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História Be a Good Boy, Harry - Julgamentos


Escrita por: LittlebabyFoxy e Etoile_Filant

Notas do Autor


Oh quem voltou? Não tenho muito o que falar sem parecer mentira ou algo assim, mas tive alguns bloqueios de criatividade, fora outros problemas pessoais que me impossibilitou de escrever... mas espero que não tenham desistido de mim....

Capítulo 20 - Julgamentos


Fanfic / Fanfiction Be a Good Boy, Harry - Julgamentos

A primeira coisa que Harry pensou ao acordar foi: como estava seu pai? a segunda: onde estavam seus padrinhos? E só depois se permitiu perguntar... como chegou à enfermaria?

Ele pulou da cama ignorando completamente seu corpo dolorido e quente, achou Madame Pomfrey tentando enfiar pela goela de um adormecido Snape uma poção de cor amarelada. A enfermeira até tentou colocá-lo de volta na cama, mas o menino se recusava a sair do lado do pai, ele insistia para que a mulher contasse o que ele tinha.

 

–  Potter... ele... isso não é assunto para criança! –  Ela tentou desviar do assunto mais uma vez, mas o castanho cruzou os braços emburrado e fez um bico bravo. –  Olha...  ele foi mordido, mas estou tratando dele e ele logo acordará.

 

Draco o visitou logo depois que seus próprios machucados foram tratados, Hermione ficou ao lado da cama de Rony, afinal o garoto tinha uma ferida grande na perna. O diretor entrou ali quase a noite... ele tinha um olhar entristecido e compreensivo. Seu sorriso não estava ali. Ele olhava Severus sentindo pena e empatia.

 

– Infelizmente... mal-entendidos podem acabar por destruir muitas pessoas... – Alvo tinha um brilho azul misterioso por baixo de seus olhos, mas uma lágrima foi vista caindo por seu olho esquerdo, era culpa, mas ninguém precisava saber.

 

– Senhor... Sirius Black é inocente, foi Pedro Pettigrew... ele que entregou o segredo... – Hermione tagarelou por alguns segundos e o diretor balançou a cabeça ouvindo tudo.

 

– Pedro? Ainda esta vivo? – O diretor perguntou cruzando os dedos diante do corpo, olhos atentos agora. – Se isso que diz for verdade, um homem inocente está perto de morrer injustamente.

 

– Tem como impedir? – a voz de Harry vaio baixinha, ele não saiu do lado da cama de Severus um único segundo desde que acordou, se recusando a qualquer tentativa de afastá-lo.

 

– Ah as maravilhas do tempo... algo tão bonito, triste e perigoso – ele travou o olhar no brilho dourado em volta do pescoço de Hermione e depois divagou sozinho sobre o tempo. Harry não gostou desse ideia, mas... salvaria um homem inocente, não é? Havia outras formas, não muitas, mas havia... infelizmente a mais rápida era muito perigosa.

 

– Podemos ajudar de alguma forma? – Draco perguntou se referindo ao caso de Sirius.

 

– Talvez possam..., mas como sair sem ser acusado de cumplicidade? – O diretor saiu da enfermaria logo depois, o brilho dourado no pescoço de Hermione agora era mais distinguível: uma ampulheta com alguns anéis.

 

– Podemos usar isso... ele falou sobre o tempo! – A castanha falou com grande entusiasmo, queria provar para Harry que era útil em aventuras..., mas viu Draco estreitar os olhos.

 

– Você sabe o quão perigoso é mexer com o tempo? Quem foi o maluco que deu isso para uma adolescente de 13 anos? – Draco parecia assustado e curioso sobre o objeto, ele conhecia, quando era ensinado em casa ele recebeu tutoria sobre vários objetos mágicos.

 

– Não importa vocês vem ou não? – ela desdenhou rápido já se preparando para mexer nos anéis dourados.

 

– Nenhum de nós vai, então era assim que assistia as aulas extras? – Rony disse em um misto de raiva e inveja, ele também não era idiota, era de uma família puro sangue e mesmo que pouco, conhecia sobre o mundo mágico e seus objetos. Ele tinha noção básica que mexer com o tempo tinha consequências... e ele não estava a fim de sofrê-las.

