendo emocionante a um certo ponto simplesmente era algo que completava o ser humano. A paixão, a emoção, a glória, coragem, todos os elementos de um herói clássico que não hesitava em agir, mesmo que fosse contra pessoas corruptas, que juravam proteger outras pessoas. Representando uma época aonde a espada era o que ditava as ações de um herói, como sua única arma, dava para perceber como os atores ditavam sua paixão pela peça em cada uma das cenas. Não era apenas história. Não era apenas uma peça. Era algo sendo transcrito, saltando pra fora da realidade. Observando tudo, era como se fosse algo diferente das outras coisas, diferenciando um herói clássico de um moderno, aonde o policial deveria ser o herói moderno. O clássico não precisava apenas seguir regras, ele tentava fazer suas próprias. Olhando para tudo com uma certa perspectiva de incerteza, apesar do que fazer. Pensando em tudo o que deveria ser feito. – Algumas horas se passam, e nisso, a peça chega ao fim, com cada um dos cidadãos de Gotham aplaudindo o espetáculo a qual foram recepcionados, mas para Bruce, ele tinha visto o que para sua pessoa, teria sido a melhor peça da história, independente do que qualquer um dissesse. – Mas ainda assim, se mantendo em uma linha narrativa totalmente fiel a própria ação em si.

Saindo pelo beco, a família Wayne mantinha um certo sorriso em seus rostos. Bruce olhava para seus pais, enquanto Thomas retribuía olhando para seu filho, apenas percebendo o quanto ele o admirava.

(Bruce) – Mãe, pai, será que podemos ver essa peça de novo algum dia?

(Martha) – Tem certeza?

(Bruce) – É a emoção. Um justiceiro agindo pelo que acredita é algo de outro mundo.

(Thomas) – Quantas vezes quiser, Bruce. – Eles continuavam a andar, tentando se manter firmes, enquanto iam pelo beco. De repente, um homem surge com uma arma, olhando para a família Wayne, totalmente nervoso e com suas mãos trêmulas naquele momento.

-Passem pra mim. Dinheiro, joias, tudo o que tiverem aí. – O ladrão apontava a arma, olhando para os Wayne, enquanto ao mesmo tempo, ficava claro que o medo estava crescendo para cada um deles.

(Thomas) – Tudo bem, calma. – Thomas olhou para o ladrão e lentamente, começou a pegar a carteira que tinha com ele, mas Bruce, por outro lado, sentiu um certo temor em seu corpo, tentando se manter firme.

(Bruce) (narrando) – Você já disse? O quanto estava disposto a ter mais tempo com as pessoas que amava? – O ladrão olha para Martha, ainda nervosa, enquanto olhava para o colar de pérolas que ela estava usando em seu pescoço. – Pensando bem, acho que eu disse isso para mim mesmo várias vezes que perdi a conta. Nunca pensei em algo desse nível. Como se tudo estivesse em um certo turbilhão de emoções. Mas aqueles que você ama, são os que te dão força para seguirem em frente. – Martha começa a ficar nervosa, e nisso, o ladrão dá um tiro no peito dela, puxando o colar de pérolas de seu pescoço, e nisso, Martha cai no chão, com Thomas olhando o ocorrido. – Eu nunca esqueci dessa cena. Do momento que tudo em minha vida mudou. Então diga. Diga tudo o que sente. – Em seguida, ele aponta a arma para Thomas, deixando Bruce mais preocupado com o que estava acontecendo. – Porque... – Um outro tiro foi ouvido e Bruce apenas olhou, temeroso com o ocorrido e vendo a figura de seu pai, caindo ao chão, sem vida. – Tudo pode desaparecer depois de um tempo.

Continua...


Notas Finais


E foi isso por hoje, pessoal. Espero que tenham gostado. As partes da narração que viram até agora, é uma tentativa de recriar a atmosfera das HQs do Batman, como se fosse mais uma trama de detetive essa fanfic. Os próximos capítulos mostrarão mais um pouco das consequências desse, por isso, fiquem atentos, pessoal. Até a próxima!


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