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História Be a veela is not easy - Drarry - Cicatrizes


Escrita por: mybaeslash

Notas do Autor


Boa leitura!

Esse capítulo é daqueles essenciais para a fic que a gente amaaaa

Capítulo 5 - Cicatrizes


Fanfic / Fanfiction Be a veela is not easy - Drarry - Cicatrizes

Tudo começou com Cedric.


Aquilo... Gostar de meninos.


Talvez não tenha começado mesmo com ele, Harry lembrava-se de pensar as vezes em Draco Malfoy ou Oliver Wood, mas Cedric chegou junto dos seus quatorze anos e início da adolescência, quando passou a ter interesses em coisas que iam além de quadribol. Garotos, namoros, beijos, sexo...


Com a morte de Diggory sofreu muito, e muitas outras mortes vieram em seguida, sem dar tempo a ele de viver um luto sereno, era triste pensar assim, mas já estava acostumado. Após isso tentou evitar se apaixonar, não queria perder mais ninguém, porém não era algo que pudesse controlar, acabou por voltar a cair nas garras de Draco, sem que o mesmo soubesse. 


Era pior pessoa possível.


Ele estava do lado contrário ao seu, estava com Voldemort, não somente apoiando, mas vivendo com ele. Harry sonhava com o menino de olhos prateados todas as noites, sonhos felizes seguidos de pesadelos com Draco jogado no chão da mansão sofrendo inúmeras maldições enquanto o maldito Voldemort gargalhava. Sonhos reais que o faziam acordar suado e gritando. 


Seu amor proibido sempre foi isso, proibido. Sonhava com Draco, mas não poderia tê-lo, estavam muito distantes um do outro. Mas agora as coisas haviam mudado.


Quando completou dezoito anos, descobriu ser um veela submisso, coisa que ele nem sabia que existia, milhares de informação vieram junto com isso.


1. Ele não iria ser um homem forte e másculo como Ronald, Dino, Fred e George. Não, ele seria sempre um menino com traços finos, pele lisa e sem pelos, corpo sem músculos fortes e baixo.


2. Ele poderia engravidar, mas somente em uma relação com um veela dominante.


3. Veelas dominantes e veelas submissos foram feitos um para o outro, poderiam tornar-se literalmente almas gêmeas com uma coisa chamada "marca".


4. Marca é quando um veela dominante morde um veela submisso em alguma parte do corpo, unindo (com ajuda da magia que existe em sua corrente sanguínea) suas almas para sempre.


5. Ser um veela submisso não definia sua sexualidade e nem seu gênero, são coisas diferentes.


6. Era uma criatura mágica e quando ficava furioso se transformava em algo parecido com uma harpia - seus rostos se transforma em uma cabeça de pássaro de bico cruel enquanto longas asas escamosas explodiam de seus ombros, podendo também lançar bolas de fogo de suas mãos.


7. Seu cabelo tem propriedades mágicas e ele pode executar magia sem varinha com facilidade.


8. Existem almas gêmeas sem marcas e elas se revelam em momentos íntimos do casal, quando os olhos dos mesmos se tornam dourados.


Entre milhares de outras coisas.


Draco era um veela dominante e desde o descobrimento disso não parava de sonhar com bebezinhos loiros de olhos verdes. Malfoy agora estava ali, na ponta de seus dedos, e ele só precisaria esticá-los para alcançar.


Era uma pena ter dedinhos tão curtos...


[...]


Draco seguiu o mais baixo até a parte de trás da casa e viu uma pequena construção de tijolinhos vermelhos, uma escadinha de madeira na entrada e telhado caído.


- Não sei como não tinha visto isso antes.


- Os Weasley têm bastante construções no pátio, o galinheiro é um pouco menor e de madeira, tem a garagem e o armário de vassouras.


- Isso me deu saudades do quadribol de Hogwarts. - e novamente Draco não entendia por que estava participando de uma conversa com Potter.


- Saudades de tentar me derrubar da vassoura? - empurrou o mais alto com o ombro, causando arrepios em ambos pelo contato.


- Saudades de tudo daquela época, até das nossas discussões. - revirou os olhos. - Sinto saudades até dos meus minutos de doninha. - riu. - Depois daquele ano tudo foi ladeira à baixo.


- Os anos até ali foram os melhores, nunca vou esquecer a felicidade que eu senti quando Hermione te socou no rosto. - gargalhou enquanto retirava a pequena chave do bolso e abria a porta da cabana.