 

– Eu acho melhor guardar isso... Fiquem de olho no meu pai por favor. – Harry pediu ficando de pé, o curativo em sua bochecha o deixava ainda mais fofo, mas o olhar determinado não dava espaços para ser questionado. – Eu vou... caso perguntem qualquer coisa eu nunca saí dessa sala, Draco preciso de um favor.

 

 

****

 

 

Sirius estava encolhido na pequena cela que o jogaram, ele sentou no chão frio de pedra e seu pés tocavam as grades frias e enferrujadas. A chuva do lado de fora tinha começado a algumas horas e a vista da cela na torre negra não era realmente bonita. As nuvens carregadas derramavam água gelada na já fria torre, fazendo o Black se contorcer e sentir os membros dormentes pelo frio congelante. Seus dedos grudados firmemente em seus fios negros, puxando em um misto de tristeza e desespero. Lágrimas caiam por suas bochechas, um lamento deprimido deixava seus lábios.

Ele não estava atento ao lado de fora, mas ouviu quando a porta rangeu. A tranca foi aberta com um chiado ácido e a porta fez um som fino e irritante quando se abriu, o animago estava pronto para tentar correr e batalhar por liberdade, mas dois Aurores o prenderam firmemente. Arrastando um quase enlouquecido Sirius Black pelas escadas e corredores do castelo os dois Aurores de uniformes vermelhos pareciam estranhamente satisfeitos. O prisioneiro foi levado aos gritos até a sala do Diretor, amarrado em um cadeira pouco confortável e forçado a ficar em silencio por um feitiço ele lutou para se soltar. Só depois de se cansar de tentar escapar foi que ele percebeu olhos verdes o olhando com imensa curiosidade, o nome James chegou a sua mente, mas não parecia certo. Ali também havia seu Remmy sentado encolhido no canto da sala, o diretor em seu lugar com olhos pesados, o ministro Fudge e o chefe da sessão de Aurores Rufo Scrimgeour.

 

– Espero ser importante seu requerimento Dumbledore, nunca atrasamos uma execução antes. – Fudge parecia extremamente impaciente e Rufo não estava lá diferente.

 

– Há sim ministro, é algo de extrema importância. Harry nos trouxe evidências de que Sirius Black na verdade é inocente. –  A voz do diretor era calma, mas cheia de certeza, ele confiava em Harry.

 

–  Uma criança? Você nos chamou e atrasou todo os preparativos por culpa da opinião de uma criança? – Scrimgeour quase gritou e recebeu um olhar bravo do diretor e um olhar assustado do menino Potter.

 

Ele se calou pelo olhar do diretor que veio como um aviso, mas voltou a falar quando viu o olhar zangado do lobisomem na sala. Seu olhar de nojo não escapou da vista de ninguém.

 

 – O que esse animal faz aqui? Pensei que era uma reunião séria. – Sua voz tinha tanto escarnio que alguns ate sentiram breve pena de Remus, mas uma das pessoas na sala não gostou do comentário.

 

– Se vai começar a lançar ofensas a pessoas boas por favor se retire – Harry não pediu, ele mandou... era como um pequeno príncipe intocável. Mas não parecia ele... não o que todos conheceram. Todos ali sabiam que o menino Potter era lendário em seu poder, derrotando um lorde das trevas com apenas um ano de vida, derrotando um comensal aos onze... mas nenhum deles aceitaria ser tratado com desrespeito por uma criança.

 

– Hora seu pirralho, como ousa? Acaso sabe quem eu sou? – Rufo voltou a gritar e um brilho perigoso passou pelos olhas verdes do menor.

 

–Não... mas está ofendendo uma pessoa querida pra mim... – O homem ruivo riu em desprezo achando tudo uma grande piada com sua cara. – E não me importa quem você seja. Agora... Como você ousou prender meu padrinho sem provas? Como fez tudo isso sem um julgamento?

 

– Tudo bem... Harry, calma – O diretor pediu suspirando, sabia que o menino quando estressado poderia ser além do perigoso. – Não estamos aqui para ofender ninguém, Sirius Black de fato não teve julgamento e isso é algo grave. Harry e alguns amigos descobriram recentemente que Pedro Pettigrew esta vivo e é o verdadeiro culpado de revelar o segredo dos Potter. Harry me implorou para uma sessão com vocês e deixou muito claro que está disposto a dar suas memorias ou mesmo falar sob poção da verdade em favor do Black.

