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História Battle Cry - Capítulo 30


Escrita por: lumosandnox

Notas do Autor


*coral de anjos ao fundo* Volteeei.... *dançando balé por algum motivo desconhecido*
ENFIM, o cap 30.
CAPÍTULO TRINTA. DUDE. WTF.
não tenho muito o que dizer dessa vez eu acho, só que a fic está chegando no final, finalmente. hue
bom, vão ler!

Capítulo 30 - Capítulo 30


-Espera, espera... –Stiles passou a mão pelo cabelo pela quinta vez aquela tarde, seu cabelo mais lembrava um ninho de tão bagunçado que esse estava. Val a sua frente, parecia estar o tentando consolar com um sorriso meio sem graça, e apesar do sorriso claramente forçado, Stiles agradecia o sentimento por trás do gesto. – Deixa eu ver se seu entendi... –Ele fechou os olhos ao respirar fundo, e quando os abriu, olhou diretamente para o rosto preocupado de Val. – A Hag é um tipo de espirito que pode atravessar paredes, não pode ser detectada pelo cheiro porque ela é basicamente ar, e o único momento em que se pode ter algum tipo de chance para capturá-la, é quando ela está sentada sobre sua vítima o alimentando com pesadelos tão horríveis que eles realmente acham que a única solução para acordar daquilo é ouvir a velha cabulosa que os incentiva a se suicidar para acordar de uma vez? Ah sim, não podemos nos esquecer da parte em que ela pode nos atacar porque ela é uma maldita bruxa vingativa que não conseguiu morrer em paz e agora fica vagando por aí atrás de vingança!

-Basicamente... – Concordou sem graça Val. Stiles se segurou para não gritar no meio da biblioteca ou começar a bater sua própria cabeça na mesa a sua frente.

-E como desgraça pouca é bobagem, nós precisamos de outra bruxa para poder prender a Hag dentro desse recipiente especial que, aliás, nós ainda não descobrimos o que é. E aí, e só aí é quando as vítimas acordam. – Val deu de ombros dessa vez, e Stiles jogou as mãos pra cima ao bufar irritado.

Onde raios ele iria encontrar uma bruxa que os ajudaria de livre e espontânea vontade?

Se Stiles fosse um personagem de desenho animado, nesse exato momento uma lâmpada acesa teria aparecido em cima de sua cabeça.

-Silvia! – Stiles pigarreou ao receber algumas caretas irritadas em sua direção ao falar mais alto do que deveria, e então se aproximou mais da mesa, fazendo um gesto com a mão para que Val chegasse mais perto. – Silvia, ela é uma bruxa, não é? Quero dizer, ela lê o futuro nas cartas, isso é um tipo de bruxaria não é? Ela me ajudaria se eu pedisse de forma educada, certo?

-Bom, sim. Quero dizer, Silvia é de fato uma bruxa, mas eu não acho que ela tenha esse tipo de poder. Prender espíritos vingativos, não é a “área” de uma cartomante... Agora, se você conhecer alguma bruxa que tenha algum tipo de... hnn... Afinidade com a morte e ela estiver disposta a te ajudar, talvez você consiga... Por que você está fazendo essa cara?

-Eu conheço uma pessoa que tem afinidade com a morte, ou melhor, um lobo com afinidade com a morte. – Stiles riu quando Val torceu o nariz.

-Você está falando daquele lobo que tem um cheiro engraçado.

-Peter, sim. E ele não tem um cheiro engraçado.  Enfim, Peter deve conhecer alguém, porque por mais que ele consiga usar magia de alguma forma, ele não teria conseguido retornar a vida sozinho, certo?

-Se ele morreu e voltou à vida como você diz, ele deve ter tido ajuda de alguma bruxa com ligações ao mundo dos mortos, tipo um shaman ou um necromante...

-Eu irei conversar com ele pra saber mais sobre isso, mas e depois? Nós ainda não sabemos o que esse recipiente especial é ou onde encontra-lo... Você disse que ia perguntar ao seu pai?

-É, eu perguntei, - Val fez uma careta dolorida e Stiles ergueu uma sobrancelha, mas Val apenas afastou sua preocupação com o abanar de uma mão. – Ele disse que nesses casos, geralmente se usa um vaso especial para esse tipo de captura.