- Nossa! Você lembra disso? - não conteve o bufo. - Logo em seguida eu quebrei meu braço.


- Dramático. - Harry revirou os olhos. - Você me arranjou milhões de problemas com aquilo.


- Eu sabia que você estava envolvido quando o hipogrifo sumiu! - exclamou, entrando na cabana. Harry indicou a ele uma poltrona, onde sentou.


O puxadinho não possuía divisões, com exceção de uma porta, que acreditou ser o

banheiro. Uma lareira de ferro estava ao lado da porta de entrada, no outro lado estava o sofá de dois lugares encostado à parede, com uma cômoda do lado, a cama de casal com duas mesas de cabeceira abaixo da janela. Em frente a cama e ao lado da lareira estava um roupeiro e uma estante com livros e decorações simples, um porta retrato de Harry com os pais e um dele com Hermione e Ronald com seus uniformes da grifinória.


- Você evoluiu, Draco, pense melhor sobre a situação do Bicuço. - Malfoy sentiu o pequeno puxão de orelha na voz do moreno, que mexia no roupeiro. - Vou tomar um banho...


O loiro jurou que o convite "se quiser vir junto?" aconteceria, mas o que o menor disse foi que ele poderia acender a lareira se quisesse.


Harry sumiu pela segunda porta e o maior trancou a da entrada, acendeu a lareira e arrumou sua cama no sofá de dois lugares, dormiria com as pernas para fora provavelmente.


Ele não era gay, nem bissexual, nem nada. Não era certo ser. Mas gostava de ver como Potter não conseguia disfarçar que ele sim era, e não conseguia entender como mais ninguém além dele percebia. Eles não olhavam para Harry?


Pensando em irritar o moreninho, vestiu uma calça de moletom e ficou sem camisa, deitou e fechou os olhos, atento ao barulho que a porta faria ao abrir.


Ao desligar o chuveiro com água quente, sentiu um arrepio de frio, sem precisar da varinha fez um rápido feitiço de aquecimento. Odiava o frio e era um azarado por ter nascido num dos locais mais frios da Europa.


Secou seu cabelo com a toalha felpuda, secando o corpo em seguida, vestiu uma cueca boxe preta e seu pijama - calças velhas listradas e camiseta cinza desbotada.


- Acho que vou preparar um chá, quer? - falou, abrindo a porta do quarto. Travou quando se deparou com Draco com o peitoral exposto, deitado sobre o sofázinho. Todo o seu torso era marcado por finas cicatrizes, que fizeram Harry se encolher de arrependimento. Ele possuía um dragão tatuado no braço oposto ao da marca negra, destacando mais a pele pálida.


- Oi? - fingiu acordar.


- Q-Quer chá?


- Não, quero outra coisa. - virou-se para o menor, sentando com as pernas abertas, trazendo atenção para seu pênis bem marcado no pijama. - Biscoitos. Sabe se tem?


- Vou ver. - vestiu sua capa, mal deu dois passos quando Draco levantou e o segurou.


- Aonde pensa que vai? Você acabou de sair de um banho quente. Eu busco. - não sabia porque estava se preocupando. Provavelmente porque Potter era sua única oportunidade de voltar à sua antiga vida.


- Vou querer chá de limão com mel, então.


Minutos depois Draco voltava, com a capa ao redor do corpo enquanto uma bandeja com uma caneca fumegante, um copo de suco e um prato cheio de biscoitos flutuavam ao seu lado.


- Não tinha limão, então fiz com a laranja mais azeda que encontrei. 


- Não é a mesma coisa, mas serve.


- Como você se tornou reclamão, Potter! 


- É o que acontece quando as pessoas me dão intimidade. - riu, trazendo uma mesinha de canto para perto do sofá com um aceno de mão.


- Uau. - deixou escapar. - É algo que só "O Eleito" pode fazer ou todos nós meros mortais? - sentou ao lado do pequeno, pondo a bandeja sob a mesinha.


- Bem, todo bruxo pode fazer magia sem varinha, mas só os mais disciplinados e poderosos, por isso a maioria usa a varinha, e especificamente a varinha que nasceu para você. Mas nós somos veela, Draco, as coisas nesse sentido são mais fáceis para nós.