 

– Isso é algo realmente sério Alvo – Fudge pareceu suspirar longamente antes de aceitar uma das balinhas de limão que o diretor oferecia. – Infelizmente é algo complicado... não se pode usar veritaserum em menores de idade e as memorias de uma criança dificilmente são validas.

 

– Eu disse isso a ele...

 

– Mas e o professor Lupin? Ele é um adulto. – Harry argumentou e viu Rufo fechar a cara assim como Cornélio.

 

– Ele é um Lobisomem, ninguém nunca vai dar ouvidos a ele... – Scrimgeour falou com um imenso orgulho e um sorriso de lado arrogante. Harry suspirou e fechou os olhos por alguns segundos, no fim pareceu esquecer que Rufo estava na sala e decidiu o ignorar.

 

– Diretor... eu exijo um julgamento ao meu padrinho.

 

– Senhor Potter... é algo realmente complexo, veja Sirius pode não ter estregado o segredo, mas matou trouxas e fugiu de Azkaban... as acusações não são exatamente fáceis de contornar. — Fudge falou com a voz branda. 

 

Harry pareceu desanimar e o bico emburrado em seu lábios o deixava extremamente fofo, mas seus olhos carregavam uma raiva gritante. Ele levantou de seu lugar não decidindo dar mais uma olhar para qualquer um dos desprezíveis na sala, quase arrogante. Lucius entrou pela lareira estranhando e muito a situação, mas ignorando todos na sala os olhos azuis foram diretamente para o Potter que se encontrava quase saindo do ambiente.

 

– Tio Lucius... – o menino chamou e os adultos ofegaram em surpresa.

 

– Olá Harry... Draco mandou uma carta dizendo ser urgente, algo aconteceu? – o tom de Lucius estava estranho, ainda era arrogante, mas de certa forma Harry estranhou.

 

– Muitas coisas aconteceram! – Harry pareceu explodir de estresse e todos na sala sentiram a magia do menino. – Papai está desacordado depois de uma mordida, monstros horríveis tem me perseguido o ano todo e eu finalmente descubro quem são meus padrinhos e que eles são inocentes, pra depois um bando de... bando de... essas pessoas quererem matar um deles sob acusação falsa!

 

Lucius teve um breve momento de surpresa e um sorriso de lado brincou em seus lábios, Harry pareceu confuso com essa reação, mas ao menos seu tio poderia ajudar agora.

 

– Pois bem... É um fato conhecido que Sirius Black não teve julgamento ao ser condenado e isso é uma falta grave. Harry como atual herdeiro Potter e Black, mesmo que não tenha atingido sua maioridade, exige como herdeiro que seu padrinho tenha um julgamento justo. A casa Malfoy o apoia.

 

Rufo apertou os punhos em raiva e Fudge pareceu não ter o que dizer. O diretor tinha um brilho de surpresa e compreensão, Lucius fez o certo... exigir como herdeiro não daria brechas para serem inventadas desculpas. Era um meio antigo e ainda funcional, porem pouco conhecido, se um parente de sua casa sofre alguma injustiça por parte do governo bruxo poderia ser invocada a exigência, tanto de herdeiro como de Senhorio, desse modo a injustiça seria anulada e algo justo poderia ser feito. Realmente algo pouco comum. Ter apoio de duas casas influentes como Potter e Malfoy era, sem dúvidas, impossível de ser ignorada. Rufo parecia perto de um surto psicótico e Fudge estava perdido.

 

– Tudo bem... mas o prisioneiro ficará em Azkaban até o dia do julgamento que será... – Scrimgeour pegou uma agenda e folheou lentamente – Daqui a seis meses.

 

– Não! – Harry bateu o pé chamando novamente a atenção para si.

 

– Senhor Scrimgeour, vejo que está tentando adiar isso o máximo possível, mas a lei implica que a retratação dessa injustiça deva ser feita o mais rápido possível. Ainda mais com Sirius Black sendo um herdeiro dos sagrados 28. No mas já imaginou se esse escândalo se torna público? – Não parecia uma ameaça, mas soou muito como um aviso.

 

– Tudo bem... daqui um mês o julgamento de Sirius Black acontecerá – Fudge tomou a palavra deixando Rufo com o rosto vermelho de raiva. – Ele será contido nas celas anti-magia do ministério ate o dia do julgamento.