-Um vaso? Você só pode ‘tá de zoeira...

-Parece que o vaso é feito de um tipo especial de porcelana.

-Um vaso de porcelana, claro. - Stiles bagunçou seu cabelo mais uma vez. – Por que esse vaso seria tão importante?

-Meu pai disse alguma coisa sobre a porcelana ter sido lavada com água benta pra impedir que qualquer que seja o espirito preso lá dentro, não escape.

-Ugh, e onde eu vou achar um vaso de porcelana lavado com água benta? Não é como se eu simplesmente pudesse comprar um vaso, levar na igreja e pedir ao padre para o lavar! Já imaginou como essa conversa seria? “Com sua licença Padre, mas será que o senhor poderia lavar esse vaso com água benta? É que eu preciso prender um espírito ai dentro.”

Val escondeu uma risada por trás da mão, e Stiles dessa vez se deixou bater com a testa na mesa. O que ele iria fazer agora? Uma bruxa pra prender outra bruxa dentro de um vaso abençoado. Sério, sua vida.

Ele nem estava tão preocupado com a bruxa, Peter ajudaria, mas e o tal vaso? Onde ele iria encontrar essa coisa? Certamente eles não vendiam porcelana batizada na loja de cerâmica... Ugh, de quem foi a ideia de gênio de prender alguém dentro de um vaso em primeiro lugar? O que é isso? Algum tipo de paródia bizarra sobre o Aladim e sua lâmpada mágica? Como alguém entra dento de um vaso em primeiro lugar? Okay, é só o espirito que fica preso lá dentro, mas ainda assim, como você prende alguém lá dentro? Exorcismo? Algum tipo de feitiço? Você joga o vaso no espirito como se ele fosse um Pokémon e o vaso fosse a pokebola? Seria estranho, mas um engraçado-estranho. Já imaginou? Você joga o vaso e grita “vai pokebola!” e aí quando o vaso encosta na pessoa, ela entra no vaso e fica presa lá dentro.

Stiles sacudiu a cabeça para dispersar seus pensamentos bizarros. Ele precisava se concentrar e não se distrair ao ficar pensando em Pokémon e sua tecnologia impossível, até porque se as coisas fossem tão fáceis assim, ter um vaso desse largado por aí poderia ser perigoso. E se alguém encostasse no vaso sem querer e acabasse preso dentro dele?

... Se alguém encostasse no vaso sem querer e acabasse preso dentro dele... Espera, Stiles já ouviu isso em algum lugar, mas onde? Encostar em um vaso e ficar preso dentro dele parece ser algo bizarro a se dizer a alguém...

Principalmente se esse alguém for uma mulher de meia idade que você nunca viu antes e que possivelmente seria sua futura chefe.

 -Silvia! – Stiles bateu o punho fechado na mesa, fazendo a mesma tremer e Val pular assustado em sua cadeira. As pessoas a sua volta o mandaram outro olhar reprovador, mas o adolescente os ignorou a favor de segurar o pulso de Val e o puxar para mais perto mais uma vez. –  A primeira vez que eu encontrei com Silvia, ela me disse para tomar cuidado com aqueles vasos brancos que ela deixa no balcão. Você sabe por quê?

-Porque eles são delicados e podem quebrar com facilidade? – Tentou Val em voz baixa e Stiles bufou irritado antes de apertar seu agarre no punho de Val.

-Porque eu poderia acabar preso dentro deles! Ela me disse exatamente isso! Ela tem os vasos, desde o início! Ela sabia que isso iria acontecer desde o início! – Stiles se afastou da mesa, se levantando rápido e quase derrubando a cadeira. Val se levantou também, agora com os olhos arregalados.

-O que você vai fazer? – Perguntou o outro garoto arrumando os óculos no rosto antes de colocar uma mexa de seu cabelo atrás da orelha.

-Eu vou pra loja, claro! Já está no meu horário mesmo, eu quero ouvir o que ela tem a dizer sobre tudo isso... Ela deve ter um bom motivo pra ter guardado essas informações... Eu falo com você mais tarde!

Stiles se apressou em sair da biblioteca, desviando de pessoas e de mesas até a porta que ele quase acertou em alguém do outro lado quando foi abrir a mesma. Ele se desculpou rapidamente e correu pela calçada até onde seu Jeep estava estacionado.