O loiro ficou envergonhado, nasceu na comunidade bruxa e não sabia sobre nada daquilo que o moreno estava falando. Principalmente sobre veelas, não sabia nada sobre quem era e o que poderia fazer, porque isso o diferenciava dos outros bruxos.


A única coisa que sabia sobre veelas era que eram muito atraentes, sobre sua dança e quando se enfureciam tornavam-se um humanoide com características de harpia. Não sabia nem mesmo porque era um veela dominante. Existiam outros tipos de veela?


- Eu... - suspirou, tentando desconstruir o pensamento que Potter era um inimigo e que pedir ajuda era errado. Se não sabe algo, busque quem sabe, engula seu orgulho, é melhor que viver na ignorância. - Você pode me ensinar sobre veelas? 


Harry arregalou os olhos, engasgando com o pedaço de biscoito que comia. Draco levou a mão à varinha, com o feitiço "Anapneo" na ponta da língua, mas o menor já havia se desengasgado sozinho.


- Posso sim, eu tenho dois livros sobre o assunto - apontou para a estante. - e os li mais de uma vez, a pessoa mais perto de mim com isso era a Fleur e ela possuía apenas sangue de veela.


- Pode me explicar sobre isso também?


- Certo, existem dois tipos de veela: Os veelas dominantes e os submissos, eles são como almas gêmeas, se completam. - corou. - Todo descendente de veela passa a ter o sangue veela e pode ter algumas características, mas não é um veela submisso ou dominante, nós somos únicos e o nosso sangue e a nossa magia é precioso e forte. Não há uma explicação para sermos assim, é como ganhar um sorteio.


-  No meu caso foi como perder. Acho que vou precisar do livro. - sorriu amargo. Nunca imaginou a cena de Harry Potter ensinando-lhe algo.


- Vou te alcançar assim que terminar de comer. - pegou mais um biscoito. - Não imaginei que Você-Sabe-Quem iria expulsar você por ser veela, talvez ele não saiba das coisas que eu sei ou que me ensinaram, porque você seria um aliado muito importante com esses poderes. 


- Você pode me ensinar a usá-los? A fazer magia sem varinha?


- Posso te ensinar tudo.


Draco arrepiou-se. Após comerem Harry deixou o livro ao em cima da cômoda e deitou em sua espaçosa cama, causando inveja no loiro alto encolhido no sofá. 


As luzes estavam apagadas, apenas a lareira acesa.


- Draco? - a vozinha de Harry soou baixa.


- Sim? - sussurrou rouco.


- Eu sei que o sofá é pequeno, pode dormir na cama comigo, eu coloco um travesseiro entre nós. 


- E-Eu... - gaguejou, mas dentro de si uma enorme vontade crescia de deitar-se contra Harry, um desejo de o abraçar com força e enterrar seu nariz nos cabelos rebeldes cheirosos. Mordeu os lábios até que um filete de sangue escorreu, punindo-se por esse desejo. - Okay. - sugou o sangue do lábio inferior, levando sua coberta e o travesseiro para a cama do mais novo, colocou o travesseiro entre eles, deitando o rosto sobre um dos travesseiros de Harry, aspirando com força o cheiro de baunilha que exalava. Agarrou com mais força o cobertor e uma memória antiga de Lucius com um cinto na mão lhe punindo veio a memória.


"- Você escreveu uma cartinha de amor para Harry Potter? Um menino! E ainda por cima aquele mestiço de merda! - bradava com o cinto em mãos. - Você tem quase doze anos, não é uma criancinha para escrever cartinhas de amor ou não entender certo e errado!


- Pai! - berrava, encolhendo-se contra a parede. Implorando com os olhos para que a mãe intervisse.


- Lucius, ele é só um menino! 


- Exatamente Cissa, menino! Eu criei um filho homem! - puxou Draco pelo braço, o arrastando pelo piso de madeira.


- Pai! - seu choro só aumentou quando a primeira cintada foi desferida contra suas costas."


Harry sentiu Draco tremer debaixo das cobertas, eles estavam de costas um para o outro. Encarou sobre o ombro os cabelos quase brancos.


- Boa noite, Draco - o nome soou suave e acolhedor. 


- Boa noite, Harry. - apertou os olhos por conta do nome, fazendo força para conseguir dormir.



Notas Finais


Porque Draco sem traumas não é Draco...

O que acharam? Me digam e votem.

Um beijo


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