 

Rufo ainda com raiva deu a ordem para que pegassem o prisioneiro e o levassem. Dumbledore que ficou calado na maior parte do tempo tinha olhos aliviados, ao menos alguém inocente não seria morto. Remus se despediu ainda de cabeça baixa, parecia estar extremamente cansado e entristecido.

 

– Harry se não se importa... podemos conversar no meu escritório por favor? – Lucius pediu e recebeu um aceno positivo do menino. – Isso é claro se o diretor não se incomodar.

 

– Alguns minutos não fazem mal – Alvo disse permitindo e ambos passaram pela lareira com calma.

 

O escritório de Lucius era bonito, de cores escuras e ar sombrio, trazia uma mesa de madeira escura e uma cadeira elegante atrás dela. Mas o que mais chamava atenção no momento era um segundo Lucius sentado em uma das cadeiras para visitas. O Potter só foi entender o que acontecia quando o Lorde das trevas apareceu no lugar do “Lucius” que o acompanhou.

 

– Lucius, saia – ele mandou e o loiro se curvou respeitosamente enquanto saía de sua própria sala. – Eu estou aqui... o que deseja conversar pequeno?

 

– Eu não gosto realmente de pedir favores... mas eu já não sei o que fazer... – lágrimas subiram aos olhos de esmeralda enquanto ele deixava todo o estresse de meses se esvair em lágrimas doloridas. – Meu pai foi mordido e eu temo que ele se torne um de seus piores medos. Meus padrinhos... me sinto confuso To... Senhor Riddle.

 

Ver o menino se corrigindo deixou o lorde surpreso, ele sentou na cadeira elegante de cor negra e guiou a criança para se sentar em uma das que ficava a frente da mesa.

 

– Pode me chamar de Tom. Harry, sobre Severus infelizmente não há muito que possa ser feito além de examinar a ferida. Se estiver roxa ou negra infelizmente ele já foi infectado e não há nada que possa ser feito, mas se estiver vermelha ou rosa ele ficará bem.

 

O menino pareceu pensar por longos minutos antes de finalmente soltar um suspiro longo de alívio... ele viu o machucado quando Madame Pomfrey foi trocar o curativo, estava vermelho e inchado.

 

– Sobre... sobre meu Padrinho... ele conseguirá um julgamento justo? – Perguntou verdadeiramente curioso.

 

– Sim... a lei que invoquei em seu nome garantirá que ele tenha tratamento justo, não se preocupe.

 

– Obrigado por atender meu pedido.

 

– Sempre que precisar – Tom estava em reunião com seus comensais quando Lucius recebeu uma carta urgente de seu filho, mas a carta era endereçada ao Riddle, era um pedido de Harry, o menino disse que se sentia perdido e ouviu dizer que ele era o homem mais poderoso do mundo, por isso pedia sua ajuda para dois assuntos.

 

– É estranho conversar com uma versão mais velha do Tom do diário. – Harry murmurou deixando finalmente todo o estresse para trás.

 

– Tem conversado muito com ele? – Riddle não controlou a pergunta e recebeu um olhar divertido das esmeraldas brilhantes.

 

– Bastante... ele dá bons conselhos e me ouve com atenção. Senhor Tom... – o menino corou quando recebeu um olhar curioso dos rubis profundos do mais velho. – Posso pedir mais uma coisa?

 

– Sinta-se livre para pedir qualquer coisa – O lorde tinha um ar frio ao seu redor, mas seus olhos eram fascinantes para Harry... ele os achava bonitos e de certa forma estranhamente gentis consigo.

 

– Pedro Pettigrew, eu quero que ele sofra, quero entrega-lo ao meu padrinho e quero vê-lo sofrer. Poderia captura-lo pra mim?  – O menino disse ganhando um olhar brevemente surpreso de Riddle. Quando o lorde sorriu Harry o acompanhou.

 

– Posso fazer isso... – Ambos tiveram algum momento de silencio que foi quebrado com uma serpente muito grande começando a falar.

 

– “Messstre... ssinto cheiro de filhote...” – Ela estava em um dos cantos do escritório, por isso não foi facilmente percebida. Ela deslizou pela sala passando pelo lado de Harry que a olhava maravilhado.

 

– Não precisa ter medo Harry, essa é Nagini, minha familiar – Riddle estranhou o comportamento do garoto que encarava a serpente parado e com olhos verdes arregalados, ele deduziu ser medo... mas quando viu o sorriso do garoto soube que estava muito longe disso.