Felizmente, a loja de chá não ficava tão longe, então cinco minutos mais tarde, Stiles já estava pulando para fora do jeep, e correndo para a porta da loja.

O que ele sentiu lá dentro o fez parar no portal, a mão na maçaneta e o corpo tenso. 

A loja estava silenciosa, o que não era estranho realmente, mas o silêncio ali estava esquisito, como se o próprio tempo tivesse parado e estivesse esperando, e essa sensação estava deixando os pelos nos braços de Stiles todos arrepiados. 

-Boss? - Stiles chamou, e ouviu sua voz ecoar pela loja. Ele olhou para os lados, não vendo ninguém ali perto da porta, então deu um passo à frente e fechou a porta a suas costas. -Silvia? - Ele tentou mais uma vez, mas ninguém respondeu.

Stiles começou então a andar devagar em direção às prateleiras, olhando pelos corredores entre uma estante e outra, tendo o cuidado de não bater em nenhum dos vários vasos coloridos espalhados  por alí. Ele parou no último corredor, olhando para o chão abaixo de seus pés quando ouviu o som molhado, e viu a poça d'água no chão. Ele seguiu a água com os olhos, e seus olhos se arregalaram ao encontrar Silvia caída no chão, uma poça de sangue a suas costas, manchando sua camiseta e calça, e um punhal em sua mão direita.

Tinha um vaso grande quebrado perto dela e a terra que estava dentro espalhada no chão, a água que molhava o corredor veio de um regador caído, e o sangue que se espalhou começava a misturar com a água. Stiles não sabia o que fazer. Silvia não estava se mexendo e tinha tanto sangue ali.

- Silvia? - Stiles se abaixou de forma lenta e esticou os braços para tentar tocar a ruiva, mas viu que suas mãos estavam tremendo. - Não, não, não, não, Silvia... Silvia! - Ele tentou acordar ela ao mexer o ombro dela, mas Silvia continuou inerte.

Stiles sabia que ela não acordaria. Silvia ainda tinha os olhos abertos, mas ela não estava piscando, e mesmo percebendo o estado imóvel dela, Stiles tentou sentir por um batimento em seu pescoço, mas a pele dela estava mais fria que o normal, e ela não tinha pulso. Ele nem percebeu quando começou a chorar, ele só sabia que suas lágrimas não paravam de descer, e ele precisava ligar para seu pai porque Silvia foi... assassinada.

Quero dizer, ela tinha um punhal em uma mão, e a posição do punhal mostrava que a possibilidade de Silvia ter se apunhalado, era viável. Mas por que ela faria isso? Não faz sentido.

A não ser... A não ser que ela também tenha sido atacada pela Hag? É possível, não é? Mas... Mas ela não tem as mesmas características! Por que a Hag a atacaria?

Stiles poderia apenas olhar a nuca de Silvia, e ter certeza. Mas ele não queria mover mais no corpo, ele não podia ficar mexendo no local do crime...

Stiles pegou o celular de seu bolso, ele ainda tremia e só aquele momento percebeu que ele havia sujado suas mãos com sangue e agora manchava a tela de seu telefone ao procurar pelo numero de seu pai. 

Sua conversa com seu pai foi curta e trêmula. Seu pai o pedindo calma e o avisando para não mexer no corpo. 

Stiles não sabe quanto tempo passou, mas logo ele estava sendo tirado de dentro da loja por um paramédico, e alguém o estava fazendo perguntas e depois outro alguém estava colocando um cobertor sobre suas costas. Ele apertou seu agarre no cobertor, fechando os olhos para as luzes vermelhas e azuis que brilhavam e piscavam demais. 

Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Silvia foi assassinada. Silvia, a mulher que o ofereceu um emprego numa loja de chá foi assassinada. Mas por quê? Quem a matou, ou o quê a matou, e por qual motivo? Por que Silvia?  

Stiles não conseguia pensar no momento, a única coisa clara em sua cabeça era o fato de que Silvia estava morta.


Notas Finais


*musica de mistério tocando ao fundo* Quem será que matou Silvia?
vamos descobrir isso e muito mais no próximo cap, nesse mesmo canal ma não nesse mesmo horário!
vejo vocês por aí!
xoxo
(Editado 31/03/2020)


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