 

– Ela é linda... – o menino disse vendo a cobra gigantesca de cor escura e olhos amarelos fixos. – Nunca vi uma espécie como essa... posso?

 

O menino pediu querendo se aproximar e acariciar a serpente gigante. Nagini o circulou lentamente, sentindo seu cheiro e conhecendo uma nova pessoa. Seus olhos a primeira vez pareceram hostis, mas logo se tornaram curiosos e permitiu o carinho do menino que ainda esperava que Riddle respondesse.

 

– Se ela permitir.

 

– “Por que você cheira a filhote a de serpente?” – Nagini perguntou e Tom estava verdadeiramente curioso agora, ele se inclinou um pouco sobre a mesa vendo como a serpente tão hostil permitia receber carícias de um menino tão diferente, mas nada superaria a surpresa de quando o menino começou a falar com a serpente como se fosse algo completamente normal.

 

– “Eu tenho uma serpente filhote ainda... mas a deixei na escola, assim como Niel” – respondeu ganhando uma lambida carinhosa na bochecha e um olhar pasmo do outro homem no ambiente.

 

–  Harry você... você... fala... Parsel? –  Riddle perguntou muito surpreso para aguardar uma resposta e as esmeraldas o encaravam com certo receio.

 

– Sim... não gosta? – A voz da criança veio com medo e o lorde das trevas se obrigou a controlar o tom de voz.

 

– Não é isso... é que... eu deveria ser o último capaz de falar com serpentes, mas...

 

–  Tommy tem uma teoria, ele acha que de algum jeito o sangue de Salazar corre em minhas veias... mas eu acho que não. Já Niel acha que foi algo adquirido de outra forma, só não sabemos como.

 

– Niel? Nielzorth? O basilisco? Você... – Tom estava a muitos graus além da surpresa e Nagini decidiu continuar conversando com o garoto, ela perguntou como era a filhote e Harry respondia tudo com grande alegria.

 

Foram longos minutos enquanto o lorde das trevas refletia sobre as falas do menino a sua frente. Ele estava com o diário, então sabia sobre a câmera e o basilisco, mas além disso... ele conseguia falar com ele. Esperava uma conversa longa com Harry, mas nada o preparou para tantas surpresas.

 

– Harry... você é a cada minuto mais fascinante. – Riddle murmurou para si mesmo deixando um sorriso de lado nos lábios rosados. – Harry se não se importa de me responder... quem esta te treinando para seus assentos de Lorde?

 

– Não sei... papai disse que Tio Lucius me ensinaria, mas que deveríamos esperar um pouco mais por causa da ansiedade. – O menino respondeu ainda abraçado com a serpente gigante.

 

– Sim sim... Lucius é o melhor nesse quesito. Harry... sei que vai parecer estranho, mas eu adoraria ensiná-lo a controlar sua magia. Sei do seu potencial e quero ajuda-lo a atingir a grandeza...

 

– Quer ser meu professor? E vai ensinar o que? – os olhinhos de esmeralda estavam curiosos demais.

 

– Sei muito bem que Hogwarts não oferece tudo... quero ensiná-lo tudo que aquela escola não vai lhe ensinar... eu sinto seu núcleo Harry... é cinza escuro, seu talento pode ultrapassar o comum. – Tom disse sabendo que era uma mentira, Harry tinha potencial para ser um bruxo muito além dele, muito além do diretor, mas não queria que o menino se sentisse pressionado a ser algo, não queria que ele sentisse nos ombros o peso de ser... talvez o maior potencial mágico desde Merlin. – Quero ensinar as artes das trevas, quero te ajudar a atingir seu potencial máximo.

 

 

 

******

 

 

Remus foi chamado ao escritório de Alvo alguns dias depois de toda a confusão, o lobisomem tinha um ar abatido, culpado e melancólico. Parecia estar sofrendo e de fato estava. Ele bateu educadamente na porta e esperou que o diretor o mandasse entrar.

 

– Sei que não é a melhor hora... Remus eu queria muito poder te manter por mais de um ano. – Dumbledore tinha um ar cansado e triste nos olhos azuis, sua voz carregava verdade.

 

– Eu sei diretor... mas só pela oportunidade de ver Harry, conhecê-lo... eu sou grato. – Lupin falou sentando na cadeira e recusando uma balinha de limão.

 

– Eu não fui o melhor guardião do mundo pra ele Remus. Tenho noção do quanto errei... eu apoiei você quando pediu a guarda dele, infelizmente não houveram votos o bastante – Era uma lembrança dolorida para o lobo, logo depois de tudo... todos os enterros, Remus tentou de forma legal ter seu afilhado, Alvo o apoiou, assim como Arthur... mas os votos contra foram esmagadores. Para todos do conselho ele era só um animal imundo incapaz de proteger o “salvador do mundo”. – Tenho tentado fazer meu teatro... mas Severus não mais confia em mim e eu temo que ele esteja mais do lado escuro do que pensei. Eu não sou cego, vejo o bem que ele faz ao garoto... mas... ele não sabe que Harry corre perigo a cada minuto a mais que fica no mundo mágico. Comensais estão mais corajosos, atacando abertamente... se algum deles decidir machucar o garoto...

 

– Alvo... acredito que Snape tenha capacidade para protege-lo. – Remus disse se encolhendo um pouco, nem ele acreditava totalmente nisso. Severus era de longe um dos bruxos mais talentosos que conheceu, mas eram exércitos de comensais contra um só homem.

 

– As vezes... eu paro para pensar que deveria ter feito mais. Deveria ter vigiado Pedro para que não caísse em desgraça, deveria ter cuidado melhor de Severus, fazer mais por ele... talvez eu devesse ter forçado mais Voldemort para a luz... talvez eu... talvez eu seja culpado de muito coisa. – O diretor disse levantando e deixando seu olhar viajar pela sala. – Remus... queria poder te manter aqui por mais tempo... talvez eu possa falar com a ICW... ou com o ministério... eu...

 

– Diretor... eu já me demiti. Foram emoções demais para um ano, revelações demais para uma pessoa só, não tenho energia emocional suficiente para aguentar reclamações de todos os pais... eu sou perigoso afinal.

 

– Eu já te disse anos atrás quanto fui pessoalmente te buscar para estudar aqui e volto a repetir ate que isso entre em sua cabeça: Você não é um monstro, é somente um menino doce ao qual coisas ruins aconteceram. Pelos e garras não te fazem um monstro, o que te faz um monstro é escolher fazer mal a outro... você nunca escolheu fazer mal não é?

 

 

*****


 

Severus acordou com uma dor latejando em sua cabeça, praguejou contra a luz do sol enquanto tentava saber onde estava. Sua memória de tudo que acontece ainda estava intacta e o medo de se tornar um monstro tomava seu corpo. Um peso em sua mão o puxou de seus pensamentos, Harry segurava seu pulso firmemente enquanto cochilava ao seu lado. seu menino, seu doce e inocente filho. Iria perde-lo... se fosse uma criatura das trevas iria perde-lo para sempre... e o pior... ele voltaria aos parentes trouxas. Ele queria chorar, gritar... mas não havia nada que pudesse ser feito. Se o veneno passou para si... não havia volta.

 

O menino se mexeu despertando e quando viu lágrimas caindo pelas bochechas de seu pai se prontificou a enxuga-las.

 

– Papai... esta tudo bem... – disse tentando acalmar o adulto – Madame Pomfrey falou que você não foi infectado... e Tom também falou. Por favor não chola.

 

– Não fui? – a voz estava rouca de choro, mas os olhos de ônix imploravam por esperança.

 

– Não... – Harry sorriu sendo abraçado pelo pai com força... a alegria de poder continuar a cuidar de seu pequeno príncipe.

 

Pomfrey os achou assim, rindo a abraçados, havia tanto carinho e amor naquela cena familiar. Fez exames de rotina em ambos e os liberou com algumas especificações.

 

 

*****

 


O tribunal estava lotado, os primeiros lugares já todos ocupados, na porta da frente repórteres enxeridos tentando conseguir uma entrevista. Tudo era caótico e demorou algumas horas para que a confusão de vozes fosse silenciada enquanto o réu era posto na frente de todos os juízes. Rufo estava no júri enquanto Fudge presidiria o julgamento. Bartolomeu não estava no júri, rebaixado nesse julgamento especifico, já que partiu dele a condenação de Sirius. Amelia Bones estava ali, a chefe do departamento das execução das leis de magia tinha um rosto sério de quem nunca sorriu. A Wizengamot era composta de pessoas muito sérias e Dumbledore as presidia.

 

– Ordem! A promotoria pode ler os crimes que o réu esta sendo acusado – A voz do ministro ecoou. Harry estava em um lugar destinado a Lordes que assistiriam, como ele pediu pelo direito de herdeiro e era apoiado pela casa Malfoy, Lucius estava ao seu lado, tinha um lugar de destaque, mas os flashs de câmeras já o estavam irritando. A promotoria começou a ler, uma mulher de bochechas grandes e olhos estranhos era quem lia, sua voz fina era irritante.

 

– Sirius Black, acusado de: Associação ao lorde das trevas, cumplice no assassinato de James Potter e Lilian Potter, cumplicidade também na tentativa de assassinato a Harry Potter, assassinato de Pedro Pettigrew, assassinato de 7 trouxas o que quase levou a exposição da magia, violando a lei de sigilo. As acusações de fugir de Azkaban e resistência a prisão estão fora da lista pela acusação de injustiça ao ministério. – A mulher voltou a sentar e seu sorrisinho insistente deixava no ar que ela realmente gostava de condenar pessoas a morte.

 

– A palavra é da defesa – Cornélio disse e todos ficaram curiosos para saber quem seria a defesa de Sirius. Dumbledore levantou de seu lugar e caminhou até estar ao lado do Black. Passos tranquilos e olhos sérios.

 

– Senhoras e Senhores, o ministério cumpriu sim a injustiça de não propor um julgamento a Sirius Black, se tivessem usado veritaserum saberiam que ele nunca foi guardião do segredo dos Potter, assim como todos nós ele também foi enganado. Pedro Pettigrew é o verdadeiro culpado...

 

– Besteira – um dos integrantes do júri gritou – Pettigrew esta morto!

 

– Se me permitirem terminar ouvirão que Pettigrew na verdade esta vivo, chegou ao meu conhecimento que ele era um animago ilegal e por isso se camuflou por 12 anos. Durante uma confusão ele conseguiu escapar. – Dumbledore tinha uma calma quase divina, ele caminhava em volta de Sirius com passo elegantes e suas palavras inspiravam confiança.

 

– Que provas tem disso? – Rufo bufou a pergunta e muitas pareciam concordar com ele.

 

– As memórias de Harry Potter e de Severo Snape que viram Pedro Pettigrew com seus próprios olhos. – a declaração pegou todos de surpresa. O diretor derramou o liquido prateado em um recipiente com agua e Fudge lançou um feitiço para todos verem. Demorou muitos minutos para todos assistirem e analisarem com cuidado, afinal memorias podiam ser alteradas. Quando o ministro voltou a falar todos já estavam em sussurros.

 

– Deem ao réu Veritaserum – Fudge parecia contrariado, mas deu a ordem aos aurores, que cumpriram tudo sem a menor vontade.

 

Sirius tentou escapar das mãos assustadoras, sua mente quebrada não o permitia confiar naqueles homens de uniforme vermelho que anos atrás o jogaram em Azkaban. Eles empurraram o liquido brutamente pela garganta do Black.

 

– Qual o seu nome? – O ministro perguntou por padrão.

 

– Sirius Orion Black – o homem respondeu automaticamente.

 

– Você era guardião do segredos dos Potter? – Fudge perguntou sério e o silencio foi ouvido no tribunal pela primeira vez naquele dia.

 

– Não. – o choque foi geral e antes que os gritos ficassem incontroláveis Rufo gritou por ordem.

 

– Nos conte tudo que houve aquela noite, a noite em que Lilian e James Potter morreram! – Rufo exigiu e Fudge permitiu, era a dúvida que todos tinham naquele tribunal.

 

A voz de Sirius começou vacilante, ele parecia fazer força para lembrar de tudo e Harry viu que se não fosse pelas correntes que prendia as mãos dele o Black estaria arrancando os fios negros, quando ele teve voz suficiente para falar o silencio reinava completamente no ambiente.

 

Eu... eu estava escrevendo uma carta para Remmy, ele estava viajando a pedido de Dumbledore e eu estava com tanta saudade, ele se afastou por culpa minha, foi minha culpa! Remmy sempre foi doce, sempre foi fiel, sempre foi um verdadeiro amigo, mas eu... eu o afastei. Eu desconfiei dele, desconfiei que ele era um traidor, fui grosso com ele, fui frio, fui distante... eu magoei ele e por isso ele foi embora. Eu queria me desculpar... mas também tinha medo. Quando a profecia saiu Remmy, James e Dumbledore disseram que deveria ser eu o guardião do segredo, dizendo que eu morreria antes de entregar meus amigos. Mas eu discordei... como um idiota eu discordei, Voldemort desconfiaria de mim e por isso devia ser alguém que ele não esperava saber.

Pedro... foi minha decisão entregar o segredo a Pedro, fui eu que convenci James a entregar o segredo ao Pedro e eu... eu iria despistar os comensais estando do outro lado da cidade. É a decisão que mais me arrependo... é minha culpa... minha culpa... minha...

Eu estava longe... quando a noticia chegou ate mim. Eu peguei minha moto, não esperei um segundo a mais e dirigi até o local, eu estava tão... tão transtornado quando vi Hagrid que entendo ele não me entregar Harry, mas me arrependo de não ter ficado mais calmo e explicado... eu emprestei minha moto a ele...

Eu fui... fui atrás de Pedro. Eu corri, corri muito ate acha-lo. Eu queria mata-lo, destruí-lo... lancei feitiços, mas não machuquei nenhum trouxa. Ele gritou comigo e invés de me atacar ele lançou feitiços nos inocentes de um prédio trouxa. Sete pessoas morreram, não pelas minhas mãos. Ele arrancou o próprio dedo e fugiu como o rato que sempre foi.

Eu fui preso algumas horas depois, fui jogado em Azkaban sem mesmo ter tempo para dizer algo.”

 

Ninguém ousou interromper a fala do homem, todos sentiram dor pelas lágrimas que ele derramava tão desesperadamente. O júri estava em silencio, a promotoria chocada e Fudge abriu a boca em um pleno choque.

E como uma bomba o silêncio acabou. Todos começaram a falar ao mesmo tempo, tudo se tornou uma catástrofe. Alguns gritavam ser mentira, outros gritavam que ainda não mudava nada e que ele ainda era um comensal. Dumbledore parecia em choque... ele não sabia... não sabia que Sirius não era o guardião, só descobriu quando Harry contou, mas mesmo assim se sentia terrivelmente culpado, por isso estava ali. Para fazer justiça.

 

– Ordem! Ordem! – Fudge pareceu acordar de seu choque e gritava por silencio. Foi necessário os aurores controlarem a multidão para que o silencio reinasse novamente. – Alguém do júri tem mais alguma pergunta ou declaração?

 

A mulher de risinho irritante que trabalhava para a promotoria nesse caso levantou com a mão erguida e Harry odiou sua voz.

 

– Pela declaração do senhor Black, ele não era guardião do segredo e por isso não pode ser acusado de traição, mas e quanto a se aliar ao lado escuro? Afinal ele é um Black e todos os Blacks eram puristas extremistas, mas ainda assim existem as acusações de fuga... fugir de Azkaban é um crime grave.

 

– Isso não esta em questão aqui, pertencer a uma família não significa que seguirá todos os ideais dela cegamente e sobre a fuga ele não pode ser usada como acusação já que se for inocente, o que sua declaração prova, ele não precisaria estar preso. – Dumbledore falou tudo com seu tom de voz tranquilo, mas cheio de certeza. Harry pela primeira vez sentiu que poderia confiar, mesmo que um pouco, no homem.

 

– O júri sairá para debater sobre o assunto – Rufo disse enquanto todos os bruxos e bruxas de vestes negras erguiam feitiços de privacidade extremamente fortes e discutiam entre si.

 

Foram longos minutos até eles liberarem os feitiços e voltarem a ficar de rostos sérios. Um deles levantou e foi em direção ao ministro falando em seu ouvido a decisão do júri. Enquanto Fudge se preparava para dar a sentença todos prenderam a respiração.

 

– Sirius Black é inocente, houve injustiça por parte do Ministério da Magia Europeu. Além de sua liberdade, Sirius Black será restituído de todas as suas posses e heranças, recebera do governo bruxo londrino 12 milhões de galeões, pela injustiça cometida. E em nome do ministério eu peço desculpas e imploramos seu perdão senhor Black.




Notas Finais


e foi isso.... Sirius inocentado, Tom e Harry fazendo amizade... Sev NÂO È UM LOBISOMEM kkkk eu jamais faria isso com nosso morcegão, mas tem surprise sobre esse mordinha, vai ter consequencia. Teorias?


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